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Diversidade de variedades crioulas de tomate conservadas por camponeses no município de Anchieta, Oeste de Santa CatarinaSilveira, Rosa Patrícia da January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-12-01T03:13:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
336112.pdf: 55562557 bytes, checksum: e33921a1cbd9f51953d8bd7a7db55e6d (MD5)
Previous issue date: 2015 / O Tomate está entre os cultivos tradicionais mantidos por camponeses de Anchieta/SC. Para caracterizar a diversidade e definir estratégias de conservação das variedades locais da cultura, foram realizadas, entre dezembro de 2013 e novembro de 2014, entrevistas semiestruturadas com camponeses mantenedores de sementes crioulas de tomate, versando sobre o conhecimento, manejo, atributos fenotípicos, origem, fluxo de sementes, tempo de cultivo, uso e preferências. A pesquisa partiu de um levantamento realizado por agentes comunitárias de saúde em 247 estabelecimentos, localizando 87 possíveis mantenedores. Foram encontradas, entrevistadas e confirmadas como mantenedoras de variedades crioulas de tomate 64 famílias. O estudo identificou 132 populações de variedades crioulas de tomate, com indicativo de 59 diferentes variedades, considerando os nomes locais atribuídos pelos camponeses. Verificou-se ainda que as variedades são conservadas em pequenas propriedades rurais, 72,27% há mais de 6 anos, sendo 30,25% há mais de 20 anos. A conservação é realizada por mulheres entre 36 e 78 anos de idade (95,31% dos casos). Grande parte delas (70,31%) participa de alguma organização social. Foram agrupadas 11 categorias de Valores de Uso e preferências para as variedades, a maior parte na Categoria Gastronômica. As variedades são utilizadas predominantemente para consumo da família, na forma de extrato, molho, salada, tempero, aperitivo, conserva, in natura e fruto congelado. Há ainda o registro de uso medicinal. Quanto a origem das sementes a maioria é proveniente de herança de família e dos vizinhos. Foram diagnosticados 51 germoplasmas tolerantes a fatores bióticos e abióticos locais com potencial de absorção nutricional diferenciado e que podem ser analisados para o uso na agricultura agroecológica. Evidenciou-se também que a presença e atuação de organizações como o MMC, SINTRAF e EPAGRI no município potencializa o resgate e a conservação de sementes crioulas de hortaliças em geral e entre elas o tomate. Todavia, a análise de outros elementos socioculturais e de manejo dos mantenedores demonstrou que 38,93% das variedades podem ser consideradas raras. Em conjunto, o trabalho permitiu a caracterização da conservação on farm do tomate, que poderá ser referência para elaboração de um programa participativo de conservação comunitária on farm e ex situ da espécie ajustado às demandas das camponesas e aos agroecosssitemas locais e para instituições que já trabalham com o resgate e a produção de sementes de hortaliças crioulas e que apoiam a agricultura de base camponesa.<br> / Abstract : Tomato is one of the traditional crops cultivated by the farmers from Anchieta / SC. In order to characterize the diversity and define conservation strategies of local varieties of the culture, between December 2013 and November 2014, semi-structured interviews were conducted with keepers of native seeds of tomato in Anchieta / SC regarding knowledge, handling, phenotypic attributes, origin, seed flow, cultivation time, usage and preferences of the species. The research was the result from a survey carried out by community health workers in 247 establishments, locating 87 possible cultivators. 64 families were located, interviewed and confirmed as native tomato cultivators. The study identified 132 groups of native tomato, with 59 possible different varieties, considering the local names of the varieties used by the peasants. The varieties are cultivated in small farms, 72.27% for more than 6 years, and 30.25% have been cultivated for more than 20 years. The conservation is carried out by women between 36 and 78 years (95.31% of the cases). Most of them (70.31%) take part in some kind of social organization. 11 categories of value-in-use and preferences for varieties were gathered, most of which in gastronomy. The varieties are used mainly for family consumption as: extract, gravy, salad, seasoning, appetizer, canned, fresh and the frozen fruit. It was also mentioned as having medicinal use. As for the origin of the seeds, mostly are family heirlooms or given by neighbors. 51 tolerant to biotic and abiotic factors germplasms were diagnosed, with different nutritional absorption potential, that could be analyzed for use in agro-ecological agriculture. The presence and actions of organizations such as MMC, SINTRAF and EPAGRI in the municipality enhances the recovery and conservation of native seeds of vegetables, including tomatoes. However, the analysis of other social and cultural elements and management of the keepers showed that 38.93% of the varieties were considered rare. The study allowed the identification of the conservation on farm of the species, which can be a reference to a participatory program of community conservation on farm and ex situ of the tomato, adjusted to the demands of the farmers and local agroecosystems and to institutions already working with the recovery and production of seeds of native vegetables and that support peasant-based agriculture.
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Caracterização de variedades locais de milho procedentes de Anchieta-SC quanto à resistência a Exserohilum turcicumSasse, Sandra January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos e Vegetais. / Made available in DSpace on 2012-10-23T20:56:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
262737.pdf: 1706935 bytes, checksum: 54f9fff0c585dcd97d8a4fb9f1e67209 (MD5) / A queima de turcicum do milho (Zea mays L.), causada por Exserohilum turcicum, é uma das principais doenças desta cultura. Em vista dos danos causados, buscam-se estratégias que minimizem as perdas nos campos de cultivo. Uma das formas mais eficientes de controle dessa doença é a utilização de variedades com resistência genética. Pelo fato das variedades locais apresentarem variabilidade genética, são consideradas fontes potenciais de genes capazes de isentar ou minimizar os impactos dessa doença nas lavouras de milho.
A utilização de variedades locais com maiores níveis de resistência à queima de turcicum permite ao agricultor de pequenas propriedades maior autonomia sobre sua produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de nove variedades locais de milho frente a diferentes isolados de Exserohilum turcicum quanto aos componentes que determinam a resistência quantitativa e qualitativa à queima de turcicum. Os experimentos foram realizados na Fazenda da Ressacada da Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis/SC. Foram testadas nove variedades locais procedentes do município de Anchieta/SC - Mato-Grosso (39), Palha-Roxa (18), Roxo (30), Roxo (29), Composto São Luiz (13), MPA1 (26), Língua de Papagaio (19), Mato Grosso # Palha Roxa (37) e Rajado 8 Carreiras (31) - frente a 3 isolados de Exserohilum turcicum coletados nos municípios de Anchieta, Florianópolis e Xaxim # SC. Foram realizadas avaliações para período de incubação, severidade e incidência, em um experimento conduzido no esquema de parcelas subdivididas, no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, tendo os isolados como parcelas e as variedades como subparcelas. O período de incubação correspondeu ao número de dias transcorridos entre a inoculação e o surgimento dos sintomas. A severidade foi medida em quatro etapas fenológicas distintas (15, 25, 35 e 45 dias após a inoculação), considerando a percentagem de área do tecido lesionado em folhas individuais e na planta inteira, a partir de uma amostra de 5 plantas de cada subparcela. Com base nos dados de severidade obtidos nas quatro avaliações, foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) para as avaliações feitas em folhas e em plantas inteiras. A incidência de doença foi
quantificada aos 15 e 25 dias após a inoculação. Os resultados apresentaram diferenças significativas entre variedades, em todas as variáveis analisadas. O menor período de incubação foi verificado na variedade Rajado 8 Carreiras (31) (média de 10,6 dias), enquanto que a variedades Palha-Roxa (18) apresentou o maior período de incubação (média de 12,86 dias), sendo que as variedades Mato-Grosso (39), Roxo (30), Roxo (29), Composto São Luiz (13), MPA1 (26), Língua de Papagaio (19) e Mato Grosso # Palha Roxa (37) apresentaram valores intermediários a estes e não diferiram entre si estatisticamente. As avaliações de severidade para a folha individual e para a planta inteira foram bastante semelhantes. A menor AACPD calculada com base na severidade medida em folha e planta inteira foi observada na variedade MPA1 (26), enquanto que a variedade Roxo (29) apresentou a maior severidade. As variedades Mato-Grosso (39), Palha-Roxa (18), Roxo (30), Composto São Luiz (13), Língua de Papagaio (19), Mato Grosso # Palha Roxa (37) e Rajado 8 Carreiras (31) apresentaram valores intermediários de severidade, não diferindo entre si estatisticamente. Estes resultados são semelhantes aos observados para a incidência. Os menores valores de incidência, nas avaliações realizadas aos 15 e 25 dias após a inoculação, foram observados nas variedades Mato-Grosso (39) (23,61%) e MPA1 (26) (71,53%), respectivamente. A variedade Roxo (29) apresentou a maior incidência aos 15 e 25 dias, com 48,61% e 90,97% de plantas doentes, respectivamente. De maneira geral, a variedade MPA1 (26) apresentou maior resistência à queima de turcicum, enquanto que a variedade Roxo (29) apresentou maior suscetibilidade. O conhecimento da diversidade, complexidade e evolução da população de Exserohilum turcicum, através do monitoramento das raças predominantes nas regiões produtoras de Santa Catarina é indispensável para a recomendação de cultivares que possam reduzir os prejuízos causados por Exserohilum turcicum.
The Northern leaf blight of the corn (Zea mays L.), caused by Exserohilum turcicum, is one of the main diseases of this crop. In view of the damage, is seeking strategies to minimize losses in fields of crops. One of the most efficient ways of controlling this disease is the use of varieties with genetic resistance. Because of the local varieties have genetic variability, are considered potential sources of genes able to exempt or minimize the impact of the disease in crops of maize. The use of local varieties with higher levels of resistance to Northern leaf blight allows burning of the properties of small farmers more autonomy over their production. The objective was to evaluate the reaction of nine local varieties of maize to different isolates front to exserohilum turcicum on the components that determine the qualitative and quantitative resistance to Northern leaf blight. The experiments were taken at the Fazenda da Ressacada at Universidade Federal de Santa Catarina in Florianópolis. Nine local varieties from Anchieta # Santa Catarina, were tested: Mato-Grosso (39), Palha-Roxa (18), Roxo (30), Roxo (29), Composto São Luiz (13), MPA1 (26), Língua de Papagaio (19), Mato Grosso # Palha Roxa (37) and Rajado 8 Carreiras (31) - confronting three isolates of Exserohilum turcicum from Anchieta, Florianópolis and Xaxim, in the state of Santa Catarina. There were performed assessments for the incubation period, severity and incidence in an experiment with four repetitions conducted in split plot in a randomized block design having the varieties as subplots and the different isolates as plots. The incubation period corresponded to the number of days passed between the inoculation and the appearance of symptoms. The Severity was measured in four distinct fenologic stages (15, 25, 35 e 45 days after inoculation), considering the percentage of the area of injured tissue in individual leaves and whole plant, from a sample of five plants of each subplot. The area under the disease progress curve (AUDPC) was calculated based on data obtained in four of severity ratings for the assessments made in leaves and whole plants. The incidence of the disease was quantified 15 and 25 days after the inoculation. The results showed significant differences between varieties in all variables. The shorter period of incubation was observed in variety Rajado 8 Carreiras (31) (average of 10,6 days), while the varieties Palha Roxa (18) showed the longest period of incubation (average of 12,86 days), and the varieties, Mato Grosso (39), Roxo (30), Roxo (29), Composto São Luiz (13), MPA1 (26), Língua de Papagaio (19) and Mato Grosso - Palha-Roxa (37) had intermediate values for these and did not differ tatistically. The ratings of severity for individual leaves and the whole plant were very similar. The lowest AUDPC based on the severity measured in leaf and whole plant was observed in variety MPA1 (26), while the variety Roxo (29) showed the highest severity. The varieties, Mato Grosso (39), Palha-Roxa (18), Roxo (30), Composto São Luiz (13), Língua de Papagaio (19), Mato Grosso # Palha Roxa (37) and Rajado 8 Carreiras (31) had intermediate values of severity, not differing statistically. These results are similar to those observed for incidence.The lowest values of incidence in the evaluations performed at 15 and 25 days after inoculation were found in the varieties Mato-Grosso (39) (23,61%) and MPA1 (26) (71,53%), respectively. The variety Roxo (29) had the highest incidence at 15 and 25 days, with 48,61% and 90,97% of diseased plants, respectively. In a generalized manner, the variety MPA1 (26) showed higher resistance to Northern leaf blight, while the variety Roxo (29) showed greater susceptibility. The knowledge of the diversity, complexity and evolution of the population of Exserohilum turcicum, by monitoring the predominant races in the producing regions of Santa Catarina is essential to the recommendation of cultivars
that can reduce the damage caused by Exserohilum turcicum.
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Florestas nativas na agricultura familiar de Anchieta, Oeste de Santa CatarinaZuchiwschi, Elaine January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais / Made available in DSpace on 2012-10-24T06:08:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
251130.pdf: 4316830 bytes, checksum: c14a11b24697aee5fa0841be5382b5de (MD5) / A região Oeste do estado de Santa Catarina teve sua ocupação intensificada a partir do início do século XX, com a chegada de migrantes descendentes de europeus (principalmente italianos e alemães) vindos do Rio Grande do Sul que, devido ao isolamento da região, inicialmente dependeram da mata nativa da qual retiravam madeira para construção e venda e erva-mate para venda. A partir da década de 1970 a agricultura familiar da região permitiu uma evolução econômica intensamente acelerada através do setor agroindustrial, que implicou intensa degração dos recursos naturais, notadamente o desmatamento das florestas nativas. Portanto, a conservação e restauração de florestas nativas, principalmente pelo estabelecimento de Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal é um desafio atual para estes agricultores familiares. No município de Anchieta, localizado no extremo Oeste de Santa Catarina, as restrições ao uso de recursos florestais nativos e o limitado tamanho dos estabelecimentos agropecuários são os principais desafios para a adequação às leis ambientais. Neste trabalho, procurou-se analisar as relações existentes entre os agricultores familiares do município de Anchieta com os recursos florestais nativos, assim como a inserção dos fragmentos florestais nativos em seus sistemas de produção, através de entrevistas e métodos de Etnobotânica e estudos de caso baseados na teoria de sistemas agrários. Encontrou-se que os recursos florestais nativos fazem parte das estratégias de subsistência dos agricultores ligadas ao autoconsumo de lenha para cozinhar e aquecer a casa no inverno, madeira para construções e reformas das residências e estruturas dos estabelecimentos agropecuários, além da confecção de artefatos utilizados na produção agrícola, dentre outros usos. Esses agricultores possuem um rico conhecimento a respeito da flora local abrangendo 132 espécies florestais nativas e para muitas dessas existe um alto consenso a respeito de seus usos. No entanto, o uso dessas espécies tem diminuído nos últimos anos principalmente devido às restrições impostas pelas leis ambientais. A produção de leite está crescendo em importância dentro dos sistemas de produção desses agricultores, o que implica um aumento do uso da terra para pastagem e cultivo de milho para silagem. Uma das principais motivações dos agricultores familiares de Anchieta para a conservação de fragmentos florestais é a reserva de materiais (lenha, madeira, etc.). Assim, a flexibilização e orientação adequada para esse tipo de uso dos fragmentos florestais pode ser um incentivo das leis ambientais para a conservação e restauração de florestas nativas dentro de estabelecimentos agropecuários familiares.
The occupation of the Western region of Santa Catarina State was intensified by the beginnings of the 20th century, following the arrival of migrants (descendants of Europeans, mainly Italians and Germans) from the Rio Grande do Sul State. Due to the isolation of the region, they depended initially upon the exploitation of native timber as building material and for cash, as well as the marketing of 'erva-mate'. From the decade of 1970, the family farming model leveraged an intensive economic development of the agroindustrial sector, with a correspondent degradation of natural resources, especially the deforestation of native forests. Therefore, native forests conservation and restoration, mainly by the re-establishment of the Permanent Preservation Areas and Legal Reserve (two categories of ecosystem conservation in private land in Brazil) is a current challenge for these farmers. In the municipality of Anchieta, west of Santa Catarina, restrictions on the use of native forest resources along with the small size of the farmlands are the main challenges for the farmers to comply with environmental laws. This study aimed at examining the relationships between the family farmers of Anchieta with the native forest resources, as well as the insertion of native forest fragments in their production systems. We used interviews and other Ethnobotany methods, as well as case studies based on the agrarian systems theory. Our results showed that native forest resources are important part of the strategies for subsistence, especially the use of firewood for cooking and heating the house, timber for construction and renovation of houses and other farm structures, as well as material for building farming artifacts, among other uses. These farmers have a rich knowledge about the used local flora which comprises 132 native forest species. For many of these species there is a high consensus about uses. However, the use of these species has declined in recent years, mainly due to restrictions imposed by environmental laws. Dairy production is growing in importance in the local production systems, which implies an increase in the land use for grazing and the cultivation of corn to produce silage. One of the main motivations of Anchieta family farmers to conserve forest fragments is to store important resources (firewood, wood, etc.). Therefore, flexible environmental laws oriented toward this purpose may become an incentive for conserving and restoring the remnant native forests within their farms.
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