O presente trabalho tem como objetivo investigar a família no contexto da loucura, considerando-se as formas cotidianas da família compreender o que vive neste cenário e as formas de lidar com o sujeito da loucura em sua casa e nos serviços de saúde mental. Para tanto, buscou-se identificar: as representações da família em relação à loucura; as formas da família se relacionar com o sujeito da loucura; as relações estabelecidas entre a família e a rede de atenção em saúde mental; e o espaço social e político destinado às famílias no campo das políticas públicas de saúde mental. Realizou-se um estudo de caso, com base nas entrevistas realizadas com a mãe de um usuário de um CAPS da capital paulista, entendendose que conhecer aspectos de uma realidade familiar, nos fornece subsídios para refletirmos sobre os rumos tomados pela atenção em saúde mental no Brasil, no âmbito da reforma psiquiátrica. Oferece, ainda, a possibilidade de levantar questões pertinentes à sua constante reformulação. A questão da desconstrução da cultura manicomial apresentou-se como um processo que exige novas formas de ver e lidar com a loucura. A família e a rede de serviços de saúde mental expressaram a contradição entre as antigas formas de se relacionar com a loucura institucionalizada e as novas formas propostas pelos ideais da reforma psiquiátrica, que busca a desinstitucionalização da loucura. A discussão tem, por referencial teóricometodológico, a Psicologia Social proposta por Pichon-Rivière. / The aim of this research is to investigate family in insanity context considering the daily ways used to understand what they live and the ways used to deal with the insane at their home and at the mental health services. In order to do that, we intended to identify the following: familys representations towards insanity; the ways the family and the insane interact; the relations set up between family and the mental health services; and the social and political space families have in the mental health policies field. We studied a case based upon interviews with an attendant of CAPS mother, in the capital of the State of São Paulo. We understand that knowing some aspects of the family reality gives us conditions to think about how the mental health attention evolved in Brazil after the psychiatric reform. It also offers us the possibility to make important questions about its constant reformulation. The asylum culture dismantling issue can be faced as a process that demands new ways of seeing and dealing with insanity. In this research, family and mental health services expressed the contradiction between former ways to deal with the institutionalized insanity and new ways proposed by the ideals of psychiatric reform, which pursues the end of institutionalized insanity. The discussion is supported, in theory and methods, by the Social Psychology proposed by Pichon-Rivière.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-15122009-152806 |
Date | 29 April 2009 |
Creators | Campregher, Ingrid |
Contributors | Scarcelli, Ianni Regia |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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