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O dispositivo da sexualidade e seu redimensionamento à luz da biopolÃtica: uma reflexÃo foucaultiana / The device of sexuality and its resizing in the light of biopolitics: a foucaultian reflectionJanaina de Souza Monteiro 14 June 2017 (has links)
nÃo hà / O presente trabalho dissertativo se propÃe compreender como Michel Foucault (1926-1984), em seus estudos mapeadores dos diferentes mecanismos de poder que compÃem e sustentam a sociedade moderna, descobre o dispositivo de sexualidade e seu redimensionamento operacional, quando se transmuta numa tecnologia de controle biopolÃtico. Ele procura demonstrar, nesse itinerÃrio, a hipÃtese de que ainda nos dias atuais tal tecnologia de controle à patente, voltando-se continuamente ao seu prÃprio aperfeiÃoamento â atravÃs de um procedimento estatal de administraÃÃo dos desejos na esfera dos campos discursivos da sociedade. O dispositivo de sexualidade à exposto por Michel Foucault na obra HistÃria da Sexualidade 1: a vontade de saber (1976), em que o autor se volta fundamentalmente para investigaÃÃo das condiÃÃes de possibilidade da produÃÃo de discursos sobre o sexo. Ademais, entrementes, torna-se patente na obra a busca irrefreÃvel pela constituiÃÃo argumentativa de que o sexo, sob o registro da histÃria de sua produÃÃo discursiva nos marcos da Idade ClÃssica e/ou no decurso da Idade Moderna ocidental, nunca foi factualmente reprimido. Com efeito, em suas pesquisas prÃprias à obra em questÃo, o autor intenta demonstrar que para uma histÃria da sexualidade, justamente nos perÃodos em jogo (Idades ClÃssica e Moderna), sugere-se uma hermenÃutica âem torno e a propÃsito do sexoâ como âuma verdadeira explosÃo discursivaâ, e nÃo enquanto constrangimento no tocante à sua expressividade. Tratar-se-à dessa explosÃo discursiva, de modo a compor um quadro histÃrico-temÃtico preciso, no interior do qual à possÃvel consequentemente observar e refletir filosoficamente acerca da emergÃncia, ou melhor, da irrupÃÃo do dispositivo da sexualidade, enquanto um eixo discursivo majoritariamente institucionalizado a ser complementado Ãquilo que anuncia a sua prÃpria expansÃo nos marcos da biopolÃtica. BiopolÃtica que serà elucidada, juntamente aos diversos dispositivos de poder, nos primeiros dois capÃtulos do escrito. Escrito que terà apenas em seu terceiro momento a problematizaÃÃo direta da sexualidade como dispositivo subsumido ao biopoder. Algumas das principais obras com quais trabalhamos para tanto sÃo, afora HistÃria da sexualidade 1 â a vontade de saber: Vigiar e Punir (1975), Os anormais (2010), Em defesa da sociedade (2002), SeguranÃa, territÃrio, populaÃÃo (2008), Nascimento da biopolÃtica (2008).
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A regulação política da sexualidade no âmbito da família por saberes e instituições médicas brasileiras : 1838-1940 / The political regulation of sexuality in the family sphere by knowledge and medical Brazilian institutions (1838-1940)Cristiane de Oliveira Santos 30 April 2010 (has links)
Esta tese tem como objeto a regulação política da sexualidade no âmbito da família por saberes e instituições médicas brasileiras (1838-1940). Orienta-se pelo interesse em analisar continuidades e descontinuidades na construção de objetos, estratégias e táticas políticas direcionados para a regulação higiênica e eugênica do casamento e da sexualidade infantil. De inspiração foucaultiana, inscreve-se no campo da história dos saberes e está subsidiada por um conjunto heterogêneo de documentos (teses, artigos de periódicos, livros, anais etc.) circunscritos, majoritariamente, ao campo da medicina. Analisa a constituição de uma defesa higiênica dos casamentos no pensamento médico novecentista, voltada para remanejamentos das figuras de esposa e marido na nova configuração de família que começava a se esboçar no Brasil, contrastando-a com a regulação católica da moral sexual colonial. Em seguida, descreve a visibilidade higiênica que a medicina dará a infância no século XIX, problematizando especificamente o interesse pelo tema da masturbação, que articula simultaneamente a família, centrada na figura da mãe, e a escola na convocação de zelar pela criança. Partindo das contradições sociais que se apresentaram na construção do projeto liberal nacional a partir da década de 1870, discute a apropriação do discurso da degenerescência pelo saber médico-psiquiátrico brasileiro, que propiciou uma leitura da brasilidade marcada pelo excesso sexual e pela condição degenerada da miscigenação, a fim de pensar as condições de possibilidade para a emergência do projeto de eugenia matrimonial institucionalizado nas primeiras décadas do século XX e toma como táticas a campanha pela compulsoriedade do exame pré-nupcial, o combate aos casamentos consanguíneos, o controle do contágio venéreo e o aconselhamento sexual dos casais. Analisa a campanha de educação sexual, cuja pretensão de instituir uma sciencia sexual no Brasil, de legitimidade controversa, tinha como horizonte viabilizar uma profilaxia sexual que mitigasse a produção da criminalidade, das perversões sexuais e das doenças nervosas, bem como os desajustes familiares, a partir da fabricação de um novo objeto, qual seja, a sexualidade infantil, no qual incidirá uma nova pedagogia. Nesse particular, aponta particularidades discursivas da difusão das idéias freudianas entre higienistas brasileiros. Finalmente, sinaliza a constituição da higiene mental da criança como um novo domínio para a psiquiatria brasileira, que tomou a intensa circulação afetiva intrafamiliar como ponto de ancoragem para um projeto de normalização social, ainda centrado na eugenia, mas já atravessado por uma psicologia da adaptação. / This thesis focuses on the political regulation of sexuality in the family sphere by knowledge and medical Brazilian institutions (1838-1940). It is guided by the interest in mapping continuities and discontinuities in the construction of objects, strategies and political tactics of intervention, directed toward hygienic and eugenic regulation of marriage and childhood sexuality. Inspired by Foucault, it falls within the field of history of knowledge and is subsidized by a heterogeneous set of documents (theses, journal articles, books, proceedings, etc.) mostly from the scope of medicine. It analyzes the establishment of a hygienic protection of marriage in nineteenth-century medical thought, focused on relocation of the pictures of wife and husband in the new configuration of family that began to take shape in Brazil, contrasting it with the regulation of Catholic sexual colonial morality. It then describes the hygienic visibility medicine will give children in the nineteenth century, specifically exploring the interest in the topic of masturbation, combining both the family, focusing on the mother figure, and the school in the call of caring for the child. On the basis of social contradictions presented themselves in the construction of national liberal project from the 1870s, it discusses the appropriation of the discourse of degeneration from the Brazilian medical-psychiatric knowledge, resulting in a reading of Brazilianness marked by sexual excess and degenerate condition of miscegenation, to consider the conditions of possibility for the emergence of the matrimonial eugenics project institutionalized in early twentieth century and takes as campaign tactics a mandatory premarital screening, combating consanguineous marriages, the control of venereal contagion and sexual counseling of couples. It analyzes the campaign of sexual education, whose claim to establish a sexual science in Brazil, of controversial legitimacy, whose horizon was enabling sexual prophylaxis that mitigated the production of crime, sexual perversions and nervous diseases, as well as family maladjustments, from the manufacture of a new object, namely, the sex of children, which will focus on a new pedagogy. In particular, it points the particular discursive dissemination of Freud's ideas among Brazilian hygienists about childhood sexuality. Finally, it signals the formation of the mental hygiene of the child as a new domain for psychiatry in Brazil, which took the intense circulation within the family as emotional anchor for a project of social normalization, still focused on eugenics, but now crossed by a psychology of adaptation.
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A regulação política da sexualidade no âmbito da família por saberes e instituições médicas brasileiras : 1838-1940 / The political regulation of sexuality in the family sphere by knowledge and medical Brazilian institutions (1838-1940)Cristiane de Oliveira Santos 30 April 2010 (has links)
Esta tese tem como objeto a regulação política da sexualidade no âmbito da família por saberes e instituições médicas brasileiras (1838-1940). Orienta-se pelo interesse em analisar continuidades e descontinuidades na construção de objetos, estratégias e táticas políticas direcionados para a regulação higiênica e eugênica do casamento e da sexualidade infantil. De inspiração foucaultiana, inscreve-se no campo da história dos saberes e está subsidiada por um conjunto heterogêneo de documentos (teses, artigos de periódicos, livros, anais etc.) circunscritos, majoritariamente, ao campo da medicina. Analisa a constituição de uma defesa higiênica dos casamentos no pensamento médico novecentista, voltada para remanejamentos das figuras de esposa e marido na nova configuração de família que começava a se esboçar no Brasil, contrastando-a com a regulação católica da moral sexual colonial. Em seguida, descreve a visibilidade higiênica que a medicina dará a infância no século XIX, problematizando especificamente o interesse pelo tema da masturbação, que articula simultaneamente a família, centrada na figura da mãe, e a escola na convocação de zelar pela criança. Partindo das contradições sociais que se apresentaram na construção do projeto liberal nacional a partir da década de 1870, discute a apropriação do discurso da degenerescência pelo saber médico-psiquiátrico brasileiro, que propiciou uma leitura da brasilidade marcada pelo excesso sexual e pela condição degenerada da miscigenação, a fim de pensar as condições de possibilidade para a emergência do projeto de eugenia matrimonial institucionalizado nas primeiras décadas do século XX e toma como táticas a campanha pela compulsoriedade do exame pré-nupcial, o combate aos casamentos consanguíneos, o controle do contágio venéreo e o aconselhamento sexual dos casais. Analisa a campanha de educação sexual, cuja pretensão de instituir uma sciencia sexual no Brasil, de legitimidade controversa, tinha como horizonte viabilizar uma profilaxia sexual que mitigasse a produção da criminalidade, das perversões sexuais e das doenças nervosas, bem como os desajustes familiares, a partir da fabricação de um novo objeto, qual seja, a sexualidade infantil, no qual incidirá uma nova pedagogia. Nesse particular, aponta particularidades discursivas da difusão das idéias freudianas entre higienistas brasileiros. Finalmente, sinaliza a constituição da higiene mental da criança como um novo domínio para a psiquiatria brasileira, que tomou a intensa circulação afetiva intrafamiliar como ponto de ancoragem para um projeto de normalização social, ainda centrado na eugenia, mas já atravessado por uma psicologia da adaptação. / This thesis focuses on the political regulation of sexuality in the family sphere by knowledge and medical Brazilian institutions (1838-1940). It is guided by the interest in mapping continuities and discontinuities in the construction of objects, strategies and political tactics of intervention, directed toward hygienic and eugenic regulation of marriage and childhood sexuality. Inspired by Foucault, it falls within the field of history of knowledge and is subsidized by a heterogeneous set of documents (theses, journal articles, books, proceedings, etc.) mostly from the scope of medicine. It analyzes the establishment of a hygienic protection of marriage in nineteenth-century medical thought, focused on relocation of the pictures of wife and husband in the new configuration of family that began to take shape in Brazil, contrasting it with the regulation of Catholic sexual colonial morality. It then describes the hygienic visibility medicine will give children in the nineteenth century, specifically exploring the interest in the topic of masturbation, combining both the family, focusing on the mother figure, and the school in the call of caring for the child. On the basis of social contradictions presented themselves in the construction of national liberal project from the 1870s, it discusses the appropriation of the discourse of degeneration from the Brazilian medical-psychiatric knowledge, resulting in a reading of Brazilianness marked by sexual excess and degenerate condition of miscegenation, to consider the conditions of possibility for the emergence of the matrimonial eugenics project institutionalized in early twentieth century and takes as campaign tactics a mandatory premarital screening, combating consanguineous marriages, the control of venereal contagion and sexual counseling of couples. It analyzes the campaign of sexual education, whose claim to establish a sexual science in Brazil, of controversial legitimacy, whose horizon was enabling sexual prophylaxis that mitigated the production of crime, sexual perversions and nervous diseases, as well as family maladjustments, from the manufacture of a new object, namely, the sex of children, which will focus on a new pedagogy. In particular, it points the particular discursive dissemination of Freud's ideas among Brazilian hygienists about childhood sexuality. Finally, it signals the formation of the mental hygiene of the child as a new domain for psychiatry in Brazil, which took the intense circulation within the family as emotional anchor for a project of social normalization, still focused on eugenics, but now crossed by a psychology of adaptation.
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[pt] POR QUE O QUEER?: ANALISANDO O DISCIPLINAMENTO DAS IDENTIDADES LGBT COMO MANUTENÇÃO DO STATUS QUO / [en] WHY QUEERING?: ANALYZING THE DISCIPLINARIZATION OF LGBT IDENTITIES AS A FORM OF STATUS QUO MAINTENANCEFLAVIA BELMONT DE OLIVEIRA 09 September 2019 (has links)
[pt] Esta dissertação pleiteia que os efeitos da agenda LGBT normativa favorecem alguns grupos sociais, mas reforçam a marginalização e a expropriação de pessoas e povos queer não-brancos, seja em contextos domésticos, ou na política internacional. Para explicar essa lógica, o trabalho apresenta uma montagem teórica experimental: a perspectiva foucaultiana sobre poder disciplinar e dispositivo de sexualidade (FOUCAULT, 2002; FOUCAULT, 1998) acoplada a uma crítica queer of color (FERGUSON, 2004), que atenta para o disciplinar das formações racializadas não-heteronormativas que surgiram para suprir o mercado de trabalho capitalista nos centros urbanos onde o a burguesia primeiro ascendeu. Com esse primeiro movimento, será mostrada a imbricação entre capital, poder disciplinar e sexualidade, para indicar que tal poder disciplinar atua em favor de uma hegemonia político-sexual branca e burguesa. Posteriormente, para indicar as tendências do período neoliberal recente, o esforço consistirá em refletir sobre as ausências estratégicas do Estado neoliberal e as formas pelas quais a heteronormatividade é reforçada em comunidades racionalizadas, ao passo que a homonormatividade se torna mais acessível a grupos que correspondem a recortes de classe e raça identificados com a branquitude e o alto poder de consumo. Tal montagem teórica permitirá entender, também, como a normatividade sexual, presente na política LGBT e embutida nas noções de atraso e desenvolvimento, reforça as desigualdades internacionais. Por fim, o trabalho indicará como as perspectivas queer contém pontos-chave que permitem a transformação do tecido político, econômico e social nacional, e a desestabilização das hierarquias internacionais de poder. / [en] This Masters thesis claims that the effects of the normative LGBT agenda favor some social groups but reinforce the marginalization and expropriation of nonwhite queer persons and peoples, whether in domestic contexts or in international politics. Following this logic, the work has an experimental set-up: a Foucautian perspective on disciplinary power and the sexuality device (FOUCAULT, 2002; FOUCAULT, 1998) coupled with a queer of color critique (FERGUSON, 2004), which draws attention to the disciplining of the non-heteronormative racial formations that emerged to supply the capitalist labor market in the urban centers where the bourgeoisie first rose. With this first movement, this work will attemp to demonstrate the imbrication between capital, disciplinary power and sexuality, indicating that such disciplinary power acts in favor of white and bourgeois political hegemony. Later on, to indicate the trends of the recent neoliberal period, the argument points to the strategic absencers of the neoliberal State and the ways in which heteronormativity is reinforced in racialized communities, while homonormativity is accessible to groups that correspond to class and racial positions identified with whiteness and high consumption patterns. Such a theoretical set-up willl also allow readers to understand how the sexual normativity present in LGBT politics, and embedded in the notions of backwardness and development, reinforces international inequalities. Finally, the paper will indicate how queer perspectives contain key points that could enable the transfomation of the political, economic and social fabric locally, as well as the destabilization of international hierarchies of power.
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