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[pt] CIÊNCIA COMO SENTIMENTO: AS EMOÇÕES DO MOVIMENTO TERRAPLANISTA E SEUS ALINHAMENTOS POLÍTICOS / [en] SCIENCE AS FEELING: THE EMOTIONS OF THE FLAT EARTH MOVEMENT AND ITS POLITICAL ALIGNMENTSKARLA RESENDE DA COSTA 13 July 2021 (has links)
[pt] O trabalho busca investigar a dimensão emocional do negacionismo científico através do caso do movimento terraplanista – grupo de pessoas que acredita na teoria de que o planeta Terra na verdade é um disco plano, e o modelo heliocêntrico é uma conspiração de organizações científicas e governamentais – e as imbricações deste com o populismo de direita estadunidense. Utilizando-se de uma abordagem afetiva inspirada pelos trabalhos de Sara Ahmed e Ty Solomon, o trabalho pretende observar como a crença em conspirações como a da Terra Plana possui uma dimensão emocional, que opera em linhas cruzadas aos afetos que circulam ao redor do populismo de direita contemporâneo, especialmente aquele liderado por Donald Trump nos Estados Unidos. Assim, o trabalho observa as imbricações entre o negacionismo científico e o populismo de direita, e as relações discursivas e emocionais entre ambos os grupos, de forma a levantar um debate sobre o caráter inerentemente político da ciência, sobre as formas pelas quais a verdade é manipulada no cenário político atual, e sobre como as emoções são cruciais para entender a aderência de sujeitos a qualquer movimento ou discurso político. / [en] This work seeks to investigate the emotional dimension of science denial through the case of the Flat Earth movement – a group of people who believe in a theory where the planet Earth is actually a flat disk, and the heliocentric model is a conspiracy orchestrated by scientific and governmental organizations – and the imbrications of this movement with American right-wing populism. By taking an affective approach inspired by the works of Sara Ahmed and Ty Solomon, the dissertation seeks to observe how the belief in conspiracies like Flat Earth has an emotional dimension to it, which crosses the same emotional paths as those of the affects that circulate around contemporary right-wing populism, especially the branch of it spearheaded by Donald Trump in the United States. Therefore, the work observes the interweaving between science denial and right-wing populism, and the discursive and emotional relations that these groups share, as to raise questions and discussions about the inherently political character of science, about the ways in which truth is manipulated in our current political spaces, and about how emotions are crucial to understand subjects adherence to any political movement or discourse.
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