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Ciberativismo em defesa do parto humanizado e da descriminalização do aborto: as diferenças na defesa dos direitos reprodutivos / Cyberactivism in defense of humanized childbirth and the decriminalization of abortion: differences in the fight for reproductive rightsRaquel de Almeida Marques 08 October 2013 (has links)
Ciberativismo em defesa do parto humanizado e da descriminalização do aborto: as diferenças na defesa dos direitos reprodutivos Parto e aborto fazem parte do escopo dos direitos reprodutivos e existem diversas organizações que trabalham estas questões, seja entendendo-os como uma questão de saúde e direitos humanos, seja focada em uma ou outra pauta especificamente. A defesa destes dois direitos possuem inúmeras similaridades em sua forma de articulação, rede de apoio e discursos, mas em alguns momentos se afastam. Este trabalho tem o objetivo analisar exclusivamente as diferenças no ciberativismo de movimentos organizados da sociedade civil em defesa do parto humanizado e pela descriminalização do aborto. Através das informações publicadas nos sites e utilizando análise de conteúdo, foram analisadas as categorias religião, classe social, mortalidade e consumo. Avaliando o conteúdo dos nove sites analisados concluímos que religião e classe social são pouco mencionadas quando relacionadas ao parto, mas frequentemente mencionadas na discussão pela descriminalização do aborto. A mortalidade materna é uma preocupação nas duas causas e a questão do / Childbirth and abortion fall under the scope of reproductive rights, and a number of organizations address these issues, by understanding them both as a public health and human rights issues, or by focusing on one or the other specifically. The defense of these two rights has numerous similarities: similarities in terms of how they are articulated, their support networks, and discourse. However, on some occasions they drift apart. This study aims to analyze not the similarities but the differences of the cyberactivism in defense of humanized childbirth and decriminalization of abortion practiced by a number of organized groups in society privileging one of these issues. Through the information published on websites and using content analysis, this study focuses on the following categories: religion, social class, maternal mortality, and consumption. Evaluating the content of nine websites this study found that religion and social class are mentioned little when related to childbirth, but often mentioned in discussions for the decriminalization of abortion. Maternal mortality is a concern expressed in both causes and the issue of
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Ciberativismo em defesa do parto humanizado e da descriminalização do aborto: as diferenças na defesa dos direitos reprodutivos / Cyberactivism in defense of humanized childbirth and the decriminalization of abortion: differences in the fight for reproductive rightsMarques, Raquel de Almeida 08 October 2013 (has links)
Ciberativismo em defesa do parto humanizado e da descriminalização do aborto: as diferenças na defesa dos direitos reprodutivos Parto e aborto fazem parte do escopo dos direitos reprodutivos e existem diversas organizações que trabalham estas questões, seja entendendo-os como uma questão de saúde e direitos humanos, seja focada em uma ou outra pauta especificamente. A defesa destes dois direitos possuem inúmeras similaridades em sua forma de articulação, rede de apoio e discursos, mas em alguns momentos se afastam. Este trabalho tem o objetivo analisar exclusivamente as diferenças no ciberativismo de movimentos organizados da sociedade civil em defesa do parto humanizado e pela descriminalização do aborto. Através das informações publicadas nos sites e utilizando análise de conteúdo, foram analisadas as categorias religião, classe social, mortalidade e consumo. Avaliando o conteúdo dos nove sites analisados concluímos que religião e classe social são pouco mencionadas quando relacionadas ao parto, mas frequentemente mencionadas na discussão pela descriminalização do aborto. A mortalidade materna é uma preocupação nas duas causas e a questão do / Childbirth and abortion fall under the scope of reproductive rights, and a number of organizations address these issues, by understanding them both as a public health and human rights issues, or by focusing on one or the other specifically. The defense of these two rights has numerous similarities: similarities in terms of how they are articulated, their support networks, and discourse. However, on some occasions they drift apart. This study aims to analyze not the similarities but the differences of the cyberactivism in defense of humanized childbirth and decriminalization of abortion practiced by a number of organized groups in society privileging one of these issues. Through the information published on websites and using content analysis, this study focuses on the following categories: religion, social class, maternal mortality, and consumption. Evaluating the content of nine websites this study found that religion and social class are mentioned little when related to childbirth, but often mentioned in discussions for the decriminalization of abortion. Maternal mortality is a concern expressed in both causes and the issue of
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[en] HUMANIZED CHILDBIRTH IN A TIME OF NATURALISTIC MOTHERHOOD: ECHOES OF DISCURSIVE PRACTICES IN THE WAY OF BEING WOMAN-MOTHER / [pt] PARTO HUMANIZADO EM TEMPO DE MATERNIDADE NATURALISTA: OS ECOS DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS NO MODO DE SER MULHER-MÃESOLANGE FRID PATRICIO 25 March 2019 (has links)
[pt] Esta pesquisa tem como objetivo investigar os efeitos da discursividade nas mulheres-mães sobre os modos de gerar, parir e cuidar do filho, considerando as formas de construção social, cultural e linguística implicadas nesse processo, que diferenciam a boa mãe da má. Tendo em vista, por um lado, o aumento das intervenções cirúrgico-obstétricas, e, por outro, a emergência do Movimento pela Humanização do Parto e do Nascimento, fundamentamo-nos nas teorizações desenvolvidas por pós-estruturalistas como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari, a fim de problematizar os discursos instituídos sobre a maternidade. A partir dos depoimentos de 14 mulheres-mães que descreveram suas experiências de parir segundo os preceitos do parto humanizado em três sites especializados no assunto, buscamos ilustrar o modo como as práticas discursivas sobre maternidade e maternagem, difundidas nesse processo, se articulam com as experiências concretas dessas mulheres para produzir novas configurações subjetivas.
Destacamos 4 temáticas que configuraram assuntos primordiais: 1) Parto humanizado: uma alternativa à industrialização do parto, 2) Práticas produtoras de desejos, 3) Parto dos sonhos, o parto ideal: a mulher como protagonista, e 4) Cesariana: frustrações e tristeza quando se quer um parto naturalmente natural.
Os depoimentos dessas mulheres ilustraram que a adesão às verdades historicamente construídas reafirma mitos e crenças em torno da figura materna. Em linhas gerais, as prerrogativas do Movimento pela Humanização do Parto são também produtoras de desejos e sofrimentos, contribuindo para o sentimento de desamparo das mulheres mães não condizentes com o modelo instituído. / [en] The aim of this dissertation is to investigate the effects of discursive practices upon women-mothers over the ways of conceiving, giving birth and raising a child, considering the forms of social, cultural and linguistic construction implied in this process, which set apart the good mother from the bad. Taking into account, on the one hand, the increase in surgical-obstetric interventions, and on the other hand, the emergence of the Movement for the Humanization of Childbirth, we base ourselves on the theories of post-structuralists such as Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari, in order to question the institutionalized discourses about motherhood. From the discourses, made available on specialized sites, of 14 women-mothers on giving birth according to the precepts of humanized childbirth we seek to learn how discursive practices on motherhood and taking care of the baby, diffused in the process, articulate with the concrete experiences of these women in order to produce new subjective configurations. We mention 4 themes which configure primordial subjects: 1) Humanized childbirth, an alternative to the industrialization of childbirth, 2) Practices which produce desires, 3) Ideal childbirth: the woman as protagonist, 4) Ceasarean section: frustration and sadness when a naturally natural childbirth is desired. The narratives of these women show that adhesion to historically constructed thuths reaffirms myths and beliefs around the figure of the mother. In general, the prerrogatives of the Movement for Humanized Childbirth are also productive of desires and suffering, contributing to the feeling of inadequacy of women-mothers not in accordance with the instituted model.
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O parto humanizado em um hospital universitário do sul do Brasil – o olhar dos gestores / Humane childbirth in a university hospital in southern Brazil - the look of managers / El parto humanitario en un hospital del sur de Brasil - la mirada de los gerentesLemos, Daiane Bittencourt de January 2012 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, 2012. / Submitted by eloisa silva (eloisa1_silva@yahoo.com.br) on 2013-04-11T16:27:10Z
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Previous issue date: 2012 / A humanização nos serviços de saúde é essencial na resolução de problemas, satisfação dos usuários, reconhecimento e reivindicação dos direitos, promoção do auto cuidado e proteção da saúde. Na atenção obstétrica e neonatal, o Ministério da Saúde preconiza que a atenção adequada à mulher no momento do parto é um direito fundamental. O objetivo geral deste estudo é conhecer a percepção dos gestores do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Junior sobre a implementação da proposta do Ministério da Saúde acerca do Parto Humanizado. Trata-se de um recorte da macro-pesquisa multicêntrica “Atenção Humanizada ao Parto de Adolescentes”, caracterizada como um estudo transversal multicêntrico envolvendo a Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). O local do estudo foi o Hospital Universitário Dr Miguel Riet Corrêa Júnior, da Universidade Federal do Rio Grande, município do Rio Grande/RS , tendo como sujeitos quatro gestores deste hospital. Os dados foram extraídos do banco de dados da macro-pesquisa referida. Foram respeitados todos os aspectos referentes à Resolução N° 196/96 sobre Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. A análise foi realizada a partir da interpretação dos dados que foram coletados e transcritos das entrevistas. Os resultados e as discussões encontram-se organizados em dois artigos científicos. O primeiro artigo está relacionado ao conhecimento dos gestores sobre a proposta do Ministério da Saúde acerca do Parto Humanizado. O segundo enfoca as fortalezas e as fragilidades apontadas pelos gestores para a implementação da proposta do Ministério da saúde. Conclui-se que os gestores conhecem o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento e suas diretrizes, salientam a necessidade de mudança na área física, e a permissão da presença do acompanhante; demonstraram conhecer os benefícios do Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento; justificam a necessidade de credenciamento para o recebimento de verbas para a manutenção do processo; evidenciam a necessidade da elaboração de um protocolo de atendimento. Quanto às dificuldades, evidenciou-se a resistência dos 10 profissionais a uma nova proposta, número insuficiente de trabalhadores e um alto índice de cesáreas. Como estratégias, os gestores apontaram que a mudança da área física do Centro Obstétrico pode favorecer, bem como treinamento e capacitações da equipe de saúde, como também uma real cobrança por parte do governo na efetivação do parto humanizado. / Humanization in health services is essential in problem solving, customer satisfaction,
recognition and vindication of rights, promotion of self care and health protection. In obstetric and neonatal care, the Ministry of Health recommends that adequate attention to women during childbirth is a fundamental right. The aim of this study the perceptions of managers of the Hospital Dr Miguel Riet Correa Junior º on the implementation of the proposal of the Ministry of Health about the Humanized Delivery. This is an excerpt of the macro-multicenter study "Humanized Care Delivery for Adolescents", characterized as a multicentric study involving the Federal University of Rio Grande (FURG) and the Federal University of Pelotas (UFPEL). The study site was the University Hospital Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior, Federal University of Rio Grande, in Rio Grande/RS, with the participants were four managers of this hospital.Data were extracted from the database that the macro-research. We have respected all aspects of Resolution No. 196/96 on Research Involving Human Subjects. The analysis was based on the interpretation of the data that were collected and transcribed the interviews. The results and discussions are organized in two papers. The first article is related to the attention of managers on the proposal of the Ministry of Health about the Humanized Delivery. The second focuses on the strengths and weaknesses identified by managers to implement the proposal of the Ministry of Health. It is concluded that managers know the Humanization Program of Prenatal and Birth and their guidelines, highlight the need for change in the physical area, and allowing the presence of a companion, knew about the benefits of the Program for Humanization of Prenatal and Birth; justify the need for accreditation for the receipt of funds for the maintenance of the process; highlight the need to prepare a protocol of care. As for the difficulties, there was the professional resistance to a new proposal, an insufficient number of workers and a high rate of cesarean sections. As strategies, managers indicated that the change of the physical area of the obstetric center can
12improve, as well as training and skills of health staff, but also a real recovery by the government in the execution of humanized childbirt. / Humanización en los servicios de salud es esencial en la resolución de problemas, la
satisfacción del cliente, el reconocimiento y la reivindicación de los derechos, la promoción del autocuidado y protección de la salud. En la atención obstétrica y neonatal, el Ministerio de Salud recomienda que la atención adecuada a las mujeres durante el parto es un derecho fundamental. El objetivo de este estudio, las percepciones de los directivos del Hospital Dr. Miguel Riet Correa º Junior en la aplicación de la propuesta del Ministerio de Salud sobre el
parto humanizado. Este es un extracto de la macro-estudio multicéntrico "un cuidado
humanizado para Adolescentes", que se caracteriza como un estudio multicéntrico de la participación de la Universidad Federal de Río Grande (FURG) y la Universidad Federal de Pelotas(UFPEL). El sitio de estudio fue el Hospital Universitario Dr. Miguel Riet Corrêa
Júnior, de la Universidad Federal de Río Grande, en Río Grande / RS, teniendo como
participantes del estudio cuatro gerentes de este hospital. Los datos fueron extraídos de la base de que la macro-investigación. Nosotros hemos respetado todos los aspectos de la Resolución N º 196/96 para la Investigación en Seres Humanos. El análisis se basó en la interpretación de los datos que fueron recopilados y transcritos de las entrevistas. Los resultados y discusiones se organizan en dos artículos. El primer artículo se refiere a la atención de los administradores sobre la propuesta del Ministerio de Salud sobre el parto humanizado. El segundo se centra en las fortalezas y debilidades identificadas por los responsables de implementar la propuesta del Ministerio de Salud. Se concluye que los
directivos conocer el Programa de Humanización de las directrices del embarazo y parto y su, poner de relieve la necesidad de cambio en el área física, y permitiendo la presencia de un compañero, sabía acerca de los beneficios del Programa de Humanización del Prenatal y Nacimiento, justificar la necesidad de la acreditación para la recepción de fondos para el mantenimiento del proceso y poner de relieve la necesidad de elaborar un protocolo de atención. En cuanto a las dificultades, no fue la resistencia de los profesionales a una nueva 14 propuesta, un número insuficiente de trabajadores y una alta tasa de cesáreas. Dado que las estrategias, los directivos indicaron que el cambio de la superficie física del centro obstétrico puede mejorar, así como formación y capacitación del personal de salud, sino también una recuperación real por parte del gobierno en la ejecución de parto humanizad.
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A mixed-methods analysis of person-centered maternity care during the COVID-19 pandemic at a public teaching hospital in the Dominican Republic: informing policy and practice to support respectful maternity care locally and globallyMitchell Balla, Kathleen Theresa 04 January 2023 (has links)
BACKGROUND: Nearly all birthing people in the Dominican Republic (DR) deliver in a hospital, yet maternal and newborn mortality remain high. Respectful maternity care challenges have been reported but not systematically documented. This observational, mixed-methods study assessed birthing people’s and providers’ experiences at a public hospital in the DR, during the COVID-19 pandemic.
METHODS: In May-July 2022, we surveyed postpartum people and providers to adapt the Person-Centered Maternity Care (PCMC) survey. In July-August 2022 we applied the contextually-modified PCMC survey with postpartum people and providers. Possible scores ranged from 0 (poor) to 93 (exceptional). We calculated mean scores and examined associations with socio-demographic factors. A concordance/discordance analysis examined postpartum people’s and providers’ responses. Content analysis of open-ended questions explored PCMC and opportunities for improvement. Results were stratified by nationality (Dominican or Haitian).
RESULTS: Respondents felt the PCMC survey was appropriate for the context but recommended adding questions around contraception, maternal-newborn separation, differential treatment, and c-section decision-making. The mean PCMC score was 60.1 for postpartum people and 62.0 for providers. Being of Haitian origin, speaking Creole at home, being older, and living further from the facility were associated with lower scores (p<.001). Nearly 70% of providers reported birthing people were spoken to in understandable language/terms compared to 29.8% of birthing people. Most providers (91.7%) reported that consent was sought before procedures, compared to 58.1% of birthing people. Fewer Haitians, compared to Dominicans, reported favorably regarding friendly treatment (42% v 83%); ability to ask questions (34% v 66%); consent being sought before procedures (52% v 71%); and being spoken to in understandable language/terms (14% v 63%). Sixty-one percent of Haitians and 44% of Dominicans reported maternal-newborn separation for more than 6 hours. Qualitative responses revealed verbal abuse and the emotional toll of maternal-newborn separation, among other issues. Birthing people suggested improvements relating to family connectedness: companions, providers communicating with families, and keeping the mother-baby dyad together. Providers focused on infrastructure, equipment/supplies, training, and policy.
CONCLUSION: As the first study to apply the PCMC survey in the DR, this study systematically documented challenges and opportunities to improve birth experiences from the perspectives of postpartum people and obstetric providers. Stakeholder-generated and evidence-based recommendations should be prioritized at Hospital Presidente Estrella Ureña. / 2025-01-04T00:00:00Z
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O desafio do direito à autonomia: uma experiência de Plano de Parto no SUS / The challenge of the right to autonomy: an experience of birth plan in the health public sectorHalana Faria de Aguiar Andrezzo 04 October 2016 (has links)
Na assistência ao parto no Brasil, predominam intervenções desnecessárias em detrimento de valores como o cuidado. Algumas políticas públicas têm sido desenvolvidas com o intuito de alterar tal cenário, porém, com lentos resultados. Há também algumas estratégias e ferramentas desenvolvidas e difundidas entre as próprias mulheres. Uma destas é a construção do plano de parto, que objetiva informar e promover uma maior participação durante o parto. Apesar de mais difundida entre camadas médias, tal ferramenta tem sido utilizada em alguns serviços de atenção primária do país como a UBS Thérsio Ventura/São Paulo, campo de estágio para o curso de Obstetrícia EACH/USP. Este estudo objetivou descrever e analisar o uso de plano de parto entre usuárias do SUS e médicos/gestores. De metodologia qualitativa, os dados empíricos foram produzidos a partir de entrevistas com mulheres que vivenciaram a experiência de plano de parto no SUS; entrevistas com médicos/gestores; observação de uma consulta de orientação para o plano e parto; observação de dois grupos de apoio à gestação e ao parto realizados na UBS, e análise documental de material educativo, e de documentos referentes às políticas de saúde materna municipal e nacional. O material foi submetido à análise de conteúdo, da qual emergiram as seguintes categorias: (a) Não é uma incapacidade sua, e sim do sistema; (b) De coitada a poderosa; (c) Intervenção que era ajuda; (d) Resistência e negociação do encontro; (e) Plano de parto como mobilizador do cuidado como valor; (f) A segurança do bebê como chantagem; (g) Sobre comandantes, aviões e a necessidade de novas analogias; (h) Plano de parto como provocação: negligência e retaliação; (i) Limites para a decisão informada no SUS. O plano de parto funciona como uma ferramenta educativa que provoca rupturas simbólicas na relação hierárquica das mulheres com os profissionais. Como não há uma cultura que promova a tomada conjunta de decisões e porque há uma clara contradição entre o tipo de cuidado que as mulheres demandam e a atenção que os profissionais estão preparados e dispostos a oferecer, o plano de parto pode resultar em negligência e retaliação. Pode ser útil na construção de linhas de cuidado entre as instituições. Um modelo a ser discutido deveria garantir espaço para singularidades socioculturais, para a explicação dos momentos em que procedimentos podem ser necessários e também espaço para divulgação de locais de assistência mais amigáveis às mulheres e aos quais a mulher pode recorrer no caso de violação de direitos. / Birth care in Brazil is marked by strong predominance of unnecessary interventions at the expense of values such as care. Some policies have been developed in order to change such a scenario but with slow results. There are also some strategies and tools developed and disseminated among women themselves. One of those is the construction of the birth plan, which aims to inform and expand participation and decision making during childbirth. Widespread among middle class women, this tool has been used in some primary care services in the country such as UBS Thérsio Ventura/São Paulo, a training field for the course of Midwifery EACH/USP. This study aimed to understand and analyse the use of birth plan between women who use the public health system and doctors/managers. Using qualitative methodology, empirical data was produced from interviews with women who experienced birth plan in the public system; interviews with doctors/managers; observation of a guidance for the birth plan construction; observation of two support groups at the studied health center, and document analysis of educational materials and documents relating to municipal and national maternal health policies. The material was subjected to content analysis of which the following categories emerged: (a) It is not your disability, but the systems; (b) From poor thing to powerful; (c) Intervention that once was \'help\'; (d) Resistance and negotiation of the encounter; (e) Birth Plan as a mobilizer of care as a value; (e) The safety of the baby as blackmail; (f) About commanders, airplanes and the need for new analogies; (g) Birth plan as defiance: negligence and retaliation; (h) Limits for \'informed decision\' in the public health system. Birth plan functions as an educational tool that causes fissures in the symbolic hierarchical relationship of women in relation to professionals. As there isnt a culture that promotes joint decision-making and because there is a clear contradiction between the type of care women require and what professionals are ready and willing to offer, birth plan can end in neglect and retaliation. It could be useful in building protocols and care between the institutions. A model to be discussed should ensure space for socio-cultural singularities, to the explanation of times that procedures may be required and also space for disclosure of sites to which woman can turn in case of violation of rights.
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O desafio do direito à autonomia: uma experiência de Plano de Parto no SUS / The challenge of the right to autonomy: an experience of birth plan in the health public sectorAndrezzo, Halana Faria de Aguiar 04 October 2016 (has links)
Na assistência ao parto no Brasil, predominam intervenções desnecessárias em detrimento de valores como o cuidado. Algumas políticas públicas têm sido desenvolvidas com o intuito de alterar tal cenário, porém, com lentos resultados. Há também algumas estratégias e ferramentas desenvolvidas e difundidas entre as próprias mulheres. Uma destas é a construção do plano de parto, que objetiva informar e promover uma maior participação durante o parto. Apesar de mais difundida entre camadas médias, tal ferramenta tem sido utilizada em alguns serviços de atenção primária do país como a UBS Thérsio Ventura/São Paulo, campo de estágio para o curso de Obstetrícia EACH/USP. Este estudo objetivou descrever e analisar o uso de plano de parto entre usuárias do SUS e médicos/gestores. De metodologia qualitativa, os dados empíricos foram produzidos a partir de entrevistas com mulheres que vivenciaram a experiência de plano de parto no SUS; entrevistas com médicos/gestores; observação de uma consulta de orientação para o plano e parto; observação de dois grupos de apoio à gestação e ao parto realizados na UBS, e análise documental de material educativo, e de documentos referentes às políticas de saúde materna municipal e nacional. O material foi submetido à análise de conteúdo, da qual emergiram as seguintes categorias: (a) Não é uma incapacidade sua, e sim do sistema; (b) De coitada a poderosa; (c) Intervenção que era ajuda; (d) Resistência e negociação do encontro; (e) Plano de parto como mobilizador do cuidado como valor; (f) A segurança do bebê como chantagem; (g) Sobre comandantes, aviões e a necessidade de novas analogias; (h) Plano de parto como provocação: negligência e retaliação; (i) Limites para a decisão informada no SUS. O plano de parto funciona como uma ferramenta educativa que provoca rupturas simbólicas na relação hierárquica das mulheres com os profissionais. Como não há uma cultura que promova a tomada conjunta de decisões e porque há uma clara contradição entre o tipo de cuidado que as mulheres demandam e a atenção que os profissionais estão preparados e dispostos a oferecer, o plano de parto pode resultar em negligência e retaliação. Pode ser útil na construção de linhas de cuidado entre as instituições. Um modelo a ser discutido deveria garantir espaço para singularidades socioculturais, para a explicação dos momentos em que procedimentos podem ser necessários e também espaço para divulgação de locais de assistência mais amigáveis às mulheres e aos quais a mulher pode recorrer no caso de violação de direitos. / Birth care in Brazil is marked by strong predominance of unnecessary interventions at the expense of values such as care. Some policies have been developed in order to change such a scenario but with slow results. There are also some strategies and tools developed and disseminated among women themselves. One of those is the construction of the birth plan, which aims to inform and expand participation and decision making during childbirth. Widespread among middle class women, this tool has been used in some primary care services in the country such as UBS Thérsio Ventura/São Paulo, a training field for the course of Midwifery EACH/USP. This study aimed to understand and analyse the use of birth plan between women who use the public health system and doctors/managers. Using qualitative methodology, empirical data was produced from interviews with women who experienced birth plan in the public system; interviews with doctors/managers; observation of a guidance for the birth plan construction; observation of two support groups at the studied health center, and document analysis of educational materials and documents relating to municipal and national maternal health policies. The material was subjected to content analysis of which the following categories emerged: (a) It is not your disability, but the systems; (b) From poor thing to powerful; (c) Intervention that once was \'help\'; (d) Resistance and negotiation of the encounter; (e) Birth Plan as a mobilizer of care as a value; (e) The safety of the baby as blackmail; (f) About commanders, airplanes and the need for new analogies; (g) Birth plan as defiance: negligence and retaliation; (h) Limits for \'informed decision\' in the public health system. Birth plan functions as an educational tool that causes fissures in the symbolic hierarchical relationship of women in relation to professionals. As there isnt a culture that promotes joint decision-making and because there is a clear contradiction between the type of care women require and what professionals are ready and willing to offer, birth plan can end in neglect and retaliation. It could be useful in building protocols and care between the institutions. A model to be discussed should ensure space for socio-cultural singularities, to the explanation of times that procedures may be required and also space for disclosure of sites to which woman can turn in case of violation of rights.
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A enfermeira obstétrica frente às transformações de sua prática consequente ao movimento de humanização do campo obstétrico hospitalar / The midwife in the face of changes in practice subsequent to the movement of the humanization of obstetric fieldKarla Gonçalves Camacho 05 March 2010 (has links)
Este estudo de perspectiva histórico-social estuda as transformações das práticas das enfermeiras obstétricas consequente ao movimento de humanização do campo obstétrico hospitalar. Tem por objetivos: identificar o capital global das enfermeiras obstétricas; analisar as concepções das enfermeiras sobre a prática profissional no campo obstétrico hospitalar no contexto do movimento de humanização; discutir as transformações percebidas pelas enfermeiras obstétricas sobre sua prática. Utilizei como método a história oral. Os sujeitos foram 25 enfermeiras que vivenciaram no campo obstétrico hospitalar, antes e após a implementação do movimento de humanização. Os cenários foram seis maternidades municipais do Rio de Janeiro. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. À luz da perspectiva histórica realizarei a análise dos dados, tendo como base os pressupostos de Pierre Bourdieu. A conjuntura obstétrica do nascimento das entrevistadas era a de transição do parto domiciliar para o ambiente hospitalar. O cenário do parto e nascimento de muitas delas foi uma instituição pública de saúde ou conveniada. As agentes são oriundas de famílias humildes, com pouco capital econômico e cultural. Ressalta-se que as condições de acumulação de capital destas enfermeiras, à época, foram proporcionais às oportunidades que tiveram no campo social em que se encontravam e do processo de socialização. Algumas, após o curso de graduação em enfermagem, buscaram a especialização para adquirir um certificado, que lhes aumentasse o volume de capital e as legitimasse para a realização da assistência ao parto normal. O contexto político onde muitas adquiriram o título de especialista era o de implementação do modelo humanizado no campo obstétrico do município do Rio de Janeiro, favorável para a redução de práticas intervencionistas à parturiente com o incentivo ao parto normal focado na autonomia e no empoderamento feminino. Desse modo, as enfermeiras perceberam que as lutas dos agentes no campo obstétrico para a implantação de um novo modo de agir na obstetrícia foram importantes no processo de mudança de suas práticas. Especificamente sobre as transformações de sua práticas elas evidenciaram que, com esse movimento social e político elas passaram a ver e a assistir a mulher, de forma mais próxima, mais humanizada através da aquisição de capital cultural eficiente, outra evidência destacada foi quanto à questão das lutas, houve o reconhecimento de que as lutas foram importantes no processo de mudança, pois com estas foi possível adquirir lucros simbólicos significativos que permitiram gerar mudanças de posição e de práticas obstétricas no campo hospitalar. / This historical prospective study of social studies the changing practices of Obstetric Nurses (midwives) to the consequent movement of the humanization of obstetric field hospital. Its goals: to identify the global capital of midwives, to analyze the opinions of nurses on the practice field obstetric hospital in the context of humanization movement, to discuss the changes seen by the midwives on the practice. I used as a method of oral history. The subjects were twenty-five nurses who experienced obstetric hospital in the field before and after the implementation of humanization movement. The scenarios were six maternity hospitals in Rio de Janeiro. The technique of data collection was a semi-structured interview. In the light of historical perspective will perform data analysis, based on the assumptions of Pierre Bourdieu. The situation obstetric birth of the interviewees was the transition from home birth to hospital. The scene of childbirth for many of them was a public health institution or outsourced. The agents are from poor families, with little economic and cultural capital. It is emphasized that the conditions of capital accumulation of these nurses at the time were proportional to the opportunities they had in the social field they were in and the process of socialization. Some, after the undergraduate course in nursing have sought to acquire a specialization certificate, they increase the amount of capital and to legitimize the performance of normal delivery assistance. The political context where many have acquired the specialist title was the implementation of a humanized model in the field of obstetric Rio de Janeiro, favorable for the reduction of interventionist practices for women during childbirth to the promotion of normal birth focus on autonomy and female empowerment. Thus, the nurses realized that the struggles of workers in the field ward for the deployment of a new way of acting in obstetrics were in the process of changing their practices. Specifically on the transformation of their practice they showed that with this social and political movement they began to see and watch women as a closer, more human through the acquisition of cultural capital efficient, other evidence has highlighted the question of fighting, there was the recognition that the fights were in the process of change, because these could be acquired symbolic profits that have produced significant changes in position and obstetrical practices in hospitals.
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A busca pelo parto natural e motivações para o preparo do assoalho pélvico com o epi-noSantos, Silvana dos 26 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-26 / This work entitled "The search for natural childbirth and motivations to prepare the pelvic diaphragm with the epi-no" has as main objectives: to understand the elements involved in the choice of women for natural childbirth, identify motivations for the preparation of the pelvic diaphragm with the epi-no, seeking natural childbirth and identify the components that facilitate and those that hinder this choice. Was carried out with women who were part of the Epi-no Program, Health Laboratory initiative of Women of University of São Paulo, between 2013 and 2014. This is a qualitative research, for which we used as theoretical and methodological approach, Feminism Dialogic proposed by Lygia Puigvert (2001) and the Critical Communicative Methodology (MCC) proposed by Gomez et al (2006), both anchored in theoretical frameworks of Dialogic Learning, which in turn are based on concept of Communicative Action Habermas (1999) and dialogical of Paulo Freire (1994; 2005). The MCC seeks to identify the transformative dimensions, that is, those that promote or facilitate, in this case, a pleasurable experience of childbirth and cause difficulties dimensions, that is, those that represent a barrier to this experience, both relating to the categories of life and world system. Data collection began in November / 2013, and the analysis was organized as the basic level of analysis proposed by the MCC. Eight women were interviewed, seven of them completed the two phases of the communicative account, according to the methodology and there was canceling an interview, due to loss of material. The women were between 22 and 38 years with predominance of age above 30 years, all had a partner, five were primiparous (1st pregnancy) and two multiparous (2 or more pregnancies), with a history of cesarean section and abortion and all performed in childbirth hospital environment. The results showed that the discovery of pregnancy urged to talk with family, friends and health professionals about natural childbirth; aroused the personal search for information (books, magazines, internet, support groups natural childbirth); motivated to prepare the pelvic diaphragm with epi-no, among others. Childbirth, previously seen as traumatic and surrounded interventions (oxytocin, episiotomy, Kristeller) and suffering, in general gained a new meaning, exchanging a traumatic experience for a autonomous, self-control, fulfilling and unforgettable experience. The dimensions that transformed the labor context were linked to the experience of women and were related to world of life category. The analysis showed that they were more promising than category system, in other words , institutions, spaces, organization systems and guidelines governed by power or money. The processing dimensions were represented by groups who take the initiative to provide the dissemination of knowledge to women or who brought innovations (epi-no equipment, for example). In the case of cause difficulties dimensions, it was observed that the elements that related to the system and those related to the world of life is presented in similar numbers, showing that the woman is motivated to prepare the natural birth is difficult, both in his personal / family life, as in institutions. This work demonstrated that the changes initiated in the world of life category and that women rethought their way to see the birth, overcame their fears and naturelly tried to "convince" people around them. In the population studied was noted that the epi-no reduced lacerations, episiotomies warned, however in some cases did not prevent lacerations 1st degree. It is hoped that this work contribute to reflections on the delivery care model in order to rescue the female autonomy in childbirth and reduce myths and anxiety around the issue, reaffirming the importance, both from a personal point of view as a social and epidemiological , to follow the recommendations of the World Health Organization, as regards the issue of labor and birth. / O presente trabalho intitula-se A busca pelo parto natural e motivações para o preparo do assoalho pélvico com o epi-no e teve como principais objetivos: compreender os elementos envolvidos na escolha da mulher pelo parto natural, identificar motivações para o preparo do assoalho pélvico com o epi-no, visando o parto natural e identificar as dimensões que facilitam e aquelas que dificultam essa escolha. Foi realizado com gestantes que faziam parte do Programa de Epi-no, iniciativa do Laboratório de Saúde da Mulher de uma Universidade do interior de São Paulo, entre os anos 2013 e 2014. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, para a qual se utilizou como referencial teórico-metodológico, o Feminismo Dialógico proposto por Lygia Puigvert (2001) e a Metodologia Comunicativa Crítica (MCC) proposta por Gomez et al (2006), ambos ancorados nos referenciais teóricos da Aprendizagem Dialógica, que por sua vez se baseiam no conceito da Ação Comunicativa de Habermas (1999) e na Dialogicidade de Paulo Freire (1994; 2005). A MCC busca identificar as dimensões facilitadoras, ou seja, aquelas que promovem, neste caso, uma vivência prazerosa do parto e as dimensões dificultadoras, ou seja, aquelas que representam uma barreira à esta vivência, relacionando ambas às categorias mundo da vida e sistema. A coleta de dados foi iniciada em novembro/ 2013 e a análise foi organizada conforme o nível básico de análise proposto pela MCC. Foram entrevistadas oito mulheres, sete delas concluíram as duas fases do relato comunicativo, de acordo com a metodologia e houve cancelamento de uma entrevista, devido à perda de material. As mulheres tinham entre 22 e 38 anos com predominância de idade acima dos 30 anos, todas tinham companheiro, cinco eram primíparas (1ª gestação) e duas multíparas (2 ou mais gestações), com histórico de cesárea e abortos e todas realizaram o parto no ambiente hospitalar. Os resultados mostraram que a descoberta da gravidez incitou, nessas mulheres, curiosidade em dialogar com familiares, amigos e profissionais da saúde sobre o parto natural; despertou a busca pessoal por informações (livros, revistas, internet, grupos de apoio ao parto natural); motivou para o preparo do assoalho pélvico com o epi-no, entre outros. O parto, visto anteriormente como traumático e cercado de intervenções (ocitocina, episiotomia, Kristeller) e sofrimento, em geral ganhou um novo significado e passou de uma experiência traumatizante para uma experiência autônoma, de autocontrole, realizadora e inesquecível. As dimensões que facilitam o contexto do parto estavam ligadas à vivência das mulheres e se relacionaram a categoria mundo da vida. A análise mostrou que foram mais promissoras do que aquelas que se apresentaram a categoria sistema, ou seja, as instituições, espaços, sistemas de organização e diretrizes reguladas pelo poder ou dinheiro. As dimensões facilitadoras foram representadas por grupos que tomam a iniciativa de proporcionar a difusão de conhecimento para as mulheres ou que trouxeram inovações (equipamento epi-no, por exemplo). No caso das dimensões dificultadoras, observou-se que, os elementos que se relacionaram ao sistema e os que se relacionaram ao mundo da vida se apresentaram em números equiparados, demonstrando que a mulher que se motiva para o preparo do parto natural encontra dificuldades, tanto em sua vida pessoal/familiar, quanto nas instituições. Este trabalho demonstrou que as mudanças iniciaram no mundo da vida e que as mulheres repensaram sua forma de ver o parto, superaram seus medos e tentaram contagiar as pessoas em seu entorno. Na população estudada notou-se que o epi-no reduziu as lacerações, preveniu episiotomias, porém em alguns casos não evitou lacerações de 1º grau. Espera-se com este trabalho contribuir para reflexões acerca do modelo de atenção ao parto, de forma a resgatar a autonomia feminina no parto e reduzir mitos e ansiedade em torno do tema, reafirmando a importância, tanto do ponto de vista pessoal como social e epidemiológico, de atender as recomendações da Organização Mundial da Saúde, no que se refere às questões do parto e nascimento.
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A enfermeira obstétrica frente às transformações de sua prática consequente ao movimento de humanização do campo obstétrico hospitalar / The midwife in the face of changes in practice subsequent to the movement of the humanization of obstetric fieldKarla Gonçalves Camacho 05 March 2010 (has links)
Este estudo de perspectiva histórico-social estuda as transformações das práticas das enfermeiras obstétricas consequente ao movimento de humanização do campo obstétrico hospitalar. Tem por objetivos: identificar o capital global das enfermeiras obstétricas; analisar as concepções das enfermeiras sobre a prática profissional no campo obstétrico hospitalar no contexto do movimento de humanização; discutir as transformações percebidas pelas enfermeiras obstétricas sobre sua prática. Utilizei como método a história oral. Os sujeitos foram 25 enfermeiras que vivenciaram no campo obstétrico hospitalar, antes e após a implementação do movimento de humanização. Os cenários foram seis maternidades municipais do Rio de Janeiro. A técnica de coleta de dados foi a entrevista semiestruturada. À luz da perspectiva histórica realizarei a análise dos dados, tendo como base os pressupostos de Pierre Bourdieu. A conjuntura obstétrica do nascimento das entrevistadas era a de transição do parto domiciliar para o ambiente hospitalar. O cenário do parto e nascimento de muitas delas foi uma instituição pública de saúde ou conveniada. As agentes são oriundas de famílias humildes, com pouco capital econômico e cultural. Ressalta-se que as condições de acumulação de capital destas enfermeiras, à época, foram proporcionais às oportunidades que tiveram no campo social em que se encontravam e do processo de socialização. Algumas, após o curso de graduação em enfermagem, buscaram a especialização para adquirir um certificado, que lhes aumentasse o volume de capital e as legitimasse para a realização da assistência ao parto normal. O contexto político onde muitas adquiriram o título de especialista era o de implementação do modelo humanizado no campo obstétrico do município do Rio de Janeiro, favorável para a redução de práticas intervencionistas à parturiente com o incentivo ao parto normal focado na autonomia e no empoderamento feminino. Desse modo, as enfermeiras perceberam que as lutas dos agentes no campo obstétrico para a implantação de um novo modo de agir na obstetrícia foram importantes no processo de mudança de suas práticas. Especificamente sobre as transformações de sua práticas elas evidenciaram que, com esse movimento social e político elas passaram a ver e a assistir a mulher, de forma mais próxima, mais humanizada através da aquisição de capital cultural eficiente, outra evidência destacada foi quanto à questão das lutas, houve o reconhecimento de que as lutas foram importantes no processo de mudança, pois com estas foi possível adquirir lucros simbólicos significativos que permitiram gerar mudanças de posição e de práticas obstétricas no campo hospitalar. / This historical prospective study of social studies the changing practices of Obstetric Nurses (midwives) to the consequent movement of the humanization of obstetric field hospital. Its goals: to identify the global capital of midwives, to analyze the opinions of nurses on the practice field obstetric hospital in the context of humanization movement, to discuss the changes seen by the midwives on the practice. I used as a method of oral history. The subjects were twenty-five nurses who experienced obstetric hospital in the field before and after the implementation of humanization movement. The scenarios were six maternity hospitals in Rio de Janeiro. The technique of data collection was a semi-structured interview. In the light of historical perspective will perform data analysis, based on the assumptions of Pierre Bourdieu. The situation obstetric birth of the interviewees was the transition from home birth to hospital. The scene of childbirth for many of them was a public health institution or outsourced. The agents are from poor families, with little economic and cultural capital. It is emphasized that the conditions of capital accumulation of these nurses at the time were proportional to the opportunities they had in the social field they were in and the process of socialization. Some, after the undergraduate course in nursing have sought to acquire a specialization certificate, they increase the amount of capital and to legitimize the performance of normal delivery assistance. The political context where many have acquired the specialist title was the implementation of a humanized model in the field of obstetric Rio de Janeiro, favorable for the reduction of interventionist practices for women during childbirth to the promotion of normal birth focus on autonomy and female empowerment. Thus, the nurses realized that the struggles of workers in the field ward for the deployment of a new way of acting in obstetrics were in the process of changing their practices. Specifically on the transformation of their practice they showed that with this social and political movement they began to see and watch women as a closer, more human through the acquisition of cultural capital efficient, other evidence has highlighted the question of fighting, there was the recognition that the fights were in the process of change, because these could be acquired symbolic profits that have produced significant changes in position and obstetrical practices in hospitals.
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