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Avaliação toxicológica reprodutiva da resina de Aloe ferox miller em ratas wistarMaria de Lima Maranhâo, Hélida 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Aloe ferox Miller, pertencente à família Liliaceae, é originária da Província do Cabo Oriental
na África do Sul. No Brasil, a planta é conhecida como babosa e os maiores produtores
encontram-se no interior de São Paulo (particularmente no município de Jarinu), Santa
Catarina e na região Nordeste. Sendo esta última, a que possui as melhores condições de
plantio. Ela consiste em um arbusto perene arborescente típico de climas secos e quentes,
possui folhas alongadas e pontiagudas, e é constituída em duas partes: gel e látex. A resina de
Aloe ferox é um resíduo sólido obtido pela evaporação do látex que escorre do corte
transversal de suas folhas. Na medicina popular, dentre outras aplicações, a resina da planta é
usada no tratamento da constipação. Os efeitos da administração oral de A. ferox foram
investigados sobre a fertilidade, prenhez e desenvolvimento pós-natal da prole de ratas
Wistar. A aloína presente na resina foi identificada por cromatografia em camada delgada e os
derivados hidroxiantracênicos expressos como aloína foram quantificados por
espectrofotometria. A resina na forma de pó foi dissolvida em glicerina 40% (v/v). O estudo
foi realizado em três períodos, cada um contendo cinco grupos de ratas prenhes (n=8-
9/grupo), totalizando 15 grupos randomicamente formados. Os grupos 1 e 2 (grupos controle)
receberam água destilada e solução de glicerina 40% (v/v), respectivamente, enquanto os
outros foram tratados oralmente com A. ferox nas doses de 0,1, 0,5 e 2,5 g/kg. No primeiro
período, o tratamento foi administrado do 1º ao 6º dia (período de pré-implantação - PP) e o
segundo, do 7º ao 14º dia (período de organogênese - PO). No 20º dia de prenhez, as ratas
foram laparotomizadas para avaliação dos parâmetros reprodutivos. No último período, as
ratas prenhes foram tratadas oralmente com as mesmas doses durante toda a prenhez e os
parâmetros maternos e os da prole foram avaliados. A aloína (Rf 0,35) foi identificada e a
porcentagem dos derivados hidroxiantracênicos expressos como aloína foi 33.5%. Durante o
PP houve diminuição no ganho de massa corporal materna (p < 0,05) em todas as doses.
Reduções também foram observadas em alguns parâmetros maternos (massas da placenta) e
fetais (comprimento e massa relativa) nas doses de 0,5 e 2,5 g/kg quando comparado aos
grupos controle. No PO, a redução no ganho de massa corporal materna foi observada apenas
no tratamento com a maior dose. Entretanto, outros parâmetros como massas dos fetos, da
placenta e dos ovários foram alterados em todas as doses avaliadas. Durante o período integral
da gestação houve aumento apenas na massa corporal e comprimento dos conceptos no 7º e
21º dias de vida pós-natal, na maior dose. Os parâmetros comportamentais da prole não foram
alterados. Dessa forma conclui-se que o uso da glicerina como solvente não interferiu nos
parâmetros reprodutivos analisados no estudo. Embora alguns parâmetros tenham sido
alterados pelo tratamento com A. ferox, o desenvolvimento normal da prole não foi
influenciado por ele. Mas, o tratamento com a maior dose de A. ferox sugere possível
toxicidade materna devido ao provável efeito abortivo obtido com essa dose, mesmo sem
causar morte de ratas prenhes e malformações fetais. Nesse sentido, estudos posteriores
devem ser conduzidos a fim de assegurar o uso dessa planta durante a gestação humana
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Avaliação toxicológica pré-clínica e atividade laxantede Aloe ferox MillerRibeiro Leite, Vanessa 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Aloe ferox, Asphodelaceae, é uma planta que se desenvolve em terras com chuvas mais ou menos moderadas e secas e solos menos férteis; possui ampla distribuição em toda a África do Sul, tendo maior concentração nas Províncias do Cabo Leste e Oeste. No Brasil, esta planta é encontrada no interior de São Paulo, Santa Catarina e na região nordeste; sendo esta última a que possui melhores condições de cultivo. Aloe ferox é popularmente utilizada como laxante, porém existe uma carência de estudos referentes à eficácia de seu uso como laxante bem como de informações toxicológicas detalhadas sobre a espécie. Neste contexto, o trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da resina de Aloe ferox Miller sobre o trânsito intestinal em ratos e investigar a segurança de seu uso. Para isso foram realizados o teste de motilidade intestinal em camundongos, nas doses de 0.05, 0.1 e 0.2 g/kg, teste de toxicidade aguda em ratos e avaliou-se a influência da administração crônica (13 semanas) por via oral do extrato da resina de Aloe ferox, nas doses de 0.1, 0.5 e 1.5 g/kg, sobre os parâmetros bioquímicos, hematológicos e morfológicos em ratos. Os resultados mostraram que na toxicidade aguda, Aloe ferox não produziu morte dos animais em doses de até 5 g/kg. Para a atividade laxante, observou-se que após 30 minutos da administração Aloe ferox aumentou a motilidade intestinal em camundongos em mais de 90% em todas as doses administradas. No entanto, a administração crônica promoveu alterações em vários parâmetros bioquímicos, hematológicos e morfológicos. No que se diz respeito aos parâmetros hematológicos, Aloe ferox, na dose de 1.5 g/kg induziu uma redução nos valores de eritrócitos, hematócrito e hemoglobina nos primeiros trinta dias de tratamento e aumento dos valores desses parâmetros no último mês de tratamento para ambos os sexos e promoveu o aumento do RDW em fêmeas tratadas com a mesma dose (1.5 g/kg). Com relação aos parâmetros bioquímicos, os animais tratados com Aloe ferox na dose de 1.5 g/kg sofreram uma redução nos níveis de creatinina e aumento de bilirrubina total e indireta em ambos os sexos. Nas fêmeas verificou-se uma redução nos níveis de HDL e triglicerídeos e aumento de bilirrubina direta. Os machos apresentaram aumento de fosfatase alcalina e ALT. A análise morfológica de vísceras, encéfalo e órgãos reprodutivos bem como a massa absoluta e relativa destes órgãos apresentou alterações nos animais que sobreviveram ao tratamento com Aloe ferox na dose de 1.5 g/kg. As principais alterações observadas foram massa absoluta e relativa diminuída do baço em fêmeas e do intestino nos machos. Os resultados encontrados nos levam a concluir que Aloe ferox é eficaz no tratamento da constipação intestinal, porém induz alterações significativas em vários parâmetros bioquímicos, hematológicos e morfológicos em ratos Wistar de ambos os sexos, indicando que a administração desta planta pode exercer efeito tóxico ao ser humano
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