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Trauma and injury severity score: análise de novos ajustes no índice / Trauma and Injury Severity Score: analysis of new adjustments in the index

Domingues, Cristiane de Alencar 08 February 2013 (has links)
Introdução: O Trauma and Injury Severity Score (TRISS) é considerado padrão ouro na análise de probabilidade de sobrevida do doente traumatizado, apesar de suas limitações. Vários têm sido os esforços na tentativa de torná-lo mais acurado, tendo em vista seu importante papel nos Programas de Melhoria de Qualidade em Trauma. Objetivos: Propor três novos ajustes à equação do TRISS e comparar suas performances com o TRISS e o TRISS-like originais e com esses índices e o NTRISS com coeficientes ajustados à população do estudo; identificar se a técnica de imputação múltipla aumenta a acurácia das equações derivadas de bancos de dados com perdas e comparar o desempenho dos novos modelos quando derivados e aplicados em diferentes grupos de vítimas traumatizadas. Método: Trata-se de um estudo multicêntrico, retrospectivo, com vítimas de trauma internadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC FMUSP) e no Centro de Trauma da Universidade da Califórnia San Diego Medical Center (UCSD MC), no período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010. As informações dos doentes foram agrupadas em Bancos de Dados Derivação e Teste, sendo o primeiro utilizado para derivar as equações e o segundo para validar as equações geradas. Os coeficientes dos modelos foram estabelecidos pela análise de regressão logística. A curva Receiver Operating Characteristics (ROC) foi utilizada para avaliar a performance dos modelos e o algoritmo de DeLonge et al. para comparar as áreas sob as curvas (AUC). Resultados: A casuística foi composta de 2.416 doentes do HC FMUSP (São Paulo, Brasil) e 8.172 participantes do UCSD MC (San Diego, EUA). Os novos modelos propostos foram o NTRISS-like, que incluiu as variáveis Melhor Resposta Motora (MRM), Pressão Artéria Sistólica (PAS), New Injury Severity Score (NISS) e idade; o TRISS SpO2, com as variáveis Escala de Coma de Glasgow, PAS, saturação periférica de oxigênio (SpO2), Injury Severity Score, além da idade e o NTRISSlike SpO2 (MRM + PAS + SpO2 + NISS + idade). Todas as equações tiveram coeficientes ajustados para trauma contuso e penetrante. A técnica de imputação múltipla aplicada à derivação das equações não melhorou a acurácia dos modelos. Os modelos TRISS original, TRISS, TRISS-like e NTRISS com coeficientes ajustados e as novas propostas não apresentaram diferença estatisticamente significativa em sua performance. As novas equações ajustadas aos dados de São Paulo e as geradas com informações de San Diego apresentaram diferentes AUC ao serem aplicadas nos dois grupos de doentes dessas localidades. A acurácia sempre foi maior quando as equações foram aplicadas na população de San Diego. Conclusões: Os novos modelos apresentaram boa acurácia (cerca de 89,5%) e desempenho similar a outros ajustes do índice TRISS anteriormente publicados; portanto, podem ser utilizados nas avaliações de qualidade da assistência ao traumatizado. Os ajustes dos índices de probabilidade de sobrevida à realidade local de sua aplicação não melhoraram seu desempenho, resultado que reforça a incerteza sobre a necessidade desses ajustes, conforme o local de aplicação do índice. / Introduction: Trauma and Injury Severity Score (TRISS) is considered the \"gold standard\" in the analysis of survival probability of trauma patients, despite its limitations. There have been several efforts to make it more accurate because of its important role in Trauma Quality Improvement Programmes. Objectives: To propose three new adjustments to the TRISS equation and compare their performances with the TRISS and TRISS-like originals and these indices and NTRISS with coefficients adjusted to the study population; identify if the multiple imputation technique increases the accuracy of the equations derived from databases with missing; and to compare the performance of the new models when derivatives and applied to different groups of trauma patients. Methods: This is a multicenter, retrospective study with trauma victims admitted to the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC FMUSP) and the Trauma Center at the University of California San Diego Medical Center (UCSD MC) for the period between January 1st, 2006 and December 31st, 2010. The information of patients were grouped into two different databases: derivation and testing; the first one served to derive the equations and the second was used to validate the equations generated. The model coefficients were established by logistic regression analysis. Receiver Operating Characteristic curve (ROC) was used to evaluate the performance of the models and De Long et al. algorithm to compare the areas under the curves (AUC). Results: The casuistic consisted of 2,416 patients from HC FMUSP (São Paulo, Brazil) and 8,172 participants from UCSD MC (San Diego, USA). The new models proposed were NTRISS-like which included the variables Best Motor Response (BMR), Systolic Blood Pressure (SBP), New Injury Severity Score (NISS) and age; TRISS SpO2 that included the variables Glasgow Coma Scale, SBP, saturation of peripheral oxygen (SpO2), Injury Severity Score and age; and NTRISS-like SpO2 (BMR + SBP + SpO2 + NISS + age). All equations had adjusted coefficients for blunt and penetrating trauma. The multiple imputation technique applied in the derivation of the equations did not improve the accuracy of the models. The original TRISS, and TRISS, TRISS-like and NTRISS with adjusted coefficients and the new proposals showed no statistically significant difference in performance. The new equations fitted to the São Paulo data and generated with information from San Diego showed different AUC when applied in the two patient groups in these localities. The accuracy was always higher when the equations were applied to the population of San Diego. Conclusions: The new models demonstrated good accuracy (about 89.5%) and similar performance to other TRISS adjustments previously published, and may be used in assessments of quality of care for traumatized. The survival probability scores adjustments to the local reality of its application did not improve its performance, a result that reinforces the uncertainty about the need for such adjustments, as the application site index.
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Caracterização da gravidade das vítimas de acidente de transporte atendidos em uma unidade de Centro Cirúrgico / Severity characterization of land transportation accident victims attended in a Surgical Ward

Reiniger, Lívia Ortiz 18 October 2010 (has links)
O trauma hoje é considerado a epidemia do século XXI, representando a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas de vida. Na pesquisa atual, foram consideradas para análise as vítimas de traumas decorrentes de acidentes de transporte por considerar a relevância do tema no cenário da saúde nacional e internacional. Os objetivos foram: caracterizar a gravidade das vítimas de acidentes de transporte que foram atendidas em uma unidade de Centro Cirúrgico de um Hospital de referência no atendimento ao trauma no Município de São Paulo; caracterizar a amostra do estudo quanto aos dados sociodemográficos, tipo de colisão e atendimento pré-hospitalar; descrever a gravidade da lesão, segundo a região corpórea pelo score AIS e MAIS; descrever a gravidade global das vítimas, segundo o score ISS; caracterizar as condições clínicas das vítimas nos períodos pré, trans e pós-operatórios, verificar a relação existente entre os dados sociodemográficos, tipo de colisão, atendimento pré-hospitalar, os escores AIS, MAIS, ISS, as características clínicas e a ocorrência de óbito e sequela. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, retrospectiva, de abordagem quantitativa, realizada por meio da análise retrospectiva dos prontuários de todos os pacientes vítimas de acidente de trânsito que foram admitidos no Centro Cirúrgico do ICHC-FMUSP no período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2008. Concluiu-se estatisticamente que, os pacientes de maior gravidade cirúrgica, eram jovens, vítimas de acidente motociclístico ou pedestres, que chegaram à instituição, utilizando-se de dispositivos para a permeabilidade das vias aéreas (máscara de oxigênio ou cânula de intubação orotraqueal), com sinais vitais instáveis, que apresentavam lesões de abdome e conteúdo pélvico ou de extremidades e cintura pélvica, como fraturas, grandes hemorragias ou lesões abdominais. Eram também os que seriam submetidos em sua maioria, à cirurgia geral e cirurgia ortopédica, procedimentos de grande porte com grande probabilidade de gerarem algum tipo de sequela temporária ou permanente. Em razão dessa gravidade, há necessidade de infusão de volume seja hemoconcentrado, hemoderivado ou solução coloide, objetivando sempre a manutenção da homeostase, primordial para a manutenção da boa condição clínica desses pacientes. A pesquisa indicou que os pacientes que chegaram com maior gravidade à unidade de Centro Cirúrgico, têm maior risco de óbito ou sequela. / Trauma is now considered an epidemic of the century, representing the leading cause of death in the first four decades of life. In the current study, were considered for analysis the victims of injuries from traffic accidents by considering the relevance of the theme in the health service nationally and internationally. The aim of this study was to characterize the severity of traffic accident victims who were treated in Surgical Ward of a referral hospital in trauma care in São Paulo. The study sample was characterized by using demographic data; type of collision and use of pre-hospital service; severity of injury according to the body region using AIS and MAIS score; overall severity of the victims using ISS score; clinical condition of the victims before, during and after surgery; and the relationship between demographic data; type of collision and use of pre-hospital service; the AIS, MAIS and ISS score; the clinical features and occurrence of death and disability. This is an exploratory, descriptive, retrospective, quantitative approach study, carried out by retrospective chart review of all patients victims of traffic accidents who were admitted to the Surgical Ward of ICHC-FMUSP during the period January 1st to December 31th, 2008. It was concluded that statistically patients with more severe surgery were young, victims of motorcycle accidents or pedestrians, who came to the institution, using devices for airway permeability (oxygen mask or orotracheal tube) with unstable vital signs, patients with abdomen and pelvic contents lesions or extremities and pelvis lesions such as fractures, abdominal injuries or major bleeding. They were also to be submitted in most cases to general surgery and orthopedic surgery, major procedures most likely to generate some kind of temporary or permanent disability. Because of this seriousness, volume infusion were needed using blood product or colloid solutions aiming always to maintain homeostasis, essential for maintaining good clinical condition of these patients. The survey indicated that patients who arrived at the Surgical Ward with greater gravity have a higher risk of death or disability.
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Gravidade do trauma e probabilidade de sobrevida em pacientes internados / Injury Severity and Survival Probability in Inpatients

Whitaker, Iveth Yamaguchi 05 September 2000 (has links)
Estudos de morbidade por causas externas são escassos em virtude da dificuldade de obtenção de dados para sua realização. Ainda mais escassos são aqueles que examinam a gravidade do trauma com vistas a determinar sua magnitude e repercussão na assistência aos que sofreram os agravos. O estudo apresenta a análise descritiva retrospectiva sobre a morbi-mortalidade hospitalar por causas externas com o uso de medidas objetivas para avaliação da gravidade do trauma e probabilidade de sobrevida. Os índices utilizados para mensurar a gravidade do trauma foram o sistema Abbreviated Injury Scale (AIS) /Injury Severity Score (ISS) e o Revised Trauma Score(RTS). Para calcular a probabilidade de sobrevida (Ps), usou-se o TRauma and Injury Severity Score (TRISS). A população do estudo foi constituída por 1.781 pacientes de causas externas internados no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no ano de 1998. Do total de pacientes, 30,15% foram internados em decorrência de acidente de transporte, 24,32% por agressões e 17,24% por quedas. A população foi constituída, predominantemente, por pacientes do sexo masculino e jovens entre 15 e 39 anos. Entre os pacientes, 43,34% foram provenientes da cena do evento e 39,08% transferidos de outros hospitais. O atendimento pré-hospitalar foi realizado em tempo médio de 49 minutos à maioria daqueles que vieram diretos da cena do evento. A mortalidade hospitalar foi 12,63%, e nas primeiras 24 horas morreram 64,01%. A maioria das causas externas foi classificada em trauma contuso (61,42%), seguido de penetrante (23,24%). A mensuração da gravidade da lesão foi possível para 1.542 (86,58%) pacientes de acordo com o Manual AIS e resultou em 4.918 lesões decorrentes, predominantemente, de trauma contuso (75,79%), mais freqüentes na região da cabeça (28,12%) seguida da face (22,00%). A média de lesões por paciente foi 3,19. Em relação à gravidade, verificou-se que lesões leves (AIS 1) foram freqüentes na face (45,03%) e as lesões sérias (AIS 3), graves (AIS 4) e críticas (AIS 5) foram mais freqüentes na região da cabeça, 43,21%, 75,00% e 69,82%, respectivamente. A gravidade do trauma (ISS) com base na gravidade das lesões (AIS), foi calculada para 1.527 (99,02%) pacientes. A maioria (65,75%) foi classificada com escores ISS <16. No grupo de sobreviventes, predominaram os escores ISS <16 (76,32%) e, no grupo de óbitos, os escores ISS >16 (96,40%), indicativos de trauma importante. A média do ISS em trauma contuso foi 13,08 e em penetrante, 11,97. A gravidade do trauma na fase pré-hospitalar verificada por meio do RTStriagem foi possível para 228 (49,14%) pacientes. Entre os sobreviventes, 94,93% obtiveram escore 12, indicativo de condição fisiológica inalterada e 93,75% dos óbitos obtiveram escore zero, ausência de resposta fisiológica. O TRISS calculado para uma amostra de 241 pacientes, revelou dez casos de morte inesperada ou evitável pela metodologia PREliminary outcome-based evaluation(PRE). Além disso, os valores da estatística Z e W tanto para trauma contuso quanto penetrante, indicaram que os resultados da amostra foram estatisticamente diferentes em relação à população do Major Trauma Outcome Study. Ajustados os coeficientes do TRISS para a amostra deste estudo, observou-se por meio do método PRE que em trauma contuso, ocorreram cinco mortes inesperadas ou evitáveis e uma sobrevida inesperada. Em trauma penetrante, ocorreu uma morte inesperada ou evitável e não houve casos de sobrevida inesperada. Espera-se que este estudo ofereça subsídios para ações preventivas e melhoria da qualidade da assistência aos pacientes hospitalizados em decorrência das causas externas. / Studies on morbidity resulting from external causes are scarce, due to the difficulty of gathering data for this purpose. Even scarcer are those studies analysing injury severity´s magnitude and consequences in relation to the care of trauma patients. This study presents a retrospective descriptive analysis of hospital morbidity and mortality due to external causes by applying objective measurements of injury severity and survival probability. The indexes used to measure injury severity consisted of the \"Abbreviated Injury Scale\" (AIS), the \"Injury Severity Score\" (ISS), and the \" Revised Trauma Score\" (RTS). So as to calculate probability of survival (Ps), the \"Trauma and Injury Severity Score\" (TRISS) was applied. The target population in this study consisted of 1,781 external-cause inpatients at the Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo in 1998. Out of those patients, 30.15% were hospitalized as a result of transportation accidents, 24.32% of aggression and 17.24% of falls. This population mainly included young male-sex patients aged 15-39. Among these, 43.34% came from the injury scene and 39.08% were transfered from other hospitals. Prehospital time took 49 minutes in average for the majority of field patients. Hospital mortality reached 12.63%, out of which cases 64.01% died within the first 24 hours. Most external-cause types were classified as blunt trauma (61.42%), followed by penetrating trauma (23.24%). According to the AIS Manual, injury severity was possible for 1,542 (86.58%) patients; data showed 4,918 injuries of predominant blunt trauma ( 75.79%), being it most frequent in the head (28.12%), and followed by that on the face (22.00%). Average injury per patient was of 3.19. In relation to severity it was verified that minor injuries (AIS 1) were frequent on the face (45.03%) and the serious ones (AIS 3), the severe ones (AIS 4) and the critical ones (AIS 5) were more frequent in the head: 43.21%, 75.00% and 69.82%, respectively. Injury Severity Score was calculated for 1,527 (99.02%) patients. The majority (65.75%) was classified with scores ISS <16. For the survival group scores ISS <16 predominated (76.32%) and in the death group scores reached ISS >16 (96.40%), indicating major trauma. Average ISS in blunt trauma was 13.08 and 11.97 in penetrating trauma. Injury severity in prehospital care, verified through RTS - in a triage of 228 (49.14%) patients - showed that 94.93% of survivors obtained score 12, indicating unaltered physiological condition, and that 93.75% of deaths obtained score zero, lack of physiological response. TRISS, calculated for 241 patients, indicated 10 unexpected deaths through PREliminary outcome-base evaluation (PRE) methodology. Furthermore, \"Z\" and \"W\" statistics, for both blunt and penetrating trauma, pointed out that sample results differed in relation to the \"Major Trauma Outcome Study\" ´s population. Once TRISS coefficients were adjusted to the sample in this study, it was observed, through the PRE method, that in blunt trauma five unexpected deaths and one unexpected survival occurred. There was one unexpected death in penetrating trauma. It is hoped that this study may offer means for preventive actions and assurance of the quality of care for inpatients due to external causes.
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Caracterização da gravidade das vítimas de acidente de transporte atendidos em uma unidade de Centro Cirúrgico / Severity characterization of land transportation accident victims attended in a Surgical Ward

Lívia Ortiz Reiniger 18 October 2010 (has links)
O trauma hoje é considerado a epidemia do século XXI, representando a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas de vida. Na pesquisa atual, foram consideradas para análise as vítimas de traumas decorrentes de acidentes de transporte por considerar a relevância do tema no cenário da saúde nacional e internacional. Os objetivos foram: caracterizar a gravidade das vítimas de acidentes de transporte que foram atendidas em uma unidade de Centro Cirúrgico de um Hospital de referência no atendimento ao trauma no Município de São Paulo; caracterizar a amostra do estudo quanto aos dados sociodemográficos, tipo de colisão e atendimento pré-hospitalar; descrever a gravidade da lesão, segundo a região corpórea pelo score AIS e MAIS; descrever a gravidade global das vítimas, segundo o score ISS; caracterizar as condições clínicas das vítimas nos períodos pré, trans e pós-operatórios, verificar a relação existente entre os dados sociodemográficos, tipo de colisão, atendimento pré-hospitalar, os escores AIS, MAIS, ISS, as características clínicas e a ocorrência de óbito e sequela. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, retrospectiva, de abordagem quantitativa, realizada por meio da análise retrospectiva dos prontuários de todos os pacientes vítimas de acidente de trânsito que foram admitidos no Centro Cirúrgico do ICHC-FMUSP no período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2008. Concluiu-se estatisticamente que, os pacientes de maior gravidade cirúrgica, eram jovens, vítimas de acidente motociclístico ou pedestres, que chegaram à instituição, utilizando-se de dispositivos para a permeabilidade das vias aéreas (máscara de oxigênio ou cânula de intubação orotraqueal), com sinais vitais instáveis, que apresentavam lesões de abdome e conteúdo pélvico ou de extremidades e cintura pélvica, como fraturas, grandes hemorragias ou lesões abdominais. Eram também os que seriam submetidos em sua maioria, à cirurgia geral e cirurgia ortopédica, procedimentos de grande porte com grande probabilidade de gerarem algum tipo de sequela temporária ou permanente. Em razão dessa gravidade, há necessidade de infusão de volume seja hemoconcentrado, hemoderivado ou solução coloide, objetivando sempre a manutenção da homeostase, primordial para a manutenção da boa condição clínica desses pacientes. A pesquisa indicou que os pacientes que chegaram com maior gravidade à unidade de Centro Cirúrgico, têm maior risco de óbito ou sequela. / Trauma is now considered an epidemic of the century, representing the leading cause of death in the first four decades of life. In the current study, were considered for analysis the victims of injuries from traffic accidents by considering the relevance of the theme in the health service nationally and internationally. The aim of this study was to characterize the severity of traffic accident victims who were treated in Surgical Ward of a referral hospital in trauma care in São Paulo. The study sample was characterized by using demographic data; type of collision and use of pre-hospital service; severity of injury according to the body region using AIS and MAIS score; overall severity of the victims using ISS score; clinical condition of the victims before, during and after surgery; and the relationship between demographic data; type of collision and use of pre-hospital service; the AIS, MAIS and ISS score; the clinical features and occurrence of death and disability. This is an exploratory, descriptive, retrospective, quantitative approach study, carried out by retrospective chart review of all patients victims of traffic accidents who were admitted to the Surgical Ward of ICHC-FMUSP during the period January 1st to December 31th, 2008. It was concluded that statistically patients with more severe surgery were young, victims of motorcycle accidents or pedestrians, who came to the institution, using devices for airway permeability (oxygen mask or orotracheal tube) with unstable vital signs, patients with abdomen and pelvic contents lesions or extremities and pelvis lesions such as fractures, abdominal injuries or major bleeding. They were also to be submitted in most cases to general surgery and orthopedic surgery, major procedures most likely to generate some kind of temporary or permanent disability. Because of this seriousness, volume infusion were needed using blood product or colloid solutions aiming always to maintain homeostasis, essential for maintaining good clinical condition of these patients. The survey indicated that patients who arrived at the Surgical Ward with greater gravity have a higher risk of death or disability.
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Trauma and injury severity score: análise de novos ajustes no índice / Trauma and Injury Severity Score: analysis of new adjustments in the index

Cristiane de Alencar Domingues 08 February 2013 (has links)
Introdução: O Trauma and Injury Severity Score (TRISS) é considerado padrão ouro na análise de probabilidade de sobrevida do doente traumatizado, apesar de suas limitações. Vários têm sido os esforços na tentativa de torná-lo mais acurado, tendo em vista seu importante papel nos Programas de Melhoria de Qualidade em Trauma. Objetivos: Propor três novos ajustes à equação do TRISS e comparar suas performances com o TRISS e o TRISS-like originais e com esses índices e o NTRISS com coeficientes ajustados à população do estudo; identificar se a técnica de imputação múltipla aumenta a acurácia das equações derivadas de bancos de dados com perdas e comparar o desempenho dos novos modelos quando derivados e aplicados em diferentes grupos de vítimas traumatizadas. Método: Trata-se de um estudo multicêntrico, retrospectivo, com vítimas de trauma internadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC FMUSP) e no Centro de Trauma da Universidade da Califórnia San Diego Medical Center (UCSD MC), no período de 1º de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2010. As informações dos doentes foram agrupadas em Bancos de Dados Derivação e Teste, sendo o primeiro utilizado para derivar as equações e o segundo para validar as equações geradas. Os coeficientes dos modelos foram estabelecidos pela análise de regressão logística. A curva Receiver Operating Characteristics (ROC) foi utilizada para avaliar a performance dos modelos e o algoritmo de DeLonge et al. para comparar as áreas sob as curvas (AUC). Resultados: A casuística foi composta de 2.416 doentes do HC FMUSP (São Paulo, Brasil) e 8.172 participantes do UCSD MC (San Diego, EUA). Os novos modelos propostos foram o NTRISS-like, que incluiu as variáveis Melhor Resposta Motora (MRM), Pressão Artéria Sistólica (PAS), New Injury Severity Score (NISS) e idade; o TRISS SpO2, com as variáveis Escala de Coma de Glasgow, PAS, saturação periférica de oxigênio (SpO2), Injury Severity Score, além da idade e o NTRISSlike SpO2 (MRM + PAS + SpO2 + NISS + idade). Todas as equações tiveram coeficientes ajustados para trauma contuso e penetrante. A técnica de imputação múltipla aplicada à derivação das equações não melhorou a acurácia dos modelos. Os modelos TRISS original, TRISS, TRISS-like e NTRISS com coeficientes ajustados e as novas propostas não apresentaram diferença estatisticamente significativa em sua performance. As novas equações ajustadas aos dados de São Paulo e as geradas com informações de San Diego apresentaram diferentes AUC ao serem aplicadas nos dois grupos de doentes dessas localidades. A acurácia sempre foi maior quando as equações foram aplicadas na população de San Diego. Conclusões: Os novos modelos apresentaram boa acurácia (cerca de 89,5%) e desempenho similar a outros ajustes do índice TRISS anteriormente publicados; portanto, podem ser utilizados nas avaliações de qualidade da assistência ao traumatizado. Os ajustes dos índices de probabilidade de sobrevida à realidade local de sua aplicação não melhoraram seu desempenho, resultado que reforça a incerteza sobre a necessidade desses ajustes, conforme o local de aplicação do índice. / Introduction: Trauma and Injury Severity Score (TRISS) is considered the \"gold standard\" in the analysis of survival probability of trauma patients, despite its limitations. There have been several efforts to make it more accurate because of its important role in Trauma Quality Improvement Programmes. Objectives: To propose three new adjustments to the TRISS equation and compare their performances with the TRISS and TRISS-like originals and these indices and NTRISS with coefficients adjusted to the study population; identify if the multiple imputation technique increases the accuracy of the equations derived from databases with missing; and to compare the performance of the new models when derivatives and applied to different groups of trauma patients. Methods: This is a multicenter, retrospective study with trauma victims admitted to the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC FMUSP) and the Trauma Center at the University of California San Diego Medical Center (UCSD MC) for the period between January 1st, 2006 and December 31st, 2010. The information of patients were grouped into two different databases: derivation and testing; the first one served to derive the equations and the second was used to validate the equations generated. The model coefficients were established by logistic regression analysis. Receiver Operating Characteristic curve (ROC) was used to evaluate the performance of the models and De Long et al. algorithm to compare the areas under the curves (AUC). Results: The casuistic consisted of 2,416 patients from HC FMUSP (São Paulo, Brazil) and 8,172 participants from UCSD MC (San Diego, USA). The new models proposed were NTRISS-like which included the variables Best Motor Response (BMR), Systolic Blood Pressure (SBP), New Injury Severity Score (NISS) and age; TRISS SpO2 that included the variables Glasgow Coma Scale, SBP, saturation of peripheral oxygen (SpO2), Injury Severity Score and age; and NTRISS-like SpO2 (BMR + SBP + SpO2 + NISS + age). All equations had adjusted coefficients for blunt and penetrating trauma. The multiple imputation technique applied in the derivation of the equations did not improve the accuracy of the models. The original TRISS, and TRISS, TRISS-like and NTRISS with adjusted coefficients and the new proposals showed no statistically significant difference in performance. The new equations fitted to the São Paulo data and generated with information from San Diego showed different AUC when applied in the two patient groups in these localities. The accuracy was always higher when the equations were applied to the population of San Diego. Conclusions: The new models demonstrated good accuracy (about 89.5%) and similar performance to other TRISS adjustments previously published, and may be used in assessments of quality of care for traumatized. The survival probability scores adjustments to the local reality of its application did not improve its performance, a result that reinforces the uncertainty about the need for such adjustments, as the application site index.
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Gravidade do trauma e probabilidade de sobrevida em pacientes internados / Injury Severity and Survival Probability in Inpatients

Iveth Yamaguchi Whitaker 05 September 2000 (has links)
Estudos de morbidade por causas externas são escassos em virtude da dificuldade de obtenção de dados para sua realização. Ainda mais escassos são aqueles que examinam a gravidade do trauma com vistas a determinar sua magnitude e repercussão na assistência aos que sofreram os agravos. O estudo apresenta a análise descritiva retrospectiva sobre a morbi-mortalidade hospitalar por causas externas com o uso de medidas objetivas para avaliação da gravidade do trauma e probabilidade de sobrevida. Os índices utilizados para mensurar a gravidade do trauma foram o sistema Abbreviated Injury Scale (AIS) /Injury Severity Score (ISS) e o Revised Trauma Score(RTS). Para calcular a probabilidade de sobrevida (Ps), usou-se o TRauma and Injury Severity Score (TRISS). A população do estudo foi constituída por 1.781 pacientes de causas externas internados no Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no ano de 1998. Do total de pacientes, 30,15% foram internados em decorrência de acidente de transporte, 24,32% por agressões e 17,24% por quedas. A população foi constituída, predominantemente, por pacientes do sexo masculino e jovens entre 15 e 39 anos. Entre os pacientes, 43,34% foram provenientes da cena do evento e 39,08% transferidos de outros hospitais. O atendimento pré-hospitalar foi realizado em tempo médio de 49 minutos à maioria daqueles que vieram diretos da cena do evento. A mortalidade hospitalar foi 12,63%, e nas primeiras 24 horas morreram 64,01%. A maioria das causas externas foi classificada em trauma contuso (61,42%), seguido de penetrante (23,24%). A mensuração da gravidade da lesão foi possível para 1.542 (86,58%) pacientes de acordo com o Manual AIS e resultou em 4.918 lesões decorrentes, predominantemente, de trauma contuso (75,79%), mais freqüentes na região da cabeça (28,12%) seguida da face (22,00%). A média de lesões por paciente foi 3,19. Em relação à gravidade, verificou-se que lesões leves (AIS 1) foram freqüentes na face (45,03%) e as lesões sérias (AIS 3), graves (AIS 4) e críticas (AIS 5) foram mais freqüentes na região da cabeça, 43,21%, 75,00% e 69,82%, respectivamente. A gravidade do trauma (ISS) com base na gravidade das lesões (AIS), foi calculada para 1.527 (99,02%) pacientes. A maioria (65,75%) foi classificada com escores ISS <16. No grupo de sobreviventes, predominaram os escores ISS <16 (76,32%) e, no grupo de óbitos, os escores ISS >16 (96,40%), indicativos de trauma importante. A média do ISS em trauma contuso foi 13,08 e em penetrante, 11,97. A gravidade do trauma na fase pré-hospitalar verificada por meio do RTStriagem foi possível para 228 (49,14%) pacientes. Entre os sobreviventes, 94,93% obtiveram escore 12, indicativo de condição fisiológica inalterada e 93,75% dos óbitos obtiveram escore zero, ausência de resposta fisiológica. O TRISS calculado para uma amostra de 241 pacientes, revelou dez casos de morte inesperada ou evitável pela metodologia PREliminary outcome-based evaluation(PRE). Além disso, os valores da estatística Z e W tanto para trauma contuso quanto penetrante, indicaram que os resultados da amostra foram estatisticamente diferentes em relação à população do Major Trauma Outcome Study. Ajustados os coeficientes do TRISS para a amostra deste estudo, observou-se por meio do método PRE que em trauma contuso, ocorreram cinco mortes inesperadas ou evitáveis e uma sobrevida inesperada. Em trauma penetrante, ocorreu uma morte inesperada ou evitável e não houve casos de sobrevida inesperada. Espera-se que este estudo ofereça subsídios para ações preventivas e melhoria da qualidade da assistência aos pacientes hospitalizados em decorrência das causas externas. / Studies on morbidity resulting from external causes are scarce, due to the difficulty of gathering data for this purpose. Even scarcer are those studies analysing injury severity´s magnitude and consequences in relation to the care of trauma patients. This study presents a retrospective descriptive analysis of hospital morbidity and mortality due to external causes by applying objective measurements of injury severity and survival probability. The indexes used to measure injury severity consisted of the \"Abbreviated Injury Scale\" (AIS), the \"Injury Severity Score\" (ISS), and the \" Revised Trauma Score\" (RTS). So as to calculate probability of survival (Ps), the \"Trauma and Injury Severity Score\" (TRISS) was applied. The target population in this study consisted of 1,781 external-cause inpatients at the Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo in 1998. Out of those patients, 30.15% were hospitalized as a result of transportation accidents, 24.32% of aggression and 17.24% of falls. This population mainly included young male-sex patients aged 15-39. Among these, 43.34% came from the injury scene and 39.08% were transfered from other hospitals. Prehospital time took 49 minutes in average for the majority of field patients. Hospital mortality reached 12.63%, out of which cases 64.01% died within the first 24 hours. Most external-cause types were classified as blunt trauma (61.42%), followed by penetrating trauma (23.24%). According to the AIS Manual, injury severity was possible for 1,542 (86.58%) patients; data showed 4,918 injuries of predominant blunt trauma ( 75.79%), being it most frequent in the head (28.12%), and followed by that on the face (22.00%). Average injury per patient was of 3.19. In relation to severity it was verified that minor injuries (AIS 1) were frequent on the face (45.03%) and the serious ones (AIS 3), the severe ones (AIS 4) and the critical ones (AIS 5) were more frequent in the head: 43.21%, 75.00% and 69.82%, respectively. Injury Severity Score was calculated for 1,527 (99.02%) patients. The majority (65.75%) was classified with scores ISS <16. For the survival group scores ISS <16 predominated (76.32%) and in the death group scores reached ISS >16 (96.40%), indicating major trauma. Average ISS in blunt trauma was 13.08 and 11.97 in penetrating trauma. Injury severity in prehospital care, verified through RTS - in a triage of 228 (49.14%) patients - showed that 94.93% of survivors obtained score 12, indicating unaltered physiological condition, and that 93.75% of deaths obtained score zero, lack of physiological response. TRISS, calculated for 241 patients, indicated 10 unexpected deaths through PREliminary outcome-base evaluation (PRE) methodology. Furthermore, \"Z\" and \"W\" statistics, for both blunt and penetrating trauma, pointed out that sample results differed in relation to the \"Major Trauma Outcome Study\" ´s population. Once TRISS coefficients were adjusted to the sample in this study, it was observed, through the PRE method, that in blunt trauma five unexpected deaths and one unexpected survival occurred. There was one unexpected death in penetrating trauma. It is hoped that this study may offer means for preventive actions and assurance of the quality of care for inpatients due to external causes.
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Gravidade das vítimas de trauma admitidas em Unidades de Terapia Intensiva: estudo comparativo entre diferentes índices / Severity of trauma victims admitted in the Intensive Care Units: a comparative study among different indexes

Nogueira, Lilia de Souza 29 April 2008 (has links)
A importância da aplicação de índices de gravidade em vítimas de trauma admitidas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para comunicar a gravidade das lesões e avaliar a assistência prestada, motivou este estudo que teve como objetivos: caracterizar essas vítimas quanto aos dados demográficos e clínicos, incluindo as informações relacionadas aos índices prognósticos; comparar o desempenho do Injury Severity Score (ISS) perante ao New Injury Severity Score (NISS) e, também do Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II) perante o Logistic Organ Dysfunction System (LODS) para predizer a mortalidade, o tempo de permanência em UTIs, e, identificar quais índices foram os mais efetivos para estimar esses desfechos. Foram estudadas, retrospectivamente, vítimas de trauma, maiores de 18 anos, admitidas nas UTIs do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre, junho a dezembro de 2006, pela análise dos prontuários. A casuística compôs-se de 185 vítimas. Os resultados mostraram maior freqüência de indivíduos jovens (idade média de 38,95 anos), do sexo masculino (76,76%), procedentes do Centro Cirúrgico (57,84%) e submetidos a algum tipo de tratamento cirúrgico (79,46%). As causas externas predominantes foram os acidentes de transporte (63,79%), quedas (15,13%) e agressões (11,90%). A taxa de mortalidade na UTI foi de 21,08% e no hospital, 21,62%. Dos que receberam alta da UTI, a maior parte foi encaminhada à unidade de internação. A média de tempo de internação na UTI foi de 16,55 dias e, no hospital, 21,71 dias. Um total de 14,60% das vítimas permaneceu internado por mais de 30 dias na UTI e, 21,08%, no hospital. Na análise dos indicadores de gravidade, a pontuação média do risco de morte calculado pelo SAPS II foi de 22,85% e, pelo LODS, 21,14%. O LODS superou o SAPS II nessa pontuação em 106 vítimas (57,30%). De acordo com o ISS e o NISS, vítimas com escore >= 16 totalizaram 61,62% e 84,33%, respectivamente. A pontuação NISS foi superior a ISS em 127 vítimas (68,65%). A maior parte das vítimas teve três regiões corpóreas lesadas (27,02%), sendo a região da cabeça/pescoço a mais atingida (61,08%). Quanto aos resultados do LODS, a maior parte apresentou dois sistemas comprometidos (29,72%), sendo o pulmonar o mais afetado (70,81%). ISS e NISS apresentaram desempenho semelhante e não mostraram boa capacidade discriminatória para ocorrência de óbito e tempo de permanência em UTIs. SAPS II e LODS, também, foram semelhantes em seu desempenho e não discriminaram adequadamente os pacientes, segundo o tempo de internação, embora mostrassem boa capacidade discriminatória para ocorrência de óbito nas UTIs. Ao comparar os quatro índices, identificou-se que SAPS II e LODS estimaram melhor a mortalidade em UTIs, porém, quanto ao tempo de permanência nas unidades, não houve diferenças entre os índices. Como conclusão, os resultados apontaram para o uso preferencial do SAPS II e do LODS quando vítimas de trauma são internadas em UTI / The importance of the application of severity indexes for trauma victims admitted to Intensive Care Units (ICU), to communicate the severity of the injuries and evaluate the assistance rendered, motivated this study which had as its objective; to characterize these victims according to demographic and clinical data including information related to the prognostic indexes; to compare the performance of the Injury Severity Score (ISS) against the New Injury Severity Score (NISS) and also the Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II) against the Logistic Organ Dysfunction System (LODS) to predict mortality and the Length of Stay (LOS) in the ICUs, and to identify which of these indexes were more effective in estimating the outcomes. This retrospective study included 185 trauma victims, over the age of 18, admitted to Intensive Care Units of the \"Hospital das Clinicas\" of the Medical School of the University of Sao Paulo, between the months of June to December 2006 through the use of patient records. The results showed that the largest frequency was young adults (average age 38.95 years) male gender (76.76%) coming from operating rooms (57.84%) who underwent some type of surgical treatment (79.46%). The external causes were predominantly from motor vehicle accidents (63.79%), falls (15.13%) and acts of aggression (11.90%). The mortality rate in the ICU and in the hospital was 21.08% and 21.62% respectively. Of those who were discharged from the ICU, the majority were transferred to other units of the hospital. The average LOS in the ICU and in the hospital was 16.55 days and 21.71 days respectively. A total of 14.60% of the victims remained in the ICU for more than 30 days and 21.08% remained in the hospital. During analysis of the severity indexes, the average score for risk of mortality, calculated by SAPS II, was 22.85% and by LODS 21.14% which surpassed SAPS II in 106 of the victims (57.30%). According to ISS and NISS, the victims with scores equal to or greater than 16 totaled 61.62% and 84.33 % respectively. NISS scores were superior to ISS in 127 of the victims (68.65%). The majority of the victims had 3 corporal regions with injuries (27.02%) with the head/neck being the most prevalent (61.08%). According to the LODS results, the majority showed 2 systems compromised (29.72%), with the lungs being the most affected (70.81%). ISS and NISS presented a similar performance and did not present a good capacity to discriminate mortality and LOS in the ICUs. SAPS II and LODS were also similar in their performance and did not adequately discriminate the patients in reference to LOS, although it did show a good capacity to discriminate mortality in the ICUs. When comparing the 4 indexes, SAPS II and LODS better estimated the mortality in the ICUs however, regarding the LOS; there were no differences between the indexes. In conclusion, the results indicate a preferential use of SAPS II and LODS when trauma victims are interned in the ICU
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Recuperação das vítimas de lesão axonial difusa e fatores associados / Outcome of diffuse axonal injury victims and associated factors

Vieira, Rita de Cassia Almeida 26 February 2015 (has links)
Introdução: A lesão axonial difusa (LAD) se destaca entre os ferimentos traumáticos pela gravidade de suas consequências. Entretanto, são poucas as pesquisas que descrevem a recuperação das vítimas e os fatores associados às consequências dessa lesão. Ampliar o conhecimento nessa área e relevante para introduzir novas técnicas na assistência prestada, planejar tratamentos e monitorar a evolução das vítimas. Objetivo: Descrever a recuperação das vítimas com diagnóstico principal de LAD ate 6 meses após trauma e identificar fatores sociodemograficos e clínicos associados a óbito e dependência aos 6 meses após a lesão. Método: Estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, 3 e 6 meses após a LAD. Fizeram parte do estudo vítimas de LAD com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de julho de 2013 a fevereiro de 2014, com escore na escala de coma de Glasgow (ECGl) 8. A recuperação das vítimas de LAD foi analisada pelas diferenças dos resultados da aplicação da escala de Katz e escala de resultados de Glasgow ampliada (ERGA) em 3 períodos de avaliação (alta, 3 e 6 meses após LAD). Foram testadas associações entre variáveis de interesse e óbito, além de dependência até avaliação final. A regressão logística múltipla foi utilizada para identificar modelos para esses desfechos. Resultados: A casuística compôs-se de 78 vítimas com idade média de 32 anos (dp=11,9), 83,3% envolvida em acidentes de transporte e 89,7% do sexo masculino. A média do Injury Severity Score foi de 35,0 (dp=11,9) e do New Injury Severity Score (NISS), 46,2 (dp=15,9). Para a Maximum Abbreviated Injury Scale/cabeça, a média foi de 4,6 (dp=0,5). LAD leve foi observada em 44,9% das vítimas e a grave em 35,9%. Até 6 meses, 30,8% das vítimas foram a óbito e a pontuação média na ERGA dos sobreviventes evoluiu de 3,8 (dp=1,2) na alta para 2,1 (dp=1,6) aos 3 meses e 1,2 (dp=1,6) na avaliação final. Para a escala de Katz, as médias foram de 8,5 (dp=5,5) na alta, de 3,2 (dp= 5,5) aos 3 meses e 1,8 (dp=4,5) aos 6 meses. Diferenças estatisticamente significativas foram observadas na comparação dos resultados de todos os tempos. Apresentaram significância estatística no modelo de regressão logística para óbito as variáveis de gravidade da LAD com hipóxia pela SpO2 e hipotensão com NISS; para dependência, a gravidade da LAD e tempo de internação hospitalar permaneceram no modelo isoladamente. Conclusões: Foi elevada a mortalidade; entretanto, a grande maioria dos sobreviventes alcançou condições condizentes com vida independente aos 6 meses. Nesse período, a recuperação das vítimas foi expressiva, ainda que mais acentuada nos 3 primeiros meses. A LAD grave destacou-se como fator de risco para óbito e dependência. A quase totalidade das vítimas com essa lesão morreu ou estava dependente aos 6 meses após trauma. Como fatores de risco para óbito, também foram identificados o NISS, a hipóxia pela SpO2 e a hipotensão e, para dependência, o tempo de internação hospitalar / Introduction: Diffuse axonal injury (DAI) stands out from other traumatic injuries because of the severity of its consequences. However, few studies describe outcome and the factors associated to outcome of this type of injury. Enhance knowledge in this area is important to introduce new techniques in the delivery of care, treatment planning and to monitor the recovery of DAI. Objective: Describe outcome of victims with primary diagnosis of DAI 6 months after trauma and identify sociodemographic and clinical factors associated to mortality and dependence 6 months after injury. Method: Prospective cohort study with data from admission, discharge, 3 and 6 months after DAI. Participants were DAI victims aged 18 years and 60 years old, admitted to the Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo from July 2013 to February 2014, with a Glasgow Coma Scale (GCS) 8. The outcome of victims was analyzed by the differences found between the results of the Katz scale and the Extended Glasgow Outcome scale (GOS-E) in three different periods (discharge, 3 and 6 months after DAI). Associations between variables of interest and mortality, and dependence to final evaluation were tested. Multiple logistic regression was applied to identify models of these outcomes. Results: The sample consisted of 78 victims with an average age of 32 years (SD=11.9), 83.3% involved in traffic accidents, and 89.7% were male. The mean Injury Severity Score was 35.0 (SD=11.9) and the New Injury Severity Score (NISS) was 46.2 (SD=15.9). For the Maximum Abbreviated Injury Scale/head, the average was 4.6 (SD=0.5). Mild DAI was observed in 44.9% of the victims and severe DAI was observed in 35.9%. Up to 6 months, 30.8% of the victims died and the average score in GOS-E survivors increased from 3.8 (SD=1.2) at discharge to 2.1 (SD=1.6) at 3 months and 1.2 (SD=1.6) at the final evaluation. According to Katz scale, the average was 8.5 (SD=5.5) at discharge, 3.2 (SD=5.5) at 3 months and 1.8 (SD=4.5) at 6 months. Statistically significant differences were observed comparing the results from all periods. In the regression model for mortality the variables of DAI severity with hypoxia by SpO2 and hypotension with NISS were statistically relevant; for dependence, the DAI severity and the hospitalization period remained in the model alone. Conclusions: Besides the high mortality, the vast majority of survivors reached conditions consistent with independent living at 6 months after injury. During this period, the recovery of victims was increased, although more pronounced in the first 3 months. Severe DAI stood out as a risk factor for mortality and dependence. Almost all the victims died or were dependent six months after trauma. NISS, hypoxia by SpO2 and hypotension were also identified as risk factors related to mortality; the length of hospitalization was identified as a risk factor related to dependence on outcome
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Análise post-mortem das vítimas de queda segundo faixas etárias: estudo comparativo / Post-mortem analysis about victims of fall according to age groups: a comparative study.

Martuchi, Sergio Dias 05 July 2018 (has links)
Introdução: entre os eventos traumáticos, as quedas representam a segunda causa de óbito no Brasil, precedida apenas pelas agressões por arma de fogo. Considerando a relação entre idade e ocorrência de quedas, este estudo é relevante frente ao envelhecimento da população no país e necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre diferentes aspectos associados a este tipo de trauma. Objetivo: comparar adultos, idosos jovens, idosos e muito idosos, vítimas fatais por queda, segundo dados sociodemográficos e características e gravidade do trauma. Método: estudo transversal, comparativo, que analisou laudos de autópsia de vítimas fatais por queda admitidas no Instituto Médico Legal de São Paulo em 2015. A variável dependente analisada foi a faixa etária das vítimas categorizada em adultos ( 18 e < 60 anos), idosos jovens ( 60 e < 70 anos), idosos ( 70 e < 80 anos) e muito idosos ( 80 anos). As variáveis independentes incluíram dados sociodemográficos, do evento traumático e da gravidade do trauma segundo os índices Injury Severity Score (ISS) e New Injury Severity Score (NISS). Os testes Qui-Quadrado de Pearson, Exato de Fisher, Kruskal-Wallis e Dunn foram aplicados na análise dos dados, com nível de significância de 5%. Resultados: a amostra compôs-se de 469 vítimas (57,8% do sexo masculino; 73,1% da raça branca) com idade média de 71,3 (±18,2) anos e maior frequência de mortes na faixa etária de muito idosos (43,5%). As quedas do mesmo nível (70,1%) predominaram na casuística. As médias do ISS e do NISS foram, respectivamente, 13,0 (±7,6) e 16,0 (±11,1). A cabeça/pescoço foi a região mais gravemente lesada (56,7%) e a fratura de fêmur, a lesão com Abbreviated Injury Scale - AIS 3 mais frequente (35,0%). As mortes tardias (79,6%) prevaleceram na amostra e a complicação pós trauma (57,2%) foi a principal causa de óbito das vítimas. Houve diferença significativa entre os grupos em relação às variáveis sexo (p<0,001), nível da queda (p<0,001), tipo de atendimento pré-hospitalar recebido (p<0,001), ISS (p<0,001), NISS (p<0,001), número de regiões corpóreas traumatizadas (p<0,001) e de lesões AIS 3 (p<0,001), Major Abbreviated Injury Scale das regiões abdome/conteúdo pélvico (p=0,011) e extremidades/cintura pélvica (p=0,001), cabeça/pescoço (p<0,001) e extremidades/cintura pélvica (p<0,001) como regiões corpóreas mais gravemente lesadas, momento (p<0,001) e causa da morte (p<0,001), além das oito lesões graves (AIS 3) que predominaram na amostra (p<0,050). Entre todas as variáveis analisadas, foram mais frequentes as diferenças entre os grupos de adultos e idosos e adultos e muito idosos. Conclusão: os resultados revelaram o predomínio de vítimas fatais por queda em idosos ( 60 anos) e diferenças significativas entre as faixas etárias em relação às variáveis sociodemográficas e relacionadas ao trauma, especialmente entre os extremos de idade. Esses achados reforçam a importância de programas de prevenção de queda e melhoria da qualidade da assistência hospitalar, com capacitação e atualização dos profissionais da saúde pautadas nas melhores práticas de cuidados voltados especialmente à população idosa, expressiva no país. / Introduction: Among the traumatic events, falls represent the second cause of death in Brazil, preceded only by firearm aggressions. Considering the relation between age and occurrence of falls, this study is relevant to the aging of the population in the country and the needed of an in-depth knowledge about different aspects associated with this type of trauma. Objective: to compare adults, seniors, elderly and very elderly, fatal victims of fall, according to socio-demographic data, characteristics and severity of trauma. Method: a cross-sectional, comparative study that analyzed autopsy reports of fatal victims by fall admitted in 2015 at São Paulos Medical Institute. The dependent variable analyzed was the age group of the victims categorized in adults ( 18 and <60 years), seniors ( 60 and <70 years), elderly ( 70 and <80 years) and very elderly (80 years). The independent variables included data on socio-demographic, traumatic event and the severity of trauma according to the Injury Severity Score (ISS) and New Injury Severity Score (NISS). Pearson\'s Chi-Square, Fisher\'s Exact, Kruskal-Wallis and Dunn tests were applied in the analysis of the data, with a significance level of 5%. Results: the sample consisted of 469 victims (57.8% male, 73.1% white), with a mean age of 71.3 (± 18.2) years and a higher frequency of deaths in the age group of very elderly (43.5%). The falls at the same level (70.1%) predominated in the sample. The ISS and NISS averages were, respectively, 13.0 (±7.6) and 16.0 (±11.1). The head/neck were the most severely injured part of the body (56.7%) and femur fracture, the most frequent AIS 3 lesions (35.0%). Late deaths (79.6%) prevailed in the sample and post-trauma complications (57.2%) were the main cause of death. There was a significant difference between the groups in relation to the variables gender (p<0.001), level of fall (p<0.001), type of pre-hospital care received (p<0.001), ISS (p <0.001), NISS (p<0.001), number of traumatized body region (p<0.001) and AIS lesions 3 (p<0.001), Major Abbreviated Injury Scale of the regions abdomen/pelvic contents (p=0.001) and pelvic girdle/extremities (p=0.001), head/neck (p<0.001) and pelvic girdle/extremities (p<0.001) as the most severely damaged body region, moment (p<0.001), and cause of death (p<0.001), in addition to the eight severe lesions (AIS 3) that predominated in the sample (p<0.050). Among all the analyzed variables, the differences between the groups of adults and elderly and between adults and very elderly were more frequent. Conclusion: the results revealed the predominance of fatal victims due to falls in the elderly ( 60 years) and significant differences between the age groups in relation to socio-demographic and trauma variables, especially among the extremes of age. These findings reinforce the importance of fall prevention programs and the improve of a quality hospital care, by training and updating professionals health based on the best practices of care directed especially to the elderly population, significant in the country.
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Recuperação das vítimas de lesão axonial difusa e fatores associados / Outcome of diffuse axonal injury victims and associated factors

Rita de Cassia Almeida Vieira 26 February 2015 (has links)
Introdução: A lesão axonial difusa (LAD) se destaca entre os ferimentos traumáticos pela gravidade de suas consequências. Entretanto, são poucas as pesquisas que descrevem a recuperação das vítimas e os fatores associados às consequências dessa lesão. Ampliar o conhecimento nessa área e relevante para introduzir novas técnicas na assistência prestada, planejar tratamentos e monitorar a evolução das vítimas. Objetivo: Descrever a recuperação das vítimas com diagnóstico principal de LAD ate 6 meses após trauma e identificar fatores sociodemograficos e clínicos associados a óbito e dependência aos 6 meses após a lesão. Método: Estudo do tipo coorte prospectivo, com dados coletados na internação, alta hospitalar, 3 e 6 meses após a LAD. Fizeram parte do estudo vítimas de LAD com idade 18 anos e 60 anos, admitidas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de julho de 2013 a fevereiro de 2014, com escore na escala de coma de Glasgow (ECGl) 8. A recuperação das vítimas de LAD foi analisada pelas diferenças dos resultados da aplicação da escala de Katz e escala de resultados de Glasgow ampliada (ERGA) em 3 períodos de avaliação (alta, 3 e 6 meses após LAD). Foram testadas associações entre variáveis de interesse e óbito, além de dependência até avaliação final. A regressão logística múltipla foi utilizada para identificar modelos para esses desfechos. Resultados: A casuística compôs-se de 78 vítimas com idade média de 32 anos (dp=11,9), 83,3% envolvida em acidentes de transporte e 89,7% do sexo masculino. A média do Injury Severity Score foi de 35,0 (dp=11,9) e do New Injury Severity Score (NISS), 46,2 (dp=15,9). Para a Maximum Abbreviated Injury Scale/cabeça, a média foi de 4,6 (dp=0,5). LAD leve foi observada em 44,9% das vítimas e a grave em 35,9%. Até 6 meses, 30,8% das vítimas foram a óbito e a pontuação média na ERGA dos sobreviventes evoluiu de 3,8 (dp=1,2) na alta para 2,1 (dp=1,6) aos 3 meses e 1,2 (dp=1,6) na avaliação final. Para a escala de Katz, as médias foram de 8,5 (dp=5,5) na alta, de 3,2 (dp= 5,5) aos 3 meses e 1,8 (dp=4,5) aos 6 meses. Diferenças estatisticamente significativas foram observadas na comparação dos resultados de todos os tempos. Apresentaram significância estatística no modelo de regressão logística para óbito as variáveis de gravidade da LAD com hipóxia pela SpO2 e hipotensão com NISS; para dependência, a gravidade da LAD e tempo de internação hospitalar permaneceram no modelo isoladamente. Conclusões: Foi elevada a mortalidade; entretanto, a grande maioria dos sobreviventes alcançou condições condizentes com vida independente aos 6 meses. Nesse período, a recuperação das vítimas foi expressiva, ainda que mais acentuada nos 3 primeiros meses. A LAD grave destacou-se como fator de risco para óbito e dependência. A quase totalidade das vítimas com essa lesão morreu ou estava dependente aos 6 meses após trauma. Como fatores de risco para óbito, também foram identificados o NISS, a hipóxia pela SpO2 e a hipotensão e, para dependência, o tempo de internação hospitalar / Introduction: Diffuse axonal injury (DAI) stands out from other traumatic injuries because of the severity of its consequences. However, few studies describe outcome and the factors associated to outcome of this type of injury. Enhance knowledge in this area is important to introduce new techniques in the delivery of care, treatment planning and to monitor the recovery of DAI. Objective: Describe outcome of victims with primary diagnosis of DAI 6 months after trauma and identify sociodemographic and clinical factors associated to mortality and dependence 6 months after injury. Method: Prospective cohort study with data from admission, discharge, 3 and 6 months after DAI. Participants were DAI victims aged 18 years and 60 years old, admitted to the Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo from July 2013 to February 2014, with a Glasgow Coma Scale (GCS) 8. The outcome of victims was analyzed by the differences found between the results of the Katz scale and the Extended Glasgow Outcome scale (GOS-E) in three different periods (discharge, 3 and 6 months after DAI). Associations between variables of interest and mortality, and dependence to final evaluation were tested. Multiple logistic regression was applied to identify models of these outcomes. Results: The sample consisted of 78 victims with an average age of 32 years (SD=11.9), 83.3% involved in traffic accidents, and 89.7% were male. The mean Injury Severity Score was 35.0 (SD=11.9) and the New Injury Severity Score (NISS) was 46.2 (SD=15.9). For the Maximum Abbreviated Injury Scale/head, the average was 4.6 (SD=0.5). Mild DAI was observed in 44.9% of the victims and severe DAI was observed in 35.9%. Up to 6 months, 30.8% of the victims died and the average score in GOS-E survivors increased from 3.8 (SD=1.2) at discharge to 2.1 (SD=1.6) at 3 months and 1.2 (SD=1.6) at the final evaluation. According to Katz scale, the average was 8.5 (SD=5.5) at discharge, 3.2 (SD=5.5) at 3 months and 1.8 (SD=4.5) at 6 months. Statistically significant differences were observed comparing the results from all periods. In the regression model for mortality the variables of DAI severity with hypoxia by SpO2 and hypotension with NISS were statistically relevant; for dependence, the DAI severity and the hospitalization period remained in the model alone. Conclusions: Besides the high mortality, the vast majority of survivors reached conditions consistent with independent living at 6 months after injury. During this period, the recovery of victims was increased, although more pronounced in the first 3 months. Severe DAI stood out as a risk factor for mortality and dependence. Almost all the victims died or were dependent six months after trauma. NISS, hypoxia by SpO2 and hypotension were also identified as risk factors related to mortality; the length of hospitalization was identified as a risk factor related to dependence on outcome

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