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[en] THE OPEN FUTURE: JACOB BURCKHARDT, G.W.F. HEGEL AND THE PROBLEM OF HISTORICAL CONTINUITY / [pt] O FUTURO ABERTO: JACOB BURCKHARDT, G.W. F. HEGEL E O PROBLEMA DA CONTINUIDADE HISTÓRICAJANAINA PEREIRA DE OLIVEIRA 11 July 2007 (has links)
[pt] A modernidade tem na noção de contingência um de seus
atributos mais
marcantes. Isso significa que, na era moderna, vacilam os
modos tradicionais de
atribuição de sentido às coisas do mundo. É possível
afirmar que tal situação
ocorre em virtude, principalmente, da alteração que a
idéia de progresso promove
nas formas de apreensão da temporalidade histórica. O
progresso, enquanto
qualidade de aperfeiçoamento ilimitado do homem, afasta ao
infinito o horizonte
teológico que, até então, determinava o futuro. Assim, na
modernidade, o futuro
se torna aberto à indeterminação, situação que se traduz
no rompimento dos elos
que mantinham unidos passado, presente e futuro, tal como
se pode perceber na
perda de validade do tradicional topos Historia Magistra
Vitae. Para o historiador
Reinhart Koselleck, este momento, que equivale ao
descompasso definitivo entre
as categorias espaço de experiência e horizonte de
expectativa, tem na Revolução
Francesa seu apogeu. A partir da Revolução o homem moderno
se vê forçado a
buscar um elenco alternativo de explicações para os
acontecimentos, capaz de
lidar com a aceleração do tempo, com a transitoriedade
instalada em um presente
cada vez mais fugaz, com a contingência. A tese toma o
problema da continuidade
histórica como ponto de partida para refletir sobre os
modos pelos quais, no
período pós-revolucionário, passou-se a estabelecer a
relação entre futuro,
presente e passado, considerando o atributo da
contingência que permeia a vida
moderna. Para tanto, elegemos como objetos de análise e
comparação duas
perspectivas sobre a história: aquela elaborada por Jacob
Burckhardt em sua
historiografia da cultura; e aquela formulada por G.W.F
Hegel em sua filosofia da
história. / [en] Modernity has in the idea of contingency one of its most
defining
attributes. This means that the traditional modes of
assign sense for things of the
world hesitate at modern age. One can say that this
situation occurs mainly in face
of the modification the idea of progress causes on the
apprehending modes of
historical temporality. Progress, as the quality of man´s
unlimited improvement,
removes to the infinite the theological horizon that until
then determined the
future. In this manner, at modernity, the future becomes
opened to
indetermination, a situation translated as the rupture of
the links that had kept
together past, present and future as it can be perceived
in the loss of validity of the
traditional topos Historia Magistra Vitae. This moment,
which is to the historian
Reinhart Koselleck equal to the definitive disagreement
between the categories
space of experience and horizon of expectation, has its
culmination in the French
Revolution. From the Revolution on, man is forced to find
out an alternative cast
of explanations for the events, capable to deal with the
temporal acceleration, with
the trasitoriness settled at a present more and more
ephemeral, with the
contingency. The dissertation takes the problem of
historical continuity as a
starting point to the reflection on the ways in which the
relation between future,
present and past occurred at the post-revolutionary
period, taking into
consideration the attribute of contingency that permeates
modern life. Therefore
we choose as objects for analysis and comparison two
perspectives about history:
the one elaborated by Jacob Burckhardt in his cultural
historiography; and that
formulated by G.W.F. Hegel on his philosophy of history.
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Conversão e reconversão : a circulação internacional dos filosofos de origem catolica / Conversion and recorversion : the international circulation from the philosophers with an catholic originFerreira, Daniela Maria 17 December 2007 (has links)
Orientador: Leticia Bicalho Canedo / Tese (doutorado) - Universidade Estadudal de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-09-11T21:10:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: O objetivo desta pesquisa é contribuir para a compreensão do campo filosófico brasileiro, por meio do estudo de um grupo específico de filósofos, cuja formação escolar e socialização se deram no Brasil e no exterior (Roma e Louvain), graças à Igreja Católica. O estudo procura também suprir uma lacuna bibliográfica, ao abordar os aspectos históricos e sociais da institucionalização da Filosofia no Brasil. Para tanto, tomando como ponto de partida a instauração do primeiro curso universitário de Filosofia (FFLCH-USP), o trabalho apresenta: 1) a reconstituição do espaço filosófico brasileiro e a transformação ocorrida nesse espaço, em especial, com a inserção de um grupo de intelectuais, os filósofos de origem católica; 2) a descrição e a análise da trajetória social desses agentes ex- seminaristas, ex- religiosos e militantes católicos (17 no total), visando compreender a forma pela qual se deu o seu processo de entrada no campo filosófico. / Abstract: Not informed. / Doutorado / Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte / Doutor em Educação
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A arquitetura do destino: a ciência do futuro e a teoria da história em O ano 2000 (1967), de Herman Kahan e Anthony J. Wiener / The architecture of the destination: science of the future and theory of the history in the The Year 2000 (1967), of the Herman Kahn and Anthony J. WienerAndrioni, Fabio Sapragonas 22 June 2010 (has links)
A dissertação apresenta a visão de história que compõe o método de especulação e planejamento do futuro exposto no livro O ano 2000, de 1967, escrito por Herman Kahn e Anthony J. Wiener. O trabalho consiste na investigação das idéias e conceitos empregados no método, assim como nos resultados gerais da especulação e do planejamento do futuro, visando expor as influências de outros autores, idéias e conceitos, além dos diversos contextos que se articulam na obra. A dissertação visa mostrar como se constituiu o pensamento futurista de Kahn e Wiener em relação à história, a saber, uma visão progressista, porém não mais linear e como um produto da razão inerente ao homem, mas como um progresso que é conquistado a cada momento do presente pelo esforço humano em planejar o futuro. A história aparece assim como um desenvolvimento macro-histórico, que explica os desenvolvimentos passados e as possibilidades futuras, e, ainda, como um conjunto de exemplos heurísticos para pensar como as possibilidades futuras podem se manifestar factualmente. A pesquisa conclui que o pensamento futurista é um objeto de estudo muito rico para os historiadores por sua apropriação da história, pela representatividade como fenômeno histórico e por sua abrangência como parte da vida contemporânea. / This dissertation approaches the view of history embedded in the method of future speculation and planning set out in the book The year 2000, written in 1967, by Herman Kahn and Anthony J. Wiener. This work consists in investigating the ideas and concepts in the method, as well as in overall results of future speculation and planning, in order to expose the influences of other authors, ideas and concepts and the various contexts articulated in the book. We here try to show how the futurist thinking of Kahn and Wiener understood history, namely, a view of progress however no longer linear or a product of a reason inherent to man, but a progress achieved every moment by human effort in planning the future. Thus, history appears as a macro-historical development that explains past developments and future possibilities, and also as a set of heuristic examples to consider how future possibilities can manifest factually. The research concludes that futurist thinking is a valuable study object to historians for its appropriation of history, for its importance as a historical phenomenon and for its significance as part of the contemporary life.
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Criminal law and the Scottish moral traditionKennedy, Chloe Jane Sophia January 2014 (has links)
This thesis presents an account of the development of Scots criminal law which concentrates on the influence of the Scottish moral tradition, as epitomised by Calvinist theological doctrine and Scottish Enlightenment moral philosophy. It argues that there are several crucial but seldom-acknowledged points of similarity between the Calvinist aim of creating a holy community and key tenets of eighteenth century Scottish moral thought, which rest upon community-oriented conceptions of the nature of morality and society. Both these shared conceptions and the particular ways they are expressed in Calvinist creed and Enlightenment philosophy are shown to have had a bearing on the way that Scots criminal law changed over time. The areas in which this influence is demonstrated are: the scope and principles of the law, i.e. the type of conduct that was punishable and the arguments that were put forward to justify its prohibition; the attribution of criminal responsibility (and non-responsibility); and the importance of mental state. It is argued that in each of these discrete areas changing perspectives on the nature of morality and human agency had a palpable impact on both legal doctrine and practice. When these different areas of the law are viewed as a whole and in historical perspective, the formative force of the Scottish moral tradition becomes clear and its influence can be seen to have extended into the contemporary law. The thesis therefore provides an original interpretation of the history of Scots criminal law by considering its sources and institutions from hitherto unexplored theological and moral perspectives, whilst simultaneously enhancing scholarly appreciation of certain aspects of the contemporary law that appear unusually moralistic. It also makes a broader contribution to socio-historic scholarship and strengthens its position as a recognised and worthwhile discipline by illustrating, using a concrete legal system, how legal history can enhance debates within criminal law theory and vice versa.
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A Teoria da História de R. G. Collingwood: formação, recepção e principais argumentos / Theory of History of R. G. Collingwood: formation, reception and main argumentsPereira, Gustavo Freitas 23 September 2011 (has links)
R. G. Collingwood (1889-1943) representa, para a cena intelectual inglesa da primeira metade do século XX, a retomada da reflexão sobre os problemas epistemológicos suscitados pela História. Collingwood enquanto estudante de graduação em Oxford absorveu elementos importantes do debate realismo-idealismo do século XIX. Figuras importantes como Cook Wilson, E. F. Carritt, T. H. Green e F. H. Bradley despertaram a consciência de Collingwood sobre a importância das questões em Teoria do Conhecimento e, sobretudo, sobre a importância da Teoria da História. Para Collingwood, a principal tarefa da Filosofia do século XX era reconciliar-se com os francos desenvolvimentos da História. Seguindo o exemplo dos efeitos da Revolução Copernicana, que forçaram um deslocamento da própria Filosofia em direção às ciências físicas, a História, para Collingwood, no século XX, impõe um sismo ao terreno da Filosofia. Collingwood arquiteta sua proposta sobre a Teoria da História sobre três pontos fundamentais: a lógica de pergunta e resposta, a doutrina das pressuposições absolutas e o conceito de re-enactment. Nossa proposta aqui é a de oferecer um relato sobre a formação das ideias de Collingwood, avaliar seu impacto original e mais recente e, após isto, comentar a natureza filosófica de seus conceitos fundamentais em Teoria da História. / R. G. Collingwoods (1889-1943) work represents, within the British intellectual scene in the 20th Century, an increase of breath to the thinking and discussion over epistemological questions about historical knowledge. While an undergrad student in Oxford, Collingwood could absorb both realistic and idealistic elementary directions developed from the 19th Century. Ideas from important intellectuals within that context, such as Cook Wilson, T. H. Green, F. H. Bradley and E. F. Carritt, certainly had their effects over the running of Collingwoods ideas shaping. Collingwood would defend later on that the main task for the Philosophy of the 20th Century was to reconcile itself with the methodological advances identifiable in historical research. As the Scientific Revolution did have a major impact in Philosophy in the 17th Century, History, at Collingwoods own time, imposed to Philosophy a change of directions. Collingwood structures his account for a rapprochement between History and Philosophy over three main points: the method of question and answer, the doctrine of absolute and relative presuppositions and the concept of re-enactment. My goal here is to evaluate his formation period tracing, also, the main characteristics to the reception to his thought. After that I try to present and discuss the philosophical nature as well as the criticism to his most acknowledged arguments about Theory of History.
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Franz Kafka e Walter Benjamin: contar do tempo interrompido / Franz Kafka and Walter Benjamin: telling the interrupted timeTomaz Amorim Fernandes Izabel 03 October 2018 (has links)
Esta pesquisa tem como objeto ler as obras de Franz Kafka e Walter Benjamin a partir dos modos de contar o tempo na Modernidade e de sua relação específica com a interrupção. A tese tenta encontrar gestos de interrupção e repetição na estrutura temporal das histórias curtas, contidas em Contemplação e Um médico rural, da novela A metamorfose e dos romances Amerika ou o Desaparecido, O processo e O castelo de Franz Kafka, assim como na crítica de juventude, na Crítica da violência, na Origem do Drama Barroco alemão, em alguns ensaios da década de 1930, em alguns cadernos das Passagens e nas teses Sobre o conceito de história de Walter Benjamin, buscando estabelecer assim uma relação histórica mais ampla com a sensibilidade moderna do tempo e as possibilidades, interrompidas ou não, do seu contar, como tendência ampla que se lança até a contemporaneidade. Tenta-se mostrar, sobretudo, a maneira com que a interrupção surge nestas obras ao mesmo tempo como cura e sintoma da Modernidade, objetivo a ser alcançado e obstáculo ao seu cumprimento. / This research aims to read the works of Franz Kafka and Walter Benjamin from the perspective of the ways of telling time in Modernity and their specific relation to interruption. The thesis attempts to find gestures of interruption and repetition in the temporal structure of Kafkas short stories, contained in \"Contemplation\" and \"A rural doctor\", the novella \"The metamorphosis\" and the novels \"Amerika or The disappeared\", \"The trial\" and \"The castle\", as well as in Benjamins youth criticism, in \"The critique of violence\", in \"The origin of German Tragic Drama\", in some essays of the 1930s, in the \"Passages\" work and in the theses \"On the concept of History\", seeking to establish a broader historical relationship with the modern sensibility of time and the possibilities, interrupted or not, of its telling, as a broad tendency that spreads to the present. The thesis tries to point, above all, the manner in which the interruption arises in these works as, at the same time, a cure and symptom of Modernity, a goal to be achieved and an obstacle to its own fulfillment.
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A arquitetura do destino: a ciência do futuro e a teoria da história em O ano 2000 (1967), de Herman Kahan e Anthony J. Wiener / The architecture of the destination: science of the future and theory of the history in the The Year 2000 (1967), of the Herman Kahn and Anthony J. WienerFabio Sapragonas Andrioni 22 June 2010 (has links)
A dissertação apresenta a visão de história que compõe o método de especulação e planejamento do futuro exposto no livro O ano 2000, de 1967, escrito por Herman Kahn e Anthony J. Wiener. O trabalho consiste na investigação das idéias e conceitos empregados no método, assim como nos resultados gerais da especulação e do planejamento do futuro, visando expor as influências de outros autores, idéias e conceitos, além dos diversos contextos que se articulam na obra. A dissertação visa mostrar como se constituiu o pensamento futurista de Kahn e Wiener em relação à história, a saber, uma visão progressista, porém não mais linear e como um produto da razão inerente ao homem, mas como um progresso que é conquistado a cada momento do presente pelo esforço humano em planejar o futuro. A história aparece assim como um desenvolvimento macro-histórico, que explica os desenvolvimentos passados e as possibilidades futuras, e, ainda, como um conjunto de exemplos heurísticos para pensar como as possibilidades futuras podem se manifestar factualmente. A pesquisa conclui que o pensamento futurista é um objeto de estudo muito rico para os historiadores por sua apropriação da história, pela representatividade como fenômeno histórico e por sua abrangência como parte da vida contemporânea. / This dissertation approaches the view of history embedded in the method of future speculation and planning set out in the book The year 2000, written in 1967, by Herman Kahn and Anthony J. Wiener. This work consists in investigating the ideas and concepts in the method, as well as in overall results of future speculation and planning, in order to expose the influences of other authors, ideas and concepts and the various contexts articulated in the book. We here try to show how the futurist thinking of Kahn and Wiener understood history, namely, a view of progress however no longer linear or a product of a reason inherent to man, but a progress achieved every moment by human effort in planning the future. Thus, history appears as a macro-historical development that explains past developments and future possibilities, and also as a set of heuristic examples to consider how future possibilities can manifest factually. The research concludes that futurist thinking is a valuable study object to historians for its appropriation of history, for its importance as a historical phenomenon and for its significance as part of the contemporary life.
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A Teoria da História de R. G. Collingwood: formação, recepção e principais argumentos / Theory of History of R. G. Collingwood: formation, reception and main argumentsGustavo Freitas Pereira 23 September 2011 (has links)
R. G. Collingwood (1889-1943) representa, para a cena intelectual inglesa da primeira metade do século XX, a retomada da reflexão sobre os problemas epistemológicos suscitados pela História. Collingwood enquanto estudante de graduação em Oxford absorveu elementos importantes do debate realismo-idealismo do século XIX. Figuras importantes como Cook Wilson, E. F. Carritt, T. H. Green e F. H. Bradley despertaram a consciência de Collingwood sobre a importância das questões em Teoria do Conhecimento e, sobretudo, sobre a importância da Teoria da História. Para Collingwood, a principal tarefa da Filosofia do século XX era reconciliar-se com os francos desenvolvimentos da História. Seguindo o exemplo dos efeitos da Revolução Copernicana, que forçaram um deslocamento da própria Filosofia em direção às ciências físicas, a História, para Collingwood, no século XX, impõe um sismo ao terreno da Filosofia. Collingwood arquiteta sua proposta sobre a Teoria da História sobre três pontos fundamentais: a lógica de pergunta e resposta, a doutrina das pressuposições absolutas e o conceito de re-enactment. Nossa proposta aqui é a de oferecer um relato sobre a formação das ideias de Collingwood, avaliar seu impacto original e mais recente e, após isto, comentar a natureza filosófica de seus conceitos fundamentais em Teoria da História. / R. G. Collingwoods (1889-1943) work represents, within the British intellectual scene in the 20th Century, an increase of breath to the thinking and discussion over epistemological questions about historical knowledge. While an undergrad student in Oxford, Collingwood could absorb both realistic and idealistic elementary directions developed from the 19th Century. Ideas from important intellectuals within that context, such as Cook Wilson, T. H. Green, F. H. Bradley and E. F. Carritt, certainly had their effects over the running of Collingwoods ideas shaping. Collingwood would defend later on that the main task for the Philosophy of the 20th Century was to reconcile itself with the methodological advances identifiable in historical research. As the Scientific Revolution did have a major impact in Philosophy in the 17th Century, History, at Collingwoods own time, imposed to Philosophy a change of directions. Collingwood structures his account for a rapprochement between History and Philosophy over three main points: the method of question and answer, the doctrine of absolute and relative presuppositions and the concept of re-enactment. My goal here is to evaluate his formation period tracing, also, the main characteristics to the reception to his thought. After that I try to present and discuss the philosophical nature as well as the criticism to his most acknowledged arguments about Theory of History.
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Quando a história também é futuro: as concepções de tempo passado, de futuro e do Brasil em Herman Kahn e no Hudson Institute (1947-1979) / When the history is also future: the conception of past time, of future and of Brazil in Herman Kahn and Hudson Institute (1947-1979)Andrioni, Fabio Sapragonas 19 December 2014 (has links)
O objeto desta dissertação é uma ideia de futuro, ou seja, como o futuro foi compreendido dentro de um dado momento histórico e de acordo com certas condições. A ideia de futuro aqui analisada centra-se em torno de Herman Kahn, físico, estrategista militar e futurista. A constituição dessa ideia de futuro, contudo, não ocorreu afastada de uma compreensão de história. Para entendermos como ocorreu esse diálogo entre passado, presente e futuro, baseamo-nos nos conceitos propostos por Koselleck de espaço de experiência e horizonte de expectativa, assim como em alguns pontos do que o autor propõe como história dos conceitos. O início da formulação da ideia de futuro aqui analisada se deu no famoso think tank estadunidense que prestava consultoria à Força Aérea dos EUA, a RAND Corporation. Nesse período, o futuro é interpretado no curto prazo e pensado, no máximo, quinze anos à frente, e a história usada é recente, remetendo às I e II Guerras. Portanto, são questões restritas à segurança nacional e à defesa dos EUA e às relações com a Ásia e a Europa. Porém, ao lançar o seu primeiro e polêmico livro, On thermonuclear war, em 1960, no qual analisava, com detalhes, as possibilidades de uma guerra nuclear e como o país poderia se reerguer após ela, Kahn saiu da RAND e fundou seu próprio think tank, o Hudson Institute, em 1961. Acompanhando uma mudança de orientação de governo dos EUA e passando por dificuldades financeiras ao longo da década de 60 e 70, o Hudson Institute e Herman Kahn ampliaram, pouco a pouco, o tempo futuro analisado, chegando, em 1976, no livro The next 200 years, a prever duzentos anos à frente. Correspondendo a isso, havia também um recuo para o passado, alcançando o ano de 8000 a.C. Nesse momento, o Hudson Institute não mais trabalhava somente com as questões estadunidenses, mas também tinha uma atuação em âmbito mundial, visando influenciar empresas multinacionais e governos de outros países. Entre os governos pretendidos, estava o brasileiro. Porém, com projetos polêmicos e dados incertos e cambiantes, Kahn e o HI sofreram uma crítica impiedosa, sarcástica e agressiva no Brasil, o que nos permite verificar as falhas do método futurológico de Kahn e a política do governo brasileiro por trás das críticas. Por fim, toda essa exposição dos estudos futuros elaborados por Kahn desde 1947 até 1979 também nos permite refletir sobre a história e suas relações com o presente e o futuro e propor que para uma formulação sobre o futuro ou sobre o passado há, embutida, outra formulação sobre o tempo oposto. / The object of this dissertation is an idea of future or, more specifically, how the future was comprehended in a given historical moment and under certain conditions. This idea of future in our analysis is centered on Herman Kahn, a physic, military strategist and futurist. The constitution of this idea of future was not separated from a comprehension of history and it established a link between among past, present and future. To build it we based on Kosellecks concepts of space of experience and horizon of expectation and we used some ideas from Kosellecks conceptual history. Kahns idea of future started at RAND Corporation, the famous American think tank that advised the US Air Force. At that period, the future was only short term, it was thought at most fifteen years ahead and historical references were also recent, going back only until I and II Wars. Thus, the questions were restricted to the national security, the US defense and the relations with Asia and Europe. After his first book, On thermonuclear war, in 1960, Herman Kahn abandoned RAND. The book was very polemical. Kahn analyzed and accounted in details how a nuclear war could happen and how the country could rise after it. Out of RAND, Kahn established his own think tank, the Hudson Institute, in 1961. Hudson Institute and Herman Kahn widened the time analyzed, reaching two hundred years to the future and ten thousand year to the past in the book The next 200 years, in 1976. This broadened future accompanied a change of US government orientation and some financial difficulties faced by Hudson Institute that stretched for the sixties and the seventies. Beyond that, Hudson Institute was operating not only with American issues, but it was also working with world issues intending to influence multinational corporations and other countries. One of these countries was Brazil. However, in Brazil, Kahn and Hudson Institute suffered ruthless, sarcastic and aggressive critics due to polemical plans and changing and uncertain data. So the Brazilian critics were based on some mistakes of Kahn future study method, but they were based in an emphatic Brazilian government policy. We believe this exposition and analysis of Herman Kahns future studies since 1947 to 1979 provide us a deep reflection about history and the relations among past, present and future, so it is possible to state that some future or past formulation has embedded an implicit formulation about the opposite time.
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Democracy and Tragedy in Ancient Athens and TodayMark Chou Unknown Date (has links)
Democracy and tragedy were intrinsically linked during the time of the Athenian city-state. Yet this symbiosis, vital as it was then, is largely forgotten today. The dearth of serious political discussion is all the more puzzling since political scientists and international relations scholars write extensively on tragedy and democracy, often via a return to ancient Athens. However, these efforts have largely neglected the intrinsic links between democracy and tragedy; preferring instead to focus on either democracy or tragedy. Exploration of their essential links has, by and large, become confined to studies in philology and cultural history. The objective of this Thesis is to explore the contemporary political relevance of the ancient symbiosis of democracy and tragedy. It argues that the most politically important insight of this symbiosis today stems from tragedy’s so-called multivocal form: its ability to bring a variety of – otherwise marginalised – stories, characters and voices onto the public stage and into democratic debate. In particular, this Thesis explores two novel lessons that tragedy’s multivocal form can potentially teach contemporary democrats seeking to extend the institutions and procedures of democracy in the age of globalisation. The first is the understanding that the idea and practice of democracy should not be solely concerned with the institution of order in political life. Tragedy teaches us the lesson that while order is necessary for a stable and productive communal existence sites of disorder too provide insights into dilemmas posed by political instability, inequality, exclusion, and flux. A truly democratic order must seek to include and give voice to democratic disorder. Given this, the second lesson that this Thesis highlights from its study of Athenian tragedy’s multivocal form is the need to draw on both factual and fictional sources of knowledge in an effort to negotiate and overcome contemporary democratic dilemmas. Only by broadening the scope of reality, through a resort to fiction, can democrats hope to legitimate a variety of – otherwise marginalised – stories, characters and voices today.
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