Return to search

Contação de histórias: seguindo o curso de suas águas

Submitted by Maria Auxiliadora da Silva Lopes (silopes@ufba.br) on 2017-01-31T14:22:19Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTACAO-VERSAOFINAL - Kelly Cristine.pdf: 3243297 bytes, checksum: f2b0a5a4682c9cf06b9eb36d88079490 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Auxiliadora da Silva Lopes (silopes@ufba.br) on 2017-01-31T14:32:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DISSERTACAO-VERSAOFINAL - Kelly Cristine.pdf: 3243297 bytes, checksum: f2b0a5a4682c9cf06b9eb36d88079490 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-31T14:32:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTACAO-VERSAOFINAL - Kelly Cristine.pdf: 3243297 bytes, checksum: f2b0a5a4682c9cf06b9eb36d88079490 (MD5) / Esta pesquisa, que tem como tema a movência dos contos de tradição oral e da prática a eles
associada − a contação de histórias − das culturais orais e populares para o território escolar,
da tradição à contemporaneidade, objetivando analisar como a escola acolhe e reconfigura o
ato de contar, constituiu-se em duas etapas. Na primeira, a partir de teóricos da cultura, dos
campos da linguagem e da educação, entrelaçados, ao mesmo tempo, com um acervo de
entrevistas realizadas junto a contadores de histórias tradicionais de Burkina Faso (África) e
do interior da Bahia, desenha-se um percurso histórico demarcado por duas territorialidades:
as culturas fundadas na oralidade, com base em Walter Ong e Paul Zumthor, e as culturas
populares, neste caso, em diálogo principalmente com Peter Burke. A partir dos referentes
históricos, há, ainda, um esforço de demarcar os traços distintivos próprios da palavra oral,
tomando aqui o conceito de gênero textual de Bakhtin bem como os estudos de Ingedore
Koch sobre a fala. Na segunda parte, para mover-se em direção ao território escolar, ponto de
chegada do processo de pesquisa, buscando responder à pergunta inicialmente colocada,
optou-se por analisar discursos orais e escritos de professoras da educação básica acerca da
contação de histórias e seus usos em sala de aula. No corpus constituído por sete pessoas,
une-as o fato de terem tido a experiência de escuta de histórias em suas infâncias, no território
das culturas populares, e de terem-na atualizado nas salas de aula em que atuam, em diálogo
com referentes outros como a literatura infantil e os programas de formação de público-leitor.
Cinco dentre elas, no ano de 2012, produziram monografias de conclusão de curso com temas
atravessando a contação de histórias. Assim, a partir dos pressupostos de uma pesquisa de
base qualitativa, trabalhou-se com duas instrumentalidades: entrevistas semiestruturadas com
todos os sujeitos da pesquisa e, no caso de cinco deles, leitura e análise de seus respectivos
trabalhos de conclusão de curso, tendo como base cinco categorias: relação com a tradição
(experiências de escuta na infância, em suas comunidades); processos de formação recentes
em contação de histórias; constituição de repertório; usos em salas de aula; e concepções e
distinções entre o contar e o ler. Reconhecendo-se ser este um tema vasto com amplas
necessidades de aprofundamento, tanto a análise histórica, realizada na primeira etapa, como
o exame das entrevistas e textos das professoras contadoras de histórias revelam um objeto –
o conto e a contação de histórias – não apenas de fruição estética, mas também político, ator
de embates entre as chamadas culturas subalternas e as culturas hegemônicas, questões estas
que se refletem na escola. A pesquisa revela que, sob o discurso dominante da necessidade de
formação de público-leitor, as práticas narrativas orais são colocadas em um lugar de menor
importância, ocupando, em alguns casos, apenas as atividades extracurriculares, quando não
são colocadas a serviço da escrita, desconsiderando-se as marcas distintas da voz bem como
suas diferentes possibilidades pedagógicas, para além de acesso ao livro e à literatura. / ABSTRACT This research uses tales from oral tradition and the practices associated to them, namely
storytelling, from oral and popular tradition to contemporary days, focusing on how they coexist
in the schools. The way schools embrace and format the act of storytelling has two
parts. The first one comes from the viewpoints of specialists the fields of culture, language,
and education together with the archive of interviews conducted with traditional storrytellers
from both Burkina Faso and Brazil. This stage is characterized by the historical process of
two territories – cultures based on oral tradition dialoguing with Walter Ong e Paul Zumthor
and popular cultures which dialogues with Peter Burke. There is also an effort to explore
features of oral words taking the textual concept from Bakhtin as well as studies about speech
by Ingedore Koch. In the second part, the movement is inside the school environment and the
analysis of oral as well as written discourses of basic education teachers on storytelling and its
use in the classroom. In the universe of seven people interviewed, everyone had had the
experience of listening to storytelling in their childhood and they all updated the experience in
the classroom, in dialogue with other references such as children literature and education
program for training of readers. In 2012, five of them developed their senior projects on a
topic related to storytelling. Thus, using qualitative analysis as the basis, the research used
two tools – semi-structured interviews with all subjects of the study and with five people, it
used the reading and analysis of the final piece of their undergraduate work in five categories
– relationship with tradition (experiences of listening in childhood); processes of recent
training in storytelling; making a repertoire; uses in the classroom; and conceptions and
distinctions between telling and reading. The study recognizes storytelling is a broad topic
with need for deepening both historic analysis conducted in the first part and the interview
and texts by storyteller teachers. The tale and storytelling not only have an aesthetic role, it
also has a political feature, as it functions as teasers for discourses between the subaltern and
dominant cultures, both which are reflected in the classroom. The research reveals that the
practice of oral narratives is placed as less important in the dominant discourse for training
training of readers. Instead, they are placed as secondary, as an extra-curriculum activity,
which in turn disqualify the importance of the voice and its different pedagogical possibilities
that go beyond the access to the book and to literature.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/21270
Date06 May 2013
CreatorsRibeiro, Kelly Cristine
ContributorsMuniz, Dinéa Maria Sobral, Costa, Edil Silva, Lícia, Maria Freire Beltrão, Arapiraca, Mary de Andrade
PublisherFaculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFBA/Faced, brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0031 seconds