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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guarani

Costa, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guarani

Costa, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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Ha'erami ra'ema jaiko : vamos levando a vida desse jeito-- : relatos de experiências etnográficas junto a uma família mbya-guarani

Costa, Ana Cristina Popp da January 2011 (has links)
Esta dissertação descreve experiências etnográficas. Exercício descritivo que, consequentemente, coloca em relação saberes distintos, o mbya-guarani (indígena) e o não indígena (em especial o antropológico). Busco, então, refletir sobre esse encontro etnográfico e sobre o modo como as pessoas Mbya com os quais estive relacionam-se com aqueles pertencentes a coletivos não mbya – espíritos, deuses, mortos e não indígenas, dentre esses, a antropóloga –, o que possibilita vislumbrarmos algo a respeito do modo como se compõem pessoas mbya. Pessoas mais ou menos suscetíveis à ação de muitos “seres” que, desejosos de relação, aproximam-se especialmente daqueles que se encontram “enfraquecidos espiritualmente”, podendo lhes provocar alterações não desejadas, sendo que, em certos casos, torna-se impossível saber ao certo com quem se está em relação, tampouco precisar o quanto ela transforma pessoas tornando-as mais ou menos gente, mais ou menos Mbya.
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"Quanto mais doce, melhor" : um estudo antropológico das práticas alimentares da doce sociedade Mbyá-Guarani

Tempass, Mártin César January 2010 (has links)
A presente tese de Doutorado em Antropologia Social parte da constatação de que o sabor doce é muito importante para os seres humanos. Aliás, ao contrário do que afirma a bibliografia, a produção e o consumo de doces são muito difundidos inclusive entre os grupos indígenas. Desta forma, tem-se como objetivo uma análise antropológica da produção e consumo de alimentos entre os Mbyá-Guarani – grupo indígena brasileiro – enfatizando os seus sabores doces e os sentidos a eles atribuídos. A partir dos dados obtidos junto aos Mbyá-Guarani é possível repensar a contribuição dos grupos indígenas na formação da culinária e, mais especificamente, o papel destes grupos na cultura doceira brasileira. / This thesis of Doctorate in Social Anthropology starts from the fact that the sweet flavor is very important to human being. Moreover, contrary to what the literature says, the production and consumption of sweets is very widespread even among indigenous group. Thus, it has at objective an anthropological analysis of food’s productions and consumption among the Mbyá-Guarani – Brazilian indigenous group - emphasizing the sweet flavor and the meaning give to them. From the data obtained from the Mbyá-Guarani is possible rethink the contribution of indigenous group in the formation of the cuisine and, more specifically, the role of this group in the Brazilian culture of make sweets.
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Dualidade, pessoa e transformação : relações sociocosmológicas mbyá-guarani no contexto de três aldeias no RS-Brasil

Machado, Maria Paula Prates January 2009 (has links)
Ce travail cherche à comprendre la personne mbyá a partir de ses liens avec des autres êtres du cosmos, tout en admettant la trinité corporalité, personne et aguyje (condition de perfection). La réunion des idées de corps et de personne selon les théories contemporaines orientées par des réflexions sur la perspective et de l’intentionnalité est aussi utilisée pour penser dans une socialité plus large. Cela signifie englober différents humanités qui sont constitutives d’une socio-cosmologie amerinde, où la comprehénsion du corps n’est pas fixe, mais plutôt derivée de la necessité d’interventions continues. Pour se reconnaître comme corps-personne mbyá, il faut investir pour maintenir sa forme La dualité de l’âme en tant qu’enjeu théorique qui connecte l’ethnographie à la bibliographie classique guarani inclut la comprehénsion de restrictions/prescriptions alimentaires/sexuelles, conduites, sentiments, a fin d’investir dans une transformation du corps en direction contraire à celle d’une metamorphose, le djepotá. La metamorphose et fabrication du corps-personne comme indissociables, tout en considerant la sobréposition de l’âme-mot (nhe’s) à l’âme tellurique (angué), objectivant la légèreté du corps comme moyen d’arriver au aguyje. Le contexte etnographique concerne les villages indigènes à Estiva (tekoá Nhuundy), à Itapuã (tekoá Pindó Mirim) et celle du Cantagalo (tekoá Jatai’ty), les deux premières localisées dans la ligne de partage des eaux de la côte rio-grandense et la troisième dans la ligne de partage des eaux du lac Guaíba, aux alentours de la ville de Porto Alegre. / O presente trabalho busca apreender a pessoa mbyá a partir de suas relações com os demais seres do cosmos, tendo como premissa a tríade corporalidade, pessoa e aguyje (condição de perfeição). O imbricamento de noções de corpo e pessoa à luz de teorias contemporâneas pautadas por reflexões acerca da perspectiva, da intencionalidade, também é utilizado para pensar em termos de uma socialidade mais alargada. Isso significa abarcar diferentes humanidades constitutivas de uma sociocosmologia ameríndia onde o entendimento de corpo não decorre de uma forma fixa, mas, sim, de uma noção derivada da necessidade de intervenções contínuas. Fazer-se enquanto corpo-pessoa mbyá demanda investimento em manter sua forma. A dualidade da alma enquanto aposta teórica que atrela etnografia à bibliografia clássica guarani, abarca a compreensão de restrições/prescrições alimentares/sexuais, condutas, sentimentos, a fim de investir em uma transformação do corpo em direção contrária ao de uma metamorfose, o djepotá. Metamorfose e fabricação do corpo-pessoa como indissociáveis, importando considerar a sobreposição da almapalavra (nhe’e) à alma telúrica (angué), mirando-se na leveza do corpo como direção ao aguyje. O contexto etnográfico refere-se às aldeias da Estiva (tekoá Nhuundy), de Itapuã (tekoá Pindó Mirim) e do Cantagalo (tekoá Jatai’ty), as duas primeiras na Bacia Litoral Média e a terceira na Bacia do Guaiba, nos arredores da cidade de Porto Alegre.
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"Quanto mais doce, melhor" : um estudo antropológico das práticas alimentares da doce sociedade Mbyá-Guarani

Tempass, Mártin César January 2010 (has links)
A presente tese de Doutorado em Antropologia Social parte da constatação de que o sabor doce é muito importante para os seres humanos. Aliás, ao contrário do que afirma a bibliografia, a produção e o consumo de doces são muito difundidos inclusive entre os grupos indígenas. Desta forma, tem-se como objetivo uma análise antropológica da produção e consumo de alimentos entre os Mbyá-Guarani – grupo indígena brasileiro – enfatizando os seus sabores doces e os sentidos a eles atribuídos. A partir dos dados obtidos junto aos Mbyá-Guarani é possível repensar a contribuição dos grupos indígenas na formação da culinária e, mais especificamente, o papel destes grupos na cultura doceira brasileira. / This thesis of Doctorate in Social Anthropology starts from the fact that the sweet flavor is very important to human being. Moreover, contrary to what the literature says, the production and consumption of sweets is very widespread even among indigenous group. Thus, it has at objective an anthropological analysis of food’s productions and consumption among the Mbyá-Guarani – Brazilian indigenous group - emphasizing the sweet flavor and the meaning give to them. From the data obtained from the Mbyá-Guarani is possible rethink the contribution of indigenous group in the formation of the cuisine and, more specifically, the role of this group in the Brazilian culture of make sweets.
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"Quanto mais doce, melhor" : um estudo antropológico das práticas alimentares da doce sociedade Mbyá-Guarani

Tempass, Mártin César January 2010 (has links)
A presente tese de Doutorado em Antropologia Social parte da constatação de que o sabor doce é muito importante para os seres humanos. Aliás, ao contrário do que afirma a bibliografia, a produção e o consumo de doces são muito difundidos inclusive entre os grupos indígenas. Desta forma, tem-se como objetivo uma análise antropológica da produção e consumo de alimentos entre os Mbyá-Guarani – grupo indígena brasileiro – enfatizando os seus sabores doces e os sentidos a eles atribuídos. A partir dos dados obtidos junto aos Mbyá-Guarani é possível repensar a contribuição dos grupos indígenas na formação da culinária e, mais especificamente, o papel destes grupos na cultura doceira brasileira. / This thesis of Doctorate in Social Anthropology starts from the fact that the sweet flavor is very important to human being. Moreover, contrary to what the literature says, the production and consumption of sweets is very widespread even among indigenous group. Thus, it has at objective an anthropological analysis of food’s productions and consumption among the Mbyá-Guarani – Brazilian indigenous group - emphasizing the sweet flavor and the meaning give to them. From the data obtained from the Mbyá-Guarani is possible rethink the contribution of indigenous group in the formation of the cuisine and, more specifically, the role of this group in the Brazilian culture of make sweets.
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Dualidade, pessoa e transformação : relações sociocosmológicas mbyá-guarani no contexto de três aldeias no RS-Brasil

Machado, Maria Paula Prates January 2009 (has links)
Ce travail cherche à comprendre la personne mbyá a partir de ses liens avec des autres êtres du cosmos, tout en admettant la trinité corporalité, personne et aguyje (condition de perfection). La réunion des idées de corps et de personne selon les théories contemporaines orientées par des réflexions sur la perspective et de l’intentionnalité est aussi utilisée pour penser dans une socialité plus large. Cela signifie englober différents humanités qui sont constitutives d’une socio-cosmologie amerinde, où la comprehénsion du corps n’est pas fixe, mais plutôt derivée de la necessité d’interventions continues. Pour se reconnaître comme corps-personne mbyá, il faut investir pour maintenir sa forme La dualité de l’âme en tant qu’enjeu théorique qui connecte l’ethnographie à la bibliographie classique guarani inclut la comprehénsion de restrictions/prescriptions alimentaires/sexuelles, conduites, sentiments, a fin d’investir dans une transformation du corps en direction contraire à celle d’une metamorphose, le djepotá. La metamorphose et fabrication du corps-personne comme indissociables, tout en considerant la sobréposition de l’âme-mot (nhe’s) à l’âme tellurique (angué), objectivant la légèreté du corps comme moyen d’arriver au aguyje. Le contexte etnographique concerne les villages indigènes à Estiva (tekoá Nhuundy), à Itapuã (tekoá Pindó Mirim) et celle du Cantagalo (tekoá Jatai’ty), les deux premières localisées dans la ligne de partage des eaux de la côte rio-grandense et la troisième dans la ligne de partage des eaux du lac Guaíba, aux alentours de la ville de Porto Alegre. / O presente trabalho busca apreender a pessoa mbyá a partir de suas relações com os demais seres do cosmos, tendo como premissa a tríade corporalidade, pessoa e aguyje (condição de perfeição). O imbricamento de noções de corpo e pessoa à luz de teorias contemporâneas pautadas por reflexões acerca da perspectiva, da intencionalidade, também é utilizado para pensar em termos de uma socialidade mais alargada. Isso significa abarcar diferentes humanidades constitutivas de uma sociocosmologia ameríndia onde o entendimento de corpo não decorre de uma forma fixa, mas, sim, de uma noção derivada da necessidade de intervenções contínuas. Fazer-se enquanto corpo-pessoa mbyá demanda investimento em manter sua forma. A dualidade da alma enquanto aposta teórica que atrela etnografia à bibliografia clássica guarani, abarca a compreensão de restrições/prescrições alimentares/sexuais, condutas, sentimentos, a fim de investir em uma transformação do corpo em direção contrária ao de uma metamorfose, o djepotá. Metamorfose e fabricação do corpo-pessoa como indissociáveis, importando considerar a sobreposição da almapalavra (nhe’e) à alma telúrica (angué), mirando-se na leveza do corpo como direção ao aguyje. O contexto etnográfico refere-se às aldeias da Estiva (tekoá Nhuundy), de Itapuã (tekoá Pindó Mirim) e do Cantagalo (tekoá Jatai’ty), as duas primeiras na Bacia Litoral Média e a terceira na Bacia do Guaiba, nos arredores da cidade de Porto Alegre.
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Dualidade, pessoa e transformação : relações sociocosmológicas mbyá-guarani no contexto de três aldeias no RS-Brasil

Machado, Maria Paula Prates January 2009 (has links)
Ce travail cherche à comprendre la personne mbyá a partir de ses liens avec des autres êtres du cosmos, tout en admettant la trinité corporalité, personne et aguyje (condition de perfection). La réunion des idées de corps et de personne selon les théories contemporaines orientées par des réflexions sur la perspective et de l’intentionnalité est aussi utilisée pour penser dans une socialité plus large. Cela signifie englober différents humanités qui sont constitutives d’une socio-cosmologie amerinde, où la comprehénsion du corps n’est pas fixe, mais plutôt derivée de la necessité d’interventions continues. Pour se reconnaître comme corps-personne mbyá, il faut investir pour maintenir sa forme La dualité de l’âme en tant qu’enjeu théorique qui connecte l’ethnographie à la bibliographie classique guarani inclut la comprehénsion de restrictions/prescriptions alimentaires/sexuelles, conduites, sentiments, a fin d’investir dans une transformation du corps en direction contraire à celle d’une metamorphose, le djepotá. La metamorphose et fabrication du corps-personne comme indissociables, tout en considerant la sobréposition de l’âme-mot (nhe’s) à l’âme tellurique (angué), objectivant la légèreté du corps comme moyen d’arriver au aguyje. Le contexte etnographique concerne les villages indigènes à Estiva (tekoá Nhuundy), à Itapuã (tekoá Pindó Mirim) et celle du Cantagalo (tekoá Jatai’ty), les deux premières localisées dans la ligne de partage des eaux de la côte rio-grandense et la troisième dans la ligne de partage des eaux du lac Guaíba, aux alentours de la ville de Porto Alegre. / O presente trabalho busca apreender a pessoa mbyá a partir de suas relações com os demais seres do cosmos, tendo como premissa a tríade corporalidade, pessoa e aguyje (condição de perfeição). O imbricamento de noções de corpo e pessoa à luz de teorias contemporâneas pautadas por reflexões acerca da perspectiva, da intencionalidade, também é utilizado para pensar em termos de uma socialidade mais alargada. Isso significa abarcar diferentes humanidades constitutivas de uma sociocosmologia ameríndia onde o entendimento de corpo não decorre de uma forma fixa, mas, sim, de uma noção derivada da necessidade de intervenções contínuas. Fazer-se enquanto corpo-pessoa mbyá demanda investimento em manter sua forma. A dualidade da alma enquanto aposta teórica que atrela etnografia à bibliografia clássica guarani, abarca a compreensão de restrições/prescrições alimentares/sexuais, condutas, sentimentos, a fim de investir em uma transformação do corpo em direção contrária ao de uma metamorfose, o djepotá. Metamorfose e fabricação do corpo-pessoa como indissociáveis, importando considerar a sobreposição da almapalavra (nhe’e) à alma telúrica (angué), mirando-se na leveza do corpo como direção ao aguyje. O contexto etnográfico refere-se às aldeias da Estiva (tekoá Nhuundy), de Itapuã (tekoá Pindó Mirim) e do Cantagalo (tekoá Jatai’ty), as duas primeiras na Bacia Litoral Média e a terceira na Bacia do Guaiba, nos arredores da cidade de Porto Alegre.
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A hora certa para nascer : um estudo antropológico sobre o parto hospitalar entre mulheres mbyá-guarani no sul do Brasil

Lewkowicz, Rita Becker January 2016 (has links)
Esta dissertação de mestrado problematiza a relação das mulheres mbyá-guarani com as práticas e políticas de saúde diferenciada, especialmente aquelas que dizem respeito ao processo de gestação, parto e puerpério. Primeiramente, trazendo recortes históricos e legislativos, faço uma discussão a respeito da emergência da “população indígena” como uma “população governável” em que a questão “étnica” aparece de maneira relevante nas práticas de governo, implicando em novos dispositivos de controle e formas de subjetivação a partir da “diferença cultural”. As políticas de saúde diferenciada são analisadas nesse contexto, tratando de traçar um solo sob o qual se sustenta o Posto de Saúde situado na Tekoá Koenju (aldeia mbyá-guarani localizada no município de São Miguel das Missões/RS), onde realizei parte de meu trabalho de campo. Um segundo momento deste trabalho dedica-se às práticas cotidianas de produção do que seria a “cidadania indígena” em um contexto de etnogovernamentalidade, salientando as formas pelas quais os profissionais de saúde atuam tanto baseados em valores morais e concepções próprias, quanto na racionalidade técnica (biomédica e biopolítica). A motivação humanitária (da política e da atuação dos profissionais) muitas vezes acaba por produzir uma população mbyá vulnerável, precária, a qual se justifica a intervenção. A partir da história contada por um karaí opygua suspendem-se certas regras desse jogo (político-conceitual) e adentra-se em outras possibilidades imaginativas mais atentas ao que os Mbyá vêm dizendo. Nessa direção, o terceiro momento atenta-se ao modo mbyá de fazer mundos, levando a política para o nível ontológico, e produzindo deslocamentos nos conceitos biomédicos. Seguindo histórias emblemáticas de partos (narradas e vivenciadas em diferentes espaços e momentos de minha trajetória etnográfica), busco trazer as formas mbyá de produção de corpos e pessoas, nas quais as práticas dos profissionais de saúde e o ambiente hospitalar também ganham um lugar específico. Os partos são, nesse sentido, como uma porta de entrada para pensar a cosmopolítica implicada no processo de produção da pessoa mbyá, situada também nas relações cotidianas com as políticas e práticas de saúde biomédica. / The purpose of this study is to reflect upon the relationship of Mbyá-Guarani women with specialized health policies and practices, especially those concerning pregnancy, birth and postpartum processes. First, bringing historical and legislative elements, I engage in a discussion about the emergence of the "indigenous population" as a "governable population" where "ethnicity" takes a significant role in governance practices resulting, therefore, in new control devices and forms of subjectivity that are built on "cultural difference". Indigenous health policies are analyzed in this context as to outline a ground upon which rests Tekoá Koenju’s (a Mbya-Guarani community, situated in São Miguel das Missões/RS) Health Center, where part of my fieldwork was conducted. A second stage of this work is dedicated to the daily production practices of what would be the "indigenous citizenship" in a context of “ ethnogovernmentality”, highlighting the ways in which health professionals work based both on moral values and personal views, and on technical (biomedical and biopolitical) rationality. The humanitarian reason (present in the policies and in specialists’ work) can often produce a vulnerable, precarious mbyá population that justifies an intervention. From a story told by a karai opyguá (mbyá shaman), certain rules of this political and conceptual game are suspended and other imaginative possibilities are able to emerge. In this direction, the third part of this study pays special attention to the mbyá way of “worlding”, taking politics to the ontological level and producing changes in biomedical concepts. Following emblematic stories of births (narrated and experienced in different moments of my ethnographic trajectory), I seek to convey the mbyá modes of producing bodies and persons in which health professionals’ practices and the hospital environment also have a specific place. Childbirth is, in this sense, a way to think about the cosmopolitics involved in the production process of the mbyá person, also situated in daily relationships with the biomedical health’s policies and practices.

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