• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 27
  • Tagged with
  • 27
  • 27
  • 27
  • 27
  • 18
  • 15
  • 15
  • 15
  • 15
  • 15
  • 12
  • 9
  • 9
  • 9
  • 9
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
21

Mediações musicais e direitos autorais entre grupos Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul

Arnt, Mônica de Andrade January 2010 (has links)
Esta pesquisa objetiva confrontar os fundamentos das atuais regulamentações dos direitos autorais com aspectos de processos de registro e difusão musicais entre grupos Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul. A emergência da música étnica no mercado musical mundial, a promoção de políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural e a difusão de meios tecnológicos de registro musical são tomados nesta pesquisa como fatores que afetaram significativamente os processos de criação musical entre grupos indígenas nas últimas três décadas. Nesta etnografia procurei privilegiar casos em que nem mesmo a atribuição de autoria a uma coletividade é suficiente para resolver impasses surgidos em tentativas de definição autoral destas criações, o que evidencia certas limitações dos sistemas de proteção vigentes, restritos a uma perspectiva antropocêntrica e individualista. As concepções êmicas referentes a mediações por onde circulam as expressões musicais apontam, simultaneamente, para a participação de diferentes categorias de entidades que povoam o cosmos nos processos de criação musical, o que varia em relação a cada repertório, e para a relevância do controle sobre a circulação destas expressões. / This research aims to confront the foundations of current regulations of copyright issues with the processes of recording and broadcasting music between groups Mbyá- Guarani in Rio Grande do Sul The emergence of ethnic music in the music world, promoting public policies to protect the cultural heritage and the dissemination of technological means of recording compatibility are taken in this research as factors that significantly affected the processes of musical creation, among indigenous groups in the past three decades. In this ethnography sought privilege where even the attribution of authorship to a collectivity is sufficient to resolve impasses arising in attempts to define copyright of these creations, which highlights certain limitations of existing protection systems, restricted to an individualistic and anthropocentric perspective. Emic conceptions regarding mediation by circulating the musical expressions indicate both to the participation of different categories of entities that populate the cosmos in the processes of musical creation, which varies for each repertoire, and of the importance of control over the movement of these expressions.
22

Da instabilidade e dos afetos : pacificando relações, amansando outros : cosmopolítica guarani-mbyá (Lago Guaíba/RS-Brasil)

Machado, Maria Paula Prates January 2013 (has links)
Dans cette thèse, je propose d'envisager comment les Guarani-Mbyá donnent sens et établissent des relations avec leurs Autres. À partir du langage théorique de la prédation, qui trouve à s'exprimer chez les Mbyá dans une politique de refus du conflit, je focalise mon attention sur les couples mbyá/juruá (non-indigène), féminin/masculin, vivants/morts et, d'une façon générale, proie/prédateur, au sein d'une scène qui s'étend aux ouvertures et aux fermetures du « système du juruá ». L'instabilité de la relation entre vivants et morts se joue dans ñe'ë (principe vital) et ãngue (ombre, spectre) en passant par ete (corps), à l'interstice du risque et de la capture avérée, dans lequel résident les Autres. La propagation de la production de la différence entre morts et vivants implique la nécessité d'une distance qui ne nie pas pour autant l'intensité de la relation. Les mêmes réflexions s'appliquent au couple mbyá/juruá. Les seconds, pour être eux aussi des Autres distants, fragilisent le corps des premiers en raison de leur mode de vie, leur nourriture et leurs attitudes. Alors que la médiation avec les morts implique les chamans, ce sont ici les alliés juruá qui font office de médiateurs prédateurs entre les Mbyá et les Juruá en général. Quant à la relation des Mbyá avec leurs affins, celle-ci exige déjà une tentative de transformation qui fasse de ces Autres proches des sujets approchants, selon la limite d'un principe de négativité. Il ne s'agit pas de transformer cet Autre en égal, car celui-ci perdrait alors tout entier son statut d'autre. En m'inspirant de la thèse de plusieurs auteurs américanistes, je développe l'argument selon lequel la femme Mbyá est intrinsèquement constituée par deux beaux-frères, le premier étant son frère réel et le second son « frère » animal, de telle sorte qu'elle se trouve déjà être, en elle-même, proie. La prédation, dans cette configuration, s'inscrit dans une relation entre sexes opposés ; elle n'est plus ici réversible, car la différence entre les termes est relancée. Proie, la femme occupe une position défavorisée face aux hommes, étant objet, sans être sujet, d'une tension prédatrice. Je considère enfin les ja (maîtres) qui, comme les morts et les Juruá, ne sont pas affins mais ennemis dans toute leur puissance. Si chacun a son maître, si chacun a son « âme », le maître a fonction de sujet. Le ja est seulement maître face à l'Autre ; il n'est jamais maître de quelqu'un/quelque chose en soi. Envisagé ainsi en tant que personne/sujet du réseau de relations sociocosmologiques, le ja est également un médiateur du mode relationnel de la prédation. En conclusion, j'avance que les morts sont pour les Juruá ce que les ja sont pour les affins proches. Si les deux premiers doivent être le point distant du noeud relationnel, les deux derniers sont les proies vitales pour la constitution fondamentale de soi. Et entre ces deux extrêmes, les médiateurs nous suggèrent assumer une fonction paradoxale. Cette recherche est circonscrite à une région composée de plusieurs affluents du lac Guaíba, localisée à l'extrême sud du Brésil, dans laquelle j'ai réalisé des études ethnographiques ces dix dernières années. / Nesta tese proponho pensar como os Guarani-Mbyá significam e estabelecem relações com seus Outros. A partir do idioma teórico da predação, que parece encontrar seu lugar entre os Mbyá em uma política de recusa ao conflito, faço atenção aos pares mbyá/juruá (não indígenas), feminino/masculino, vivos/mortos e, de modo geral, presa/predador em um horizonte delineado em aberturas e fechamentos ao “sistema do juruá”. No que concerne à qualidade da relação entre vivos e mortos, a instabilidade se encontra em ñe’ë (principio vital) e ãngue (sombra, espectro) transpassada por ete (corpo), no interstício do risco e da captura de fato. A propagação da produção da diferença entre ambos inclui a necessidade da distância sem a negação de uma relação intensa. O mesmo ocorre no par mbyá/juruá, que por serem estes últimos também Outros distantes, enfraquecem o corpo dos primeiros em razão de seu modo de ser, por sua comida e suas atitudes. Se a mediação com os mortos passa pelos xamãs, com os Juruá em geral os mediadores predadores são os aliados juruá. Já a relação com Outros próximos, os afins, exige uma tentativa de transformação para que venham a ser como o sujeito que os aproxima, com um limite de negatividade. Não se quer transformar realmente esse Outro em igual, pois se perderia por inteiro sua outridade. Inspirada em alguns autores americanistas, sigo o argumento de que a mulher mbyá é intrinsecamente feita de dois cunhados: o primeiro trata-se de seu irmão real e o segundo de seu “irmão” animal, já que ela em si é uma presa. A predação, nessa direção, se inscreve em uma relação de sexos opostos; ela deixa de ser reversível, já que a diferença entre os termos é relançada. Assim como a presa, a mulher ocupa uma posição desfavorecida face aos homens, sendo objeto e não sujeito de uma tensão predatória. No que diz respeito aos ja (donos-mestres), que assim como os mortos e os Juruá não são afins mas inimigos em toda sua potência, tratam-se de um aspecto de pessoa/sujeito da rede de relações sociocosmológicas. Se tudo tem seu dono, tem sua “alma”, o dono tem função de eu. O ja só se torna dono diante de Outro e jamais diante daquilo que é intitulado dono. Ele também é um mediador do modo relacional da predação. Sendo assim, sugiro para fins de reflexão que os mortos estão para os Juruá assim como os ja estão para os afins próximos. Pois se os dois primeiros devem ser o ponto distante do laço relacional, os dois últimos são as presas vitais para a constituição primeira de si. E entre esses dois extremos, os mediadores indicam assumir função paradoxal. O cenário da presente pesquisa está circunscrito a uma dada região de arroios afluentes ao Lago Guaíba, localizada no extremo sul do Brasil e na qual nos últimos dez anos tenho me dedicado a desenvolver estudos de cunho etnográfico.
23

Caminhos para viver o Mbya Reko : estudo antropológico do contato interétnico e de políticas públicas de etnodesenvolvimento a partir de pesquisa etnográfica junto a coletivos Guarani no Rio Grande do Sul / Ways to live the Mbya reko: anthropological study of interethnic contact and public ethnodevelopment policies through an ethnographic research with the Guarani collectives in Rio Grande do Sul

Soares, Mariana de Andrade January 2012 (has links)
presente tese de doutorado toma como referência a metáfora do caminho [tape], envolvendo trajetórias de indivíduos e de coletivos Guarani no Rio Grande do Sul, com o objetivo de fazer uma reflexão antropológica sobre os encontros e desencontros na sua relação com o Estado, suas respectivas instituições e políticas públicas de etnodesenvolvimento. A tese parte do desafio de Roberto Cardoso de Oliveira de refletir sobre a ética e a moralidade nas macro, meso e micro esfera, fórmula dialética que potencializa as complexas relações dos sujeitos, que tanto abrangem a ordem cotidiana de coletivos Guarani no Rio Grande do Sul, as mediações técnicas e institucionais, que se interconectam os domínios da etnicidade, eticidade e moralidade no âmbito do Estado. Daí tratarmos, as múltiplas esferas em relação, como a instituição oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), os processos políticos macro-estruturais que abrangem complexos sistemas de ideias, dominantes, situações de poder e de execução de ações ideológicas de desenvolvimento, a ação de técnicos e do pesquisador em Antropologia, entre outras mediações. A partir da categoria analítica de situação histórica, etnograficamente, se busca analisar experiências de contatos interétnicos envolvendo os Guarani e diversos atores sociais (técnicos, indigenistas, antropólogos), onde foram colocadas em relação (tensa, conflituosa) lógicas de desenvolvimento. No âmbito do debate contemporâneo sobre o tema desenvolvimento e povos indígenas, a presente tese visa contribuir para uma reflexão sobre os desafios e as potencialidades das “novas práticas indigenistas”, no contexto político-social pós- Constituição Federal de 1988, sobre as contradições inerentes a ideia de desenvolvimento da sociedade ocidental na relação com os coletivos indígenas, bem como, para a própria discussão sobre políticas públicas que tem como meta o desenvolvimento Guarani. / This doctoral thesis takes as reference the metaphor of the way [tape], involving trajectories of Guarani individuals and collectives in Rio Grande do Sul, in order to perform an anthropological reflection on their similarities and differences in their relationship with the state, their respective institutions and public policies of ethnodevelopment. The thesis comes from the challenge of Roberto Cardoso de Oliveira on reflectin over the ethics and morality at the macro, meso and micro sphere, dialectical formula that maximizes the complex relationships of the subjects, which include both the daily order of Guarani collectives in Rio Grande do Sul, technical and institutional mediations that interconnect the areas of ethnicity, ethics and morality within the State. Hence we treat the multiple spheres of relationship as the official institution of Technical Assistance and Rural Extension (ATER), macro-structural political processes which include complex systems of ideas, dominants, power situations and enforcement development ideological actions, the action of technicians and researchers in Anthropology, among other mediations. From the analytical category of historical situation, ethnographically, we seek to analyze the experiences of interethnic contacts involving the Guarani and several social actors (technicians, indigenous, anthropologists), were placed in relation (tense, confrontational) to development logics. Within the contemporary debate on the development and indigenous people subject, this thesis aims to contribute to a reflection on the challenges and potentialities of "new indigenous practices", in the social-political context post-1988 Constitution, on the contradictions inherent with the idea of the development of the Western society in relation to indigenous collectives, as well as for the discussion of public policies that concerns the Guarani development.
24

A refiguração da Tava Miri São Miguel na memória coletiva dos Mbyá-Guarani nas Missões/RS, Brasil / The refiguration of Tava Miri São Miguel by Mbyá-Guarani collective memory in missions Region/RS, Brazil

Moraes, Carlos Eduardo Neves de January 2010 (has links)
Este trabalho discorre sobre a memória coletiva Mbyá-Guarani acerca do Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, Patrimônio da Humanidade reconhecido pela UNESCO, e situado na região das Missões, noroeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os Mbyá-Guarani habitam uma aldeia no município de São Miguel das Missões (reserva do Inhacapetum) e circulam pela região, a qual reconhecem como um território ancestral. Os membros do grupo comercializam seu artesanato no alpendre do Museu da Missões, localizado no perímetro do Parque Arqueológico, mantendo uma relação cotidiana com os remanescentes da antiga igreja de São Miguel a qual denominam pela categoria Tava Miri. A historiografia oficial, entretanto, nega a ligação dos atuais Mbyá-Guarani com os Guarani missioneiros, alegando que a presença da atual população data do início do século XX. As narrativas dos Mbyá-Guarani conformam uma ligação cosmológica com a Tava Miri, o que pude apreender no contexto da aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais em que participei da equipe executora. Assim, busco neste estudo, fazer ecoar a voz dos Mbyá e sua versão da história. Entendendo a memória enquanto “inteligência narrativa” (Eckert e Rocha, 1998), baseado em relatos dos Mbyá, exploro o circular dos sentidos atribuídos pelos narradores ao lugar de importância cultural, Tava Miri, na conformação de uma memória coletiva. A proposta interpretativa de Paul Ricoeur (1994) é dimensionada na tentativa de apreender o modo pelos quais os narradores Mbyá, ao falarem da Tava Miri, tecem sentidos sobre o mundo, o tempo, a vida e a ação enquanto parte de uma coletividade. Nesse processo, competem fragmentos míticos, experiências pessoais e elementos da história, que servem de orientação para viverem o teko miri (verdadeiro modo de estar no mundo). / This paper refers to Mbyá-Guarani collective memory about São Miguel Arcanjo archaelogical site, which is a Humanity Heritage recognized by UNESCO. This site is located at Mission region, northwestern Rio Grande do Sul state, Brazil. Mbyá-Guarani live in a village at São Miguel das Missões municipality (Inhacapetum reserve), and they walk through this region recognized by them as an ancestral territory. The members of this group sell their handicrafts on the porch of Missões museum, near the limits of the Archealogical park. Like this, they are daily in contact with what remains of the former São Miguel church, designating it by the category Tava Miri. However, the oficial historiography deny that there is a relationship between Mbyá-Guarani and Guarani from Missions times, claiming that they only occupated this area since the 20th century. During the execution of Inventário Nacional de Referências Culturais (National Inventory of Cultural References), from which I participated, a cosmological connection with Tava Miri was designed through Mbyá-Guarani people narratives. In this way, I intend, on this paper, to show Mbyá version of this history through their own voice. The memory has here the meaning of “narrative intelligence” (Eckert e Rocha, 1998). Based on that and on Mbyá reports, I investigate the diverse meanings these narrators attribut to the Tava Miri, a place with cultural importance, constituted by their collective memory. The interpretative proposal of Paul Ricoeur (1994) is brought on this paper as an attempt to understand how Mbyá narrators in their reportings about Tava Miri produce meanings about the world, time, life, and action as part of a collectivity. In this process, they make use of mythic fragments, personal elements, and elements of history, which serve to guide them to teko miri way of life (the true way of being in the world).
25

Mediações musicais e direitos autorais entre grupos Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul

Arnt, Mônica de Andrade January 2010 (has links)
Esta pesquisa objetiva confrontar os fundamentos das atuais regulamentações dos direitos autorais com aspectos de processos de registro e difusão musicais entre grupos Mbyá-Guarani no Rio Grande do Sul. A emergência da música étnica no mercado musical mundial, a promoção de políticas públicas de proteção ao patrimônio cultural e a difusão de meios tecnológicos de registro musical são tomados nesta pesquisa como fatores que afetaram significativamente os processos de criação musical entre grupos indígenas nas últimas três décadas. Nesta etnografia procurei privilegiar casos em que nem mesmo a atribuição de autoria a uma coletividade é suficiente para resolver impasses surgidos em tentativas de definição autoral destas criações, o que evidencia certas limitações dos sistemas de proteção vigentes, restritos a uma perspectiva antropocêntrica e individualista. As concepções êmicas referentes a mediações por onde circulam as expressões musicais apontam, simultaneamente, para a participação de diferentes categorias de entidades que povoam o cosmos nos processos de criação musical, o que varia em relação a cada repertório, e para a relevância do controle sobre a circulação destas expressões. / This research aims to confront the foundations of current regulations of copyright issues with the processes of recording and broadcasting music between groups Mbyá- Guarani in Rio Grande do Sul The emergence of ethnic music in the music world, promoting public policies to protect the cultural heritage and the dissemination of technological means of recording compatibility are taken in this research as factors that significantly affected the processes of musical creation, among indigenous groups in the past three decades. In this ethnography sought privilege where even the attribution of authorship to a collectivity is sufficient to resolve impasses arising in attempts to define copyright of these creations, which highlights certain limitations of existing protection systems, restricted to an individualistic and anthropocentric perspective. Emic conceptions regarding mediation by circulating the musical expressions indicate both to the participation of different categories of entities that populate the cosmos in the processes of musical creation, which varies for each repertoire, and of the importance of control over the movement of these expressions.
26

Caminhos para viver o Mbya Reko : estudo antropológico do contato interétnico e de políticas públicas de etnodesenvolvimento a partir de pesquisa etnográfica junto a coletivos Guarani no Rio Grande do Sul / Ways to live the Mbya reko: anthropological study of interethnic contact and public ethnodevelopment policies through an ethnographic research with the Guarani collectives in Rio Grande do Sul

Soares, Mariana de Andrade January 2012 (has links)
presente tese de doutorado toma como referência a metáfora do caminho [tape], envolvendo trajetórias de indivíduos e de coletivos Guarani no Rio Grande do Sul, com o objetivo de fazer uma reflexão antropológica sobre os encontros e desencontros na sua relação com o Estado, suas respectivas instituições e políticas públicas de etnodesenvolvimento. A tese parte do desafio de Roberto Cardoso de Oliveira de refletir sobre a ética e a moralidade nas macro, meso e micro esfera, fórmula dialética que potencializa as complexas relações dos sujeitos, que tanto abrangem a ordem cotidiana de coletivos Guarani no Rio Grande do Sul, as mediações técnicas e institucionais, que se interconectam os domínios da etnicidade, eticidade e moralidade no âmbito do Estado. Daí tratarmos, as múltiplas esferas em relação, como a instituição oficial de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), os processos políticos macro-estruturais que abrangem complexos sistemas de ideias, dominantes, situações de poder e de execução de ações ideológicas de desenvolvimento, a ação de técnicos e do pesquisador em Antropologia, entre outras mediações. A partir da categoria analítica de situação histórica, etnograficamente, se busca analisar experiências de contatos interétnicos envolvendo os Guarani e diversos atores sociais (técnicos, indigenistas, antropólogos), onde foram colocadas em relação (tensa, conflituosa) lógicas de desenvolvimento. No âmbito do debate contemporâneo sobre o tema desenvolvimento e povos indígenas, a presente tese visa contribuir para uma reflexão sobre os desafios e as potencialidades das “novas práticas indigenistas”, no contexto político-social pós- Constituição Federal de 1988, sobre as contradições inerentes a ideia de desenvolvimento da sociedade ocidental na relação com os coletivos indígenas, bem como, para a própria discussão sobre políticas públicas que tem como meta o desenvolvimento Guarani. / This doctoral thesis takes as reference the metaphor of the way [tape], involving trajectories of Guarani individuals and collectives in Rio Grande do Sul, in order to perform an anthropological reflection on their similarities and differences in their relationship with the state, their respective institutions and public policies of ethnodevelopment. The thesis comes from the challenge of Roberto Cardoso de Oliveira on reflectin over the ethics and morality at the macro, meso and micro sphere, dialectical formula that maximizes the complex relationships of the subjects, which include both the daily order of Guarani collectives in Rio Grande do Sul, technical and institutional mediations that interconnect the areas of ethnicity, ethics and morality within the State. Hence we treat the multiple spheres of relationship as the official institution of Technical Assistance and Rural Extension (ATER), macro-structural political processes which include complex systems of ideas, dominants, power situations and enforcement development ideological actions, the action of technicians and researchers in Anthropology, among other mediations. From the analytical category of historical situation, ethnographically, we seek to analyze the experiences of interethnic contacts involving the Guarani and several social actors (technicians, indigenous, anthropologists), were placed in relation (tense, confrontational) to development logics. Within the contemporary debate on the development and indigenous people subject, this thesis aims to contribute to a reflection on the challenges and potentialities of "new indigenous practices", in the social-political context post-1988 Constitution, on the contradictions inherent with the idea of the development of the Western society in relation to indigenous collectives, as well as for the discussion of public policies that concerns the Guarani development.
27

Da instabilidade e dos afetos : pacificando relações, amansando outros : cosmopolítica guarani-mbyá (Lago Guaíba/RS-Brasil)

Machado, Maria Paula Prates January 2013 (has links)
Dans cette thèse, je propose d'envisager comment les Guarani-Mbyá donnent sens et établissent des relations avec leurs Autres. À partir du langage théorique de la prédation, qui trouve à s'exprimer chez les Mbyá dans une politique de refus du conflit, je focalise mon attention sur les couples mbyá/juruá (non-indigène), féminin/masculin, vivants/morts et, d'une façon générale, proie/prédateur, au sein d'une scène qui s'étend aux ouvertures et aux fermetures du « système du juruá ». L'instabilité de la relation entre vivants et morts se joue dans ñe'ë (principe vital) et ãngue (ombre, spectre) en passant par ete (corps), à l'interstice du risque et de la capture avérée, dans lequel résident les Autres. La propagation de la production de la différence entre morts et vivants implique la nécessité d'une distance qui ne nie pas pour autant l'intensité de la relation. Les mêmes réflexions s'appliquent au couple mbyá/juruá. Les seconds, pour être eux aussi des Autres distants, fragilisent le corps des premiers en raison de leur mode de vie, leur nourriture et leurs attitudes. Alors que la médiation avec les morts implique les chamans, ce sont ici les alliés juruá qui font office de médiateurs prédateurs entre les Mbyá et les Juruá en général. Quant à la relation des Mbyá avec leurs affins, celle-ci exige déjà une tentative de transformation qui fasse de ces Autres proches des sujets approchants, selon la limite d'un principe de négativité. Il ne s'agit pas de transformer cet Autre en égal, car celui-ci perdrait alors tout entier son statut d'autre. En m'inspirant de la thèse de plusieurs auteurs américanistes, je développe l'argument selon lequel la femme Mbyá est intrinsèquement constituée par deux beaux-frères, le premier étant son frère réel et le second son « frère » animal, de telle sorte qu'elle se trouve déjà être, en elle-même, proie. La prédation, dans cette configuration, s'inscrit dans une relation entre sexes opposés ; elle n'est plus ici réversible, car la différence entre les termes est relancée. Proie, la femme occupe une position défavorisée face aux hommes, étant objet, sans être sujet, d'une tension prédatrice. Je considère enfin les ja (maîtres) qui, comme les morts et les Juruá, ne sont pas affins mais ennemis dans toute leur puissance. Si chacun a son maître, si chacun a son « âme », le maître a fonction de sujet. Le ja est seulement maître face à l'Autre ; il n'est jamais maître de quelqu'un/quelque chose en soi. Envisagé ainsi en tant que personne/sujet du réseau de relations sociocosmologiques, le ja est également un médiateur du mode relationnel de la prédation. En conclusion, j'avance que les morts sont pour les Juruá ce que les ja sont pour les affins proches. Si les deux premiers doivent être le point distant du noeud relationnel, les deux derniers sont les proies vitales pour la constitution fondamentale de soi. Et entre ces deux extrêmes, les médiateurs nous suggèrent assumer une fonction paradoxale. Cette recherche est circonscrite à une région composée de plusieurs affluents du lac Guaíba, localisée à l'extrême sud du Brésil, dans laquelle j'ai réalisé des études ethnographiques ces dix dernières années. / Nesta tese proponho pensar como os Guarani-Mbyá significam e estabelecem relações com seus Outros. A partir do idioma teórico da predação, que parece encontrar seu lugar entre os Mbyá em uma política de recusa ao conflito, faço atenção aos pares mbyá/juruá (não indígenas), feminino/masculino, vivos/mortos e, de modo geral, presa/predador em um horizonte delineado em aberturas e fechamentos ao “sistema do juruá”. No que concerne à qualidade da relação entre vivos e mortos, a instabilidade se encontra em ñe’ë (principio vital) e ãngue (sombra, espectro) transpassada por ete (corpo), no interstício do risco e da captura de fato. A propagação da produção da diferença entre ambos inclui a necessidade da distância sem a negação de uma relação intensa. O mesmo ocorre no par mbyá/juruá, que por serem estes últimos também Outros distantes, enfraquecem o corpo dos primeiros em razão de seu modo de ser, por sua comida e suas atitudes. Se a mediação com os mortos passa pelos xamãs, com os Juruá em geral os mediadores predadores são os aliados juruá. Já a relação com Outros próximos, os afins, exige uma tentativa de transformação para que venham a ser como o sujeito que os aproxima, com um limite de negatividade. Não se quer transformar realmente esse Outro em igual, pois se perderia por inteiro sua outridade. Inspirada em alguns autores americanistas, sigo o argumento de que a mulher mbyá é intrinsecamente feita de dois cunhados: o primeiro trata-se de seu irmão real e o segundo de seu “irmão” animal, já que ela em si é uma presa. A predação, nessa direção, se inscreve em uma relação de sexos opostos; ela deixa de ser reversível, já que a diferença entre os termos é relançada. Assim como a presa, a mulher ocupa uma posição desfavorecida face aos homens, sendo objeto e não sujeito de uma tensão predatória. No que diz respeito aos ja (donos-mestres), que assim como os mortos e os Juruá não são afins mas inimigos em toda sua potência, tratam-se de um aspecto de pessoa/sujeito da rede de relações sociocosmológicas. Se tudo tem seu dono, tem sua “alma”, o dono tem função de eu. O ja só se torna dono diante de Outro e jamais diante daquilo que é intitulado dono. Ele também é um mediador do modo relacional da predação. Sendo assim, sugiro para fins de reflexão que os mortos estão para os Juruá assim como os ja estão para os afins próximos. Pois se os dois primeiros devem ser o ponto distante do laço relacional, os dois últimos são as presas vitais para a constituição primeira de si. E entre esses dois extremos, os mediadores indicam assumir função paradoxal. O cenário da presente pesquisa está circunscrito a uma dada região de arroios afluentes ao Lago Guaíba, localizada no extremo sul do Brasil e na qual nos últimos dez anos tenho me dedicado a desenvolver estudos de cunho etnográfico.

Page generated in 0.0728 seconds