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[en] LAS KENNINGAR: LANGUAGE AND PERSPECTIVISM / [pt] LAS KENNINGAR: LINGUAGEM E PERSPECTIVISMO

SABRINA ALVERNAZ SILVA CABRAL 10 June 2011 (has links)
[pt] Esta dissertação analisa o ensaio Las kenningar, de Jorge Luis Borges. Debruçando-nos sobre suas reflexões acerca desse recurso próprio dos poemas medievais islandeses, encontramos vez para discutir a linguagem, em geral, e a metáfora, em particular. Mostraremos mais especificamente que certo ângulo aberto pelo texto de Borges permite pensá-las de uma forma que é surpreendentemente próxima do tipo de perspectivismo descrito pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro em suas reflexões sobre a vida e o pensamento ameríndio. Tal afinidade é fomentada por inusitados encontros: se o sangue, por exemplo, nas kenningar, pode ser a cerveja dos corvos; para os ameríndios, pode ser o cauim do jaguar. Destaca-se nos dois casos, conforme mostraremos, o privilégio de uma perspectiva e a predominância das relações em devir – e isso de um modo que promete subverter de forma especialmente radical o pendor logocêntrico, que tende a permanecer como matéria velha em percepções contemporâneas ocidentais sobre a palavra, mesmo entre os mais perseverantes críticos da visão representacionista da linguagem. Busca-se mostrar também como o ensaio de Borges, na contraluz do perspectivismo ameríndio, abre espaços para se repensar o jogo entre metáfora e alteridade. / [en] This dissertation analyses Jorge Luis Borges’ essay Las kenningar. Looking on his reflexions about the kenningar - a resource typical to the icelandic medieval poetry -, a discussion on language, in general, and on metaphor, in particular, arises. It is shown specifically that an angle explored by Borges allows to think metaphor in a very close way to anthropologist Eduardo Viveiros de Castro’s perspectivism definition as found in his works on Amerindian people life and mind. Such an affinity is fomented by amusing encouters, e.g. if blood in the kenningar can be crows’ beer, to Amerindian people it can be jaguar’s cauim. In both cases, it will be shown that a certain perspective is privileged and that becoming relationships are dominant. All this ocurrs in a specially radical way that promises to subvert the logocentric penchant - which becomes “old stuff” in the contemporary western perceptions about language. It also tries to show how Borges’ essay along with Amerindian perspectivism call for a rethinking of the metaphor/alterity game.
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[en] AT THE BORDELINE OF THE OTHER: ANTROPOPHAGIC UPRISINGS / [pt] NA FRONTEIRA DO OUTRO: MOTINS ANTROPOFÁGICOS

LUIS FELIPE DOS SANTOS CARVALHO 04 May 2011 (has links)
[pt] Este ensaio-tese parte da minha inquietação acerca dos modos de relacionamento entre o mesmo e os outros, entre o sujeito e o objeto, em suma, entre os processos de subjetivação da modernidade / colonialidade e as alteridades ou outras gnosiologias não ocidentais. Como se colocar diante de outras ontologias, outras epistemologias e outras éticas ao deparar-se com esses modos diferentes de saber e de agir? Seria inviável essa investigação do campo de confronto entre diferenças, campo que incorpora [encorpora] no debate a potência de ação de cada conceito, afeto e percepto, sem repensar a fórmula da tese de doutorado e da pesquisa acadêmica. Optei, então, por uma escrita múltipla e fragmentária menos presa à disciplina formal e diacrônica e mais experimental para produzir efeitos sincrônicos, explorando a idéia dos giros da espiral que se estendem ao infinito. Enfatizo que se trata não tanto de definir e classificar identidades e sujeitos na relação com o outro e, sim, de entrar na onda dos devires e da encorporaçãoaglomeração- devoração da antropofagia num movimento relacional, contínuo e de diferenciação. Deste modo, outros eus se enunciam através de amotinações que visam descolonizar o pensamento. / [en] This essay-thesis comes from my restlessness about the way the relationship between me and the others , between the subject and the object, insummary, between the subjectivizing process of the modernity / coloniality and the alterity or other non occidental gnosiologies. How to behave in front of the other ontologies, other epistemologies and other ethics when facing this different ways of knowledge and action? It would be impossible this investigation from the field of confront between differences, field that incorporates [embodies] at the debate the power of action of each concept , affection and perception, without rethinking the formula of the doctorate thesis and the academic research. I choose, in that case, for a multiple and fragmented writing less tightened to the formal and diachronic discipline and more experimental in order to produce synchronic effects, exploring the idea of the turns of the spiral which extend to the infinity. I emphasize that it does not deal with defining or classifying identities and subjects in relation with the other but in entering in the wave of becoming-intense and of emboding-gatherig-devouring of anthropophagy in a relational movement , continuous and differentiated. In this way, other me introduce themselves through the uprisings which aim to decolonize the thought.
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[en] LANGUAGE, CHILDHOOD AND PERSPECTIVISM IN WITTGENSTEIN S LATE WRITINGS / [pt] LINGUAGEM, INFÂNCIA E PERSPECTIVISMO NOS ESCRITOS MADUROS DE WITTGENSTEIN

CÉLIA CÂMARA DE ARAÚJO 27 October 2016 (has links)
[pt] Esta pesquisa examina cenas de alteridade radical entre crianças e adultos nos escritos maduros de Wittgenstein. Demonstra-se como tais cenas ajudam a construir uma visão da linguagem como forma de vida, capaz de recusar tanto o universalismo como o relativismo, em benefício de uma compreensão perspectivista. Os escritos de Ludwig Wittgenstein posteriores ao Tractatus Logico-Philosophicus, obra escrita ainda nos seus anos de juventude, são mais frequentemente compreendidos como um pensamento que tende ao relativismo, opondo-se, portanto, frontalmente ao trabalho inicial do filósofo. Esta pesquisa aponta para uma filosofia única, nos termos da interpretação que lhe dá o filósofo e pesquisador brasileiro Bento Prado Jr., para quem o télos da filosofia wittgensteiniana jamais se modificou. Assim, nem universalismo, nem relativismo seriam contemplados pelo pensamento de Wittgenstein, havendo, isto sim, uma filosofia perspectiva, aproximável, sob certos aspectos, daquelas que encontramos, por exemplo, em Nietzsche e Deleuze. Para melhor entendimento do perspectivismo na filosofia de Wittgenstein, e, em consonância com o projeto de pesquisa a que nos vinculamos, procedeu-se à análise do que se pode chamar de cenas de alteridade radical nos escritos wittgensteinianos – experimentos de pensamento que comparecem com muita frequência nos últimos escritos do filósofo. Trata-se de cenas imaginárias que figuram encontros, perplexidades e incompreensões entre selvagens e civilizados, loucos e sãos, orientais e ocidentais, crianças e adultos, e assim por diante. Nesses experimentos, manifesta-se o rigor do trabalho crítico de Wittgenstein sobre a linguagem e o significado, sempre concomitante à sua crítica da metafísica. Este trabalho se concentrou na identificação e análise de cenas relacionadas à alteridade adulto vs. criança, assumindo que o conceito de infância pode ser alargado em relação ao período cronológico a que frequentemente está vinculado, como propõe o filósofo italiano Giorgio Agamben. Averiguou-se, a partir do exame dessas cenas, em que medida essa alteridade funciona como índice de perspectivismo nos escritos da fase mais madura de Wittgenstein e em que medida as cenas de alteridade deixam entrever a ideia wittgensteiniana de forma de vida. Para compreender a elusiva noção de forma de vida em Wittgenstein, não nos esquivamos também de um encontro com a antropologia – área cujas preocupações centrais estão reconhecidamente presentes nos escritos do filósofo vienense. Privilegiamos, nesse encontro, o trabalho etnofilosófico do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. A análise do Corpus wittgensteiniano em contágio com a etnofilosofia de Viveiros de Castro indica pontos de convergência entre o pensamento de Wittgenstein – e o das filosofias perspectivistas em geral – e a cosmologia ameríndia tal como apresentada por Viveiros de Castro. A pesquisa empreendida dá a ver uma modalidade wittgensteiniana de perspectivismo, as formas singulares com que o filósofo permite acolher uma multiplicidade de mundos na recusa básica da ideia de visão do mundo, na implosão da partição sujeito/objeto, no laço entre filosofia e poesia. / [en] This research focuses specifically on the examination of scenes of extreme alterity between children and adults, with the aim of demonstrating the way in which these scenes help to construct a vision of language as a form of life, managing to reject universalism as well as relativism, favouring instead a perspectivist understanding. Ludwig Wittgenstein s writings post-Tractatus Logico-Philosophicus, a work he completed in his younger years, are more often than not interpreted with a way of thinking which tends towards relativism and which directly contradicts the first work of the philosopher, most commonly interpreted as a work that tends towards universalism. This research points towards a singular philosophy, in terms of the interpretation put forward by Brazilian researcher and philosopher Bento Prado Jr., according to whom the telos of Wittgensteinian philosophy has never wavered. Thereby, neither universalism nor relativism are contemplated in the Wittgensteinian thinking, rather a perspective philosophy, comparable in certain aspects to the philosophy of, for example, Nietzsche and Deleuze. For a better understanding of perspectivism in Wittgenstein s philosophy, in harmony with the research project that we have adhered to, an analysis of what can be called scenes of radical alterity in Wittgenstinian writing has been undertaken – a type of thought experiment that occurs with great frequency in the late work of the philosopher. This appears in the form of imaginary scenes which depict encounters, perplexities and misunderstandings between savage and civilised individuals, crazy and sane individuals, easterners and westerners, children and adults, and so on. In these experiments, the rigour of Wittgenstein s critical work on language and meaning manifests itself, ever concomitant to his criticism of metaphysics. This work has been centered on the identification and analysis of scenes relating to adult versus child alterity, by assuming that the concept of childhood may be extended in relation to the chronological period with which it is frequently associated, as Italian philospher Giorgio Agamben proposes. The examination of such scenes has allowed the investigation into the extent to which this alterity works as an indication of perspectivism in the late writings of Wittgenstein and the extent to which the scenes of alterity illustrate the Wittgensteinian idea of the form of life. In order to understand the elusive notion of form of life according to Wittgenstein, we also must not avoid the ties to anthropology – the central questions of which are demonstrably present in the writings of the Viennese philosopher. In doing this, we give privilege to the ethnophilosophical work of anthropologist Eduardo Viveiros de Castro. The analysis of the Wittgensteinian corpus, coupled with the ethnophilosophy of Viveiros de Castro, indicates points of convergence between Wittgensteinian thought – and that of perspectivist philosophers in general – and Amerindian cosmology such as that presented by Viveiros de Castro. The research carried out sheds light on a Wittgensteinian form of perspectivism, the singular forms with which the philosopher allows the existance multiple worlds in the basic rejection of the idea of a world vision, in the implosion of the subject/object partition, in the ties between philosophy and poetry.
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[en] TRANSLATION AND METALANGUAGE IN LAOZI: A PERSPECTIVIST APPROACH / [pt] TRADUÇÃO E METALINGUAGEM NO LAOZI: UMA ABORDAGEM PERSPECTIVISTA

CRISTIANO MAHAUT DE BARROS BARRETO 03 April 2017 (has links)
[pt] A presente dissertação assinala e discute o uso da metalinguagem no texto em chinês clássico do Laozi. Ao tomar a linguagem como uma forma de vida, no sentido Wittgensteiniano – perspectivista em vez de relativista – assumimos que os encontros entre diferentes formas de vida / línguas não correspondem a meros confrontos entre esquemas conceituais ou modos de existência incomensuráveis entre si. Referem-se, ao contrário, a oportunidades em que essas formas de vida podem ser trazidas a vislumbrar, ainda que de forma precária, suas próprias bases infundadas e não intelectuais e, além disso, ocasiões com um potencial de transformação, prestes a deslocar não apenas marcas ideológicas visíveis, mas também convicções pré-conceituais fortemente arraigadas. O estudo apresentado aqui elabora e investiga a premissa – chamada de Hipótese do Perspectivismo Metalinguístico (HPM) – em que diferentes repertórios metalinguísticos não nomeiam entidades universais e independentes da linguagem. Pelo contrário, eles dão testemunho a circunstâncias culturais e históricas e, em última instância, a formas de estar no mundo que carregam propensões subterrâneas e certezas préconceituais, exercendo assim uma força direta e coerciva sobre a forma como concebemos e experimentamos o que língua é. Na investigação da HPM, analisamos uma seleção de passagens metalinguísticas do Laozi, por meio da adoção de uma abordagem comparativa bipartida, orientada pela etimologia e pela tradução. A análise comparativa etimológica entre termos metalinguísticos chineses e seus homólogos na tradição ocidental dá ampla evidência do profundo contraste entre suas visões da linguagem e categorias historicamente motivadas, o que é reforçado pela alteridade da atividade grafo-etimológica da tradição chinesa. Ademais, a comparação das traduções/comentários dos usos contextualizados da metalinguagem no Laozi (para o inglês, português, francês e mandarim moderno) confirma que a prática de seus autores é guiada por diferentes repertórios - metalinguísticos subjacentes, agindo de forma tácita no processo interativo junto ao texto chinês: a grande variedade de estratégias empregadas pelos tradutores testemunha como os autores se esforçam para aceitar e / ou rejeitar as práticas que constroem no texto original. Evidências para a HPM manifestam-se principalmente ao longo dos seguintes temas: a relação entre fala e escrita; o papel da linguagem na nexo entre civilização e natureza; a questão da centralidade do significado da linguagem; a relação entre metáfora, literalidade e imagem; e o problema dos nomes. / [en] This dissertation identifies and discusses the use of metalanguage in the classical Chinese text of the Laozi. Taking language as a form of life, in a Wittgensteinian – perspectivist rather than relativist – sense, it assumes that encounters between different forms of life/languages do not correspond to mere clashes between incommensurable conceptual schemes or modes of existence. They are, rather, instances where these forms of life may be brought to glimpse, however precariously, at their own unfounded, non-intellectual bases, and furthermore, occasions with potential for transformation, prone to dislocate not only discernible ideologies, but also highly entrenched pre-conceptual convictions. The study presented here elaborates and investigates the premise – called the Metalinguistic Perspectivism Hypothesis (MPH) – that different metalinguistic repertoires do not get to name universal, language independent entities. On the contrary, they testify to cultural and historical circumstances, and ultimately to forms of being in the world that encompass subterraneous propensities and preconceptual certainties, thus having a direct and coercive effect on how we conceive and experience what language is. To advance the investigation of the MPH, we examine a selection of metalinguistic passages in the Laozi, by adopting a comparative approach along two main paths: etymology and translation. The etymological comparative analysis between Chinese metalinguistic terms and their counterparts in the Greco-Western tradition shows ample evidence of the stark contrast between their deep-rooted visions of language and historically motivated categories, reinforced by the alterity of the grapho-etymological activity of the Chinese tradition. Additionally, the comparison of translations/commentaries of contextualized metalinguistic uses in the Laozi (into English, Portuguese, French and modern Mandarin) confirms that the authors are motivated by significantly different underlying metalinguistic repertoires, tacitly - at work in their interactions with the Chinese text: they often employ sharply diverse strategies which testify to how the authors strive to accept and/or reject the practices they construe from the original text. The evidence for the MPH is shown to manifest in the following central axes: the relationship between speech and writing; the role of language in the civilization/nature nexus; the question of the centrality of meaning in language; the relation between metaphor, literality and image; and the problem of names.
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[en] DELEUZE AND PERSPECTIVISM / [pt] O PERSPECTIVISMO EM DELEUZE

EMANUEL MELLO MATTOS DE CASTRO 16 November 2015 (has links)
[pt] A pesquisa centra-se na importância do conceito de Perspectivismo na filosofia de Gilles Deleuze. Procurando desarticular a forma-Sujeito, para Deleuze pontos de vista têm a ver com diferenças e não com identidades; a constituição não de sujeitos e objetos, mas de perspectivas ou pontos de vista. Em Deleuze, o perspectivismo não é a relatividade do verdadeiro, mas a verdade da relatividade. / [en] This research focuses on the importance of the concept of Perspectivism in Gilles Deleuze s philosophy. Trying to dismantle the Subject form, for Deleuze points of view have to do with differences rather than identities; not the constitution of subjects and objects, but perspectives or points of view. In Deleuze, perspectivism isn t the relativity of the true, but the truth of relativity.
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[en] PERSPECTIVE AND BECOMING IN CONTEMPORARY WRITINGS OF QUASI / [pt] PERSPECTIVA E DEVIR EM ESCRITAS CONTEMPORÂNEAS DO QUASE

MARIA BEATRIZ DE FARIA CASTANHEIRA RIBEIRO 29 March 2017 (has links)
[pt] A dissertação propõe explorar a fertilidade do pensamento perspectivista para refletir sobre modos de experimentação e produção de escritas contemporâneas e, num sentido mais amplo, arte. Para tanto, o presente estudo concentra-se em procedimentos que ocorrem nestas manifestações os quais podemos chamar de exercícios perspectivistas – experimentos artísticos que mobilizam temas caros ao perspectivismo de todos os matizes, na atenção que estes costumam dar a devires entre natureza e cultura, humano e não humano, sujeito e objeto, matéria e sentido e tantos outros. A reflexão proposta concentra-se na obra de Nuno Ramos – escritor e artista visual. Aqui, seus trabalhos são abordados como escritas contemporâneas do quase. A noção de quasidade é uma categoria perspectivista crucial para o pensamento filosófico da multiplicidade e dos devires (em especial, Nietzsche e Deleuze). Tais filosofias informam, em larga medida, a antropologia de Eduardo Viveiros de Castro em suas reflexões sobre a vida e o pensamento dos povos ameríndios, reflexões que esta pesquisa busca também incorporar. A partir do território descrito e por meio de uma prática ensaística, tomam-se como ocasiões especialmente favoráveis para a investigação um livro (Junco) e uma instalação (Monólogo para um cachorro morto). Tais fazeres artísticos mostram que escritas do quase são persistentemente buscadas por meio das relações entre linguagem, arte, corpo, pensamento e ação. Tais procedimentos são estudados como processos que potencializam pontos de vista, multiplicidades e devires. A dissertação é composta de capítulos autônomos, porém complementares, e permite diferentes percursos de leitura. / [en] This dissertation sets out to explore the fruitfulness of perspectivism in reflecting about ways of experimentation and production in the expanded field of literature and art today. In order to do so, it focuses on some procedures that, recurring in these contemporary manifestations, might be called perspectivist exercises – artistic experiments that mobilize themes so dear to perspectivisms of all hues, in their attention to becomings between nature and culture, human and not human, subject and object, matter and sense, and many others. The study concentrates on the works of writer and visual artist Nuno Ramos, addressed here as instances of contemporary writings of quasi. The notion of quasi-ness is a crucial perspectival category to the philosophical thought of multiplicity and becomings (Nietzsche and Deleuze). Such philosophies largely inform Eduardo Viveiros de Castro s anthropology as found in his works on Amerindian people s lives and minds, a body of reflections that this study also seeks to incorporate. From the described territory and through an essayistic practice, this dissertation takes the installation Monólogo para um cachorro morto and the book Junco as specially favorable occasions for reflection. Such artistic doings show that a writing of quasi is persistently sought by the exploration of relations between language, art, body, thought and action. These procedures are studied as processes that potentiate perspectives, multiplicities and becomings. The autonomous, though complementary chapters, of the dissertation allow for multiple directions and sequences of reading.
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[pt] IMAGINAR O QUASE-ACONTECIMENTO: POÉTICAS AMERÍNDIAS E OCIDENTAIS / [en] IMAGINING QUASI-EVENTS: WESTERN AND AMERINDIAN POETICS

MARIA BEATRIZ DE FARIA CASTANHEIRA RIBEIRO 03 November 2020 (has links)
[pt] Esta tese explora a potência da noção de quase-acontecimento no campo dos estudos literários. Buscando tal noção na esfera do perspectivismo ameríndio, soma-se a investigações contemporâneas que, comprometidas com o imperativo de não presumir vantagem epistemológica nos encontros com os povos indígenas, vêm se interessando em pensar a experiência artística sob o impacto desses encontros. No universo ameríndio, o quase acontecer é um evento recorrentemente associado ao trânsito ontológico (viagens aos mundos dos mortos, dos espíritos, dos animais, das coisas etc.), sendo a quasidade um vetor crucial em narrativas míticas e práticas xamânicas. Em contraste com estados de fusão ou anulação, a experiência com a quasidade só pode se manifestar em termos suspensivos. A disposição para habitar, assim em suspensão, zonas de vizinhança entre mundos humanos e não humanos já foi muitas vezes evocada e convocada em conexão com a experiência artística em contextos ditos ocidentais: tomando parte nesse movimento, as reflexões de Deleuze e Guattari são, de modo geral, uma influência importante nos materiais etnofilosóficos aqui em foco, notadamente, os trabalhos de Eduardo Viveiros de Castro, Tania Stolze Lima e Manuela Carneiro da Cunha. Dois aspectos do pensamento da dupla de filósofos franceses importam em especial para este estudo: por um lado, mais teórico, está a insistência no devir feiticeiro do artista; e, por outro lado, mais metodológico, está o caminho que abrem ao construir seu pensamento por meio da invenção de séries heterogêneas de intercessores. Compondo-se de um conjunto eclético de materiais poéticos capazes de perturbar certo modo ocidental de conceber a imaginação, esta tese dedica-se a investigar vínculos possíveis entre imaginação poética e quase acontecimento. Apresentando-se e discutindo-se modos singulares com que poéticas ameríndias e ocidentais mobilizam o quase acontecer, mostra-se que o diálogo com práticas interligadas da vida ameríndia abre caminhos férteis para (re)pensar e (re)viver a potência do corpo na imaginação e os vínculos entre práticas teórico-críticas e práticas artísticas. A tese reflete em sua própria escritura este último ponto: os exercícios de leitura aqui realizados fazem transbordar entre si minhas atividades como pesquisadora e como escritora. Por este viés e num recorte que bastará aos interesses deste estudo, tais exercícios respondem à natureza paradoxal das imagens xapiri na narrativa xamânica de David Kopenawa em A queda do céu; à atmosfera mítico-ritualística de contato dos Ikpeng e dos Yanomami com a morte; e ao desordenamento de corpos que infestam o mito Pu iito – práticas e poéticas ameríndias que ponho em fricção com as seguintes experiências artísticas ocidentais: os livros O imitador de vozes, de Thomas Bernhard e Amada, de Toni Morrison; o poema Qvasi , de Edimilson de Almeida Pereira; e o conto O sofredor do ver , de Maura Lopes Cançado. / [en] This thesis explores the potency of the notion of the quasi-event in the field of literary studies. By locating this notion within the sphere of Amerindian perspectivism, it makes use of contemporary investigations that, committed to the imperative of not assuming an epistemological advantage in encounters with indigenous peoples, have been interested in considering the artistic experience under the impact of these encounters. In the Amerindian universe, a quasi-event-taken is an event recurrently associated with ontological transit (i.e., trips to the worlds of the dead, spirits, animals, things etc.), in which quasidade is a crucial vector in mythical narratives and shamanic practices. In contrast to states of fusion and annulment, this experience with quasidade can only manifest itself in suspensive terms. The willingness to inhabit (thus in suspension) neighboring zones between human and non-human worlds has often been evoked and summoned in connection with the artistic experience in so-called Western contexts: taking part in such movement, the reflections of Deleuze and Guattari are, in general, important influences on the ethnophilosophical materials in focus, most notably the works of Eduardo Viveiros de Castro, Tania Stolze Lima and Manuela Carneiro da Cunha. Moreover, two aspects of the French philosophers thinking are especially relevant to this study: on the one hand, a more theoretical approach is the insistence on the becoming sorcerer of the artist; and, on the other hand, more methodological, is the path they open when constructing their thinking through the invention of a heterogeneous series of intercessors. Composed of an eclectic set of poetic materials capable of disturbing a certain Western way of conceiving the imagination, this thesis investigates possible links between poetic imagination and quasi-event . Hence, introducing and discussing the unique ways in which Amerindian and Western poetics mobilize quasi-event-taken, it is shown that the dialogue with interconnected practices of Amerindian life clears the path for alternative ways to (re)think and (re)live the potency of the body in the imagination, as well as the links between theoretical-critical and artistic practices. This last matter is reflected in this work s writing process: the reading exercises carried out here make my activities as a researcher and as a writer to overflow with each other. By this bias and in a cut-off that will be enough for the interests of this study, such exercises respond to the paradoxical nature of xapiri images in David Kopenawa s shamanic narrative in A queda do céu; the mythical-ritualistic atmosphere of Ikpeng and Yanomami contact with death; and the disorder of bodies that infest the myth Pu iito – Amerindian practices and poetics that I put in friction with the following Western artistic experiences: the books O Imitador de Vozes, by Thomas Bernhard and Amada, by Toni Morrison; the poem Qvasi , by Edimilson de Almeida Pereira; and the short story O sofredor do ver , by Maura Lopes Cançado.
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[pt] PARTES E TODOS, UM EXPERIMENTO DE TRADUÇÃO: OS ARAWETÉ E A COSMOLOGIA CONTEMPORÂNEA / [en] PARTS AND WHOLES, AN EXPERIMENT IN TRANSLATION: THE ARAWETÉ AND CONTEMPORARY COSMOLOGY

MARIA BORBA 25 September 2023 (has links)
[pt] Este trabalho se constitui como um exercício tradutório especulativo que se realiza entre os universos conceituais do povo Araweté (povo Tupi-Guarani) e da cosmologia contemporânea, tal como apresentados pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro e pelo cosmólogo Mario Novello, respectivamente. Parte-se, de um lado, da reivindicação fundamental que a cosmologia contemporânea faz de pensar a si própria através da recuperação da distinção entre as propriedades locais e globais do cosmos, levando à necessidade de um agenciamento da relação entre elas; e, de outro, da maneira como a antropologia contemporânea se pensa como um procedimento de tradução entre universos de pensamento que se dá pela explicitação das diferenças existentes entre eles, tal como proposto por Viveiros de Castro. Assim orientada, a pesquisa busca identificar na interpretação feita por Viveiros de Castro dos Araweté aquilo que poderia ser reconhecido como local e global, para então responder à seguinte questão: que efeitos seriam produzidos no conceito de cosmologia, tal como pensado desde o ponto de vista crítico de Novello, quando concebido desde o ponto de vista Araweté, produzido por tal interpretação? Com intenção de fazer jus àquilo que a antropologia hoje coloca como ação fundamental para si enquanto prática, levar a sério o pensamento do outro, este trabalho propõe como resultado principal uma imagem de cosmologia que, ao invés de se pensar através da necessidade de encontrar a solidariedade máxima entre diferentes aspectos de um mesmo mundo (uma forma de produzir coerência entre aspectos locais e globais), seria aquilo que só se constitui quando se relacionam universos ontológicos distintos a partir de um modelo de relação que, para garantir a diferença existente entre esses mundos, precisa ser de transformação. Pensada dessa maneira, a cosmologia, ao invés de oferecer uma imagem de mundo como sendo aquilo que se constitui a partir do que há de comum entre os diferentes pontos de vista que o compõem, propõe, de outra maneira, um mundo que só existe quando universos distintos podem se relacionar, de forma tal que a diferença existente entre eles seja total. / [en] This work is constituted as a speculative translational exercise conducted between the conceptual universe of the (Tupi-Guarani) Araweté people and contemporary cosmology, as presented by the anthropologist Eduardo Viveiros de Castro and the cosmologist Mario Novello, respectively. The starting point for this work lies, first, in the fundamental claims made by contemporary cosmology as it recovers a distinction between local and global cosmological properties, leading to an assemblage of the relation between them. Second, it also begins withcontemporary anthropology s understanding of itself as a procedure for translating between conceptual worlds by making the differences between them explicit, as proposed by Viveiros de Castro. In this way, and through Viveiros de Castro s interpretation of Araweté cosmology, this research seeks to identify what could be taken as their views on the local and the global, in order to respond to the following question: what effects are produced on the concept of cosmology,critically defined by Novello, when conceived through the Araweté point of view, as interpreted by Viveiros de Castro? With the aim of doing justice to the practice that contemporary anthropology identifies as fundamental for itself, taking seriously other ways of thinking, this dissertation proposes that a primary result is an image of cosmology that – rather than seeking maximum solidarity between the different aspects of a single world (which is one way of producing coherence between local and global aspects) – could only be constituted when different ontological universes are placed in relation to each other. This requires a relational model that needs to be transformational to guarantee the differences between those worlds. Thought about in this way, instead of offering an image of one world as constituted through what is common between different points of view, cosmologycould propose, in another way, a world that only exists when distinct universes engage each other through total difference.
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[en] ONEILYRICAL IMAGINISM: A CARTOGRAPHY CROSSING LANDSCAPES / [pt] IMAGINISMO ONILÍRICO: UMA CARTOGRAFIA PELA PAISAGEM DE MUNDOS

CHARLES PHILIPPE JACQUARD 20 August 2018 (has links)
[pt] Segundo correntes de pensamentos que anunciam a condição distópica promovida pelo que se convencionou nomear capitalismo global integrado, entra em crise a noção de Humano. Guiados via satélite a transitar por mapas digitais, aventa-se que este trajeto histórico nos conduziu até a rua sem saída deste suposto realismo capitalista. É este o cenário labiríntico de uma sociedade do cansaço, em que os poderes governamentais articulados pelo capital se infiltram pela frágil divisão entre cultura e natureza. O sono, segundo o pesquisador Jonathan Crary, simboliza a última fronteira entre as versões mais atualizadas de uma tecnocracia objetiva que se apodera dos corpos para anestesiar o sensível e, portanto, normatizar os modos de vida a partir também da reorganização da percepção. Na esteira, portanto, de respostas acerca do que fabrica mundos – e suas consequentes formas de habitá-lo – e acerca da emergência de ventilar outros possíveis desdobramentos, esta dissertação debruça sobre a experiência onírica ressignificada como gesto estético-político. Pode o sonho agir como uma mediação – ou como manifestação – de disputa de imaginários capaz de despertar para uma forma de vida sympoiética? É pelo reencantamento do mundo, a partir de um lirismo onírico – e onírico aqui no sentido amplo e do senso comum – que este trabalho será conduzido, visando uma exploração topográfica na tentativa de constituir outra paisagem de mundo. / [en] Oneilyrical Imaginism: A cartography crossing landscapes. According to groups of thought that announce the dystopic condition promoted by what has been called integrated global capitalism, the notion of Humanism plunges into a crisis. Guided by satellite to navigate on digital maps, it is revealed that this historical route led us to a dead-end in a supposed capitalist realism. This is the labyrinthic scenario of a society of weariness, in which governmental powers articulated by capital infiltrate the fragile division between culture and nature. Sleep, according to researcher Jonathan Crary, symbolizes the last frontier between the most up-to- date versions of an objective technocracy that seizes bodies to anesthetize the sensory and therefore normalize lifestyles from the reorganization of perception. In the wake, therefore, of answers about what creates worlds - and their consequent ways of inhabiting it - and about the emergence of letting out other possible outcomes, this dissertation focuses on the dream experience resignified as an aesthetic-political gesture. Can the dream act as a mediation - or as a manifestation - in a dispute of imaginaries be capable of promoting a sympoietic way of life? It is t rough the re-enchantment of the world, from a dream perspective – here in a broad and common sense – that this work will be conducted, aiming at a topographic exploration in the attempt to constitute another landscape of the world.

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