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Avaliação do perfil de resistência genotípica do HIV-1 aos antirretrovirais em crianças e adolescentes em falha terapêutica em goiás, no período de 2003 a 2015 / Evaluation of the genotypic resistance profile of HIV-1 to antiretroviral drugs in children and adolescents in therapeutic failure in Goiás in the period 2003 to 2015

Albuquerque, Maly de 20 December 2016 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-01-11T10:12:07Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Maly de Albuquerque - 2016.pdf: 6439993 bytes, checksum: ac49fa77e013cea8bc3ea3be9901914b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-01-11T10:14:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Maly de Albuquerque - 2016.pdf: 6439993 bytes, checksum: ac49fa77e013cea8bc3ea3be9901914b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-11T10:14:41Z (GMT). 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For the interpretation of resistance the ARV algorithm was used (RENAGENO’s algorithm version 13th, 2015) and the Stanford’s algorithm (Stanford HIV drug resistance database, 2015). The study protocol’s was approved by the ethics committee of the HC / UFG and HDT / SES. Statistical analysis was performed with the software Microsoft Excel version 2010 and Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) 20.0 for Windows. Descriptive and inferential analyzes (t-Student and U-Mann-Whitney tests) were performed, considering the level of significance at 5%. Results: The sample consisted of 65 children and adolescents, with median age at diagnosis of 29.2 months (range from 2 months to 120 months); the majority was female (36/65). A total of 64 (98.5%) patients acquired HIV vertical transmission. Approximately 55% of the patients presented with severe immunosuppression at diagnosis of HIV, and 33% belonged to class B or C, according to the CDC-1994 clinical and immunological classification. The median baseline CD4 lymphocyte count was 921 cells/mm3. HIV viral load, before starting HAART, showed a median of 678,998 copies (log 5.83). At the time of first genotyping, CD4 ranged from 1 to 2940 cells/mm3, with a median of 608 cells/mm3, with a median of 40,548 copies/mL (log 4,60). Most mutations were found in the NRTI class (98.5%), followed by NNRTI (75.4%) and PI (44.6%). The most frequent mutations in the NRTI class were T215 codons (83.1%), with prevalence of T215YF (69.2%), M184V (69.3%), and M41L (52.3%). The most observed mutations in the NNRTI class were K103N / S (40.0%), 190A / S (30.8%), 101E / P / Q (23.1%). Mutations associated with resistance in protease occurred mainly in codons 54, 82 and 46, with rates of 35.4%; 32.3%; 27.7%; respectively. Resistance to more than one class occurred in 41.5%, 12.3% and 35.4% with the combination of NRTIs and NRTIs, ITRN + IP / r, and with the three NRTI + NRTI + IP classes respectively. After rescue therapy, approximately 90% of the patients analyzed had viral suppression, with HIV viral RNA levels below the detection limits (<50 or 40 copies) after 24 weeks of change in the combined antiretroviral regimen (P <0.001). Immunological response resulted in benefit, with significant elevation in CD4 + T cell count (P <0.001). Conclusions: Our study provided relevant information on the results of the genotypic resistance test after failure of long-term ARV therapy in children and adolescents infected with HIV. There were high mutation rates in all antiretroviral classes tested. Rescue therapy guided by the genotypic test provided high rates of viral suppression. Thus, the genotype test emphasizes the possibility of adequately composing an ARV regimen, with a high genetic barrier, using the new drugs and new classes of ARV drugs, with the objective of avoiding the therapeutic failure after rescue and preventing the accumulation of other mutations related to drug resistance. / Objetivo: Analisar, por meio do teste genotípico, o perfil de mutações aos antirretrovirais em crianças e adolescentes infectados pelo HIV-1 com falha terapêutica. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de uma coorte retrospectiva de crianças e adolescentes infectados pelo HIV, diagnosticadas entre 1992 e 2013. Foi analisado o padrão de mutações de resistência aos antirretrovirais (ARV) em 65 crianças e adolescentes, em falha terapêutica e acompanhados no ambulatório de infectologia pediátrica do HDT desde o diagnóstico. Foram avaliados 92 testes de resistência genotípica realizados no período de 2003 a 2015. Os testes genotípicos foram coletados no Laboratório Central (LACEN) e executados pelo laboratório da RENAGENO, através do Programa Nacional DST e Aids do Ministério da Saúde. Para a interpretação de resistência aos ARV foram utilizados o algoritmo Brasileiro (RENAGENO - Algoritmo versão 13, 2015) e o algoritmo The Stanford University HIV Drug Resistance Database (Stanford HIV drug resistance database, 2015). O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética do HC/UFG e do HDT/SES. A análise estatística foi realizada com os softwares Microsoft Excel versão 2010 e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) 20.0 para Windows. Análises descritivas e inferenciais (testes t-Student e U-Mann-Whitney) foram realizadas, considerando o nível de significância em 5%. Resultados: A amostra foi constituída por 65 crianças e adolescentes, com mediana de idade ao diagnóstico de 29,2 meses (variação de 2 meses a 120 meses); a maioria era do sexo feminino (36/65). Um total de 64 (98,5%) pacientes adquiriu a infecção por transmissão vertical. Aproximadamente 55% dos pacientes apresentavam imunossupressão grave ao diagnóstico de HIV, e 33% pertenciam a classe B ou C, conforme a classificação clínica e imunológica do CDC-1994. A mediana de contagem basal de linfócitos CD4 foi 921 células/mm3. A carga viral do HIV, antes do início da TARV, demonstrou mediana de 678.998 cópias/mL (log 5,83). No momento da coleta do teste de genotipagem, o valor do CD4 variou de 1 a 2940 células/mm3, com mediana de 608 células/mm3, sendo que a carga viral teve mediana de 40.548 cópias/mL (log 4,60). Foram encontradas mais frequentemente mutações na classe de ITRN (98,46%), seguida pela ITRNN (75,4%) e IP (44,6%). As mutações mais frequentes na classe de ITRN foram nos códons T215 (83,1%), com prevalência da T215YF (69,2%), M184V (69,3%), M41L (52,3%). As mutações mais observadas na classe dos ITRNN foram K103N/S (40,0%), 190A/S (30,8%), 101E/P/Q (23,1%). As mutações associadas à resistência na protease ocorreram principalmente nos códons 54, 82 e 46, apresentando taxas de 35,4%, 32,3% e 27,7%, respectivamente. A resistência a mais de uma classe ocorreu em 41,5%, 12,3% e 35,4% com a associação de ITRN + ITRNN, ITRN + IP/r e nas três classes ITRN + ITRNN + IP, respectivamente. Após a terapia de resgate, observou-se que aproximadamente 90% dos pacientes analisados atingiram supressão viral, com níveis de RNA viral do HIV abaixo do limites de detecção (<50 ou 40 cópias) após 24 semanas da mudança do esquema antirretroviral combinado (cARV) (P<0,001). A resposta imunológica resultou em benefício, com elevação na contagem de células T CD4+ (P<0,001). Conclusões: Este estudo forneceu informações relevantes nos resultados do teste genotípico de resistência após falha de terapia ARV a longo prazo em crianças e adolescentes infectados perinatalmente pelo HIV. Houve elevada taxa de mutação em todas as classes de antirretrovirais analizadas. A terapia de resgate guiada pelo teste genotípico proporcionou elevadas taxas de supressão viral. Dessa forma, a realização do teste genotípico reforça a possibilidade de compor adequadamente um regime ARV, com alta barreira genética, utilizando as novas drogas e novas classes de drogas ARV, para evitar a falha terapêutica após o resgate e prevenir acúmulo de outras mutações de resistência às drogas.

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