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Plantas-filha e a beleza das roças: o lugar das plantas na cosmologia Apinajé

Ribeiro, Perla Oliveira 28 September 2015 (has links)
Este trabalho trata da relação existente entre as plantas cultivadas na roça e os indígenas Apinajé, grupo Jê-Timbira do Cerrado do Tocantins. A pesquisa busca interpretar a cosmologia existente referente aos roçados e à intimidade com as plantas-filha, característica da agricultura Apinajé. Partindo da ótica estratégica sobre uma aldeia específica – a aldeia Brejinho – buscamos entender o ciclo da roça e a relação mãe e filha existente nos roçados sob a perspectiva histórica do relacionamento com as plantas, das cosmologias atribuídas e do reconhecimento da agrobiodiversidade dos roçados, bem como do conhecimento tradicional a eles atribuído. / This dissertation deals with the relationship between plants grown on the farm and the Apinajé indigenous people, from the Jê-Timbira group located in the Cerrado of Tocantins. The research aims to interpret the cosmologies existing on their small farms, and the intimacy with “child plants”, distinctive of the Apinajé’s agriculture. Starting from a strategic perspective about a specific village - the Brejinho village - we seek to comprehend the cycle of the farm and the relationship between mother and daughter established on the small farm. From a historical perspective of relationship with plants, attributed cosmologies and the recognition of agro-biodiversity on the small farms, as well as the traditional knowledge attributed to them.
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Escola, meio ambiente e conhecimentos: formas de ensinar e aprender na teoria e na prática entre os Apinajé

Apinagé, Cassiano Sotero 11 December 2017 (has links)
Nesta dissertação discuto a forma de relação dos Apinajé com a sua terra indígena para uma possível compreensão mais aprofundada de como é a percepção indígena na relação de contato com o espaço do ambiente. O trabalho envolveu os velhos anciãos das diferentes aldeias (homens e mulheres), os jovens da comunidade da aldeia de São José e da escola Mãtyk. Nesta pesquisa terminei descobrindo que os velhos têm a relação mais ampla tanto com seu território (pela memória que tem dos espaços ocupados tradicionalmente), quanto com a terra indígena atual, por conta de utilizarem mais o espaço do ambiente, enquanto que os jovens têm o conhecimento restrito sobre o seu território, porque utiliza pouco o espaço da terra indígena e conhecem pouco da história de seu território. Neste caso, não tem tempo suficiente para circular no território para as atividades práticas culturais, ficando a maior parte do tempo envolvido com outras atividades do kupẽ (não-indígenas), em especial o futebol, que interferiram muito na vida cotidiana, sendo a própria escola como uma forma de ocupar esses jovens todo o dia na vida na aldeia. Outra reflexão que faço é a escola atual como responsável pela formação dos seus discentes no conhecimento não-indígena, como também uma referência para os jovens no sentido de estimular para o conhecimento tradicional. O que se percebe, na maioria das vezes, é que a escola se ausenta na formação de conhecimento indígena na prática, realizando ao contrário daquele objetivo de que a escola deve transformar esses conhecimentos em práticas pedagógicas em sala de aula. / In this master thesis, I argue about Apinaje’s relationship with their indigenous land toward a deepest native perception of that contact relationships to the environmental. The research that result in this paper enwrap that old men and women of many different villages and also the youngers of São José village and of Mãtyk elementary school. With this search, I found that que oldies (men and women) has broader relationship with their traditional territory (through their engaged memories to the space) or with their current indigenous land, because they use the environmental, in spite of the youngers that have restrict territory`s knowledge by the fact the minor use of that space and because they have no knew about territory`s history. In this case, they have no time to surround by the territory, to the cultural activities, and stay busy with no traditional goings-on (like football), with its impact, plus the time busy with the diaries school’s activities. Another reflection is about the school accountability to the youngers qualification with no indigenous knowledge, and too with the task of stimulate them to traditional knowledge. What we can see, sometimes, is the no school accountability with the practice indigenous knowledge. What we have seen, instead, is the school target the opposite way and no working to convert that practice knowledge into pedagogic practice inside classes
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Mē Ixujarēnh - ausência, presença e busca: o ensino de História na Escola Índígena Tekator do povo Panhĩ - Apinajé

Gomes, Dhiogo Rezende 23 September 2016 (has links)
Os povos indígenas foram tratados como a-históricos na construção da História disciplina ou ciência, como objetos (humanos) de estudo, transitaram entre a ausência e presença, contexto implicado na condição indígena equivocada e excludente no interior das sociedades que se formaram no contato com estes povos. No Brasil, a dominância colonial sobre as terras e seus povos originários, se fez também pela escolarização de cunho ocidental, cristã e civilizacional, inicialmente pelos trabalhos de catequese jesuítica e continuado pelo estado nacional, seja no império ou na república, as políticas indigenistas tinham no horizonte, a convenção nacional das populações indígenas e neste contexto, a educação escolar indígena foi pensada e aplicada. O movimento indígena político e organizado, cooperado com organizações e pesquisadores pró-índios, iniciaram um processo de mudança de paradigma da questão indígena no Brasil na década de 1970, culminando com o estabelecimento de direitos como terra e uma educação escolar respeitosa e valorizadora das culturas indígenas na Constituição Federal de 1988. A escola passou a ser reivindicada e está presente nas realidades de centenas de povos em suas Terras Indígenas em todas as regiões do Brasil, um destes povos é o Panhĩ – Apinajé, que teve sua escolarização iniciada na década de 1960, por missionários religiosos e nas últimas décadas, vem empreendendo um processo de busca e construção de uma educação indígena diferenciada, em uma escola ideal para a prática política que passa por uma soberania étnica e cultural. A história ensinada e aprendida, entrecruzada por formas e concepções diferentes no campo do conhecimento histórico, se apresenta na Escola Indígena Tekator da aldeia Mariazinha, como estratégica e instrumental nessa busca. Esta dissertação, por meio de pesquisa de campo e metodologia histórico-etnográfica, contribui com questões da escolarização indígena e o ensino de história nas aldeias, refletindo sobre as relações: educação tradicional e formal, escola e currículos, estado, comunidade indígena e sociedade envolvente. Trazemos apontamentos sobre os Apinajé como sujeitos históricos na busca de uma escola convergente com seus interesses e expectativas de escola diferenciada / Indigenous peoples were treated as a-historical in the construction of History discipline or science, as (human) objects of study, transited between absence and presence, context implied in the misguided and exclusionary indigenous condition within the societies that formed in contact with These people. In Brazil, colonial domination over the lands and their native peoples was also due to Western, Christian and civilizational schooling, initially by Jesuit catechesis and continued by the national state, whether in the empire or in the republic, indigenous policies had On the horizon, the national convention of the indigenous populations and in this context, indigenous school education was thought and applied. The organized and political indigenous movement, cooperating with pro-Indian organizations and researchers, began a process of paradigm shifting of the indigenous issue in Brazil in the 1970s, culminating in the establishment of rights such as land and a respectful and cultural school education Indigenous peoples in the Federal Constitution of 1988. The school has been reclaimed and is present in the realities of hundreds of peoples in its Indigenous Lands in all regions of Brazil, one of these peoples being the Panhĩ-Apinajé, whose schooling began in the 1960, by religious missionaries and in the last decades, has been undertaking a process of search and construction of a differentiated indigenous education, in an ideal school for the political practice that passes through an ethnic and cultural sovereignty. The history taught and learned, intersected by different forms and conceptions in the field of historical knowledge, presents itself in the Tekator Indigenous School of the village Mariazinha, as strategic and instrumental in this search. This dissertation, through field research and historical-ethnographic methodology, contributes with issues of indigenous schooling and history teaching in the villages, reflecting on the relationships: traditional and formal education, school and curricula, state, indigenous community and surrounding society. We bring notes about the Apinajé as historical subjects in the search for a convergent school with their interests and expectations of a differentiated school.

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