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Avaliação cardíaca com cintilografia com 123 I-mlBG e ventriculografia radioisotópica em pacientes submetidos à quimioterapia com antraciclinas na infância e adolescência / Cardiac scintigraphy evaluation with 123I-mIBG and radionuclide ventriculography in patients undergoing anthracycline chemotherapy in childhood and adolescenceSantos, Marcelo José dos 10 September 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer infantil é a primeira causa de morte em crianças, nos países desenvolvidos. Nos últimos 40 anos, graças ao desenvolvimento da Oncopediatria e de drogas como as antraciclinas (ATC), a taxa de cura tem atingido até 80%. Isto repercutiu em significativo aumento da sobrevida e, consequentemente, nos efeitos deletérios da quimioterapia com ATC, como a cardiotoxicidade. A fim de estudar os efeitos tardios da quimioterapia com ATC sobre o sistema nervoso cardíaco simpático (SNS), foi realizado estudo de cintilografia com 123I-mIBG (meta-iodobenzilguanedina ligado ao iodo123) e comparado com dose dos ATCs e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), através da ventriculografia radioisotópica (VR). As variáveis analisadas pela cintilografia com 123I-mIBG foram a relação coração/mediastino (C/M) e a taxa de clareamento (TC) que sinalizam o funcionamento neuronal cardíaco. MÉTODOS: realizado estudo transversal de pacientes assintomáticos submetidos à quimioterapia com ATC na infância e adolescência, com período de 2 a 21 anos, após o término do tratamento, e com ecocardiograma (ECO) normal. Dos 118 pacientes participantes recrutados, 27 foram excluídos (motivos: radioterapia torácica, desistência e uso de cardioprotetores). Os dados clínicos e patológicos dos 91 pacientes participantes foram coletados dos prontuários ou através de anamnese. Simultaneamente foi estudado um grupo controle (40 voluntários), e, com as avaliações de imagens com 123I-mIBG e VR, foi preenchida uma ficha de coleta padronizada previamente elaborada e digitada em banco de dados no Software IBM® SPSS® Statistics 20.0.1 for Windows, para posterior análise. Os achados dos pacientes foram analisados e comparados aos do grupo controle. RESULTADOS: Neste grupo, a média de acúmulo da 123I-mIBG - 3,5h, avaliada pela relação C/M, foi de 2,23 com IC [95%] (2,17-2,29). A média da TC foi de 10,27% com IC [95%] (7,52-13,03). Para ambas as informações, os valores apresentaram-se dentro da normalidade. Ao se comparar com o grupo controle (40 voluntários, 28 homens e 14 mulheres, idade: 3 a 36 anos), onde a relação C/M foi de 2,26 com IC [95%] (2,18-2,34) e a média da TC foi de 9,64% com IC [95%] (5,76-13,52), não houve diferença significativa. Ressalte-se que 6,6% do total de pacientes, apesar de não alterarem significativamente a média do grupo na análise estatística, apresentaram relação C/M <1,9 (valor considerado cut off). Em relação à variável FEVE da VR, houve uma diferença de -3,68, onde o p valor foi < 0,01 e o IC (-5,99; -1,37), sendo a FEVE do grupo de pacientes menor que a FEVE do grupo controle. CONCLUSÃO: Os valores da relação C/M e TC, encontrados com a cintilografia cardíaca com 123I-mIBG no grupo de pacientes, não mostraram diferença significativa com o grupo controle. No entanto, 6,6% dos pacientes submetidos ao tratamento com ATC apresentaram alterações neuronais cardíacas (relação C/M), abaixo do valor mínimo. Além disso, a média da FEVE foi menor, apesar de ainda encontrar-se com valores absolutos dentro da normalidade. Tais achados podem ser um indício de alterações clínicas relevantes no futuro / INTRODUCTION: Child cancer is the first cause of children\'s death in developed countries. In the last 40 years, thanks to the development of the pediatric oncology and drugs like the Anthracyclines (ATC), cure rate has reached up to 80%. This reflected a significant improvement in survival and as a consequence the deleterious effects from chemotherapy, like cardiotoxicity, has emerged. In order to study the later effects of the chemotherapy with ATC on the sympathetic nervous system (SNS) cardiac 123I-mIBG (123Imetaiodobenzylguanidine) scintigraphy was performed and compared to the left ventricle ejection fraction (LVEF), through radionuclide ventriculography (RV). The variables analized by the 123I-mIBG scintigraphy were the heart/mediastinum ratio (H/M) and the washout rate (WR). METHODS: This is a transversal study of asymptomatic patients undergoing ATC chemotherapy in childhood and adolescence, ages varying from 2 to 21 years after the end of the treatment and normal echocardiogram (ECO). From the 118 recruted participant subjects, 27 were excluded ( thoracic radiotherapy, abandonment and use of cardioprotectors). The clinical and pathological data from the 91 patients were collected from medical records or clinical history. A control group of 40 healthy volunteers(28 male, 14 females; ages varying from 3 to 36) was studied simultaneously and evaluated as well with 123I-mIBG and RV. All data collected were stored in a databank for later analysis, patients findings versus control group. RESULTS: In the patient group the average H/M ratio from the late 123I-mIBG image was 2,23 with CI [95%] (2,17-2,29), and average WR was 10,27% with CI [95%] (7,52-13,03). The control group had the H/M ratio of 2,26 with CI [95%] (2,18-2,34) and the WR rate of 9,64% with CI [95%] (5,76-13,52). The comparison between groups was not significant. However, it has to be highlighted that 6,6% of all the patients had abnormal H/M values which were below the cutoff considered of <1,9. On the other hand, when comparing the mean LVEF, there was a difference of -3,68 with p < 0,01 and CI (-5,99; -1,37), being the LVEF in the patient group lower than the control. CONCLUSION: Although there was no significance in the intergroup comparison for H/M and WR, there was a small proportion of patients who presented neuronal cardiac alterations (H/M ratio) below the minimum value. Besides that, the LVEF average was lower, despite still having absolute values within the normality. Such findings can be an indication of the clinical alterations as relevant in the future
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Avaliação cardíaca com cintilografia com 123 I-mlBG e ventriculografia radioisotópica em pacientes submetidos à quimioterapia com antraciclinas na infância e adolescência / Cardiac scintigraphy evaluation with 123I-mIBG and radionuclide ventriculography in patients undergoing anthracycline chemotherapy in childhood and adolescenceMarcelo José dos Santos 10 September 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer infantil é a primeira causa de morte em crianças, nos países desenvolvidos. Nos últimos 40 anos, graças ao desenvolvimento da Oncopediatria e de drogas como as antraciclinas (ATC), a taxa de cura tem atingido até 80%. Isto repercutiu em significativo aumento da sobrevida e, consequentemente, nos efeitos deletérios da quimioterapia com ATC, como a cardiotoxicidade. A fim de estudar os efeitos tardios da quimioterapia com ATC sobre o sistema nervoso cardíaco simpático (SNS), foi realizado estudo de cintilografia com 123I-mIBG (meta-iodobenzilguanedina ligado ao iodo123) e comparado com dose dos ATCs e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), através da ventriculografia radioisotópica (VR). As variáveis analisadas pela cintilografia com 123I-mIBG foram a relação coração/mediastino (C/M) e a taxa de clareamento (TC) que sinalizam o funcionamento neuronal cardíaco. MÉTODOS: realizado estudo transversal de pacientes assintomáticos submetidos à quimioterapia com ATC na infância e adolescência, com período de 2 a 21 anos, após o término do tratamento, e com ecocardiograma (ECO) normal. Dos 118 pacientes participantes recrutados, 27 foram excluídos (motivos: radioterapia torácica, desistência e uso de cardioprotetores). Os dados clínicos e patológicos dos 91 pacientes participantes foram coletados dos prontuários ou através de anamnese. Simultaneamente foi estudado um grupo controle (40 voluntários), e, com as avaliações de imagens com 123I-mIBG e VR, foi preenchida uma ficha de coleta padronizada previamente elaborada e digitada em banco de dados no Software IBM® SPSS® Statistics 20.0.1 for Windows, para posterior análise. Os achados dos pacientes foram analisados e comparados aos do grupo controle. RESULTADOS: Neste grupo, a média de acúmulo da 123I-mIBG - 3,5h, avaliada pela relação C/M, foi de 2,23 com IC [95%] (2,17-2,29). A média da TC foi de 10,27% com IC [95%] (7,52-13,03). Para ambas as informações, os valores apresentaram-se dentro da normalidade. Ao se comparar com o grupo controle (40 voluntários, 28 homens e 14 mulheres, idade: 3 a 36 anos), onde a relação C/M foi de 2,26 com IC [95%] (2,18-2,34) e a média da TC foi de 9,64% com IC [95%] (5,76-13,52), não houve diferença significativa. Ressalte-se que 6,6% do total de pacientes, apesar de não alterarem significativamente a média do grupo na análise estatística, apresentaram relação C/M <1,9 (valor considerado cut off). Em relação à variável FEVE da VR, houve uma diferença de -3,68, onde o p valor foi < 0,01 e o IC (-5,99; -1,37), sendo a FEVE do grupo de pacientes menor que a FEVE do grupo controle. CONCLUSÃO: Os valores da relação C/M e TC, encontrados com a cintilografia cardíaca com 123I-mIBG no grupo de pacientes, não mostraram diferença significativa com o grupo controle. No entanto, 6,6% dos pacientes submetidos ao tratamento com ATC apresentaram alterações neuronais cardíacas (relação C/M), abaixo do valor mínimo. Além disso, a média da FEVE foi menor, apesar de ainda encontrar-se com valores absolutos dentro da normalidade. Tais achados podem ser um indício de alterações clínicas relevantes no futuro / INTRODUCTION: Child cancer is the first cause of children\'s death in developed countries. In the last 40 years, thanks to the development of the pediatric oncology and drugs like the Anthracyclines (ATC), cure rate has reached up to 80%. This reflected a significant improvement in survival and as a consequence the deleterious effects from chemotherapy, like cardiotoxicity, has emerged. In order to study the later effects of the chemotherapy with ATC on the sympathetic nervous system (SNS) cardiac 123I-mIBG (123Imetaiodobenzylguanidine) scintigraphy was performed and compared to the left ventricle ejection fraction (LVEF), through radionuclide ventriculography (RV). The variables analized by the 123I-mIBG scintigraphy were the heart/mediastinum ratio (H/M) and the washout rate (WR). METHODS: This is a transversal study of asymptomatic patients undergoing ATC chemotherapy in childhood and adolescence, ages varying from 2 to 21 years after the end of the treatment and normal echocardiogram (ECO). From the 118 recruted participant subjects, 27 were excluded ( thoracic radiotherapy, abandonment and use of cardioprotectors). The clinical and pathological data from the 91 patients were collected from medical records or clinical history. A control group of 40 healthy volunteers(28 male, 14 females; ages varying from 3 to 36) was studied simultaneously and evaluated as well with 123I-mIBG and RV. All data collected were stored in a databank for later analysis, patients findings versus control group. RESULTS: In the patient group the average H/M ratio from the late 123I-mIBG image was 2,23 with CI [95%] (2,17-2,29), and average WR was 10,27% with CI [95%] (7,52-13,03). The control group had the H/M ratio of 2,26 with CI [95%] (2,18-2,34) and the WR rate of 9,64% with CI [95%] (5,76-13,52). The comparison between groups was not significant. However, it has to be highlighted that 6,6% of all the patients had abnormal H/M values which were below the cutoff considered of <1,9. On the other hand, when comparing the mean LVEF, there was a difference of -3,68 with p < 0,01 and CI (-5,99; -1,37), being the LVEF in the patient group lower than the control. CONCLUSION: Although there was no significance in the intergroup comparison for H/M and WR, there was a small proportion of patients who presented neuronal cardiac alterations (H/M ratio) below the minimum value. Besides that, the LVEF average was lower, despite still having absolute values within the normality. Such findings can be an indication of the clinical alterations as relevant in the future
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Fatores que influenciaram nos resultados das coletas de células progenitoras hematopoéticas em crianças portadoras de neuroblastoma avançado / Factors influencing results of peripheral hematologic progenitor cells harvesting in children with advanced NeuroblastomaBorba, Claudio Carneiro 10 May 2016 (has links)
Objetivos: Avaliar os resultados das coletas de células hematopoéticas CD34+, por aférese, em crianças portadoras de neuroblastoma tratadas no Serviço de Oncologia e Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; estudar os fatores (idade, peso, estimulação com quimioterapia, dose do G-CSF, uso terapêutico de 131I-MIBG e tempo entre exposição à quimioterapia prévia) que influenciaram na mobilização e no rendimento da coleta de células CD34+ no sangue periférico e associar a quantidade de células CD34+ obtidas com a evolução clínica do paciente. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo de pacientes com neuroblastoma submetidos à coleta de células-tronco hematopoéticas entre janeiro de1989 e junho 2012. Resultados: Avaliados 45 prontuários de crianças com idade mediana de 3,1 anos (0-12 anos), 26 (57%) apresentavam metástase em medula óssea ao diagnóstico. O tempo entre diagnóstico e o início da mobilização foi em média 19,7 ± 12 meses (mediana de 15,8 meses). Dos pacientes estudados, 11/45 (24,4%) receberam 131I-MIBG terapêutico antes da mobilização. Somente cinco pacientes (11,1%) receberam quimioterapia associada ao G-CSF para mobilização; as demais 40 crianças (88,9%) receberam exclusivamente G-CSF na dose média 26,5 ± 5,3 ug/kg/dia (mediana 28 ug/kg/dia). Não houve correlação entre o número máximo de células CD34+ no sangue periférico com a idade (p=0,9), com o peso (p=0,63), com a dose do G-CSF (p=0,46) ou com o intervalo entre o diagnóstico e o início da mobilização (p=0,09). A mediana da quantificação de células CD34+/uL no sangue periférico foi de 36,6 células, média de 45,2 ± 42,6 (mínimo 1,7 e máximo 236,3). Pacientes que haviam recebido 131I-MIBG previamente à mobilização apresentaram menor número de células CD34+/uL no sangue periférico (p=0,04). Em 26 pacientes (57,8%) foi possível coletar mais de 2,0x106 células CD34+/Kg na primeira coleta e em 19 pacientes (42,2%) foram necessárias mais de uma coleta, sendo que, oito pacientes (17,8%) apresentaram falha de mobilização. Os pacientes que apresentaram menor quantidade de células CD34+/uL no sangue periférico (<= 12) não conseguiram número maior ou igual a 2,0x106 células CD34+/Kg em 81,8% das coletas. O número mediano de células infundidas foi de 2,66 x106 células CD34+/Kg (média 3,38 ±1,6; mínimo 1,8; máximo 8,74 x106 CD34+/Kg). Os pacientes apresentaram contagem de leucócitos maior que 1000/mm3 e de plaquetas maior 50000/mm3 por dois dias consecutivos em média, no dia 13 ± 10 e no dia 46 ± 33, respectivamente, após infusão. Conclusões: A coleta de células-tronco hematopoéticas por aférese foi factível em todos os pacientes do estudo. Não houve influência significativa da idade, do peso, da dose do G-CSF e do tempo entre diagnóstico e inicio da mobilização, no número máximo de células. O uso prévio à coleta de 131I-MIBG terapêutico parece influenciar negativamente no pico de células CD34+ no sangue periférico (p=0,04). A contagem de células CD34+ no sangue periférico é importante fator preditivo do resultado das coletas de células progenitoras hematopoéticas CD34+ por aférese / Objectives: To evaluate the results of peripheral hematopoietic CD34+ stem cells harvesting in children with neuroblastoma treated at Serviço de Oncologia e Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; regarding age, weight, stimulation with chemotherapy, G-CSF dose, time between diagnosis and the mobilization beginning and therapeutic 131I-MIBG use and the influence in mobilization and peripheral harvesting of autologous hematopoietic stem cells and to associate the amount of CD34+ cells obtained with the patient\'s clinical evolution. Methods: Between January 1989 and June 2012, children with neuroblastoma underwent to mobilization and peripheral hematopoietic stem cell harvesting and were retrospectively analyzed. Results: The charts of 45 children were reviewed. Median age was 3.1 years (0-12years), and 26 (57%) had metastases in bone marrow at diagnosis. Average time between diagnosis and mobilization was 19.7 ± 12 months (median, 15.8 months). 11/45 (24.4%) received therapeutic 131I-MIBG prior to mobilization. The average G-CSF dose was 26.5 ± 5.3mg/kg/day (mean 28mg/kg/day). There was no correlation between the absolute number of peripheral CD34+ cells and age (p=0.9), weight (p=0.63), G-CSF dose (p=0.46) or the range between diagnosis and early mobilization (p=0.09). The median quantification of CD34+ cells/uL in peripheral blood was 36.6, average 45.2 ±42.6 (minimum 1.7 and maximum 236.3 CD34+ cells/uL). Patients who had received therapeutic 131I-MIBG prior to mobilization, showed fewer absolute amount of CD34+/uL cells in peripheral blood (p=0.04). In 26 patients (57.8%) it was possible to harvest more than 2.0 x106 CD34+ cells/kg at first apheresis and in 19 patients (42.2%) more than one collection were necessary, and eight patients (17.8 %) failure to mobilize. Patients presenting less than 12 CD34+ cells/uL in peripheral blood on the harvesting day failed to reach more then 2.0x106 cells CD34+/kg in 81.8% of the apheresis procedures. It was infused a median number of 2.66 x106 CD34+ cells/kg (mean 1.6 ± 3.38; min 1.8; max 8.74 x106 CD34+ cells/kg). After the stem cells infusion, patients had white blood cells count greater than 1000/mm3 and platelet greater than 50,000/mm3 for two consecutive days on average after 13 ±10 and 46 ± 33 days, respectively. Conclusions: The hematopoietic stem cells harvesting was feasible in all patients included in this report. The G-CSF dose, age, weight and the period between harvesting and diagnosis showed no influence in mobilization and harvesting of autologous hematopoietic stem cells, however the absolute number of peripheral blood CD34+ cells/uL is an important predictive factor for the harvesting outcome. Additionally our findings support for the first time the notion that the use of therapeutic 131I-MIBG could have a negative impact in mobilization of peripheral blood stem cells in children with neuroblastoma
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Fatores que influenciaram nos resultados das coletas de células progenitoras hematopoéticas em crianças portadoras de neuroblastoma avançado / Factors influencing results of peripheral hematologic progenitor cells harvesting in children with advanced NeuroblastomaClaudio Carneiro Borba 10 May 2016 (has links)
Objetivos: Avaliar os resultados das coletas de células hematopoéticas CD34+, por aférese, em crianças portadoras de neuroblastoma tratadas no Serviço de Oncologia e Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; estudar os fatores (idade, peso, estimulação com quimioterapia, dose do G-CSF, uso terapêutico de 131I-MIBG e tempo entre exposição à quimioterapia prévia) que influenciaram na mobilização e no rendimento da coleta de células CD34+ no sangue periférico e associar a quantidade de células CD34+ obtidas com a evolução clínica do paciente. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo de pacientes com neuroblastoma submetidos à coleta de células-tronco hematopoéticas entre janeiro de1989 e junho 2012. Resultados: Avaliados 45 prontuários de crianças com idade mediana de 3,1 anos (0-12 anos), 26 (57%) apresentavam metástase em medula óssea ao diagnóstico. O tempo entre diagnóstico e o início da mobilização foi em média 19,7 ± 12 meses (mediana de 15,8 meses). Dos pacientes estudados, 11/45 (24,4%) receberam 131I-MIBG terapêutico antes da mobilização. Somente cinco pacientes (11,1%) receberam quimioterapia associada ao G-CSF para mobilização; as demais 40 crianças (88,9%) receberam exclusivamente G-CSF na dose média 26,5 ± 5,3 ug/kg/dia (mediana 28 ug/kg/dia). Não houve correlação entre o número máximo de células CD34+ no sangue periférico com a idade (p=0,9), com o peso (p=0,63), com a dose do G-CSF (p=0,46) ou com o intervalo entre o diagnóstico e o início da mobilização (p=0,09). A mediana da quantificação de células CD34+/uL no sangue periférico foi de 36,6 células, média de 45,2 ± 42,6 (mínimo 1,7 e máximo 236,3). Pacientes que haviam recebido 131I-MIBG previamente à mobilização apresentaram menor número de células CD34+/uL no sangue periférico (p=0,04). Em 26 pacientes (57,8%) foi possível coletar mais de 2,0x106 células CD34+/Kg na primeira coleta e em 19 pacientes (42,2%) foram necessárias mais de uma coleta, sendo que, oito pacientes (17,8%) apresentaram falha de mobilização. Os pacientes que apresentaram menor quantidade de células CD34+/uL no sangue periférico (<= 12) não conseguiram número maior ou igual a 2,0x106 células CD34+/Kg em 81,8% das coletas. O número mediano de células infundidas foi de 2,66 x106 células CD34+/Kg (média 3,38 ±1,6; mínimo 1,8; máximo 8,74 x106 CD34+/Kg). Os pacientes apresentaram contagem de leucócitos maior que 1000/mm3 e de plaquetas maior 50000/mm3 por dois dias consecutivos em média, no dia 13 ± 10 e no dia 46 ± 33, respectivamente, após infusão. Conclusões: A coleta de células-tronco hematopoéticas por aférese foi factível em todos os pacientes do estudo. Não houve influência significativa da idade, do peso, da dose do G-CSF e do tempo entre diagnóstico e inicio da mobilização, no número máximo de células. O uso prévio à coleta de 131I-MIBG terapêutico parece influenciar negativamente no pico de células CD34+ no sangue periférico (p=0,04). A contagem de células CD34+ no sangue periférico é importante fator preditivo do resultado das coletas de células progenitoras hematopoéticas CD34+ por aférese / Objectives: To evaluate the results of peripheral hematopoietic CD34+ stem cells harvesting in children with neuroblastoma treated at Serviço de Oncologia e Hematologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; regarding age, weight, stimulation with chemotherapy, G-CSF dose, time between diagnosis and the mobilization beginning and therapeutic 131I-MIBG use and the influence in mobilization and peripheral harvesting of autologous hematopoietic stem cells and to associate the amount of CD34+ cells obtained with the patient\'s clinical evolution. Methods: Between January 1989 and June 2012, children with neuroblastoma underwent to mobilization and peripheral hematopoietic stem cell harvesting and were retrospectively analyzed. Results: The charts of 45 children were reviewed. Median age was 3.1 years (0-12years), and 26 (57%) had metastases in bone marrow at diagnosis. Average time between diagnosis and mobilization was 19.7 ± 12 months (median, 15.8 months). 11/45 (24.4%) received therapeutic 131I-MIBG prior to mobilization. The average G-CSF dose was 26.5 ± 5.3mg/kg/day (mean 28mg/kg/day). There was no correlation between the absolute number of peripheral CD34+ cells and age (p=0.9), weight (p=0.63), G-CSF dose (p=0.46) or the range between diagnosis and early mobilization (p=0.09). The median quantification of CD34+ cells/uL in peripheral blood was 36.6, average 45.2 ±42.6 (minimum 1.7 and maximum 236.3 CD34+ cells/uL). Patients who had received therapeutic 131I-MIBG prior to mobilization, showed fewer absolute amount of CD34+/uL cells in peripheral blood (p=0.04). In 26 patients (57.8%) it was possible to harvest more than 2.0 x106 CD34+ cells/kg at first apheresis and in 19 patients (42.2%) more than one collection were necessary, and eight patients (17.8 %) failure to mobilize. Patients presenting less than 12 CD34+ cells/uL in peripheral blood on the harvesting day failed to reach more then 2.0x106 cells CD34+/kg in 81.8% of the apheresis procedures. It was infused a median number of 2.66 x106 CD34+ cells/kg (mean 1.6 ± 3.38; min 1.8; max 8.74 x106 CD34+ cells/kg). After the stem cells infusion, patients had white blood cells count greater than 1000/mm3 and platelet greater than 50,000/mm3 for two consecutive days on average after 13 ±10 and 46 ± 33 days, respectively. Conclusions: The hematopoietic stem cells harvesting was feasible in all patients included in this report. The G-CSF dose, age, weight and the period between harvesting and diagnosis showed no influence in mobilization and harvesting of autologous hematopoietic stem cells, however the absolute number of peripheral blood CD34+ cells/uL is an important predictive factor for the harvesting outcome. Additionally our findings support for the first time the notion that the use of therapeutic 131I-MIBG could have a negative impact in mobilization of peripheral blood stem cells in children with neuroblastoma
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