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[en] ANALITYC PHILOSOPHY AND ANTHROPOLOGY: A DISCUSSION ON LINGUISTICAL ALTERITY AND COMMENSURABILITY / [pt] FILOSOFIA ANALÍTICA E ANTROPOLOGIA: UMA DISCUSSÃO ACERCA DA COMENSURABILIDADE E ALTERIDADE LINGÜÍSTICACASSIA CARDOSO DE MIRANDA 30 March 2009 (has links)
[pt] A proposta inicial de análise da linguagem afirmada pela filosofia analítica
partia do pressuposto da existência de uma linguagem logicamente perfeita, que
espelharia a forma lógica dos fatos. Essa linguagem ideal revelaria de maneira
clara e correta a estrutura essencial do mundo, evitando as armadilhas da
linguagem cotidiana. A filosofia desenvolvida na segunda fase da obra de
Wittgenstein fragmenta essa noção de linguagem unitária em uma multiplicidade
de jogos de linguagem, firmados sobre formas de vida particulares. A
gramática, ou o conjunto de regras que regem uma linguagem, torna-se autônoma,
posto que não leva em consideração uma pretensa essência ou forma da realidade,
mas adquire seu sentido no uso das expressões que regula. Essa autonomia da
gramática abre espaço para a existência de diferentes sistemas dotados de sentido
e, portanto, nos permite falar de uma alteridade de formas de representação. A
presente dissertação pretende apontar tal abertura provocada por Wittgenstein,
em parte prefigurada na sua crítica à obra do antropólogo J. G. Frazer, bem como
apresentar algumas discussões que ela suscitou dentro e fora da filosofia analítica.
Por fim, o objetivo é esboçar um método de análise conceitual, derivado do
encontro entre antropologia e filosofia, como uma alternativa de abordagem para a
corrente analítica. / [en] The original proposition of language analysis set forth by
analytical
philosophy stemmed from the assumption of the existence of
a logically perfect
language, which would mirror the logical form of the facts.
This ideal language
would clearly and correctly reveal the logical structure of
the world, avoiding the
'traps' of daily language. The philosophy developed on the
second phase of
Wittgenstein's work breaks apart this notion of a unitary
language in a multiplicity
of language games, based upon particular forms of life.
Grammar, or the set
of rules that govern a language, becomes autonomous, since
it does not account
for an assumed essence or form of reality, but acquires its
meaning in the use of
the expressions it regulates. This autonomy of grammar
makes room for the
existence of different systems endowed with meaning and,
therefore, allows us to
speak of an otherness of forms of representation. This
dissertation intends to point
out this 'opening' introduced by Wittgenstein, which was
partly foreshadowed on
his critique of the works of the anthropologist J. G.
Frazer. It also presents some
discussions that it raised inside and outside of analytical
philosophy. Finally, the
objective is to sketch a method of conceptual analysis,
derived from the encounter
between anthropology and philosophy, as an alternative
approach to the analytical
train.
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[en] SKEPTICISM IN THE FIELD OF LANGUAGE STUDIES: ON SEXTUS EMPIRICUS AGAINST THE GRAMMARIANS / [pt] O CETICISMO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM: SOBRE CONTRA OS GRAMÁTICOS, DE SEXTO EMPÍRICOANA PAULA GRILLO EL JAICK 21 December 2009 (has links)
[pt] Esta tese é uma análise de Contra os gramáticos, tratado sobre a linguagem
escrito quase vinte séculos atrás pelo cético Sexto Empírico. Dedicando-se a esse
importante capítulo na história das idéias lingüísticas, o estudo tem em seu horizonte
mais amplo contribuir para o entendimento das relações entre ceticismo e linguagem.
Responde, em especial, a um cenário contemporâneo em que as virtudes das palavras
para o entendimento e a comunicação são recorrentemente postas em dúvida – nas artes
em geral, e também em expressiva parcela das reflexões teóricas produzidas no âmbito
das ciências humanas e sociais. Partindo da hipótese de que o exame de uma das mais
remotas manifestações do pensamento cético sobre a linguagem pode nos ajudar a
compreender esse cenário, a pesquisa teve como perguntas norteadoras as seguintes: (i)
que perspectiva(s) de linguagem informa(m) os argumentos de Sexto Empírico em seu
tratado Contra os gramáticos? e (ii) Sob que aspectos da linguagem a dúvida cética
recai nesse tratado? O antigo texto foi assim interrogado por meio de uma abordagem
conscientemente anacrônica: tomamos como balizas de análise perspectivas
contemporâneas de linguagem, a saber, aquelas que inflamaram o debate filosófico no
âmbito da assim chamada virada lingüística, em que se pode discernir a oposição básica
entre uma visão pragmática e uma visão representacionalista da linguagem.
Reconhecendo que a contenda adquire inflexões substantivamente distintas conforme os
autores que se tenha em mente, optamos aqui por tomar como referência mais específica
a manifestação do referido antagonismo na filosofia de L. Wittgenstein – levando em
conta sobretudo os interlocutores que dialogam em suas Investigações filosóficas. Uma
primeira conclusão do estudo é que convivem na trama argumentativa de Contra os
gramáticos duas proto-imagens de linguagem, associáveis respectivamente ao
representacionalismo e ao pragmatismo. Outra conclusão a que chegamos é que, em Contra os gramáticos, a dúvida cética incide sobre a idéia de uma ordem intrínseca à
linguagem, mas não sobre as suas virtudes práticas, cotidianas. Mostraremos ainda que
a noção de linguagem comum, central em Contra os gramáticos, tem ali um status de
solução, contrapondo-se a ambições metalingüísticas vistas como nocivas e fadadas ao
insucesso. Por fim, concluímos que uma análise da mesma noção de linguagem comum
em outras obras de Sexto Empírico desestabiliza esse status: a linguagem comum passa
então a receber cuidados e a despertar escrúpulos sugestivos de que pode ser ao mesmo
tempo solução e problema. / [en] This thesis is an analysis of Sextus Empiricus’ Against the Grammarians – a
skeptical treatise on language written almost twenty centuries ago. In addressing this
important chapter in the history of linguistic ideas, the study aims more broadly at the
understanding of the relationship between language and skepticism. It is thus specially
responsive to a contemporary scenario, where the virtues of language to promote
understanding and communication are systematically placed under suspicion – in the
arts in general, as well as in a significant part of the theoretical reflections in human and
social sciences. Assuming that the examination of one of the remotest manifestations of
skeptical thought about language may help understanding this contemporary scenario,
this research was guided by the following questions: (i) what perspective(s) on language
inform(s) Sextus Empiricus’s arguments in Against the Grammarians?; and (ii) what
aspects of language fall under skeptical doubt in this treatise? The ancient text was thus
interrogated by means of a deliberately anachronic strategy: our analysis took
contemporary perspectives of language as points of reference - views that inflamed
philosophical debate after the so-called linguistic turn, and can roughly be distributed
between a pragmatic and a representationalist perspective. Since the dispute assumes
quite different inflections according to the authors one has in mind, we have opted to
focus on the manifestation of this debate within the philosophy of L. Wittgenstein,
notably by taking as references the opposing voices that come into dialogue in his
Philosophical Investigations. A first conclusion of this study is that two proto-images of
language coexist within the argumentative web of Against he Grammarians, views that
parallel the representationalist and the pragmatic contemporary stances. Another
conclusion is that, in this ancient treatise, skeptical doubt falls over the idea that
language has an intrinsic order, but not over language’s practical and day-to-day virtues.
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[en] TRANSLATION AND METALANGUAGE IN LAOZI: A PERSPECTIVIST APPROACH / [pt] TRADUÇÃO E METALINGUAGEM NO LAOZI: UMA ABORDAGEM PERSPECTIVISTACRISTIANO MAHAUT DE BARROS BARRETO 03 April 2017 (has links)
[pt] A presente dissertação assinala e discute o uso da metalinguagem no texto em chinês clássico do Laozi. Ao tomar a linguagem como uma forma de vida, no sentido Wittgensteiniano – perspectivista em vez de relativista – assumimos que os encontros entre diferentes formas de vida / línguas não correspondem a meros confrontos entre esquemas conceituais ou modos de existência incomensuráveis entre si. Referem-se, ao contrário, a oportunidades em que essas formas de vida podem ser trazidas a vislumbrar, ainda que de forma precária, suas próprias bases infundadas e não intelectuais e, além disso, ocasiões com um potencial de transformação, prestes a deslocar não apenas marcas ideológicas visíveis, mas também convicções pré-conceituais fortemente arraigadas. O estudo apresentado aqui elabora e investiga a premissa – chamada de Hipótese do Perspectivismo Metalinguístico (HPM) – em que diferentes repertórios metalinguísticos não nomeiam entidades universais e independentes da linguagem. Pelo contrário, eles dão testemunho a circunstâncias culturais e históricas e, em última instância, a formas de estar no mundo que carregam propensões subterrâneas e certezas préconceituais, exercendo assim uma força direta e coerciva sobre a forma como concebemos e experimentamos o que língua é. Na investigação da HPM, analisamos uma seleção de passagens metalinguísticas do Laozi, por meio da adoção de uma abordagem comparativa bipartida, orientada pela etimologia e pela tradução. A análise comparativa etimológica entre termos metalinguísticos chineses e seus homólogos na tradição ocidental dá ampla evidência do profundo contraste entre suas visões da linguagem e categorias historicamente motivadas, o que é reforçado pela alteridade da atividade grafo-etimológica da tradição chinesa. Ademais, a comparação das traduções/comentários dos usos contextualizados da metalinguagem no Laozi (para o inglês, português, francês e mandarim moderno) confirma que a prática de seus autores é guiada por diferentes repertórios - metalinguísticos subjacentes, agindo de forma tácita no processo interativo junto ao texto chinês: a grande variedade de estratégias empregadas pelos tradutores testemunha como os autores se esforçam para aceitar e / ou rejeitar as práticas que constroem no texto original. Evidências para a HPM manifestam-se principalmente ao longo dos seguintes temas: a relação entre fala e escrita; o papel da linguagem na nexo entre civilização e natureza; a questão da centralidade do significado da linguagem; a relação entre metáfora, literalidade e imagem; e o problema dos nomes. / [en] This dissertation identifies and discusses the use of metalanguage in the classical Chinese text of the Laozi. Taking language as a form of life, in a Wittgensteinian – perspectivist rather than relativist – sense, it assumes that encounters between different forms of life/languages do not correspond to mere clashes between incommensurable conceptual schemes or modes of existence. They are, rather, instances where these forms of life may be brought to glimpse, however precariously, at their own unfounded, non-intellectual bases, and furthermore, occasions with potential for transformation, prone to dislocate not only discernible ideologies, but also highly entrenched pre-conceptual convictions. The study presented here elaborates and investigates the premise – called the Metalinguistic Perspectivism Hypothesis (MPH) – that different metalinguistic repertoires do not get to name universal, language independent entities. On the contrary, they testify to cultural and historical circumstances, and ultimately to forms of being in the world that encompass subterraneous propensities and preconceptual certainties, thus having a direct and coercive effect on how we conceive and experience what language is. To advance the investigation of the MPH, we examine a selection of metalinguistic passages in the Laozi, by adopting a comparative approach along two main paths: etymology and translation. The etymological comparative analysis between Chinese metalinguistic terms and their counterparts in the Greco-Western tradition shows ample evidence of the stark contrast between their deep-rooted visions of language and historically motivated categories, reinforced by the alterity of the grapho-etymological activity of the Chinese tradition. Additionally, the comparison of translations/commentaries of contextualized metalinguistic uses in the Laozi (into English, Portuguese, French and modern Mandarin) confirms that the authors are motivated by significantly different underlying metalinguistic repertoires, tacitly - at work in their interactions with the Chinese text: they often employ sharply diverse strategies which testify to how the authors strive to accept and/or reject the practices they construe from the original text. The evidence for the MPH is shown to manifest in the following central axes: the relationship between speech and writing; the role of language in the civilization/nature nexus; the question of the centrality of meaning in language; the relation between metaphor, literality and image; and the problem of names.
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[en] ON THE IDENTITY OF PLAGIARISM UNDER A WITTGENSTEINIAN VIEW OF LANGUAGE / [pt] SOBRE A IDENTIDADE DO PLÁGIO EM UMA PERSPECTIVA WITTGENSTEINIANA DE LINGUAGEMSILVIA TEIXEIRA BARROSO REBELLO 28 September 2006 (has links)
[pt] Este trabalho se debruça sobre o fenômeno do plágio,
prática que,
amplamente facilitada pelo advento da Internet, desperta
hoje forte interesse, não
raro apreensão. Oscilando histórica e contemporaneamente
entre as posições de
crime desprezível e recurso constitutivo da escritura, tal
prática suscita
interrogações quanto a seus próprios limites e critérios
de identidade. A presente
dissertação situa o debate sobre o plágio em um outro,
mais amplo, acerca da
natureza da significação lingüística, tendo em vista
especialmente a proliferação
contemporânea de visões que se contrapõem à tradição
imanentista. Nosso objetivo
aqui é mostrar de que maneira um determinado entendimento
do sentido na
linguagem - a saber, a perspectiva anti-imanentista de L.
Wittgenstein - fornece
rico instrumental para se repensar a questão dos limites
do plágio textual. Para
tanto, identificam-se na concepção de linguagem do autor
elementos importantes
para o tema em debate, com destaque para a sua discussão
em torno da noção de
critério. Exploram-se as implicações de se adotar tal
perspectiva em relação ao
objeto de estudo aqui investigado, demonstrando-se que a
renúncia à tese
tradicional de que os sentidos habitam a letra de forma
fixa e imanente não leva
necessariamente a conclusões céticas quanto aos limites e
à identidade do plágio. / [en] This work addresses the phenomenon of plagiarism, an
activity that, made
easier with the appearance of the Internet, is today the
object of increasing interest,
and often concern. Oscillating between the positions of
despicable crime and
constitutive element in the act of writing, plagiarism
provokes questions about its
own limits and identity criteria. This study examines the
issue of plagiarism against
the backdrop of the wider debate on the nature of
linguistic meaning, with special
attention to the contemporary spread of views opposed to
the immanentist tradition.
The specific goal here is to show how a certain
understanding of language and
meaning, namely the anti-immanentist view of L.
Wittgenstein, provides a rich
means to rethinking the questions concerning the
boundaries of plagiarism.
Relevant elements for this discussion are identified in
Wittgenstein s thought, with
an emphasis on his reflections on the notion of criteria.
The implications of his
perspective to the subject under exam are explored, and it
is demonstrated that
renouncing the traditional thesis that meaning inhabits
the words in a fixed and
immanent manner does not necessarily lead to skeptical
conclusions regarding the
limits and the identity of plagiarism.
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[en] THE NOTION OF UNDERSTANDING IN EXPLORATORY PRACTICE: A WITTGENSTEINIAN REFLECTION / [pt] A NOÇÃO DE ENTENDIMENTO NA PRÁTICA EXPLORATÓRIA: UMA REFLEXÃO WITTGENSTEINIANACRISTIANE PEREIRA CERDERA 02 February 2018 (has links)
[pt] Este trabalho investiga a noção de entendimento em textos seminais da Prática Exploratória. Reconhecendo que se busca renunciar ali a uma visão tradicional de entendimento, sem que, contudo, se elabore uma concepção alternativa capaz de fundamentar teoricamente essa nova abordagem pedagógica, esta pesquisa busca contribuir para a superação de tal lacuna. Parte-se do pressuposto de que há uma substantiva afinidade entre a Prática Exploratória e a filosofia de Ludwig Wittgenstein, filósofo que dedicou particular atenção à noção que se toma aqui como foco de investigação. O objetivo desta pesquisa é, pois, explorar afinidades e discrepâncias que se podem discernir entre o programa da Prática Exploratória e a perspectiva
wittgensteiniana de linguagem, tendo como foco o conceito de entendimento. Busca-se, mais especificamente, desenvolver uma reflexão conceitual acerca da noção de entendimento, a partir de uma concepção wittgensteiniana de linguagem. A análise dos textos seminais da Prática Exploratória aqui realizada mostrará que é compatível com os princípios norteadores desse programa uma caracterização wittgensteiniana do entendimento, como conceito que, entre outras coisas, é: (a) invulnerável simultaneamente ao essencialismo e ao ceticismo; (b) apreensível por semelhança de família; (c) visto como condição permanente e não como acontecimento mental; (d) determinado por atuações reguladas e públicas, compartilhadas entre os membros da comunidade exploratória; e (e) tomado como ocasião eventualmente propícia à desnaturalização de práticas culturais arraigadas. Apontam-se, por outro lado, pontos de discrepância entre os discursos exploratório e wittgensteiniano, sobretudo no que tange
à questão da autonomia da linguagem em relação ao pensamento. / [en] This thesis investigates the notion of understanding in the seminal texts of Exploratory Practice. Despite its attempts to shift from a traditional view of understanding, Exploratory Practice does not elaborate an alternative concept to ground theoretically this new pedagogical approach. This work attempts to contribute to fill this gap, based on the assumption that there is substantial affinity between Exploratory Practice and the philosophy of Ludwig Wittgenstein, who devoted special attention to the notion under investigation in this thesis. Thus, the objective of this research work is to explore affinities and discrepancies between the Exploratory Practice program and the Wittgensteinian perspective of language, with focus on the concept of
understanding. More specifically, it attempts to develop a conceptual reflection on the notion of understanding on the basis of a Wittgensteinian conception of language. The analysis of seminal texts of Exploratory Practice accomplished in this work will demonstrate that the guiding principles of this program are compatible with a Wittgensteinian-oriented characterization of understanding as a concept that, among
other factors: (a) is simultaneously invulnerable to essentialism and skepticism; (b) is apprehensible by family resemblance; (c) is taken as an abiding condition and not as a mental occurrence; (d) is determined by regulated and public actions shared by members of the exploratory community; and (e) is considered as an occasion ultimately favorable to denaturalization of well established cultural practices. Furthermore, the
analysis points towards discrepancies between exploratory and Wittgensteinian discourses, with specific reference to the issue of autonomy of language in relation to thinking.
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[en] LOGIC AS REGENERATED METAPHYSICS: ON THE ISOMORPHISM BETWEEN WORLD AND LANGUAGE IN THE WITTGENSTEIN`S TRACTATUS / [pt] A LÓGICA COMO METAFÍSICA REABILITADA: SOBRE A ISOMORFIA ENTRE MUNDO E LINGUAGEM NO TRACTATUS DE WITTGENSTEINMARCOS ANTONIO DA SILVA FILHO 27 August 2008 (has links)
[pt] A dissertação investiga, a partir do Tractatus de
Wittgenstein, a articulação interna do mundo e da linguagem
- a isomorfia - e elucida aquilo que, sendo idêntico aos
dois, a saber, a forma lógica, permite a função de
representação exercida pela linguagem. Para tanto,
estabeleço, com o auxílio da Teoria de Conjuntos, que a
isomorfia tractatiana respeita um mecanismo formal de
mapeamento dos estados de coisas pelas proposições
elementares numa função biunívoca preservadora de relações
entre os nomes e os objetos nomeados. Portanto, demonstro a
legitimidade do uso do conceito matemático de isomorfismo
na interpretação tradicional do Tractatus. A partir disto,
defendo a pertinência de se tomar a lógica, tal qual
concebida no Tractatus, como uma espécie de metafísica
reabilitada em oposição à metafísica tradicional, tomada,
por Wittgenstein, como ilegítima. / [en] This dissertation investigates the internal articulation
between world and language - the isomorphy - hold by
Wittgenstein in his Tractatus. To do so, I
determine using the Set Theory that the tractatian
isomorphy functions mapping state of affairs in terms of
atomic propositions through a peculiar relation between
objects and names. As a result, I demonstrate that it is
legitimate to use the mathematical concept of isomorphism
to interpret Tractatus. According to this, I
also defend that logic, as it is assumed by Wittgenstein,
can be held as a regenerated metaphysics in contrast to the
illegitimacy of the traditional one.
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[en] THE WORD UNDER CONSTRUCTION: A WITTGENSTEINIAN STUDY ON THE IDENTITY OF LINGUISTIC UNITIES / [pt] A PALAVRA EM CONSTRUÇÃO: UM ESTUDO WITTGENSTEINIANO SOBRE A IDENTIDADE DAS UNIDADES LINGUÍSTICASMARISTELA DA SILVA FERREIRA 08 October 2010 (has links)
[pt] Esta pesquisa examina o clássico problema do conceito metalinguístico de
palavra na história dos estudos sobre a linguagem. Estende-o sobre o pano de
fundo da linguística de inspiração wittgensteiniana, sobretudo nas vozes de Roy
Harris (1988, 1997, 2002, 2004), Sylvain Auroux (1992), Nigel Love (1989, 2004,
2007), Talbot Taylor (1996, 2000, 2008), dando-lhe uma formulação sob o prisma
da filosofia da linguagem de Quine (1960), no contexto da experiência por ele
denominada como Tradução Radical. Percorrido esse trajeto, toma por objetivo
específico verificar a configuração do problema da palavra em um modelo teórico
contemporâneo, a Abordagem Construcionista da Gramática, nos termos de
Goldberg (1995, 2006), e, também, nos termos da adoção e expansão dessa
hipótese sobre a gramática feita pelo tipologista Croft (1999, 2001). A partir da
exploração dos pressupostos teóricos, princípios de análise e metalinguagem
assumidos e empregados por esse modelo, discute-se o tipo de reconhecimento
que a palavra recebe como categoria e unidade da língua. Será demonstrado que a
palavra tem um estatuto ambíguo na Abordagem Construcionista, hesitando entre
a subversão e a continuação da tradição. Considerando-se a perspectiva
wittgensteiniana da linguagem como forma de vida como critério de seleção de
uma teoria que melhor enfrente o clássico embaraço experimentado pelas
diferentes, e, por vezes, rivais teorias linguísticas, postula-se que a Abordagem
Construcionista, despojada de suas ambições explicativas e mentalistas, é superior
às demais teorias linguísticas contemporâneas, por ser aquela que (i) dá a ver a
linguagem como práxis, como forma de vida regulada, mas irredutível e volátil, e
não como sistema objetivo e fixo de representação; (ii) se atém a descrição das
línguas particulares e não aspira à explicação universal da essência da linguagem;
(iii) prefere uma análise que parta do todo para as partes, uma análise holística, e
não atomística da linguagem; (iv) acomoda a descrição das práticas
metalinguísticas específicas das comunidades de fala em exame – práticas que são
as responsáveis últimas pela forma gramatical – reunindo assim melhores
condições para evitar um indesejável porém historicamente recorrente
imperialismo metalinguístico. / [en] This dissertation examines the classical problem of the metalinguistic
word concept in the history of language studies. The problem is exposed under the
perspective of Wittgenstein’s view of language, taking into consideration the
works of Wittgensteinian linguists such as Roy Harris (1988, 1997, 2002, 2004),
Sylvain Auroux (1992), Nigel Love (1989, 2004, 2007), Talbot Taylor (1996,
2000, 2008). The problem, then, is formulated in the context of the Radical
Translation hypothesis of the analythical Philosopher W. Quine (1960). After that
the following aim is set: to investigate the problem of the word as a linguistic and
a category unit within the framework of the Cronstructionist Approach to
language as proposed by Goldberg (1995, 2006), and extended by the typologyst
W. Croft (1999, 2001). After presenting and exploring the theoretical
assumptions, analytical principles and metalanguage used in the construcionist
program, the recognition of the word as a unit and a category is evaluated within
this language theory. It is demonstrated that the word has an ambiguous status in
the constructionist approach: it hesitates between having its centrality subverted
(replaced by the construction), and keeping the traditional Sausserean
form/meaning pairing. Under the guidance of a Wittgensteinian perspective of
language as a form of life a set of criteria is posed to indicate the theory which is
best equipped to face the classical problem of the word. It is claimed that the
Constructionist Approach, relieved from explicative and mentalist ambitions, is
superior to the ones with which it contends due to the following reasons: (i) it is
the one which best gives evidence of language as praxis, as a governed form of
life, which is also irreducible and volatile, rather than a fixed and objective
representational system; (ii) it is the one which best privileges description rather
than explanation; (iii) it is the one that favors a holistic approach rather than an
atomistic approach to language phenomena; (iv) it is the one that best
accommodates the description of metalinguistic practices particular to specific
speech communities – practices which are ultimately responsible for grammatical
form –, being thus able to avoid an undesirable and yet historically recurrent
metalinguistic imperialism.
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[en] BETWEEN PROOFS AND EXPERIMENTS: A WITTGENSTEINEAN READING OF THE PHILOSOPHICAL CONTROVERSIES SURROUNDING THE FOUR COLOR THEOREM PROOF / [pt] ENTRE PROVAS E EXPERIMENTOS: UMA LEITURA WITTGENSTEINIANA DAS CONTROVÉRSIAS EM TORNO DA PROVA DO TEOREMA DAS QUATRO CORESGISELE DALVA SECCO 10 March 2014 (has links)
[pt] O advento do uso maciço de computadores em provas matemáticas,
ocorrido ao final da década de setenta com a solução de um famoso problema
matemático – a prova do Teorema das Quatro Cores – ocasionou disputas
filosóficas que ainda hoje demandam esclarecimentos. O objetivo principal da tese
consiste em elaborar alguns dos referidos esclarecimentos desde uma perspectiva
motivada pela filosofia da matemática de Ludwig Wittgenstein, especialmente no
que diz respeito à distinção continuamente manuseada e depurada pelo filósofo ao
longo do desenvolvimento de seu pensamento entre provas e experimentos. Após
apresentar as principais ideias da prova do Teorema das Quatro Cores em termos
históricos, algumas distinções conceituais metodologicamente significativas são
elaboradas. A seguir o trabalho analisa, a partir da concepção funcional de a priori
de Arthur Pap, o argumento da introdução da experimentação nas matemáticas de
Thomas Tymoczko. A leitura das controvérias filosóficas que se seguiram ao
argumento de Tymoczko é então apresentada, aplicando-se as distinções
conceituais anteriormente elaboradas. Por fim algumas ideias wittgensteinianas
sobre da disitinção entre provas e experimentos são exploradas em conexão com a
noção de sinopticidade de provas, considerando menos os papéis específicos de
tais noções na filosofia da matemática de Wittgenstein, do que investigando as
vantagens de suas possíveis aplicações no esclarecimento de tópicos críticos das
referidas disputas. / [en] The massive use of computers in mathematical proofs, which started in the
end of the seventies trough the solution of one famous mathematical problem –
the Four-Color Theorem – entailed philosophical disputes still in need of
elucidation. The central aim of this thesis consists in elaborating some of these
elucidations from a point of view motivated by Ludwig Wittgenstein’s philosophy
of mathematics, mainly in what concerns the distinction between proofs and
experiments, which was continuously used and elaborated by the philosopher in
the course of the development of his thought. After the presentation of the main
ideas involved in the proof of the Four-Color Theorem from a historical
perspective, some methodological conceptual distinctions are elaborated. The
thesis then shifts to an analysis of the introduction of experiment in mathematics
argument, by Thomas Tymoczko, from the point of view of Arthur Pap’s
conception of functional a priori. An interpretation of the controversies that
followed that argument is developed trough the application of the conceptual
distinctions previously elaborated. At last, some wittgensteinian ideas about the
distinction between proofs and experiments are explored in connection with the
notion of surveyability of proofs, concerned less with its specific roles in
Wittgenstein’s philosophy of mathematics than with investigating the advantages
of its possible applications in the elucidation of some critical points in the referred
controversies.
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[en] IMPREDICATIVITY, GENERALITY AND THE DEVELOPMENT OF WITTGENSTEINS THOUGHT / [pt] IMPREDICATIVIDADE, GENERALIDADE E O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO DE WITTGENSTEINCAMILA APARECIDA RODRIGUES JOURDAN 16 June 2009 (has links)
[pt] A tese identifica uma continuidade no pensamento de Wittgenstein centrada
na sua distinção entre o âmbito necessário e o âmbito contingente da linguagem,
particularmente na característica impredicativa do primeiro, sobretudo evidente na
sua Filosofia da Matemática, e cujas conseqüências seriam permanentemente
desenvolvidas ao longo da sua obra. São apresentadas as origens da noção de
impredicatividade nos sistemas de Poincaré e Russell e a importância desta noção
já para o início da Filosofia de Wittgenstein é avaliada. A partir disso, as críticas
de Wittgenstein à abordagem de Russell da Teoria dos Tipos são analisadas. Em
seguida, discute-se a importância do tema para a mudança de concepção operada
no período intermediário do pensamento de Wittgenstein e para suas posições
sobre as demonstrações e a verdade matemática. O trabalho contém ainda um
anexo no qual aplicamos a leitura proposta à compreensão das observações de
Wittgenstein sobre o teorema da incompletude de Gödel. O principal ganho de
nosso trabalho é oferecer uma opção de leitura da Filosofia de Wittgenstein que
confere unidade, sistematicidade e coerência interna para suas mais estranhas e
díspares posições. Além disso, na medida em que o âmbito necessário da
linguagem é tomado como o âmbito responsável pela determinação do sentido
lingüístico, identifica-se o caráter impredicativo da própria determinação
semântica como uma característica fundamental a ser levada em conta não apenas
na abordagem da Filosofia de Wittgenstein, mas também por aqueles que se
preocupam com o problema geral do significado e com suas conseqüências para
uma justificativa semântica do construtivismo matemático. / [en] This study identifies a line of continuity through Wittgenstein s Philosophy
based on his distinction between the necessary and the contingent domains of
language. This distinction is concerned with the impredicativity featured by the
necessary domain. This continuity is particularly evident in Wittgenstein s
Philosophy of Mathematics. My thesis claims that the consequences of this
continuity in the treatment of the necessary domain of language are permanently
developed throughout his work. First, I present the impredicativity notion roots in
the systems of Poincaré and Russell. As of this, I evaluate also this notion
importance to the beginning of Wittgenstein’s Philosophy and to his criticism
about Russell’s approach to a Theory of Types. Thereafter, I discuss the
impredicativy importance to the turn of Wittgenstein’s thought in its intermediary
period as well as to his positions about the mathematical truth and demonstrations.
This study contains also an appendix in which I apply the proposed interpretation
to the comprehension of Wittgenstein’s remarks on Gödel incompleteness
theorem. The thesis main contribution is to offer an alternative interpretation of
Wittgenstein s Philosophy conveying unity, systematization and an internal
coherence to his most awkward and strangest positions. Moreover, since it is
assumed that the necessary field of language is responsible for the linguistic
meaning determination, the impredicative feature in the semantic determination is
highlighted. As a result, this feature must be assumed not only as an approach to
Wittgenstein s Philosophy, but also by everyone that is concerned with the
general problem of meaning and with its consequences to a semantic justification
to mathematical constructivism.
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[en] AN ANALYSIS OF THE WITTGENSTEINIAN PROCESS OF MEANING CONSTRUCTION OF THE PRACTICES OF HUMANITARIAN INTERVENTIONS IN THE NINETIES / [pt] UMA ANÁLISE WITTGENSTEINIANA DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DAS PRÁTICAS DE INTERVENÇÃO HUMANITÁRIA NOS ANOS NOVENTAANA PAULA VON BOCHKOR PODCAMENI 19 August 2009 (has links)
[pt] Essa dissertação visa analisar o debate referente às tomadas de decisão para as
práticas de intervenção humanitária nos anos noventa utilizando instrumentos teóricos
provenientes da Filosofia da Linguagem de Wittgenstein. O foco investigativo se
direciona aos discursos dos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas
(ONU) e como estes, por meio do uso da linguagem, atribuem significados variados aos
conceitos centrais que arquitetam o entendimento acerca desta nova prática, ainda sem
conceituação formal e jurídica na diplomacia e na academia das relações internacionais.
O ponto de partida para a presente análise é a constatação da falta de definição das
práticas de intervenção, assim também, a ausência de critérios que qualifiquem os casos
de violação de direitos humanos para uma intervenção de caráter humanitário. No
entanto, enquanto a maioria dos praticantes e estudiosos de relações internacionais
aponta para os efeitos negativos da ausência de definição conceitual da prática, o
presente trabalho ressalta a condição natural da indeterminação da linguagem e enfatiza
que apenas devido à natureza porosa das palavras e o funcionamento dinâmico e
interativo da linguagem novos caminhos de significação às práticas humanas podem ser
traçados. / [en] The present work focuses on how the use of language by the Member States of
the United Nation´s Security Council during the decision making for humanitarian
interventions in the post Cold War period, can come to mean different things in
different scenarios. For this job we have used analytical tools concepts from
Wittgenstein´s Philosophy of Language, such as language games, in order to investigate
the relationship between language and things within the dynamics process of meaning
constructing. The investigation space is represented by the Security Council forum and
the negotiations of the possibility of interventions and its terms are the main focus of the
work. The dissertation starts out by characterizing the practice of humanitarian
interventions, and in addition, pointing out the absence of a conceptual definition for its
identification. According to the theoretical framework adopted in the present work,
language carries within its words a natural open texture when investigated the
relationship between words and things, and therefore, meaning can only be constructed
within a language game. By following Wittgenstein´s idea of the language games
dynamics we can begin to understand how can the same words, such as the main
concepts that construct the meaning of the practice of humanitarian interventions, can
mean different thing in different contexts, and therefore, start to wonder if a codification
of a rule for humanitarian intervention can possibly do more harm then the absence of it.
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