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Avaliação da atividade antiinflamatória do extrato padronizado de própolis P1 e de seu principal constituinte ativo, Artepillin C

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:36:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
224127.pdf: 1281267 bytes, checksum: 3b666a8a74b2a1c54415bfbd224e99f2 (MD5) / A própolis é uma resina natural produzida pelas abelhas e utilizada popularmente para o tratamento de inúmeras doenças, entre elas os processos inflamatórios. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar, através de estudos in vitro e in vivo, usando técnicas farmacológicas e bioquímicas, a atividade antiinflamatória da própolis padronizada do sul do Brasil (P1) e de seu principal constituinte, Artepillin C, e investigar a farmacocinética de absorção desse constituinte após a ingestão oral de própolis P1. Foram utilizados os modelos farmacológicos de inflamação in vivo: edema de pata, peritonite e prostaglandina E2 (PGE2) no lavado peritoneal, avaliação da atividade da eNOS em cultura de células do endotélio vascular (EA.HY926), determinação da produção de óxido nítrico em cultura de células RAW 264.7 estimuladas com LPS; avaliação da expressão e atividade da p38-MAPK em cultura primária de músculo liso vascular aórtico de rato (VSM) na presença de angiotensina II; avaliação da atividade específica do fator NF B em células HEK 293 trasnfectadas como gene de expressão do NF B, estimuladas com TNF . Além disso, foram avaliadas as concentrações plasmáticas de Artepillin C em camundongos tratados com própolis ou Artepillin C para a determinação de biodisponibilidade através de HPLC e CG acoplada a espectroscopia de massa.
Os resultados demonstraram que a própolis ou Artepillin C possuem efeito antiedematogênico e antiinflamatório, reduzem a produção de PGE2 no lavado peritoneal, mas não afetam a expressão da enzima eNOS ou a sua atividade. No entanto, eles inibem a ativação de RAW 264.7 e a conseqüente produção de NO, e promovem a ativação do sistema da p38-MAPK em VSM, e inibem a ativação do NF B. Além disso, demonstramos que concentrações efetivas de Artepillin C são encontradas no plasma após a ingestão oral de própolis P1 e de Artepillin C, com pico de concentração máxima entre 1 e 2 h.
Esses dados indicam que a própolis P1 e o Artepillin C possuem efeito antiinflamatório envolvidos, pelo menos em parte, com a inibição da produção de PGE2, pela inibição da atividade de macrófagos e conseqüente redução da produção de NO durante o processo inflamatório, pelo aumento da resistência vascular mediada pela ativação do sistema p38-MAPK e pela inibição do NF B.
Esses resultados justificam o uso popular da própolis como antinflamatório e demonstram pela primeira vez que o Artepillin C pode se considerado um biomarcador importante para o controle químico e biológico da qualidade da resina de própolis no Brasil.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/102311
Date January 2005
CreatorsPaulino, Niraldo
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Calixto, João Batista
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format136 f.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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