Return to search

Dos cursos da vida e das vidas em curso: práticas de medicalização da infância e suas relações com currículos de profissionais de saúde em um CAPSi em Belém do Pará

Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-10-24T11:31:13Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Dissertacao_CursosVidaVidas.pdf: 1600381 bytes, checksum: 9e972264c081937aff3c6f20e8bcfca9 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-12-14T12:54:19Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Dissertacao_CursosVidaVidas.pdf: 1600381 bytes, checksum: 9e972264c081937aff3c6f20e8bcfca9 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-14T12:54:19Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Dissertacao_CursosVidaVidas.pdf: 1600381 bytes, checksum: 9e972264c081937aff3c6f20e8bcfca9 (MD5)
Previous issue date: 2017-05 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho emerge da inquietação acerca das práticas de medicalização voltadas à infância em um serviço de saúde mental e suas relações com os currículos dos profissionais de saúde. Na medicalização intensiva da existência, estratégias cada vez mais refinadas colocam em funcionamento práticas conduzidas por especialistas nos diagnósticos e intervenções voltadas aos desvios sociais, fundamentados em racionalidades patologizantes, psicologizantes e biomédicas. Dentre essas práticas configuram-se as políticas públicas brasileiras de saúde mental voltadas à infância e adolescência, materializadas nos Centros de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil – CAPSI, propostos oficialmente desde 2001, no âmbito da lei 10.216 que redireciona a assistência à saúde da população com transtornos mentais. Ao efetuamos acoplamentos entre práticas de medicalização com modos de subjetivação/objetivação de crianças e os discursos produzidos no currículo de profissionais saúde, constituímos o objeto de pesquisa. Partimos da constatação de que o próprio trabalho dos profissionais envolvidos se materializa tendo um currículo como base, e a partir de sua análise também é possível compreendermos os processos pelos quais tomam materialidade determinadas configurações que pretendem constituir sujeitos de determinados tipos. Sendo assim, as bases de sustentação para o desenvolvimento da tese foram resumidas nas seguintes formulações: Por meio de quais modos de subjetivação/objetivação crianças são constituídas como portadoras de transtornos mentais, em seus percursos no CAPSI? Em que medida os discursos que sustentam práticas de medicalização no CAPSI se encontram em correspondência com os currículos dos profissionais atuantes nesses espaços? Ao objetivo de problematizar práticas de medicalização produzidas no CAPSI e suas relações com os currículos de profissionais da saúde, desdobraram-se as seguintes finalidades: Analisar os modos de subjetivação/objetivação pelos quais crianças são constituídas como “portadoras de transtorno mental”; Problematizar os discursos medicalizantes produzidos pelos profissionais de presentes no processo de constituição de crianças “portadoras de transtornos mentais”. Como aporte teórico-metodológico foram utilizadas formulações de Michel Foucault a respeito das relações de saber-poder, biopolítica, governamentalidade e outros intercessores como Veyne (1998), Silva (2006), Veiga-Neto (2003), Corazza; Aries; Robert Castel, Jacques Donzelot. Os principais documentos analisados foram os prontuários produzidos no CAPSi e entrevistas com profissionais com a utilização dos princípios gerais de procedimentos arqueológicos como ferramentas metodológicas de pesquisa histórico-documental. Desse modo enunciamos a tese de que os modos de subjetivação e objetivação que produzem crianças “portadoras de transtornos mentais” são constituídos por meio de estreita relação com discursos medicalizantes forjados nos percursos curriculares de profissionais de saúde em suas formações oficiais, no cotidiano do serviço e em diversos âmbitos da vida. / The following research was raised from medicalization practices focused on childhood care in a mental health service and its relationship with the health professional‟s curricula. Intensive medicalization has increasingly improved strategies that employ expert- oriented clinical practices and diagnosis concerning social deviations, based on pathologizing, psychologizing and biomedical rationalities. Brazilian public policies are among these children and adolescent‟s mental health practices at Children and Youth Psychosocial Care Center - CAPSI, which have been officially established since 2001, under the law number 10.216 that converts health care to population that suffers mental disorder. This research object was shaped by coupling medicalization practices with subjectivation/objectification modes of children and the discourses produced on health professional curricula. This study started at the point it was realized the professional‟s performance were based on some curricula, and from its analysis it is also possible to understand the processes by which certain settings that intend to frame subjects. Thus, in order to enhance this thesis, it was employed these issues: How can subjectivation/ objectification modes find mental disorders in children at CAPSI? To what extent do the discourses which support medicalization practices at CAPSI correspond to the curricula of professionals working in these places? In order to look into medicalization practices at CAPSI and their relationship with the curricula of health professionals, the following purposes were developed: To analyze subjectivation/objectification modes whereby such children are diagnosed as "mentally disabled"; investigate medicalization discourses given by professionals who care children with “mental disorder”. It was used as theoretical and methodological framework Michel Foucault‟s theory of power-knowledge, biopolitics, governableness, among other scholars such as Veyne (1998), Silva (2006), Veiga-Neto (2003), Corazza; Aries; Robert Castel, Jacques Donzelot. Main analysed documents were the medical records registered at CAPSI and interviews with professionals by using general principles of archaeological procedures as methodological tools of historical-documentary research. Therefore, it was asserted with this thesis that the modes of subjectivation and objectification which yield children with "mental disorders" are constituted through a close relationship with medicalizing discourses which have been given in the curricula of health professionals in their official education, daily service routine and in different fields of life.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/9331
Date05 1900
CreatorsSANTOS, Daniele Vasco
ContributorsLEMOS, Flávia Cristina Silveira
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFPA, Brasil, Instituto de Ciências da Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds