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Produção de Soro Hiperimune para Potamotrygon motoro Müller & Henle, 1841 (Chondrichthyes – Potamotrygoninae): verificação da reação-cruzada frente às peçonhas de outras espécies de arraias e da neutralização das atividades edematogênica e miotóxicaLameiras, Juliana Luiza Varjão, 92-98242-3066 27 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Stingray, belonging to the Potamotrygoninae subfamily are cartilaginous fish which are found
in the watersheds of South America. These animals are provided with stingers at the base of
the tail, suitable for their defense. The sting is covered by a tegument sheath containing
mucous glands and venom. The victims often suffer poisonings by stingrays when they step
on the animal's dorsum, hidden under the sand, on the edge of the beach. Consequently, the
stingray moves tail abruptly and inserts the stinger on the victim, causing an extremely
painful laceration, which usually leads to tissue necrosis. Accidents usually occur in distant
and isolated places, usually without adequate medical care, so they are almost always not
notified. There is no defined and effective therapy for these poisoning and health
professionals not received adequate training to control this type of accident. The treatment is
based on the use of analgesics, anti-inflammatories and antibiotics, as there is no specific
antidote. Although medical procedures are able to control the clinical status of patients, the
neutralization of toxins would be the ideal conduit to prevent the induction of signs and
symptoms of poisoning by freshwater stingrays. In order to obtain an immunobiological able
to neutralize the main effects induced by the poison, the present study aimed to analyze the
neutralization, by hyperimmune sera, of the edematogenic and myotoxic activities induced by
the poison of Potamotrygon motoro. Serums were obtained in Balb/c mice by means of
intradermal immunization using either the dorsal extract or stinger extract of P. motoro
adsorbed on aluminum hydroxide adjuvant. By Dot-ELISA and Western Blot analysis, it was
possible to verify that the dorsal extract was as immunogenic as the stinger extract, inducing
high titers of antibodies, which reacted with homologous (of the same species) and
heterologous antigens (dorsum and stinger extracts from the species Paratrygon aiereba,
Plesiotrygon iwamae, Potamotrygon orbignyi and Potamotrygon schroederi, all of
freshwater), indicating that both types of extracts could be used in the production of
antivenom to treat victims of poisoning by freshwater stingrays. From there, the power of the
hyperimmune sera was verified in neutralizing, in vivo, the edematogenic and myotoxic
activities induced by the stinger extract of P. motoro through two protocols: serum
neutralization and vaccination. The first consisted of injecting the venom into the
gastrocnemius muscle of Balb/c mice, and then administering either the antidorsal serum or
the antistinger serum via ophthalmic venous plexus. The second one consisted in immunizing
the mice with the dorsal or stinger extract adsorbed on aluminum hydroxide and challenging
them with the venom of the stinger intramuscularly. The gastrocnemius were removed for
histopathological and stereological analysis and blood was collected via the ophthalmic
venous plexus for cytokine, CRP and CK dosing. Antidorsal and antistinger sera did not
neutralize the edematogenic activity, but the serum neutralization and vaccination protocols
partially neutralized the tissue damage induced by the stinger venom. Systemic
rhabdomyolysis was only neutralized 100% in the animals vaccinated with the stinger extract.
Cytokine analysis indicated that the serum neutralization protocol induced the release of
cytokines from the Th1, Th2, Th17 and Treg profiles, while the vaccination protocol induced
a Th1 response. The results indicate that the dorsal extract can be used as an alternative to the
stinger extract (or together) in the production of immunobiologicals in treatments for
freshwater poisoning. / Arraias pertencentes à subfamília Potamotrygoninae são peixes cartilaginosos que ocorrem
nas bacias hidrográficas da América do Sul. Esses animais são providos de ferrões na base da
cauda, próprios para a sua defesa. O ferrão é coberto por uma bainha tegumentar contendo
glândulas mucosas e de veneno. As vítimas costumam sofrer envenenamentos por arraias
geralmente quando pisam no dorso do animal, escondido sob a areia, na beira da praia. Por
consequência, a arraia movimenta a cauda abruptamente e introduz o ferrão no indivíduo,
causando uma laceração extremamente dolorida, que geralmente leva à necrose do tecido. Os
acidentes costumam ocorrer em lugares distantes, isolados, geralmente sem atendimento
médico adequado e, portanto, quase sempre não são notificados. Não há uma terapia definida
e eficaz para os envenenamentos por arraias e os profissionais de saúde geralmente não
recebem treinamento adequado para cuidar deste tipo de acidente. O tratamento é baseado no
uso de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, pois ainda não existe antídoto específico.
Embora os procedimentos médicos sejam capazes de controlar o quadro clínico dos pacientes,
a neutralização das toxinas seria a conduta ideal para impedir a indução dos sinais e sintomas
apresentados nos envenenamentos por arraias de água doce. No intuito de obter um
imunobiológico capaz de neutralizar as principais atividades apresentadas pelas vítimas, o
presente estudo teve por objetivo analisar a neutralização, por soros hiperimunes, das
atividades edematogênica e miotóxica induzidas pela peçonha da arraia Potamotrygon
motoro. Os soros foram obtidos em camundongos Balb/c por meio de imunização
intradérmica usando-se ou o extrato do dorso ou do ferrão de P. motoro adsorvidos em
adjuvante hidróxido de alumínio. Por análise de Dot-ELISA e Western Blot, foi possível
verificar que o extrato do dorso foi tão imunogênico quanto o extrato do ferrão, induzindo a
altos títulos de anticorpos, que reagiram com antígenos homólogos (da mesma espécie) e
heterólogos (extrato do dorso ou do ferrão das espécies Paratrygon aiereba, Plesiotrygon
iwamae, Potamotrygon orbignyi e Potamotrygon schroederi, todas de água doce), indicando
que ambos os tipos de extrato poderiam ser usados na produção de antiveneno para tratar
vítimas de envenenamento por arraias de água doce. A partir daí, foi verificado o poder dos
soros hiperimunes em neutralizar, in vivo, as atividades edematogênica e miotóxica induzidas
pelo extrato do ferrão de P. motoro por meio de dois protocolos: soroneutralização e
vacinação. O primeiro consistiu em injetar a peçonha no músculo gastrocnêmio de
camundongos Balb/c, e, em seguida, ministrar ou o soro antidorso ou o soro antiferrão via
plexo venoso oftálmico. Já, o segundo consistiu em imunizar os camundongos com o extrato
do dorso ou do ferrão adsorvidos em hidróxido de alumínio e desafiá-los com a peçonha do
ferrão via intramuscular. Os gastrocnêmios foram removidos para análise histopatológica e
esterológica e o sangue, coletado via plexo venoso oftálmico para dosagem de citocinas, PCR
e CK. Os soros antidorso e antiferrão não neutralizaram a atividade edematogênica, mas os
protocolos de soroneutralização e vacinação neutralizaram parcialmente o dano tecidual
induzido pela peçonha do ferrão. A rabdomiólise sistêmica só foi neutralizada 100% nos
animais vacinados com o extrato do ferrão. A análise das citocinas indicou que o protocolo de
soroneutralização induziu a liberação de citocinas dos perfis Th1, Th2, Th17 e Treg, enquanto
o protocolo de vacinação induziu à uma resposta Th1. Os resultados indicam que o extrato do
dorso pode ser usado como alternativa ao extrato do ferrão (ou em conjunto) na produção de
imunobiológicos nos tratamentos por envenenamentos de arraias de água doce.
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Busca de Inibidores Naturais Contra o Veneno de Apis Mellifera / A Search for Natural Inhibithiros Against Apis mellifera VenomJorge, Daniel Macedo de Melo 31 October 2008 (has links)
Os insetos são os mais numerosos animais encontrados no mundo, com mais de 675 mil espécies conhecidas. Pertencentes à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea, as abelhas são encontradas distribuídas em aproximadamente 20 mil espécies. No Brasil estima-se que existam 1.700 espécies. Uma das principais espécies é a Apis mellifera, com ocorrência cosmopolita. A Apis mellifera, popularmente conhecida como abelha africanizada, é agressiva, enxameia várias vezes ao ano e utiliza uma grande variedade de locais para nidificar. Esse comportamento aumenta o contato direto entre o inseto e a população, aumentando o número de acidentes. Os acidentes com abelhas representam um problema de saúde pública em diversos países do mundo pela freqüência com que ocorrem e pela mortalidade que ocasionam. O presente estudo propõe a busca por inibidores naturais contra o veneno de abelhas. Um sistema e uma base de dados foram desenvolvidos para a integração entre dados de plantas medicinais antivenenos e os venenos de abelhas. As atividades anti-hemorrágica, anti-proteolítica, anti-miotóxica, antifosfolipase e anti-edema de plantas medicinais antiveneno foram analisadas por meio de ensaios farmacológicos. As possíveis interações entre as toxinas Melitina e Fosfolipase A2 com inibidores foram avaliadas, através do docking virtual. O banco de dados, denominado Bee Venom, foi implementado e os dados de bancos de dados públicos foram inseridos no sistema. O sistema foi liberado para acesso público no endereço eletrônico http://gbi.fmrp.usp.br/beevenom/. Durante a análise da proteína Melitina foram encontradas as regiões da proteína em que os possíveis inibidores devem interagir e identificadas as propriedades químicas que os inibidores devem possuir para interagir corretamente com a Melitina. Nas análises in silico foi possível identificar 10 possíveis inibidores que interagiram corretamente com o sítio ativo da Fosfolipase A2. Algumas espécies do Banco de Germoplasma da FMRP/USP foram obtidas e utilizadas nos experimentos de atividade fosfolipásica indireta e de Edema, sendo possível observar inibição do veneno total e da proteína Fosfolipase A2. Os compostos sintéticos e inibidores avaliados não causaram inibição em todos os experimentos avaliados. Já as plantas obtidas no laboratório de Toxinas Animais e Inibidores Naturais e Sintéticos causaram inibição do veneno total e da proteína Fosfolipase A2. / Insects are the most numerous animals worldwide, with more than 675 thousand known species. Belonging to Hymenoptera order, Apoidea, superfamily, bees are found distributed in approximately 20 thousand species. In Brazil there are about 1,700 species. One of the major species is Apis mellifera, with cosmopolitan occurrence. Apis mellifera, popularly known as Africanized bee, is aggressive, swarm several times per year and uses a great variety of locals to nidificate. This behavior raises the contact between the insect and the population, increasing the accidents numbers. Bee accidents represent a public health problem in many countries because of their frequency and mortality. The present study proposes to search for natural inhibitors of bee venom. A system and a data base have been developed to integrate anti-venom medicinal plants data and bee venoms. Plants activities against venom have been evaluated by farmacological assays, such as anti-hemorraghic, anti-proteolitic, anti-myotoxicity, anti-Phospholipase and anti-edema. The possible interactions between Melittin and Phospholipase A2 toxins with inhibitors have been evaluated by virtual docking. The data base, denominated Bee Venom, was implemented and the data from public data bases have been inserted in the system. The system was released to public access in the following address http://gbi.fmrp.usp.br/beevenom/. In Melittin analysis the protein regions which the inhibitors may act have been found and also the chemical properties that the inhibitors must have to interact with Melitina have been identified. During in silico analysis it was possible to identify 10 possible inhibitors that interacted well with Phospholipase A2 active site. Some plants species from FMRP/USP Germoplam Bank have been obtained and used in the indirect Phospholipase activity and edema, being possible to observe inhibitions of total venom and Phospholipase A2 protein. The synthetic compounds and inhibitors evaluated did not cause inhibition in any experiments. However, the plants obtained on Animals Toxins and Natural and synthetic Inhibitors laboratory have caused inhibition of total venom and Phospholipase A2 protein.
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Busca de Inibidores Naturais Contra o Veneno de Apis Mellifera / A Search for Natural Inhibithiros Against Apis mellifera VenomDaniel Macedo de Melo Jorge 31 October 2008 (has links)
Os insetos são os mais numerosos animais encontrados no mundo, com mais de 675 mil espécies conhecidas. Pertencentes à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea, as abelhas são encontradas distribuídas em aproximadamente 20 mil espécies. No Brasil estima-se que existam 1.700 espécies. Uma das principais espécies é a Apis mellifera, com ocorrência cosmopolita. A Apis mellifera, popularmente conhecida como abelha africanizada, é agressiva, enxameia várias vezes ao ano e utiliza uma grande variedade de locais para nidificar. Esse comportamento aumenta o contato direto entre o inseto e a população, aumentando o número de acidentes. Os acidentes com abelhas representam um problema de saúde pública em diversos países do mundo pela freqüência com que ocorrem e pela mortalidade que ocasionam. O presente estudo propõe a busca por inibidores naturais contra o veneno de abelhas. Um sistema e uma base de dados foram desenvolvidos para a integração entre dados de plantas medicinais antivenenos e os venenos de abelhas. As atividades anti-hemorrágica, anti-proteolítica, anti-miotóxica, antifosfolipase e anti-edema de plantas medicinais antiveneno foram analisadas por meio de ensaios farmacológicos. As possíveis interações entre as toxinas Melitina e Fosfolipase A2 com inibidores foram avaliadas, através do docking virtual. O banco de dados, denominado Bee Venom, foi implementado e os dados de bancos de dados públicos foram inseridos no sistema. O sistema foi liberado para acesso público no endereço eletrônico http://gbi.fmrp.usp.br/beevenom/. Durante a análise da proteína Melitina foram encontradas as regiões da proteína em que os possíveis inibidores devem interagir e identificadas as propriedades químicas que os inibidores devem possuir para interagir corretamente com a Melitina. Nas análises in silico foi possível identificar 10 possíveis inibidores que interagiram corretamente com o sítio ativo da Fosfolipase A2. Algumas espécies do Banco de Germoplasma da FMRP/USP foram obtidas e utilizadas nos experimentos de atividade fosfolipásica indireta e de Edema, sendo possível observar inibição do veneno total e da proteína Fosfolipase A2. Os compostos sintéticos e inibidores avaliados não causaram inibição em todos os experimentos avaliados. Já as plantas obtidas no laboratório de Toxinas Animais e Inibidores Naturais e Sintéticos causaram inibição do veneno total e da proteína Fosfolipase A2. / Insects are the most numerous animals worldwide, with more than 675 thousand known species. Belonging to Hymenoptera order, Apoidea, superfamily, bees are found distributed in approximately 20 thousand species. In Brazil there are about 1,700 species. One of the major species is Apis mellifera, with cosmopolitan occurrence. Apis mellifera, popularly known as Africanized bee, is aggressive, swarm several times per year and uses a great variety of locals to nidificate. This behavior raises the contact between the insect and the population, increasing the accidents numbers. Bee accidents represent a public health problem in many countries because of their frequency and mortality. The present study proposes to search for natural inhibitors of bee venom. A system and a data base have been developed to integrate anti-venom medicinal plants data and bee venoms. Plants activities against venom have been evaluated by farmacological assays, such as anti-hemorraghic, anti-proteolitic, anti-myotoxicity, anti-Phospholipase and anti-edema. The possible interactions between Melittin and Phospholipase A2 toxins with inhibitors have been evaluated by virtual docking. The data base, denominated Bee Venom, was implemented and the data from public data bases have been inserted in the system. The system was released to public access in the following address http://gbi.fmrp.usp.br/beevenom/. In Melittin analysis the protein regions which the inhibitors may act have been found and also the chemical properties that the inhibitors must have to interact with Melitina have been identified. During in silico analysis it was possible to identify 10 possible inhibitors that interacted well with Phospholipase A2 active site. Some plants species from FMRP/USP Germoplam Bank have been obtained and used in the indirect Phospholipase activity and edema, being possible to observe inhibitions of total venom and Phospholipase A2 protein. The synthetic compounds and inhibitors evaluated did not cause inhibition in any experiments. However, the plants obtained on Animals Toxins and Natural and synthetic Inhibitors laboratory have caused inhibition of total venom and Phospholipase A2 protein.
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Efeitos de Diferentes Antivenenos sobre a Função Hepática em Ratos Wistar / Effects of Different Antivenom about Liver Function in Wistar RatsSantos, Hernani Cesar Barbosa 24 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-24 / Introduction: Snakebites in some countries are among the 10 leading causes of death and heterologous antivenom is the only effective treatment for over 100 years. However, problems in its production and control until now have not been fully resolved and early and late adverse reactions are common serotherapy. In most case reports, clinical and laboratory findings are related to the subject that had been chopped and received antivenom, so there is the question whether the changes are related only to the action of the venom and also the action of the serum. Studies report evidence that excessive amounts of antivenom are in use, resulting in a high incidence of reactions. Therefore, this study aimed to evaluate the effect of different antivenoms on liver function in Wistar rats. One hundred and fifty animals were distributed in five groups as follows: group 1 (G1) - received anticrotalic serum for human use; group 2 (G2) - antivenom for human use; group 3 (G3) - serum antibothropic-crotalic for human use; group 4 (G4) - serum antibothropic-crotalic for veterinary use; group 5 (G5 control) - received saline. Serum dosage of alanine aminotransferase, aspartate aminotransferase, gammaglutamyltransferase, alkaline phosphatase and liver histopathology with 2, 8 and 24 hours was performed. The statistical analyzes were performed using analysis of variance with contrasts using the Tukey method, ANOVA and Kruskal-Wallis. The level of significance was 5%. Results: In the groups treated with antivenom, we observed increased alanine aminotransferase and alkaline phosphatase, no change in aspartate aminotransferase and gammaglutamyltransferase, and congestion, decreased glycogen, vacuolar degeneration, Kupffer cell hyperplasia and centrilobular necrosis in the histopathological analysis. Conclusions: The antivenom used in this assay when administered intraperitoneally, caused hepatic changes in Wistar rats, suggesting new studies related to adequacy in conduct as the dose of serum to be used in snakebite, need to produce higher quality sera and greater safety for patients. / Os acidentes ofídicos em alguns países estão entre as 10 principais causas de morte em seres humanos e a soroterapia heteróloga é o único tratamento eficaz há mais de 100 anos. No entanto, problemas na sua produção e controle até hoje não foram totalmente resolvidos e reações adversas precoces e tardias à soroterapia são comuns. Na maioria dos relatos de caso, os achados clínicos e laboratoriais estão relacionados ao sujeito que já havia sido picado e recebido a soroterapia, assim fica a dúvida se as alterações só estão relacionadas à ação do veneno ou também a ação do soro. Estudos relatam evidências que quantidades excessivas de antiveneno estão sendo utilizadas, resultando em uma elevada incidência de reações. Desta forma, este estudo teve como objetivo avaliar a ação de diferentes antivenenos sobre a função hepática em ratos Wistar. Cento e cinqüenta animais foram distribuídos em cinco grupos como se segue: grupo 1 que receberam soro anticrotálico para uso humano; grupo 2 que receberam soro antibotrópico para uso humano; grupo 3 que receberam soro antibotrópico-crotálico para uso humano; grupo 4 que receberam soro antibotrópico-crotálico para uso veterinário; grupo 5 que receberam solução fisiológica. Foi realizado dosagem sérica de alaninoaminotransferase, aspartato aminotransferase, gama glutamiltransferase , fosfatase alcalina e histopatologia do fígado com 2, 8 e 24 horas. Os testes estatisticos utilizados foram de análise de variância com contrastes pelo método de Tukey, Anova e Kruskal-Wallis. O nível de significância adotado foi de 5%. Nos grupos tratados com antiveneno, observou-se aumentou de alanino aminotransferase e da fosfatase alcalina, ausência de alteração de aspartato aminotransferase e gama glutamiltransferase , além de congestão, diminuição de glicogênio, degeneração vacuolar, hiperplasia das células de Kupffer e necrose centrolobular na análise hitopatológica. Os antivenenos utilizados neste ensaio, quando administrados por via intraperitoneal, na dose de 2 mL, causaram alterações hepáticas em ratos Wistar, sugerindo assim novos estudos relacionados a adequação da conduta quanto a dose de soro a ser usada no acidente ofídico, necessidade de produção de soros de maior qualidade e de maior segurança aos pacientes.
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Veneno de Bothrops jararaca modificado com mPEG (monometoxipolietileno glicol) para elaboração de um adjuvante complexado à partícula antigênica / Modify Bothrops jararaca venom with mPEG (monometoxi polietilenglicol) for adjuvante complexed to antigenic particleStephano, Marco Antonio 28 November 2005 (has links)
Enzimas, biofármacos e produtos de origem biológica de modo geral sempre foram obstáculos para o uso terapêutico. Isto em função dos riscos de reação adversa que poderiam ocasionar bem como a indução de uma resposta imunológica desejável ou não. A utilização do monometoxipolietileno glicol (mPEG) conjugado a proteínas e enzimas trouxe novas perspectivas de utilização de substâncias naturais como substâncias farmacológicas ativas, pois o fato de estarem conjugadas a um polímero inerte atribui uma nova estrutura físico-química a essas substâncias, diminuindo consideravelmente os riscos de anafilaxia e a biodegradação por formação de complexos antígeno-anticorpo. Os estudos das variáveis inseridas no fenômeno de formação da estrutura mPEG e proteína, como também os novos sistemas de fornecimento de fármaco-químicos, trouxeram subsídios para o desenvolvimento deste trabalho no que se refere ao fornecimento de antígeno para o sistema imunológico. Este trabalho demonstrou que o mPEG pode ser utilizado como adjuvante e ao mesmo tempo como indutor de mecanismos de tolerância imunológica. Esta modulação ocorre em função da concentração de mPEG conjugado a molécula protéica, de modo que baixas concentrações de aminas conjugadas levam a um mecanismo de adjuvanticidade com aumento da produção de Il-4 e IL-5 e consequentemente aumento da produção de anticorpos quando comparados ao antígeno somente. Por outro lado os mecanismos de tolerância foram demonstrados pelo aumento da produção de IL-2, INF-γ e TNF-α quando concentração de mPEG ultrapassa a de 30% das aminas livres demonstrando uma ativação de células Th1. Também ficou demonstrado que a utilização do mPEG pode ser uzadopara diminuir ou até mesmo eliminar a atividade tóxicas de venenos peçonhentos. Pois durante os experimentos realizados houve uma diminuição de no mínimo de 50% da toxicidade. / Enzymes, biopharmaceutics and biological products in general way had always been obstacles for the therapeutically use. This in function of the risks of adverse reaction that could cause as well as the induction of a desirable immunological reply or not. The use of the monomethoxypolyethylene glycol (mPEG) conjugated proteins and enzymes brought new perspectives of natural substance use as active pharmacology substances, therefore the fact to be conjugated to an inert polymer had given to a good new physical-chemistry structure of these substances, diminishing the risks of anaphylaxis and the biodegradation for of complexes antigen-antibody formation. However the new studies of the inserted variable in the phenomenon of structure mPEG and protein formation as the system of supply of pharmacology-chemistries had also brought subsidies for the development of this work as for supply of antigen for the immune system. This work demonstrated that the MPEG can be used as adjuvant and at the same time as inductive of mechanisms of immunological tolerance. This modulation occurs in function of the concentration of conjugated MPEG the protein molecule, in way that low conjugated concentrations of amine with consequence take to a mechanism of adjuvant effect with increase of the production of Il-4 and IL-5 and increase antibodies production when compared with the antigen only. On the other hand the tolerance mechanisms had been demonstrated by the increase of the IL-2 production, INF-γ and TNF-α when MPEG concentration exceeds 30% of the free amines demonstrating activation of Th1 cells. Also he was demonstrated that the use of the toxic MPEG can be used to diminish or even though to eliminate the activity of poisons. Therefore during the carried through experiments it had a reduction of at the least of 50% of the toxicity.
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Veneno de Bothrops jararaca modificado com mPEG (monometoxipolietileno glicol) para elaboração de um adjuvante complexado à partícula antigênica / Modify Bothrops jararaca venom with mPEG (monometoxi polietilenglicol) for adjuvante complexed to antigenic particleMarco Antonio Stephano 28 November 2005 (has links)
Enzimas, biofármacos e produtos de origem biológica de modo geral sempre foram obstáculos para o uso terapêutico. Isto em função dos riscos de reação adversa que poderiam ocasionar bem como a indução de uma resposta imunológica desejável ou não. A utilização do monometoxipolietileno glicol (mPEG) conjugado a proteínas e enzimas trouxe novas perspectivas de utilização de substâncias naturais como substâncias farmacológicas ativas, pois o fato de estarem conjugadas a um polímero inerte atribui uma nova estrutura físico-química a essas substâncias, diminuindo consideravelmente os riscos de anafilaxia e a biodegradação por formação de complexos antígeno-anticorpo. Os estudos das variáveis inseridas no fenômeno de formação da estrutura mPEG e proteína, como também os novos sistemas de fornecimento de fármaco-químicos, trouxeram subsídios para o desenvolvimento deste trabalho no que se refere ao fornecimento de antígeno para o sistema imunológico. Este trabalho demonstrou que o mPEG pode ser utilizado como adjuvante e ao mesmo tempo como indutor de mecanismos de tolerância imunológica. Esta modulação ocorre em função da concentração de mPEG conjugado a molécula protéica, de modo que baixas concentrações de aminas conjugadas levam a um mecanismo de adjuvanticidade com aumento da produção de Il-4 e IL-5 e consequentemente aumento da produção de anticorpos quando comparados ao antígeno somente. Por outro lado os mecanismos de tolerância foram demonstrados pelo aumento da produção de IL-2, INF-γ e TNF-α quando concentração de mPEG ultrapassa a de 30% das aminas livres demonstrando uma ativação de células Th1. Também ficou demonstrado que a utilização do mPEG pode ser uzadopara diminuir ou até mesmo eliminar a atividade tóxicas de venenos peçonhentos. Pois durante os experimentos realizados houve uma diminuição de no mínimo de 50% da toxicidade. / Enzymes, biopharmaceutics and biological products in general way had always been obstacles for the therapeutically use. This in function of the risks of adverse reaction that could cause as well as the induction of a desirable immunological reply or not. The use of the monomethoxypolyethylene glycol (mPEG) conjugated proteins and enzymes brought new perspectives of natural substance use as active pharmacology substances, therefore the fact to be conjugated to an inert polymer had given to a good new physical-chemistry structure of these substances, diminishing the risks of anaphylaxis and the biodegradation for of complexes antigen-antibody formation. However the new studies of the inserted variable in the phenomenon of structure mPEG and protein formation as the system of supply of pharmacology-chemistries had also brought subsidies for the development of this work as for supply of antigen for the immune system. This work demonstrated that the MPEG can be used as adjuvant and at the same time as inductive of mechanisms of immunological tolerance. This modulation occurs in function of the concentration of conjugated MPEG the protein molecule, in way that low conjugated concentrations of amine with consequence take to a mechanism of adjuvant effect with increase of the production of Il-4 and IL-5 and increase antibodies production when compared with the antigen only. On the other hand the tolerance mechanisms had been demonstrated by the increase of the IL-2 production, INF-γ and TNF-α when MPEG concentration exceeds 30% of the free amines demonstrating activation of Th1 cells. Also he was demonstrated that the use of the toxic MPEG can be used to diminish or even though to eliminate the activity of poisons. Therefore during the carried through experiments it had a reduction of at the least of 50% of the toxicity.
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