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Pour une approche territoriale des transitions écologiques. Analyse de la transition vers l’agroécologie dans la Biovallée (1970-2015) / For a territorial approach of ecological transitions. Analysis of an on-going transition towards agroecology in Biovallée (1970-2015)

Bui, Sibylle 02 December 2015 (has links)
Les transitions agroécologiques impliquent une transformation radicale des modes de production, mais également des modes de transformation, de distribution et de consommation, du conseil agricole, des politiques publiques et de la recherche - en d’autres termes : une reconfiguration du système agri-alimentaire. Dans la vallée de la Drôme, la forte proportion d’acteurs plaçant l’agriculture biologique au coeur de leur stratégie de développement et leur collaboration dans le projet Biovallée semblent indiquer qu’une transition agroécologique est en cours et que l’échelle territoriale offre des leviers permettant de la déclencher. Cette thèse propose une analyse historique des dynamiques à l’oeuvre sur ce territoire, afin de contribuer à la compréhension des mécanismes de transition et à leur conceptualisation. En mobilisant la théorie des transitions sociotechniques et à travers une approche pragmatique et ethnographique, nous montrons qu’une reconfiguration du système agri-alimentaire territorial est en cours, et qu’elle résulte des interactions entre une configuration sociotechnique dominante et deux configurations alternatives qu’ont construites les acteurs au fil du temps, autour de deux paradigmes alternatifs à la modernisation agricole. Nous montrons comment, à travers ces interactions, les acteurs parviennent à modifier les rapports de force régissant le système agri-alimentaire, et que l’échelle territoriale leur offre des marges de manoeuvre inexistantes à une échelle plus large. Nous mettons en évidence le rôle essentiel d’une diversité d’initiatives, au sein desquelles les acteurs ont progressivement construit de nouvelles formes de coordination. Dès lors, la question est non plus de penser les transitions à partir du développement d’une innovation technique, mais de créer les conditions pour favoriser la coexistence d’une diversité d’initiatives, porteuses d’innovations sociales, et leurs interactions avec le système dominant. / Agriculture’s transition towards agrocology requires a radical transformation of production practices based on ecological principles, but it also requires radical changes within transformation, distribution and consumption practices and within advisory systems, public policies and research. In other words, it requires a profound reconfiguration of the whole agrifood system. In the Drome Valley (France), the high proportion of actors who consider organic agriculture as central in their development strategy and their involvement within the “Biovallée” project, suggest that an agroecological transition is in process and that the territorial scale might facilitate it. This thesis analyses the agricultural dynamics at the scale of this territory since the 1970s, in order to understand the transition mechanisms and to conceptualize them. Based on a framework inspired from the sustainable transition theories and on an ethnographic and pragmatic approach, it shows that a reconfiguration of the whole local agrifood system is indeed in process, and that it results from the interactions between a dominant sociotechnical configuration and two alternative ones which local actors have set up over time around two alternative paradigms. We analyze how actors succeed in changing the balance of power within the local agri-food system and how the territorial scale offers them some levers which do not exist on a larger scale. In this case, certain traditional actors and a diversity of initiatives allowed actors to progressively set up new forms of coordination, that is social or organizational innovations (rather than technological ones). Therefore the main issue shifts from thinking transitions based on the development of atechnological innovation, towards creating conditions in order to favour the coexistence of a diversity of initiatives that develop social innovations and to favour their interactions with the dominant system.
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Agricultura, alimentação e desenvolvimento rural : uma análise institucional comparativa de Brasil e China

Escher, Fabiano January 2016 (has links)
Depois da eclosão da crise financeira de 2008, fatos recentes da economia política internacio-nal parecem revelar a possibilidade de estar-se assistindo a gestação de uma nova ordem mun-dial, em que alguns países – em especial os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) – vão gradualmente deixando para trás a sua condição periférica e começam a jogar um papel relevante na dinâmica do capitalismo globalizado. A ascensão da China ao status de grande potência traz enormes impactos e repercussões ainda desconhecidas sobre a ordem econômica e política contemporânea. E frente a sua trajetória nos últimos anos, o Brasil tem sido visto como uma potência emergente. No entanto, ainda são escassas as pesquisas na área de agricultura, alimentação e desenvolvimento rural nos BRICS. E particularmente no Brasil não se sabe quase nada sobre esta temática na China. Com o objetivo geral de analisar com-parativamente as “dinâmicas de desenvolvimento rural” emergentes no Brasil e na China mediante as distintas formas de inserção dos seus “sistemas agroalimentares” no “regime ali-mentar internacional”, este trabalho visa preencher parte dessa lacuna. A investigação é inspi-rada na tese da “grande transformação” de Karl Polanyi, sobre a ascensão e queda da “civili-zação liberal novecentista” organizada em torno de um sistema de mercados autorregulado. Estaríamos vivendo algo análogo na época atual, com reflexos na agricultura e na alimen-tação. Neste sentido, é fundamental a noção de “duplo movimento” do autor. De um lado, um movimento hegemônico, representado pela liberalização dos mercados agrícolas nacionais e a globalização dos sistemas agroalimentares sob o comando das grandes corporações transna-cionais do agronegócio, da indústria de alimentos e das grandes redes varejistas. De outro lado, um movimento contra-hegemônico, representado pelas novas dinâmicas desenvolvimen-to rural emergentes, envolvendo o realinhamento da agricultura na natureza e na sociedade para criar novas bases para a produção, distribuição e consumo de alimentos, enquanto uma expressão de resistência, resiliência e autonomia dos camponeses e agricultores familiares. A hipótese de pesquisa é que as novas dinâmicas de desenvolvimento rural emergentes na China e no Brasil são parte de um “contramovimento”. Elas emergem simultaneamente, numa mes-ma época histórica e em realidades tão distintas, porque representam respostas à questão agro-alimentar num contexto de crise da globalização neoliberal. Metodologicamente, o trabalho é caracterizado como uma “análise institucional comparativa”. Trata-se de um estudo de grande amplitude temática, teórica e histórica, que através da combinação da análise institucional e do método comparativo busca compreender os contextos, os mecanismos e os resultados des-tes fenômenos. Entre as principais conclusões da tese, destacam-se três. Em primeiro lugar, as trajetórias recentes da China e do Brasil estão relacionadas a uma série de mudanças institu-cionais que implicaram na reconfiguração das suas estruturas de classe, trazendo alterações nas correlações de forças entre os projetos políticos que disputam os destinos de cada país e possíveis desdobramentos na construção de uma nova ordem econômica e política mundial. Em segundo lugar, a formação do “complexo soja-carnes” Brasil-China encapsula de várias maneiras as mudanças em curso nos seus sistemas agroalimentares e é emblemática de um processo mais amplo de reestruturação policêntrica da dinâmica do regime alimentar inter-nacional; mas também gera contestações, ligadas, sobretudo, aos crescentes escândalos alimentares na China e ao uso abusivo de agrotóxicos no Brasil. E em terceiro lugar, as dinâ-micas de desenvolvimento rural têm propiciado novos circuitos de reprodução da agricultura e de oferta e demanda de alimentos, envolvendo as práticas técnico-produtivas e organizacio-nais de agricultores familiares e camponeses, os interesses formulados como ideias pelos intelectuais e adotados como políticas públicas pelo estado e os processos de luta política e construção de “novos mercados imersos” conectando produção e consumo de alimentos. / After the outbreak of the 2008 financial crisis, recent events of international political econo-my seem to reveal the possibility of being watched the gestation of a new world order, where some countries – especially the BRICS (Brazil, Russia, India, China, South Africa) – are gra-dually leaving behind its peripheral condition and beginning to play an important role in the dynamics of global capitalism. China’s rise to the status of a great power brings enormous impacts and and yet unknown repercussions on the contemporary economic and political order. And given its trajectory the recent years, Brazil has been seen as an emerging power. However, there is still scarce research on agriculture, food and rural development in the BRICS. And particularly in Brazil almost nothing is known about these topics in China. With the general objecttive of comparatively analyzing the “rural development dynamics” emer-ging in Brazil and China through the different forms of insertion of their “agri-food systems” in the “international food regime”, this work aims to fill part of this gap. The research is inspi-red by Karl Polanyi’s “great transformation” thesis on the rise and fall of the “nineteenth libe-ral civilization”, organized around a system of self-regulated markets. We are supposed to be living something similar at the present time, with consequences on agriculture and food. In this sense, it is fundamental the author’s notion of “double movement”. On the one hand, a hegemonic movement, represented by the liberalization of national agricultural markets and globalization of agri-food systems, under the control of transnational agribusiness corporations, the food industry and large retailers. On the other hand, a counter-hegemonic movement, represented by the newly emerging rural development dynamics, involving the realignment of agriculture in nature and society to create new foundations for food production, distribution and consumption as an expression of strength, resilience and autonomy of peasants and family farmers. The research hypothesis is that the new rural development dynamics emerging in China and Brazil are part of a “countermovement”. They appear simultaneously, in the same historical epoch and in such different realities, because they represent responses to the agri-food question in a context of crisis of neoliberal global-ization. Methodologically, the work is characterized as a “comparative institutional analysis”. It is a study of large thematic, theoretical and historical amplitude, which by combining institutional analysis and comparative method seeks to understand the contexts, mechanisms and results of these phenomena. Among the main conclusions of the thesis, three stand out. First, the recent trajectory of China and Brazil are related to a series of institutional changes that resulted in the reconfiguration of their class structures, bringing changes in the correlation of forces between the political projects competing for the destinies of each country and possible deployments on the construction of a new economic and political world order. Second, the formation of the Brazil-China “soy-meat complex” encapsulates in many ways the ongoing changes in their agrifood systems and it is emblematic of a broader process of polycentric restructuring of the international food regime dynamics, but also creates contesta-tions, above all, linked to rising food scandals in China and the abusive use of agrochemicals in Brazil. And third, rural development dynamics have been driving new reproduction circuits for farming and food supply and demand, involving technical-productive and organizational practices of family farmers and peasants, interests formulated as ideas by the intellectual and adopted as public policies by the state, and processes of political struggle and construction of “new, nested markets” connecting production and consumption of food.
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Agricultura, alimentação e desenvolvimento rural : uma análise institucional comparativa de Brasil e China

Escher, Fabiano January 2016 (has links)
Depois da eclosão da crise financeira de 2008, fatos recentes da economia política internacio-nal parecem revelar a possibilidade de estar-se assistindo a gestação de uma nova ordem mun-dial, em que alguns países – em especial os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) – vão gradualmente deixando para trás a sua condição periférica e começam a jogar um papel relevante na dinâmica do capitalismo globalizado. A ascensão da China ao status de grande potência traz enormes impactos e repercussões ainda desconhecidas sobre a ordem econômica e política contemporânea. E frente a sua trajetória nos últimos anos, o Brasil tem sido visto como uma potência emergente. No entanto, ainda são escassas as pesquisas na área de agricultura, alimentação e desenvolvimento rural nos BRICS. E particularmente no Brasil não se sabe quase nada sobre esta temática na China. Com o objetivo geral de analisar com-parativamente as “dinâmicas de desenvolvimento rural” emergentes no Brasil e na China mediante as distintas formas de inserção dos seus “sistemas agroalimentares” no “regime ali-mentar internacional”, este trabalho visa preencher parte dessa lacuna. A investigação é inspi-rada na tese da “grande transformação” de Karl Polanyi, sobre a ascensão e queda da “civili-zação liberal novecentista” organizada em torno de um sistema de mercados autorregulado. Estaríamos vivendo algo análogo na época atual, com reflexos na agricultura e na alimen-tação. Neste sentido, é fundamental a noção de “duplo movimento” do autor. De um lado, um movimento hegemônico, representado pela liberalização dos mercados agrícolas nacionais e a globalização dos sistemas agroalimentares sob o comando das grandes corporações transna-cionais do agronegócio, da indústria de alimentos e das grandes redes varejistas. De outro lado, um movimento contra-hegemônico, representado pelas novas dinâmicas desenvolvimen-to rural emergentes, envolvendo o realinhamento da agricultura na natureza e na sociedade para criar novas bases para a produção, distribuição e consumo de alimentos, enquanto uma expressão de resistência, resiliência e autonomia dos camponeses e agricultores familiares. A hipótese de pesquisa é que as novas dinâmicas de desenvolvimento rural emergentes na China e no Brasil são parte de um “contramovimento”. Elas emergem simultaneamente, numa mes-ma época histórica e em realidades tão distintas, porque representam respostas à questão agro-alimentar num contexto de crise da globalização neoliberal. Metodologicamente, o trabalho é caracterizado como uma “análise institucional comparativa”. Trata-se de um estudo de grande amplitude temática, teórica e histórica, que através da combinação da análise institucional e do método comparativo busca compreender os contextos, os mecanismos e os resultados des-tes fenômenos. Entre as principais conclusões da tese, destacam-se três. Em primeiro lugar, as trajetórias recentes da China e do Brasil estão relacionadas a uma série de mudanças institu-cionais que implicaram na reconfiguração das suas estruturas de classe, trazendo alterações nas correlações de forças entre os projetos políticos que disputam os destinos de cada país e possíveis desdobramentos na construção de uma nova ordem econômica e política mundial. Em segundo lugar, a formação do “complexo soja-carnes” Brasil-China encapsula de várias maneiras as mudanças em curso nos seus sistemas agroalimentares e é emblemática de um processo mais amplo de reestruturação policêntrica da dinâmica do regime alimentar inter-nacional; mas também gera contestações, ligadas, sobretudo, aos crescentes escândalos alimentares na China e ao uso abusivo de agrotóxicos no Brasil. E em terceiro lugar, as dinâ-micas de desenvolvimento rural têm propiciado novos circuitos de reprodução da agricultura e de oferta e demanda de alimentos, envolvendo as práticas técnico-produtivas e organizacio-nais de agricultores familiares e camponeses, os interesses formulados como ideias pelos intelectuais e adotados como políticas públicas pelo estado e os processos de luta política e construção de “novos mercados imersos” conectando produção e consumo de alimentos. / After the outbreak of the 2008 financial crisis, recent events of international political econo-my seem to reveal the possibility of being watched the gestation of a new world order, where some countries – especially the BRICS (Brazil, Russia, India, China, South Africa) – are gra-dually leaving behind its peripheral condition and beginning to play an important role in the dynamics of global capitalism. China’s rise to the status of a great power brings enormous impacts and and yet unknown repercussions on the contemporary economic and political order. And given its trajectory the recent years, Brazil has been seen as an emerging power. However, there is still scarce research on agriculture, food and rural development in the BRICS. And particularly in Brazil almost nothing is known about these topics in China. With the general objecttive of comparatively analyzing the “rural development dynamics” emer-ging in Brazil and China through the different forms of insertion of their “agri-food systems” in the “international food regime”, this work aims to fill part of this gap. The research is inspi-red by Karl Polanyi’s “great transformation” thesis on the rise and fall of the “nineteenth libe-ral civilization”, organized around a system of self-regulated markets. We are supposed to be living something similar at the present time, with consequences on agriculture and food. In this sense, it is fundamental the author’s notion of “double movement”. On the one hand, a hegemonic movement, represented by the liberalization of national agricultural markets and globalization of agri-food systems, under the control of transnational agribusiness corporations, the food industry and large retailers. On the other hand, a counter-hegemonic movement, represented by the newly emerging rural development dynamics, involving the realignment of agriculture in nature and society to create new foundations for food production, distribution and consumption as an expression of strength, resilience and autonomy of peasants and family farmers. The research hypothesis is that the new rural development dynamics emerging in China and Brazil are part of a “countermovement”. They appear simultaneously, in the same historical epoch and in such different realities, because they represent responses to the agri-food question in a context of crisis of neoliberal global-ization. Methodologically, the work is characterized as a “comparative institutional analysis”. It is a study of large thematic, theoretical and historical amplitude, which by combining institutional analysis and comparative method seeks to understand the contexts, mechanisms and results of these phenomena. Among the main conclusions of the thesis, three stand out. First, the recent trajectory of China and Brazil are related to a series of institutional changes that resulted in the reconfiguration of their class structures, bringing changes in the correlation of forces between the political projects competing for the destinies of each country and possible deployments on the construction of a new economic and political world order. Second, the formation of the Brazil-China “soy-meat complex” encapsulates in many ways the ongoing changes in their agrifood systems and it is emblematic of a broader process of polycentric restructuring of the international food regime dynamics, but also creates contesta-tions, above all, linked to rising food scandals in China and the abusive use of agrochemicals in Brazil. And third, rural development dynamics have been driving new reproduction circuits for farming and food supply and demand, involving technical-productive and organizational practices of family farmers and peasants, interests formulated as ideas by the intellectual and adopted as public policies by the state, and processes of political struggle and construction of “new, nested markets” connecting production and consumption of food.
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Agricultura, alimentação e desenvolvimento rural : uma análise institucional comparativa de Brasil e China

Escher, Fabiano January 2016 (has links)
Depois da eclosão da crise financeira de 2008, fatos recentes da economia política internacio-nal parecem revelar a possibilidade de estar-se assistindo a gestação de uma nova ordem mun-dial, em que alguns países – em especial os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) – vão gradualmente deixando para trás a sua condição periférica e começam a jogar um papel relevante na dinâmica do capitalismo globalizado. A ascensão da China ao status de grande potência traz enormes impactos e repercussões ainda desconhecidas sobre a ordem econômica e política contemporânea. E frente a sua trajetória nos últimos anos, o Brasil tem sido visto como uma potência emergente. No entanto, ainda são escassas as pesquisas na área de agricultura, alimentação e desenvolvimento rural nos BRICS. E particularmente no Brasil não se sabe quase nada sobre esta temática na China. Com o objetivo geral de analisar com-parativamente as “dinâmicas de desenvolvimento rural” emergentes no Brasil e na China mediante as distintas formas de inserção dos seus “sistemas agroalimentares” no “regime ali-mentar internacional”, este trabalho visa preencher parte dessa lacuna. A investigação é inspi-rada na tese da “grande transformação” de Karl Polanyi, sobre a ascensão e queda da “civili-zação liberal novecentista” organizada em torno de um sistema de mercados autorregulado. Estaríamos vivendo algo análogo na época atual, com reflexos na agricultura e na alimen-tação. Neste sentido, é fundamental a noção de “duplo movimento” do autor. De um lado, um movimento hegemônico, representado pela liberalização dos mercados agrícolas nacionais e a globalização dos sistemas agroalimentares sob o comando das grandes corporações transna-cionais do agronegócio, da indústria de alimentos e das grandes redes varejistas. De outro lado, um movimento contra-hegemônico, representado pelas novas dinâmicas desenvolvimen-to rural emergentes, envolvendo o realinhamento da agricultura na natureza e na sociedade para criar novas bases para a produção, distribuição e consumo de alimentos, enquanto uma expressão de resistência, resiliência e autonomia dos camponeses e agricultores familiares. A hipótese de pesquisa é que as novas dinâmicas de desenvolvimento rural emergentes na China e no Brasil são parte de um “contramovimento”. Elas emergem simultaneamente, numa mes-ma época histórica e em realidades tão distintas, porque representam respostas à questão agro-alimentar num contexto de crise da globalização neoliberal. Metodologicamente, o trabalho é caracterizado como uma “análise institucional comparativa”. Trata-se de um estudo de grande amplitude temática, teórica e histórica, que através da combinação da análise institucional e do método comparativo busca compreender os contextos, os mecanismos e os resultados des-tes fenômenos. Entre as principais conclusões da tese, destacam-se três. Em primeiro lugar, as trajetórias recentes da China e do Brasil estão relacionadas a uma série de mudanças institu-cionais que implicaram na reconfiguração das suas estruturas de classe, trazendo alterações nas correlações de forças entre os projetos políticos que disputam os destinos de cada país e possíveis desdobramentos na construção de uma nova ordem econômica e política mundial. Em segundo lugar, a formação do “complexo soja-carnes” Brasil-China encapsula de várias maneiras as mudanças em curso nos seus sistemas agroalimentares e é emblemática de um processo mais amplo de reestruturação policêntrica da dinâmica do regime alimentar inter-nacional; mas também gera contestações, ligadas, sobretudo, aos crescentes escândalos alimentares na China e ao uso abusivo de agrotóxicos no Brasil. E em terceiro lugar, as dinâ-micas de desenvolvimento rural têm propiciado novos circuitos de reprodução da agricultura e de oferta e demanda de alimentos, envolvendo as práticas técnico-produtivas e organizacio-nais de agricultores familiares e camponeses, os interesses formulados como ideias pelos intelectuais e adotados como políticas públicas pelo estado e os processos de luta política e construção de “novos mercados imersos” conectando produção e consumo de alimentos. / After the outbreak of the 2008 financial crisis, recent events of international political econo-my seem to reveal the possibility of being watched the gestation of a new world order, where some countries – especially the BRICS (Brazil, Russia, India, China, South Africa) – are gra-dually leaving behind its peripheral condition and beginning to play an important role in the dynamics of global capitalism. China’s rise to the status of a great power brings enormous impacts and and yet unknown repercussions on the contemporary economic and political order. And given its trajectory the recent years, Brazil has been seen as an emerging power. However, there is still scarce research on agriculture, food and rural development in the BRICS. And particularly in Brazil almost nothing is known about these topics in China. With the general objecttive of comparatively analyzing the “rural development dynamics” emer-ging in Brazil and China through the different forms of insertion of their “agri-food systems” in the “international food regime”, this work aims to fill part of this gap. The research is inspi-red by Karl Polanyi’s “great transformation” thesis on the rise and fall of the “nineteenth libe-ral civilization”, organized around a system of self-regulated markets. We are supposed to be living something similar at the present time, with consequences on agriculture and food. In this sense, it is fundamental the author’s notion of “double movement”. On the one hand, a hegemonic movement, represented by the liberalization of national agricultural markets and globalization of agri-food systems, under the control of transnational agribusiness corporations, the food industry and large retailers. On the other hand, a counter-hegemonic movement, represented by the newly emerging rural development dynamics, involving the realignment of agriculture in nature and society to create new foundations for food production, distribution and consumption as an expression of strength, resilience and autonomy of peasants and family farmers. The research hypothesis is that the new rural development dynamics emerging in China and Brazil are part of a “countermovement”. They appear simultaneously, in the same historical epoch and in such different realities, because they represent responses to the agri-food question in a context of crisis of neoliberal global-ization. Methodologically, the work is characterized as a “comparative institutional analysis”. It is a study of large thematic, theoretical and historical amplitude, which by combining institutional analysis and comparative method seeks to understand the contexts, mechanisms and results of these phenomena. Among the main conclusions of the thesis, three stand out. First, the recent trajectory of China and Brazil are related to a series of institutional changes that resulted in the reconfiguration of their class structures, bringing changes in the correlation of forces between the political projects competing for the destinies of each country and possible deployments on the construction of a new economic and political world order. Second, the formation of the Brazil-China “soy-meat complex” encapsulates in many ways the ongoing changes in their agrifood systems and it is emblematic of a broader process of polycentric restructuring of the international food regime dynamics, but also creates contesta-tions, above all, linked to rising food scandals in China and the abusive use of agrochemicals in Brazil. And third, rural development dynamics have been driving new reproduction circuits for farming and food supply and demand, involving technical-productive and organizational practices of family farmers and peasants, interests formulated as ideas by the intellectual and adopted as public policies by the state, and processes of political struggle and construction of “new, nested markets” connecting production and consumption of food.
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Encurtando distâncias entre produtores e consumidores: a abordagem da fileira corta para cadeias agroalimentares

Vial, Luiz Antônio Machado 19 August 2010 (has links)
Submitted by Mariana Dornelles Vargas (marianadv) on 2015-05-19T21:20:41Z No. of bitstreams: 1 encurtando_distancias.pdf: 1563400 bytes, checksum: 0ad7002e28d37ea36ae0995d9a5b6290 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-19T21:20:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 encurtando_distancias.pdf: 1563400 bytes, checksum: 0ad7002e28d37ea36ae0995d9a5b6290 (MD5) Previous issue date: 2010-08-19 / Nenhuma / Essa dissertação abordou um movimento que se consolida na Europa e que tem sido discutido e difundido, principalmente na Itália, a abordagem da filiera corta. Seu principal objetivo é estudar cadeias produtivas curtas e encurtadas em sistemas agroalimentares. A filiera corta trabalha no sentido de reduzir o número de intermediários comerciais, colocando em contato mais direto produtores e consumidores, criando valor agregado no território de origem e reforçando as especificidades do produto. As cadeias curtas têm como objetivo saltar intermediações, permitindo à empresa agrícola aumentar sua margem de lucro, oferecendo produtos de melhor qualidade a preços menores para o consumidor final, favorecendo a relação entre quem produz e quem consome. O modelo econômico é o de mercados agrícolas de venda direta. As cadeias produtivas curtas têm como força a relação direta entre consumidor e produtor. Alguns fatores presentes na decisão de compra de consumidores de produtos de cadeias curtas são: a qualidade dos produtos; a ligação com o território (tipicidade, certificados etc.); método de produção da agricultura biológica; e proximidade do mercado consumidor. Em particular, a posição favorável da empresa, nas adjacências de centros urbanos e de sítios de interesse turístico, histórico, arqueológico ou natural. O objetivo principal de pesquisa foi descrever como pode ser organizada uma cadeia produtiva agroalimentar cujo objetivo seja aproximar produtor e consumidor eliminando etapas e operações intermediárias. O método de pesquisa foi o estudo de caso múltiplo. A pesquisa foi feita em duas etapas, uma na Itália e outra no Rio Grande do Sul. Foram entrevistados cinco agentes italianos (dois pesquisadores, dois empreendedores e um representante de classe) e três empreendedores gaúchos. Foi obtida uma lista de aspectos presentes nas operações encurtadas italianas e comparados com os gaúchos. Ao fim, foram feitas considerações caso se deseje ampliar a abordagem no RS. / This master level thesis has addressed a movement that has been consolidated in Europe and has been discussed and disseminated, primarily in Italy: the short supply chain approach. Its main objective is to study short and shortened supply chains in agrifood systems. Short supply chains ought to reduce the number of commercial intermediaries, putting in more direct contact producers and consumers, creating added value in the territory of origin of goods and reinforcing the specificity of products. The short chains are aimed at jump intermediation, allowing to increase farm profit margins by offering better quality products at lower prices to final consumers and fostering the relationship between those who produce and those who consume agrifood products. The economic model of agricultural markets is the direct sale. Short supply chains have strength as the direct relationship between consumer and producer. Some of these factors in purchasing decisions of consumers of products of short chains are: product quality, the link with the territory (typicality, certificates etc.), method of production based on organic farming, and proximity to the consumer market. In particular, it worths the favorable position of the company, in the vicinity of urban centers and tourist sites, historical, archaeological or natural. The main research objective was to describe how can be organized agrifood production chain whose aim is to bring producers and consumers by eliminating intermediate steps and operations. The research method was the multiple case study. The survey was conducted in two stages, one in Italy and another in Rio Grande do Sul. Five Italian agents (two researchers, two entrepreneurs and a class representative) and three entrepreneurs from Rio Grande do Sul were interviewed. We obtained a list of issues involved in shortened operations in Italy and compared with those in Rio Grande do Sul. In the end, there are considerations about how to expand the approach in RS, based on research findings.
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Agroecologia na agenda governamental brasileira: trajet?rias no per?odo 2003-2014 / Agroecology in the brazilian government agenda: 2003-2014 trajectories

MOURA, Iracema Ferreira de 29 April 2016 (has links)
Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2018-09-04T19:47:02Z No. of bitstreams: 1 2016 - Iracema Ferreira de Moura.pdf: 2444921 bytes, checksum: c61a9f7139de37ce4cebdd0c9158f2bd (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-04T19:47:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016 - Iracema Ferreira de Moura.pdf: 2444921 bytes, checksum: c61a9f7139de37ce4cebdd0c9158f2bd (MD5) Previous issue date: 2016-04-29 / In the context of the agrifood system and the Brazilian political situation, since 2003 agroecology is a contemporary approach inserted into the construction of public policies and interrelated to rural development, food sovereignty and Human Right to Adequate Food. Under this perspective, the general objective of this thesis is to comprehend how agroecology entered the governmental agenda and the formulation process of the National Policy on Agroecology and Organic Production (PNAPO) and the National Plan for Agroecology and Organic Production (PLANAPO). The specific objectives are: comprehend the influence of the institutional and political context in the building of the agenda; identify the historical background and agroecology founding aspects at the brazilian public policies after 1985; identify the main governmental decision-makers, actors and civil society groups who acted on the construction of PNAPO and PLANAPO; understand how the junction of the problems flows and alternatives was made to originate the Policy.The theoretical framework employed comprises the Gramscian concept of Estate, analysis of the neo-institutionalist public policies and of the public policy cycle, taking into consideration the referential of agrifood system, food issues and rural development. Two theoretical models were used as analytical references on the policy process, specifically for the governmental agenda definition (agenda setting) and the formulation phase: the Multiple Stream Model from Kingdom, and the Punctuated Equilibrium Model from Frank Baumgartner and Brian Jones. The results of the desk research of relevant literature, secondary sources and semi-structured interviews revealed that the agroecological approach gained space in some public policies since 2003. The convergent actions from the agroecological and organic movements, especially peasant and rural women organizations, together with the favorable political moment, were fundamental factors for the entrance at the governmental agenda and the formulation of PNAPO and PLANAPO. The transformation process of the governmental agenda into public policy occurred by means of open and transparent dialogue between civil society representatives and the federal government, in a political and historical context of a government that created dialogue mechanisms with society and opened up for agendas that were not accepted before. Apart from the limitations, conflicts and constraints, PNAPO and PLANAPO have the great merit of being the affirmation of an agenda that counteracts the agribusiness. They constitute a mark and a political achievement and put the agroecological agenda in another level at the public policies. However, the agroecological approach is not yet consolidated as a federal government strategic and central policy that sustains the transformations of the agrifood system and of the rural development aiming food sovereignty and the Human Right to Adequate Food. / A agroecologia constitui-se em um enfoque contempor?neo inserido na constru??o de pol?ticas p?blicas interrelacionado ao desenvolvimento rural, soberania alimentar e Direito Humano ? Alimenta??o Adequada (DHAA), no contexto do sistema agroalimentar e da conjuntura pol?tica brasileira a partir de 2003. Nessa perspectiva, o objetivo geral desta Tese consiste em compreender como ocorreu a entrada da agroecologia na agenda governamental e o processo de formula??o da Pol?tica Nacional de Agroecologia e Produ??o Org?nica (PNAPO) e do Plano Nacional de Agroecologia e Produ??o Org?nica (PLANAPO). Os objetivos espec?ficos s?o: compreender a influ?ncia do contexto pol?tico e institucional para a forma??o da agenda; identificar os antecedentes hist?ricos e os aspectos fundantes da agroecologia nas pol?ticas p?blicas brasileiras ap?s 1985; identificar os principais decisores governamentais, atores e grupos da sociedade civil atuantes na constru??o da PNAPO e do PLANAPO; compreender como foi feita a jun??o dos fluxos de problemas e alternativas que deram origem ? Pol?tica. O marco te?rico utilizado engloba o conceito gramsciano de Estado, an?lise de pol?ticas p?blicas neoinstitucionalista e do ciclo da pol?tica p?blica, acrescidos do referencial de sistema agroalimentar, quest?o alimentar e desenvolvimento rural. Utiliza-se como refer?ncia anal?tica sobre processo de pol?ticas p?blicas (policy process), especificamente para a defini??o de agenda governamental (agenda-setting) e a etapa de formula??o, dois modelos te?ricos: o Modelo de Correntes M?ltiplas (Multiple Stream Model) de Kingdon e do Equil?brio Pontuado (Ponctuated Equilibrium Model) de Frank Baumgartner e Brian Jones. Os resultados da pesquisa documental, fontes secund?rias e entrevistas semiestruturadas evidenciaram que o enfoque agroecol?gico ganha espa?o em algumas pol?ticas p?blicas a partir de 2003. A atua??o convergente do movimento agroecol?gico e org?nico, com destaque para as organiza??es das mulheres trabalhadoras rurais e camponesas, aliada a um momento pol?tico favor?vel, foi fator fundamental para a entrada na agenda governamental e a formula??o da PNAPO e do PLANAPO. O processo de transforma??o da agenda governamental em pol?tica p?blica aconteceu por meio de um di?logo aberto e transparente entre os representantes da sociedade civil e do governo federal em um contexto pol?tico-hist?rico de um governo que criou mecanismos de di?logo com a sociedade e que se abriu para pautas antes n?o acolhidas. Apesar das limita??es, conflitos e lacunas, a PNAPO e o PLANAPO t?m o grande m?rito de serem a afirma??o de uma agenda que se contrap?e ao agroneg?cio. Constitui-se em marco e conquista pol?tica e colocou a agenda da agroecologia nas pol?ticas p?blicas em outro patamar. Entretanto, o enfoque agroecol?gico ainda n?o se consolidou como uma pol?tica estrat?gica e central do governo federal que sustente as transforma??es do sistema agroalimentar e do desenvolvimento, com vista ? garantia do DHAA e da soberania alimentar.
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Globalization, Transnationalization And Imperialism: Evaluation Of Sociology Of Agriculture And Food In The Case Of Turkey

Buke, Atakan 01 December 2008 (has links) (PDF)
This study aims to evaluate conceptual considerations of the sociology of agriculture and food from inside and outside of the literature in relation to transnationalization and its claim on the emergence of a transnational state. Although the history of the literature can be traced back to mid-1970s, its development corresponds to 1990s which is also the period that witnessed the hegemony of the concept of globalization in social sciences. This study argues that the claim on transnationalization reflects the intimate relationship of sociology of agriculture and food with the globalist interpretation of the concept of globalization or globalization theory which suffers from methodological and theoretical problems mainly in relation to the analysis of immanent contradictions and distinctive features of capitalism. With the criticism of the concepts of globalization and transnationalization, this study aims to break the intimate relationship of the sociology of agriculture and food with the globalization theory and suggests that the concept of imperialism is a powerful analytical concept in comprehending the transformation of capitalist relations, particularly the agrifood relations since late 1970s. In other words, this study aims to reevaluate the concepts (agrifood system and food regime) and problematics formulated in the sociology of agriculture and food literature within the theoretical framework based on the concept of capitalist imperialism exemplified in the analysis of transformation of agrifood relations since 1980 in the case of Turkey.
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Coordenação na agricultura familiar e desenvolvimento territorial: o caso das indicações geográficas para o café / Coordination in the family and territorial agriculture development: the case of Geographical Indications for coffee

Pereira, Mara Elena Bereta de Godoi [UNESP] 10 March 2016 (has links)
Submitted by Mara Elena Bereta de G Pereira (mara@tupa.unesp.br) on 2016-06-30T20:35:19Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Mara Elena Bereta de Godoi Pereira.pdf: 2054270 bytes, checksum: d35184a89025f3fca84787c1e05c4971 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-07-04T18:35:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 pereira_mebg_me_tupa.pdf: 2054270 bytes, checksum: d35184a89025f3fca84787c1e05c4971 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-04T18:35:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 pereira_mebg_me_tupa.pdf: 2054270 bytes, checksum: d35184a89025f3fca84787c1e05c4971 (MD5) Previous issue date: 2016-03-10 / A agricultura familiar desempenha importante papel na economia e na sociedade como fornecedora de alimentos de primeira necessidade e geradora de mercado consumidor. Com a crescente demanda do mercado por produtos diferenciados, as Indicações Geográficas (IGs) têm sido reconhecidas como uma ferramenta com capacidade de fortalecer a agricultura familiar à medida que ela garante a qualidade e a reputação de um produto, ligando-o à sua origem, bem como reduzindo as assimetrias informacionais e protegendo o território da ação de oportunistas. Considerando as dificuldades encontradas pelos agricultores familiares para acessar mercados, esta pesquisa analisou como os registros de IGs favorecem a coordenação do sistema agroalimentar de café na agricultura familiar e quais suas contribuições para o desenvolvimento territorial. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória de casos múltiplos em duas regiões brasileiras que possuem o registro de IG para o café e que apresentam elevado número de propriedades familiares: a Serra da Mantiqueira em Minas Gerais e o Norte Pioneiro do Paraná. A abordagem teórica que sustentou a análise da coordenação vertical está centrada na Nova Economia Institucional, com base no Ambiente Institucional e na Economia dos Custos de Transação, buscando verificar por meio da escolha da estrutura de governança, a minimização dos custos envolvidos na transação. Já a abordagem teórica dos Sistemas Agroalimentares Localizados auxiliou na compreensão da coordenação horizontal e suas contribuições para o desenvolvimento territorial. Os resultados apontaram que nos territórios pesquisados o registro de IG contribui, principalmente, para a coordenação horizontal na medida em que reforça os laços entre os atores sociais que compõem o território, o que pode vir a contribuir para o seu desenvolvimento. / Family farming plays an important role in the economy as a supplier and consumer of food and goods. Under the growing market demand for differentiated products, geographical indications (GIs) have been recognized as a tool capable of strengthening family farming as it ensures the quality and reputation of a product by connecting it to its territory, as well as reducing informational asymmetries and protecting the territory from opportunistic actions. Considering the difficulties faced by farmers to access markets, this research examined how the IGs favor the coordination of the family farmers in the coffee agrifood system and what are their contribution to territorial development. To this end, an exploratory study of multiple cases was carried out in two Brazilian regions with GI registration for coffee and with a large number of family farms: the Serra da Mantiqueira in Minas Gerais and the Pioneer North of Paraná. The theoretical approach that supported the analysis of vertical coordination is based on New Institutional Economics, as Institutional Environment and the Economy of Transaction Costs. The theoretical approach of Localized Agrifood Systems helped in understanding the horizontal coordination and their contribution to territorial development. The results indicated that GI registrations contribute mainly to the horizontal coordination as it strengthens the links between social actors within the territory leading to local development.
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Coordenação na agricultura familiar e desenvolvimento territorial : o caso das indicações geográficas para o café /

Pereira, Mara Elena Bereta de Godoi January 2016 (has links)
Orientador: Ana Elisa Bressan Smith Lourenzani / Coorientador: Sandra Mara Schiavi Bankuti / Coorientador: Giuliana Aparecida Santini Pigatto / Resumo: A agricultura familiar desempenha importante papel na economia e na sociedade como fornecedora de alimentos de primeira necessidade e geradora de mercado consumidor. Com a crescente demanda do mercado por produtos diferenciados, as Indicações Geográficas (IGs) têm sido reconhecidas como uma ferramenta com capacidade de fortalecer a agricultura familiar à medida que ela garante a qualidade e a reputação de um produto, ligando-o à sua origem, bem como reduzindo as assimetrias informacionais e protegendo o território da ação de oportunistas. Considerando as dificuldades encontradas pelos agricultores familiares para acessar mercados, esta pesquisa analisou como os registros de IGs favorecem a coordenação do sistema agroalimentar de café na agricultura familiar e quais suas contribuições para o desenvolvimento territorial. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória de casos múltiplos em duas regiões brasileiras que possuem o registro de IG para o café e que apresentam elevado número de propriedades familiares: a Serra da Mantiqueira em Minas Gerais e o Norte Pioneiro do Paraná. A abordagem teórica que sustentou a análise da coordenação vertical está centrada na Nova Economia Institucional, com base no Ambiente Institucional e na Economia dos Custos de Transação, buscando verificar por meio da escolha da estrutura de governança, a minimização dos custos envolvidos na transação. Já a abordagem teórica dos Sistemas Agroalimentares Localizados auxiliou na compreensão da coor... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Family farming plays an important role in the economy as a supplier and consumer of food and goods. Under the growing market demand for differentiated products, geographical indications (GIs) have been recognized as a tool capable of strengthening family farming as it ensures the quality and reputation of a product by connecting it to its territory, as well as reducing informational asymmetries and protecting the territory from opportunistic actions. Considering the difficulties faced by farmers to access markets, this research examined how the IGs favor the coordination of the family farmers in the coffee agrifood system and what are their contribution to territorial development. To this end, an exploratory study of multiple cases was carried out in two Brazilian regions with GI registration for coffee and with a large number of family farms: the Serra da Mantiqueira in Minas Gerais and the Pioneer North of Paraná. The theoretical approach that supported the analysis of vertical coordination is based on New Institutional Economics, as Institutional Environment and the Economy of Transaction Costs. The theoretical approach of Localized Agrifood Systems helped in understanding the horizontal coordination and their contribution to territorial development. The results indicated that GI registrations contribute mainly to the horizontal coordination as it strengthens the links between social actors within the territory leading to local development. / Mestre
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CONOCIMIENTO INCORPORADO Y VÍNCULOS INTERSECTORIALES. APROXIMACIONES MEDIANTE EL ANÁLISIS INPUT-OTPUT

Alba, Martín Federico 17 April 2012 (has links)
Esta tesis doctoral tiene por objetivo el estudio de la actividad innovadora de los sectores económicos desde la perspectiva de los vínculos tecno-productivos que se establecen entre ellos. Dentro de este objetivo general, cobra una destacada importancia el territorio en el cual se encuentran estos sectores, siendo España y la Comunidad Valenciana los casos analizados. Ante estos objetivos, se plantean las siguientes preguntas que guían la investigación: a) ¿Qué rol desempeñan los servicios empresariales intensivos en conocimiento en la generación y difusión de innovación en el sistema económico? ¿Qué contribución cuantitativa realizan tales sectores al sistema de creación y generación de conocimiento? b) ¿Cuáles son los patrones de innovación de sectores menos intensivos en conocimiento, clasificados típicamente como tradicionales, pero con gran arraigo e influencia territorial (en particular el sector agroalimentario)? ¿A qué fuentes recurren con mayor intensidad cuando el territorio presenta también bajas intensidades tecnológicas o baja capacidad de absorción (la Comunidad Valenciana)? c) ¿Qué patrones de innovación se corresponden con distintas capacidades sectoriales para crear nuevas empresas? O en otras palabras, ¿el patrón de generación/absorción de conocimiento de cada sector afecta a su capacidad para crear nuevas empresas? Para dar respuesta a estas preguntas se ha utilizado el enfoque del "embodied knowledge". Esta aproximación permite mensurar el conocimiento "incorporado" en los productos y servicios que cada sector utiliza como inputs en sus procesos productivos y que indirectamente contribuyen a su propia intensidad o esfuerzo tecnológico y de innovación. La metodología implementada puede sintetizarse en la idea de que el mayor o menor grado de esfuerzo innovador en un sector no solo estará determinado por su propio gasto en actividades innovadoras, sino también por el gasto que sus proveedores realizan en estas actividades. / Alba, MF. (2012). CONOCIMIENTO INCORPORADO Y VÍNCULOS INTERSECTORIALES. APROXIMACIONES MEDIANTE EL ANÁLISIS INPUT-OTPUT [Tesis doctoral]. Universitat Politècnica de València. https://doi.org/10.4995/Thesis/10251/15181

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