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Contatos: a ficção científica no ensino de ciências em um contexto sociocultural. / Contacts: science fiction in science teaching from a sociocultural co context.Piassi, Luis Paulo de Carvalho 08 October 2007 (has links)
Este trabalho surgiu de minha experiência pessoal em sala de aula usando ficção científica para lecionar física, astronomia e outros tópicos de ciência. Por aproximadamente quatro anos eu desenvolvi diversas atividades de sala de aula com filmes, romances e contos de ficção científica, empregando-os não apenas para discutir os produtos da ciência - conceitos, leis e fenômenos - mas também os mecanismos da produção do conhecimento científico e a relação entre o trabalho da ciência e o contexto social. A partir destas experiências práticas, investiguei e estudei a respeito da própria ficção científica, como um gênero literário e cinematográfico e empreendi também uma pesquisa sobre as experiências atuais envolvendo a ficção científica em sala de aula. Estes estudos auxiliaram-me a desenvolver instrumentos teóricos de análise para lidar com a ficção científica a partir do ponto de vista do professor de ciência. Tais instrumentos são o conteúdo principal do presente trabalho. Eles foram desenvolvidos a partir da constatação de que as abordagens mais comuns para a ficção científica em aulas de ciências eram baseadas em duas estratégias um tanto ingênuas: a identificação dos erros (ou acertos) conceituais de ciência nas obras de ficção científica ou a discussão dos diversos níveis de distorção em relação a ciência e aos cientistas \"reais\" nelas apresentadas. Assumindo a ficção científica como uma construção empreendida sobre um discurso social a respeito da ciência foi possível tratar tais \"erros\" e \"distorções\" de um outro ponto de vista. Ao invés de distorções, podemos pensar em determinadas posições ideológicas sobre a ciência que podemos identificar tanto na esfera social como nas obras de ficção científica. Na maioria das vezes, tais posições podem ser descritas em termos de polaridades onde cada pólo representa crenças ou descrenças em relação aos papéis da ciência em nossas vidas. Eu nomeei tal análise por pólos temáticos. Em substituição à dicotomia erro/acerto, procurei um critério de análise que pudesse descrever os elementos de uma história de ficção científica (nomeados aqui como elementos contrafactuais) não em termos de uma valoração estrita de sua precisão científica, mas como construtos ficcionais projetados para produzir efeitos literários específicos no leitor. Em tal abordagem, a precisão científica é vista como estando sujeita à lógica do discurso literário e à intencionalidade do autor. Após desenvolver estas ferramentas de análise, retomei minhas experiências anteriores de sala de aula tanto para colocar a análise teórica em um contexto concreto sobre o qual eu poderia falar com segurança quanto - ao mesmo tempo - para apresentar aspectos adicionais não dados do uso da ficção científica em sala de aula. Muitas das atividades de sala de aula descritas se deram antes de eu iniciar este trabalho, assim elas não foram nem uma validação empírica da teoria nem um processo sistemático de coleta de dados. Seus papéis neste trabalho foram os de ilustrar e desenvolver alguns detalhes da análise teórica e mostrar como esta análise pode ser realizada para levar a atividades concretas de sala de aula. Adicionalmente, aspectos específicos dos três gêneros (filmes, romances e contos) de ficção científica usados forma discutidos em função de sua adaptação ao contexto de sala de aula. / This work arose from my personal classroom experience in using science fiction to teaching Physics, Astronomy and other Science topics. For about four years I developed several classroom activities with science fiction films, novels and short stories and I used them to discuss not only the products of science - concepts, laws and phenomena - but also the mechanisms of scientific knowledge production and the relationship between science work and social context. From these practical experiences, I investigated and studied about science fiction itself, as a literary and cinema genre and I undertook also a research about present days classroom experiences involving science fiction. These studies helped me to develop theoretical analysis instruments to deal with science fiction from the Science teacher point of view. Such instruments are the present work\'s main content. They were developed from the realization that most common approaches to science fiction in Science classes were based in two somewhat naive strategies: identifying science conceptual errors (or hits) in science fiction works or discussing the several levels of distortions about \"real\" Science and scientists science fiction presented in its stories. Assuming science fiction as a fictional construction built over a social discourse about science was possible to treat such \"errors\" and \"distortions\" for another point of view. Instead of distortions we can think about certain ideological positions about Science we can identify both in social sphere and in science fiction works. Most of times, such positions can be described in terms of polarities where each one of poles represents beliefs or disbeliefs related to the roles of Science in our lives. I named such analysis as thematic poles. In substitution to the hit/error dichotomy, I was looking for analysis criteria that could describe the elements of a science fiction story (named here as counterfactual elements) not in terms of a strict valuation of their scientific accuracy, but as fictional constructs intended for producing specific literary effects in the reader. In such approach, scientific accuracy is seen as being subjected to the literary discourse logics and to author\'s intentionality. After developing these analysis tools, I retrieved my previous classroom experiences both to turn theoretical analysis into a concrete context I could surely speak about and - at same time - to present additional aspects of classroom use of science fiction not given in the theoretical development. Most of described classroom activities occurred before I start this work, so they were neither an empiric validation of the theory nor a systematic data collection process. Their roles in this work were illustrate and develop some details of theoretical analysis and show how this analysis could be performed to lead to concrete classroom activities. Additionally, specific aspects of the three used science fiction genres (movies, novels and short stories) were discussed in view of their adaptation to the classroom context.
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Contatos: a ficção científica no ensino de ciências em um contexto sociocultural. / Contacts: science fiction in science teaching from a sociocultural co context.Luis Paulo de Carvalho Piassi 08 October 2007 (has links)
Este trabalho surgiu de minha experiência pessoal em sala de aula usando ficção científica para lecionar física, astronomia e outros tópicos de ciência. Por aproximadamente quatro anos eu desenvolvi diversas atividades de sala de aula com filmes, romances e contos de ficção científica, empregando-os não apenas para discutir os produtos da ciência - conceitos, leis e fenômenos - mas também os mecanismos da produção do conhecimento científico e a relação entre o trabalho da ciência e o contexto social. A partir destas experiências práticas, investiguei e estudei a respeito da própria ficção científica, como um gênero literário e cinematográfico e empreendi também uma pesquisa sobre as experiências atuais envolvendo a ficção científica em sala de aula. Estes estudos auxiliaram-me a desenvolver instrumentos teóricos de análise para lidar com a ficção científica a partir do ponto de vista do professor de ciência. Tais instrumentos são o conteúdo principal do presente trabalho. Eles foram desenvolvidos a partir da constatação de que as abordagens mais comuns para a ficção científica em aulas de ciências eram baseadas em duas estratégias um tanto ingênuas: a identificação dos erros (ou acertos) conceituais de ciência nas obras de ficção científica ou a discussão dos diversos níveis de distorção em relação a ciência e aos cientistas \"reais\" nelas apresentadas. Assumindo a ficção científica como uma construção empreendida sobre um discurso social a respeito da ciência foi possível tratar tais \"erros\" e \"distorções\" de um outro ponto de vista. Ao invés de distorções, podemos pensar em determinadas posições ideológicas sobre a ciência que podemos identificar tanto na esfera social como nas obras de ficção científica. Na maioria das vezes, tais posições podem ser descritas em termos de polaridades onde cada pólo representa crenças ou descrenças em relação aos papéis da ciência em nossas vidas. Eu nomeei tal análise por pólos temáticos. Em substituição à dicotomia erro/acerto, procurei um critério de análise que pudesse descrever os elementos de uma história de ficção científica (nomeados aqui como elementos contrafactuais) não em termos de uma valoração estrita de sua precisão científica, mas como construtos ficcionais projetados para produzir efeitos literários específicos no leitor. Em tal abordagem, a precisão científica é vista como estando sujeita à lógica do discurso literário e à intencionalidade do autor. Após desenvolver estas ferramentas de análise, retomei minhas experiências anteriores de sala de aula tanto para colocar a análise teórica em um contexto concreto sobre o qual eu poderia falar com segurança quanto - ao mesmo tempo - para apresentar aspectos adicionais não dados do uso da ficção científica em sala de aula. Muitas das atividades de sala de aula descritas se deram antes de eu iniciar este trabalho, assim elas não foram nem uma validação empírica da teoria nem um processo sistemático de coleta de dados. Seus papéis neste trabalho foram os de ilustrar e desenvolver alguns detalhes da análise teórica e mostrar como esta análise pode ser realizada para levar a atividades concretas de sala de aula. Adicionalmente, aspectos específicos dos três gêneros (filmes, romances e contos) de ficção científica usados forma discutidos em função de sua adaptação ao contexto de sala de aula. / This work arose from my personal classroom experience in using science fiction to teaching Physics, Astronomy and other Science topics. For about four years I developed several classroom activities with science fiction films, novels and short stories and I used them to discuss not only the products of science - concepts, laws and phenomena - but also the mechanisms of scientific knowledge production and the relationship between science work and social context. From these practical experiences, I investigated and studied about science fiction itself, as a literary and cinema genre and I undertook also a research about present days classroom experiences involving science fiction. These studies helped me to develop theoretical analysis instruments to deal with science fiction from the Science teacher point of view. Such instruments are the present work\'s main content. They were developed from the realization that most common approaches to science fiction in Science classes were based in two somewhat naive strategies: identifying science conceptual errors (or hits) in science fiction works or discussing the several levels of distortions about \"real\" Science and scientists science fiction presented in its stories. Assuming science fiction as a fictional construction built over a social discourse about science was possible to treat such \"errors\" and \"distortions\" for another point of view. Instead of distortions we can think about certain ideological positions about Science we can identify both in social sphere and in science fiction works. Most of times, such positions can be described in terms of polarities where each one of poles represents beliefs or disbeliefs related to the roles of Science in our lives. I named such analysis as thematic poles. In substitution to the hit/error dichotomy, I was looking for analysis criteria that could describe the elements of a science fiction story (named here as counterfactual elements) not in terms of a strict valuation of their scientific accuracy, but as fictional constructs intended for producing specific literary effects in the reader. In such approach, scientific accuracy is seen as being subjected to the literary discourse logics and to author\'s intentionality. After developing these analysis tools, I retrieved my previous classroom experiences both to turn theoretical analysis into a concrete context I could surely speak about and - at same time - to present additional aspects of classroom use of science fiction not given in the theoretical development. Most of described classroom activities occurred before I start this work, so they were neither an empiric validation of the theory nor a systematic data collection process. Their roles in this work were illustrate and develop some details of theoretical analysis and show how this analysis could be performed to lead to concrete classroom activities. Additionally, specific aspects of the three used science fiction genres (movies, novels and short stories) were discussed in view of their adaptation to the classroom context.
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[en] NARRATIVE AND EVALUATION IN THE CONSTRUCTION OF PEDAGOGIC KNOWLEDGE: A SOCIAL-CULTURAL AND SOCIAL-SEMIOTIC PERSPECTIVE / [pt] NARRATIVAS E AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PEDAGÓGICO: ABORDAGEM SOCIOCULTURAL E SOCIOSSEMIÓTICAADRIANA NOGUEIRA ACCIOLY NOBREGA 31 July 2009 (has links)
[pt] O objetivo deste estudo é investigar as narrativas orais de experiências
pessoais produzidas em sala de aula, enfocando esta prática discursiva como um
lócus para o processo de socioconstrução do conhecimento pedagógico. A
arquitetura teórica da pesquisa baseia-se na teoria sociocultural (Wertsch,
[1995]2006, 2002; Daniels, 2001; Wells e Claxton, 2002), desenvolvida a partir
de trabalhos de Vygotsky ([1984]1998, 2001); na perspectiva sistêmico-funcional
(Halliday e Hasan, 1989; Halliday e Matthiessen, 1999; Eggins, 2004), sendo a
linguagem considerada como ferramenta semiótica mediadora no processo de
socioconstrução do conhecimento pedagógico; e na visão socioconstrucionista da
narrativa como prática social (Bruner, 1994, 2002; Moita Lopes, 2001b; Bastos,
2004, 2008). Seis aspectos são considerados para a caracterização do discurso
narrativo: integração ao discurso pedagógico, espontaneidade, não-consciência,
tempo narrativo, reportabilidade e avaliação, sendo esta enfocada sob dois
paradigmas teóricos: abordagens sociolinguísticas (Labov e Waletzky, 1967;
Labov, 1972; Linde, 1997); e teoria da valoração (Martin, 2001, 2006; Martin e
White, 2005). Fragmentos de aulas de Pragmática em um curso de pós-graduação
em uma universidade do Rio de Janeiro foram selecionados como instanciações da
prática narrativa. Nove alunos de mestrado, oito de doutorado, incluindo a alunapesquisadora,
e uma professora participaram da pesquisa como interlocutores
narrativos. A análise desenvolvida baseia-se em uma abordagem sócio-histórica
como orientadora da pesquisa qualitativa (Freitas, 2002; André, 2001) e os trechos
narrativos são investigados quanto à sua conexão com o discurso do conteúdo
pedagógico, quanto à estrutura narrativa laboviana, e quanto a elementos
avaliativos, que se mostraram altamente relevantes para a negociação e
socioconstrução de conhecimento. Os resultados da análise revelam também o
caráter multifuncional das práticas narrativas no contexto pedagógico, bem como
características peculiares das narrativas orais produzidas em sala de aula, as quais
atuam como via de mão dupla no processo de construção social do conhecimento
pedagógico, uma vez que, através dos relatos de histórias particulares, a
experiência constrói o conhecimento formal (instrucional/pedagógico) e este, por
sua vez, ajuda na possível compreensão da experiência vivida, unindo o individual
ao coletivo. / [en] The purpose of this study is to investigate narratives of personal
experience produced in the classroom, focusing on this discursive practice as a
locus for the process of social construction of pedagogic knowledge. The
theoretical architecture built in this research is based on the social-cultural theory
(Wertsch, [1995]2006, 2002; Daniels, 2001; Wells & Claxton, 2002) developed
from Vygotsky’s principles ([1984]1998, 2001); the systemic-functional approach
(Halliday & Hasan, 1989; Halliday & Matthiessen, 1999; Eggins, 2004), which
considers language as a semiotic mediating tool in the (co)construction of
pedagogic knowledge; and the social constructionist notion of narrative as social
practice (Bruner, 1994, 2002; Moita Lopes, 2001b; Bastos, 2004, 2008). Six
aspects are considered to classify narrative discourse: spontaneity,
unconsciousness, integration with pedagogic discourse, narrative time, evaluation,
and reportability. Evaluation is examined under two theoretical paradigms:
sociolinguistics (Labov & Waletzky, 1967; Labov, 1972; Linde, 1997); and
appraisal theory (Martin, 2001, 2006; Martin & White, 2005). Fragments of postgraduate
Pragmatics lessons offered at a university in Rio de Janeiro were selected
as instantiations of narrative practice. One professor, nine master’s and eight
doctoral students, including the researcher herself, took part in this study as
narrative interlocutors. The analysis follows a qualitative methodology based on a
social-historical approach (Freitas, 2002; André, 2001). The selected extracts were
analyzed concerning their connection to pedagogic discourse, Labov’s (1972)
narrative structure, and evaluative aspects, which turned out to be highly relevant
in the process of meaning negotiation. Results of the analysis also show the
multifunctional nature of narrative practices in the pedagogic setting, as well as
specific features of classroom narratives, which act as a two-way route in the
process of social construction of pedagogic knowledge. Through the telling of
experiences in personal stories, formal (educational/pedagogic) knowledge is
constructed and, in return, it helps the narrator understand the lived experience,
joining the individual to the collective.
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As faces da cultura no programa de saúde reprodutiva e direitos, do fundo das nações unidas para a população/UNFPA, em Sokoto, NigériaMaha, George Okechukwu 17 July 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sociedade e Cooperação Internacional, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-12-05T13:09:19Z
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2016_GeorgeOkechukwuMaha.pdf: 1696089 bytes, checksum: 0fbc54a3590c2e61c9d0773970a8e006 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2017-01-09T18:40:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_GeorgeOkechukwuMaha.pdf: 1696089 bytes, checksum: 0fbc54a3590c2e61c9d0773970a8e006 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-09T18:40:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_GeorgeOkechukwuMaha.pdf: 1696089 bytes, checksum: 0fbc54a3590c2e61c9d0773970a8e006 (MD5) / As abordagens culturalmente sensíveis promovidas pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP) têm o objetivo de prover seus funcionários e contrapartes conhecimento cultural, percepção sobre o contexto cultural e o engajamento com comunidades locais. Diante de uma agenda tão desafiadora, como a do Plano de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, assinado em 1994, na cidade de Cairo, Egito, o FNUAP introduziu em seu 6º Programa de Cooperação com o governo nigeriano ações definidas como culturalmente sensíveis. O presente trabalho discute a aplicação desta nova abordagem de cooperação e os aspectos relacionados ao trabalho da organização na construção de uma ideia de cultura para a cooperação em saúde reprodutiva. / The culturally sensitive approaches promoted by the United Nations Population Fund (UNFPA) has the objective to provide its staff and counterparts with cultural knowledge, cultural awareness and engagement with local actors. Towards such a challenging agenda as the Plan of Action of the International Conference for Population and Development, signed in 1994, in the city of Cairo, Egypt, the UNFPA introduced in its 6th Co-operation Program with the Government of Nigeria actions defined as culturally sensitive. The present work discusses the application of this new approach of cooperation and the aspects related to the work of the organization in building an idea of culture for cooperation in reproductive health.
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