Return to search

Medicamentos psicotrópicos : concepções do uso a partir das perspectivas do usuário, do familiar que cuida e do profissional que o utiliza como recurso de cuidado, no contexto da Atenção Básica

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The medicalization has long been constituted as a social phenomenon, based on the principles of biomedical rationality. Given this context, the present research sought to investigate the conception of users, family members and health professionals regarding the use of the psychotropic medication in the therapeutic process, in the setting of Primary Care. The study had as a scenario the family health unit (USF), in the city of Aracaju, classified as a reference in mental health. The method used runs through the presuppositions of qualitative research, having as an instrument of investigation and data collection the narrative. It counted with the collaboration of 18 interlocutors, among them 10 professionals, 6 users and 2 family members. The data collection took place from the insertion of the researcher in the field, through the productions of field diaries and narrative of the participants. Data analysis was performed by reading / re-reading these productions, interpreting and highlighting data relevant to the research question. With this, it was possible to know a little of the observed reality, having as highlight the presence of the medical practices. It was perceived that the USF currently constitutes a device that contributes to the strengthening of the medicalization process. Regarding conceptions about the psychotropic drug: users perceive this use ambivalently, considering that it is good and bad to use it as a strategy of care, good in the sense of redeeming symptoms, and bad for the appearance of undesirable effects; family members see the medicine as very good because it helps them deal with problems presented by their relatives; and finally, the professionals, who despite highlighting the undesirable effects caused by the use, see the medication as necessary in the containment and control of the symptoms that the users present. Thus, the study brought a discussion about these aspects, concluding on the importance of the planning of actions that can contribute to the establishment of strategies of care, besides the medical practices, that bring benefits to the users, their relatives and to the network of health care; Of the articulation of the care network and, in particular, sought to contribute to the expansion of empirical studies that involve the theme. / A medicalização há muito vem se constituindo como um fenômeno social, tendo como base os princípios da racionalidade biomédica. Diante desse contexto, a presente pesquisa buscou investigar a concepção de usuários, familiares e profissionais de saúde a respeito do uso do medicamento psicotrópico, no processo terapêutico, no cenário da Atenção Básica. O estudo teve como cenário uma unidade de saúde da família (USF), da cidade de Aracaju, classificada como referência em saúde mental. O método utilizado perpassa pelos pressupostos da pesquisa qualitativa, tendo como instrumento de investigação e coleta de dados a narrativa. Contou com a colaboração de 18 interlocutores, entre eles 10 profissionais, 6 usuários e 2 familiares. A coleta de dados aconteceu a partir da inserção da pesquisadora no campo, através das produções de diários de campo e narrativa dos participantes. A análise de dados foi realizada através da leitura/releitura dessas produções, interpretação e destaque de dados relevantes à questão de pesquisa. Com isso, pôde-se conhecer um pouco da realidade observada, tendo como destaque a presença das práticas medicalizantes. Percebeu-se que a USF, atualmente, se constitui como um dispositivo que contribui para o fortalecimento do processo da medicalização. No tange às concepções sobre o medicamento psicotrópico: os usuários percebem esse uso de modo ambivalente, considerando ser bom e ruim utilizá-lo como estratégia de cuidado, bom no sentido de redimir os sintomas, e ruim pelo aparecimento dos efeitos indesejáveis; os familiares veem o medicamento como algo muito bom, pois os ajudam a lidar com os problemas apresentados por seus parentes; e por fim, os profissionais, que apesar de ressaltarem os efeitos indesejáveis provocados pelo uso, veem o medicamento como necessário na contenção e controle dos sintomas que os usuários apresentam. Desse modo, o estudo trouxe uma discussão sobre esses aspectos, concluindo sobre a importância do planejamento de ações que possam contribuir para o estabelecimento de estratégias de cuidado, para além das práticas medicalizantes, que tragam benefícios aos usuários, seus familiares e para a rede de atenção à saúde; da articulação da rede de cuidado e, em especial, buscou contribui para a ampliação de estudos empíricos que envolvem o tema. / São Cristóvão, SE

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/6686
Date25 August 2017
CreatorsCavalcante, Deisiluce Miron
ContributorsHenriques, Rogério da Silva Paes
PublisherPós-Graduação em Psicologia Social, Universidade Federal de Sergipe
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0019 seconds