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Artes de contar, exercício de rememorar: história, memória e narrativa dos índios pitaguary / Art of telling, exercise of recollecting: history, memory and narratives of pitaguary peoplePINHEIRO, Joceny de Deus January 2002 (has links)
PINHEIRO, Joceny de Deus. Arte de contar, exercício de rememorar: história, memória e narrativa dos indios pitaguary. 2002. 127 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 2002. / Submitted by nazareno mesquita (nazagon36@yahoo.com.br) on 2011-12-03T14:57:45Z
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Previous issue date: 2002 / Art of Telling, Exercise of Recollecting: History, Memory and Narratives of Indian Pitaguary is a work of anthropological research on the role of memory in a context where indigenous identification processes begin to multiply. The study thus focuses on the stories of leaders and storytellers residents in the area that today is known as TI - Indigenous Land Pitaguary. In the first chapter, I explain what is here termed the "coming and going of research," a kind of background and reporting of field work, leaving a glimpse of the way we started the research and development period in which each of its steps. It is also this first chapter I present the narrators and situations of narration, describing some of the events I considered important during the search. In the second chapter, I explain, albeit briefly, the framework in which we built the object "Indians of the Northeast" and the various visions that persist about the existence of them - representations in general negative. Moreover, there is also that I introduce a discussion of the criteria for identifying ethnic groups and their nature. Then the chapter is divided into two: part of the Northeast, the state of Ceara, and finally, part of the town of St. Anthony of Pitaguary. The idea that guides this sorting is that it is necessary for the understanding of reality that takes place in the town they live in the Pitaguary, understanding what is happening in the bigger picture is that the state, which in its turn, is housed in a context that is even greater in the Northeast Region. For this, I refer to previous studies about indigenous groups present in Ceara and other states in the Northeast. Even late in the second chapter, I bring to the text some of the existing documents on the group Pitaguary, quoting from some of those who mention the names of the localities in which they live (or lived in the corresponding period), the geographical features (rivers, saws, etc..) and even previous generations who have their names cited in full in a document of Land Registry. After attempting to contextualize the historical and geographical group, the third chapter is intended to fully Pitaguary the narratives, exploring its key issues, interests and possible directions. So it appears that the narratives about the "time of slavery" on the "holy hose," "nature", the "unlucky", the "Toré. Between exposure and over narration, presenting the theoretical ideas that guide the research about what happens to be the memory of a group or its operation. In the fourth chapter, the discussion of narrative continuity wins, now focusing on the passage of time - from past to present. For this reason, the text is divided into two sections: 1) the past: the time of the denial of identity and 2) the present-time assertion. In these two stages that differ in several others, are contained, first, the stories that deal with the "captivity", the trapping of the older buildings to work on the dam and the church, conflicts with the many farmers and other lords. Secondly, there are the narratives that concern the time of affirmation of the group. In general, stories are focused on the story of what is called the "struggle" as well as for the evidencing of what they consider signs of distinction, as knowledge of the shaman, medicine "forest" indigenous and self-learning. In the fifth and final chapter, I explain important concepts for clarifying the relationship between memory, narrative and identity of the group Pitaguary, thinking, even in relation to that memory has the political mobilization of the same. The references that guide me in understanding the concept of memory more clearly appear in this chapter, which is tested as a kind of completion of work, made shortly after / Arte de Contar, Exercício de Rememorar: História, Memória e Narrativas dos Índios Pitaguary é um trabalho de investigação antropológica sobre o papel desempenhado pela memória num contexto em que processos de identificação indígena começam a se multiplicar. O estudo assim se debruça sobre as narrativas de lideranças e contadores de histórias residentes na área que hoje se conhece por TI – Terra Indígena Pitaguary. No primeiro capítulo, exponho o que aqui denominei de "ir e vir da pesquisa", uma espécie de contextualização e relato do trabalho de campo, deixando entrever o modo pelo qual iniciei a pesquisa e o período no qual desenvolvi cada uma de suas etapas. É também neste primeiro capítulo que apresento os narradores e as situações de narração, descrevendo alguns dos acontecimentos que julguei importantes durante a pesquisa. No segundo capítulo, exponho, ainda que de maneira breve, o quadro em que se construiu o objeto "índios do nordeste" e as várias visões que persistem acerca da existência dos mesmos - representações, em geral, negativas. Além disso, é também aí que introduzo uma discussão sobre os critérios de identificação dos grupos étnicos e sua natureza. Em seguida, o capítulo se subdivide em dois: parte sobre a região Nordeste, o Estado do Ceará e, por fim, parte sobre a localidade de Santo Antônio dos Pitaguary. A idéia que norteia tal ordenação é a de que se torna necessário, para o entendimento da realidade que se dá na localidade em que vivem os Pitaguary, a compreensão daquilo que se passa num cenário mais amplo que é o Estado, o qual, por sua vez, está inserido num contexto ainda maior que é o da Região Nordeste. Para tanto, faço referência aos estudos já realizados acerca de grupos indígenas presentes no Ceará bem como em outros estados da região nordestina. Ainda no final do segundo capítulo, trago para o texto alguns dos documentos existentes sobre o grupo Pitaguary, transcrevendo parte de alguns daqueles que fazem menção aos nomes das localidades em que habitam (ou habitavam no período correspondente), aos acidentes geográficos (como rios, serrotes etc.) e até mesmo a gerações anteriores que têm seus nomes citados por extenso em um dos documentos de registro de terra. Após a tentativa de contextualizar histórica e geograficamente o grupo, o terceiro capítulo se destina totalmente ao tema das narrativas Pitaguary, explorando seus principais assuntos, interesses e possíveis sentidos. Assim é que aparecem as narrativas sobre o "tempo da escravidão", sobre a "mangueira sagrada", a "natureza", a "caipora", o "Toré". Entre a exposição de uma e outra narração, apresento as idéias de caráter teórico que orientam a pesquisa a respeito do que vem a ser a memória de um grupo ou do seu funcionamento. No quarto capítulo, a discussão sobre as narrativas ganha continuidade, agora se centrando sobre a passagem do tempo – do passado ao presente. Por essa razão, o texto está subdividido em dois pontos: 1) o passado: tempo de negação da identidade e 2) o presente: tempo de afirmação. Nesses dois tempos que se diferenciam em vários outros, estão contidas, primeiramente, as histórias que versam sobre o "cativeiro", o aprisionamento dos mais velhos para trabalhar nas construções do açude e da igreja, os conflitos com os inúmeros senhores fazendeiros e outras. Em segundo lugar, aparecem as narrativas que dizem respeito ao tempo de afirmação do grupo. Em geral, são histórias voltadas para o relato daquilo que se costumou chamar de "luta" bem como para o evidenciamento do que consideram sinais de distinção, como o saber do pajé, a medicina "da mata" e o auto-aprendizado indígena. No quinto e último capítulo, exponho conceitos importantes para o esclarecimento da relação existente entre a memória, as narrativas e a identidade do grupo Pitaguary, pensando, ainda, na relação que essa memória tem com a mobilização política do mesmo. As referências que me orientam na compreensão do conceito de memória aparecem neste capítulo mais claramente, o qual se ensaia como uma espécie de conclusão do trabalho, feita logo em seguida
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