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[en] A DIVE IN THE FICTION OF HISTORY / [pt] UM MERGULHO NA FICÇÃO DA HISTÓRIAMARIA DE LOURDES MORGADO COELHO 24 March 2010 (has links)
[pt] Vivemos num mundo em crise. E essa crise é também cultural. Se o
multiculturalismo favorece o diálogo entre inúmeras áreas da cultura, rouba-lhes
muitas vezes, a especificidade, dilui suas marcas. E isso acontece, neste momento
com a história, com a ficção e a realidade.
A concepção de História que decidimos interpretar, nos parecia uma
narrativa de estrutura simples, quando esta se revelou uma narrativa de estrutura
complexa ao seguir os passos da ficção, oscilando entre a tragédia e o folhetim.
Uma história pode ser uma narração histórica ou uma fábula, dependendo de
como se conta esta história.
O mesmo ocorre com a ficção que pode, muitas vezes, testemunhar a
verdade de um fato histórico.
Essa aproximação entre estas duas práticas discursivas é o ponto crucial da
nossa investigação, verificar como se comportam os discursos histórico e
ficcional, ambos fabricados e elaborados pelo fetichismo dos fatos na produção
histórico-ficcional.
Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que se debruçou
sobre o viés que deflagra a proximidade das narrativas da História e da Ficção.
Enfocou representações sociais e discursivas nas investigações feitas pela análise
das obras: A Carta de Caminha em diálogo com o Diário de Bordo de Colombo e
Peregrinação de Barnabé das Índias de Mário Cláudio, A Implosão da Mentira
de Affonso Romano de Sant Anna, O Conto Da Ilha Desconhecida de José
Saramago e O Vendedor de Passados de José Eduardo Agualusa.
Investigamos, portanto, vários gêneros literários, tais como: uma carta,
enquanto documento histórico, uma poesia, um conto e um romance.
Atravessamos o Atlântico dos Séculos XV e XVI até o atual Século XXI, viajando
literariamente entre Portugal, Brasil e África. / [en] We live in a world in crisis. And this crisis is also cultural. If
multiculturalism encourages the dialogue between different areas of culture, it
steals, many times, the specificity, dilutes its marks. And it happens, at this
moment, with history, with fiction and reality.
The conception of history that we decided to interpret, seemed like a
narrative of simple structure, when it revealed to be a narrative of complex
structure by following the steps of fiction, oscillating between tragedy and
feuilleton. A story can be a historical narrative or a fable, depending on "how you
tell" this story.
The same occurs with fiction that can, many times, witness the truth of a
historical fact.
This approximation between these two discursive practices is the crucial
point of our research, verifying how historical and fictional discourses behave,
both manufactured and elaborated by the fetishism of facts in historical-fiction
production.
This paper presents the results of a study that bent over the bias that
outbreak the proximity of history and fiction narratives. It has focused social and
discursive representations in the investigations made by the analysis of the literary
works: A Carta de Caminha em diálogo com o Diário de Bordo de Colombo e
Peregrinação de Barnabé das Índias by Mário Cláudio, A Implosão da Mentira
by Affonso Romano de Sant Anna, O Conto Da Ilha Desconhecida by José
Saramago and O Vendedor de Passados by José Eduardo Agualusa.
Therefore, we investigated several literary genres, such as: a letter, as a
historical document, a poem, a tale and a romance. We crossed the Atlantic in the
XV and XVI century until the present century XXI, traveling through literacy
between Portugal, Brazil and Africa.
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