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Desplazamiento forzado y periferias urbanas: la lucha por el derecho a la vida en Medellín / Forced displacement and urban peripheries: the struggle for the right to life in Medellín

Gómez Builes, Gloria Marcela January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:42:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010 / O deslocamento forçado pela violência na Colômbia é um processo histórico de expropriação e violação sistemática dos direitos humanos, que impacta os processos vitais ao nível individual e social gerando um profundo dano na qualidade de vida das pessoas vítimas deste crime. O abandono obrigado dos lugares de moradia habitual é experimentado pelas populações para evitar as consequências mortais da guerra ou de outras situações que envolvem o uso da força para desocupar o campo. As cidades são os principias locais de destino dos desterrados e, a periferia urbana é o espaço onde cada uma destas pessoas se inserem para reconstruir a sua vida. No enquadramento do doutorado em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz se realizou a presente investigação focalizada nas experiências dos moradores de Altos de la Torre, Pacífico e Nuevo Amanecer (Mano de Dios), lugares de assentamento de população em situação de deslocamento forçado em Medellín. O objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar os processos organizativos da população deslocada e as relações construídas com outros atores sociais em estes territórios. Além disso, procurou-se identificar a suas ações coletivas em esta cidade. Para isso, realizou-se um estudo etnográfico no período compreendido entre fevereiro de 2008 e março de 2009. A partir dos resultados e as conclusões pode-se identificar o deslocamento forçado como um processo dialético, que expõe uma clara contradição entre as situações de desarraigamento e ruptura geradas a partir do desterro e, a produção e reprodução social da vida no contexto urbano. Deste modo, desencadeiam-se processos coletivos, no meio das construções possíveis, bem como das disputas de poder, conflitos e violências que determinam em grande medida estas experiências. Também é importante ressaltar que apesar de ser o Estado colombiano o responsável pela atenção à população deslocada, a suas respostas limitam o direito à reparação integral e aprofundam as condições de miséria e exclusão. Em este contexto, os desterrados desenvolvem iniciativas de organização e participação para tentar satisfazer necessidades básicas e exigirem seus direitos. A sua capacidade de ação se vê limitada por vários fatores, entre eles o empobrecimento radical, as desconfianças, a burocracia institucional, o assistencialismo, e, os múltiplos conflitos e violências. / El desplazamiento forzado por la violencia en Colombia es un proceso histórico de despojo y violación sistemática de los derechos humanos, que impacta los procesos vitales a nivel individual y social, generando un profundo deterioro en la calidad de vida de las personas víctimas de este crimen. El abandono obligado de los lugares de residencia habitual es experimentado por las poblaciones para evitar las consecuencias mortales de la guerra o de otras situaciones que involucran la utilización de la fuerza para desocupar el campo. Las ciudades son los principales lugares de destino de los desterrados y la periferia urbana es el espacio donde cada una de estas personas se inserta para reconstruir la vida. En el marco del doctorado en Salud Pública de la Escuela Nacional de Salud Pública de la Fundación Oswaldo Cruz se realizó la presente investigación focalizada en las experiencias de los pobladores de Altos de la Torre, Pacífico y Nuevo Amanecer (Mano de Dios), lugares de asentamiento de población en situación de desplazamiento forzado en Medellín. El objetivo de la investigación fue describir y analizar los procesos organizativos de la población desplazada y las relaciones construidas con otros actores sociales en estos territorios. Además, se buscó identificar sus acciones colectivas en esta ciudad. Para esto se realizó un estudio etnográfico en el periodo comprendido entre febrero de 2008 y marzo de 2009. A partir de los resultados y las conclusiones se puede identificar el desplazamiento forzado como un proceso dialéctico, que expone una clara contradicción entre las situaciones de desarraigo y ruptura generadas a partir del destierro, y la producción y reproducción de la vida en el contexto urbano. De esta manera, se desencadenan procesos colectivos, en medio las construcciones posibles, así como de las disputas de poder, conflictos y violencias que determinan en gran medida estas experiencias. También es importante resaltar que a pesar de ser el Estado colombiano el responsable de la atención a la población desplazada, sus respuestas limitan el derecho a la reparación integral y profundizan las condiciones de miseria y exclusión. En este contexto, los desplazados desarrollan iniciativas de organización y participación para intentar satisfacer necesidades básicas y exigir sus derechos. Su capacidad de acción se ve limitada por varios factores, entre ellos el empobrecimiento radical, las desconfianzas, la burocracia institucional, el asistencialismo y los múltiples conflictos y violencias.

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