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Doença arterial coronariana - avaliação através de marcadores não convencionais : Adiponectina de Alto Peso Molecular, VAI e LAP

Zen, Vanessa January 2015 (has links)
Doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morbimortalidade ao redor do mundo. A investigação dos fatores de risco, bem como seu manejo tem sido foco de investigação nas últimas décadas, por grandes estudos de coorte. Porém, trata-se de uma rede causal complexa, que envolve diversos níveis de causação e mesmo que fatores de risco tenham sido estabelecidos, como diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia, o aprofundamento das relações, tais como a busca pelas bases genéticas das doenças, novos fatores de risco e sua relação com o desenvolvimento da DAC, tem sido o objetivo das pesquisas nos últimos anos. O processo aterosclerótico é lento e gradual, envolve a interação entre fatores de risco e células parietais e inflamação está entre os mecanismos que iniciam esse processo. Novos marcadores relacionados ao processo inflamatório, envolvidos desde a iniciação ao desenvolvimento da DAC têm sido descritos e parecem estar fortemente ligados aos fatores de risco. O tecido adiposo corporal, mais especificamente, o tecido adiposo visceral apresenta estreita relação com o processo inflamatório da aterosclerose. Fenótipo este associado com níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e com diminuição da produção de interleucinas e adipocinas antiinflamatórias, como adiponectina, sendo associado com aumento no risco cardiovascular e diabetes. Obesidade visceral tem sido relacionada ao risco de DAC, com base na sua atividade metabólica, estimulando a inflamação sistêmica e local, e sua relação com diabetes, hipertensão e síndrome metabólica, já estabelecida. No entanto, permanece a lacuna de quais os mecanismos que tornam a obesidade fator de risco para DAC, independente dos fatores de risco clássicos. As hipóteses são que índices que agreguem parâmetros metabólicos aos antropométricos possam melhor quantificar o papel da adiposidade corporal no desenvolvimento de DAC e, que adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus estão envolvidos na patogênese da DAC. A primeira hipótese foi testada estudo de coorte com 916 indivíduos submetidos à cineangiocoronariografia eletiva, por suspeita de DAC, seguidos por até cinco anos, onde avaliou-se a contribuição do índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura-quadril (RCQ), Lipid Accumulation Product (LAP), Visceral Adiposity Index (VAI) e Body Adiposity Index (BAI) sobre a incidência de eventos cardiovasculares maiores (MACE). MACE foi definido como desfecho composto de morte cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização tardia. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para estimação do risco relativo (RR) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Foram diagnosticados 75 casos de MACE. A maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (56,1%) e com maior incidência de MACE (10,5%), versus 5,2%, entre as mulheres. Índices antropométricos não se associaram com ocorrência de MACE. O aumento de 10 unidades nos índices LAP (RR=1,02; IC95%: 1,0-1,04, p<0,001) e VAI (RR=1,51; IC95%: 1,22-1,79, p=0,03) foi independentemente associado com incidência de MACE. BAI não foi preditor de MACE nessa população (RR=1,25; IC95%: 0,75-2,07, p=0,4). Quando estratificado por idade, VAI foi preditor de MACE nos indivíduos com <60 anos (RR=1,36; IC95%: 1,15-1,62, p<0,001) e o LAP, naqueles com 60 anos ou mais (RR=1,06; IC95%: 1,01-1,12, p=0,03). Cerca de 12% e 16% do excesso de risco atribuído ao VAI é mediado por hipertensão e diabetes mellitus, respectivamente. Juntos, responsáveis por 23,5% do excesso de risco. Já nos indivíduos com <60 anos, diabetes mellitus e hipertensão arterial, 35,5% do excesso de risco do VAI foi mediado por esses fatores, sendo que diabetes mellitus foi responsável pela maior proporção. A conclusão do nosso estudo foi que VAI e LAP foram significativamente associados com incidência de MACE e parte do efeito do VAI e LAP foi mediado por hipertensão e diabetes mellitus. Para verificar a associação entre adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus, com doença multiarterial, foi conduzido estudo caso-controle, com 384 mulheres submetidas à cineangiocoronariografia eletiva por suspeita de DAC. Doença multiarterial foi definida, quando lesão significativa em duas ou mais artérias e controles, aqueles livres de lesão significativa (<50%). Adiponectina de alto peso molecular foi avaliada em tercis. Entre os casos, 61 mulheres tinham doença multiarterial, 68 doença em uma artéria e 255 controles. Regressão logística multinomial foi utilizada para estimar odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) entre adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus com doença multiarterial. Doença multiarterial foi fortemente associada com o segundo tercil de adiponectina de alto peso molecular (OR=2,80; IC95%:1,37-5,69, P=0,005), mas não com o terceiro tercil (OR=1,13; IC95%:0,51-2,51, p=0,8). O efeito foi independente de fatores socioeconômicos, de estilo de vida, de HDL-colesterol, hipertensão arterial e diabetes mellitus (OR=2,56; IC95%:1,19-5,49 p= 0,02). Análise estratificada por status de diabetes mellitus, mostrou que adiponectina de alto peso molecular foi preditora de doença multiarterial apenas nas mulheres com diabetes, OR 3,98 IC95% 1,46-10,86, p=0,007, do segundo tercil em relação ao primeiro. Diabetes mellitus foi preditora independente de DAC em uma artéria (OR 1,96 IC95%: 1,01-3,79, p=0,046) e de doença multiarterial (OR=2,41; IC95%:1,26-4,64, p=0,008). Nosso estudo demonstrou que adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus foram preditores independentes de doença multiarterial em mulheres. Adiponectina foi independentemente associada com doença multiarterial em mulheres com diabetes mellitus, mas não naquelas sem a doença. Adiponectina de alto peso molecular pode ser uma medida útil em pacientes diabéticos de alto risco. Como resultado do nosso trabalho, demonstramos que adiposidade corporal, avaliada através de índices que captem uma possível disfunção do tecido adiposo visceral, como VAI e LAP, pode ser uma medida útil na identificação de indivíduos com risco para eventos coronarianos. Associado ao perfil inflamatório ocasionado pelo aumento da adiposidade corporal e aumento do risco para preditores importantes de DAC, como hipertensão arterial e diabetes mellitus, verificamos que, contrário às propriedades anti-inflamatários e anti-aterogênicas atribuídas à adiponectina e sua associação com menor risco para diabetes mellitus, em pacientes com doença estabelecida e risco elevado, a adiponectina de alto peso molecular pode predizer doença multiarterial, especialmente se associado com diabetes mellitus. Esta que foi fortemente associada com doença multiarterial. / Coronary artery disease (CAD) is a major cause of morbidity and mortality around the world. The investigation of the risk factors and their management has been the focus of research in recent decades, in large cohort studies. But it is a complex causal network, involving different levels of causation and even that risk factors have been established, such as diabetes mellitus, hypertension and dyslipidemia, the deepening of relations, such as the search for the genetic basis of diseases, new risk factors and their relationship to the development of CAD, has been the goal of research in recent years. The atherosclerotic process is slow and gradual, involves the interaction between risk factors and parietal cells and inflammation is one of the mechanisms that initiate this process. New markers related to inflammation, involved from the start to the development of CAD have been reported and appear to be strongly linked to risk factors. The body fat, more specifically, visceral adipose tissue is closely related with the inflammation process of atherosclerosis. This phenotype associated with elevated levels of proinflammatory cytokines and decreased production of inflammatory interleukins, and adipokines, adiponectin as being associated with increased cardiovascular risk and diabetes. Visceral obesity has been linked to the risk of CAD, based on their metabolic activity, stimulating systemic and local inflammation, and its relation to diabetes, hypertension and metabolic syndrome, already established. However, there remains a gap in the mechanisms that make obesity a risk factor for CHD, independent of classic risk factors. The assumptions are that indexes that add metabolic parameters to the anthropometric parameters to better quantify the role of body fat in the development of CHD and that high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus are involved in the pathogenesis of CAD. The first hypothesis was tested in cohort study of 916 patients undergoing elective coronary angiography for suspected CAD, followed by up to five years, which evaluated the contribution of body mass index (BMI), waist circumference (WC), waist-hip ratio (WHR), Lipid Accumulation Product (LAP), Visceral Adiposity Index (VAI) and Body Adiposity Index (BAI) on the incidence of major cardiovascular events (MACE). MACE was defined as a composite endpoint of cardiac death, myocardial infarction and late revascularization. Poisson regression with robust variance was used to estimate the relative risk (RR) and 95% confidence intervals (95% CI). 75 cases of MACE were diagnosed. Most individuals were male (56.1%) and a greater incidence of MACE (10.5%), versus 5.2% among women. Anthropometric indices were not associated with the occurrence of MACE. The increase of 10 units in the LAP rates (RR = 1.02; 95% CI: 1.0 to 1.04, p <0.001) and VAI (RR = 1.51; 95% CI: 1.22 to 1.79, p = 0.03) were independently associated with incidence of MACE. BAI was not a predictor of MACE in this population (RR = 1.25; 95% CI: 0.75 to 2.07, p = 0.4). When stratified by age, VAI was predictor of MACE in patients with <60 years (RR = 1.36; 95% CI: 1.15 to 1.62, p <0.001) and the LAP, those aged 60 or more (RR = 1.06; 95% CI: 1.01 to 1.12, p = 0.03). Approximately 12% and 16% excess risk attributed to GO is mediated by hypertension and diabetes, respectively. Together they accounted for 23.5% of excess risk. Already in subjects <60 years, diabetes mellitus and hypertension, 35.5% of VAI's excess risk was mediated by these factors, and diabetes mellitus accounted for the largest proportion. The conclusion of our study was that VAI and LAP were significantly associated with incidence of MACE and of the effect of the VAI and LAP was mediated by hypertension and diabetes mellitus. To investigate the association between high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus, with multivessel disease, it was conducted case-control study, 384 women undergoing elective coronary angiography for suspected CAD. Multivessel disease was defined as significant lesions in arteries and two or more controls, those without significant obstructive lesion (<50%). High molecular weight adiponectin was evaluated in tertiles. Among the cases, 61 women had multivessel disease, 68 in an artery disease and 255 controls. Multinomial logistic regression was used to estimate odds ratio (OR) and 95% confidence interval (95%) of high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus with multivessel disease. Multivessel disease was significantly associated with the second tertile of high molecular weight adiponectin (OR = 2.80; 95% CI: 1.37 to 5.69, P = 0.005), but not with the third tertile (OR = 1.13; 95% CI: 0.51 to 2.51, p = 0.8). The effect was independent of socioeconomic, lifestyle, HDL-cholesterol, hypertension and diabetes mellitus (OR = 2.56; 95% CI: 1.19 to 5.49 p = 0.02). Stratified analysis diabetes mellitus status showed that high molecular weight adiponectin was predictive of multivessel disease only in women with diabetes, OR 3.98 95%CI: 1.46 to 10.86, P = 0.007, the second in relation to tertiles first. Diabetes mellitus was an independent predictor of CAD in an artery (OR 1.96 95%CI: 1.01 to 3.79, p = 0.046) and multivessel disease (OR = 2.41; 95%CI: 1.26 to 4, 64, p = 0.008). Our study showed that adiponectin high molecular weight and diabetes mellitus were independent predictors of multivessel disease in women. Adiponectin was independently associated with multivessel disease in women with diabetes, but not in those without the disease. High molecular weight adiponectin might be a useful step in diabetic patients at high risk. As a result of our work, we showed that body fat as measured by indexes that capture a possible dysfunction of visceral adipose tissue, as VAI and LAP can be a useful measure for identifying individuals at risk for coronary events. Associated with the inflammatory profile caused by increased body fat and increased risk for important predictors of CAD, such as hypertension and diabetes mellitus, we find that, contrary to anti-inflammatory and anti-atherogenic attributed to adiponectin and its association with lower risk for diabetes mellitus, in patients with established disease and higher risk, the high molecular weight adiponectin can predict multivessel disease, especially if associated with diabetes mellitus. This which is strongly associated with multivessel disease.
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Análise comparativa dos fluxos da artéria torácica interna esquerda dissecada na forma pediculada versus a forma esqueletizada em cirurgia de revascularização do miocárdio

Castro, Gustavo Spricigo Peressoni January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Perfil de mediadores inflamatórios no processo aterosclerótico carotídeo

Silva, Wilcelly Machado da 08 July 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-01-06T14:40:26Z No. of bitstreams: 1 2015_WilcellyMachadodaSilva.pdf: 771674 bytes, checksum: 6dbcc9aea854f755b41f0160ddad0a49 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2016-01-24T14:33:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_WilcellyMachadodaSilva.pdf: 771674 bytes, checksum: 6dbcc9aea854f755b41f0160ddad0a49 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-24T14:33:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_WilcellyMachadodaSilva.pdf: 771674 bytes, checksum: 6dbcc9aea854f755b41f0160ddad0a49 (MD5) / Introdução: Aterosclerose é um processo inflamatório crônico iniciado no interior da parede arterial em resposta a lipoproteínas oxidadas. O aumento da espessura médio-intimal carotídea (EMIc) contribui como fator de risco para doença cerebrovasculares. Objetivo: Investigar a relação de parâmetros clínicos, bioquímicos e inflamatórios com medidas de EMIc, controlando as associações para fatores de risco clássicos. Métodos: Levantamento transversal de pacientes com 60 anos de idade ou mais quanto ao uso de medicamentos para doenças crônicas, perfil bioquímico e antropométrico, eventos circulatórios anteriores, histórico familiar de doenças do aparelho circulatório e principais aspectos do estilo de vida. Realizadas medições da parede da artéria carótida direita e esquerda. Foram mensuradas concentrações de mediadores inflamatórios por citometria de fluxo. Resultados: Análise de correlação revelou associação dos níveis logaritmicamente transformados das citocinas IL1β, IL6, IL8, IL10 e TNFα com as medidas absolutas de EMI da carótida esquerda. Outros mediadores inflamatórios avaliados (IFNγ, IL2, IL4, IL12p70 e IL17a) não mostraram associação com quaisquer das medidas de EMIc. Comparação dos níveis circulatórios logaritmicamente transformados das citocinas entre os indivíduos agrupados conforme tercis de espessura médio-intimal da carótida esquerda confirmou correlação positiva com os níveis de TNFα e IL1β, com ajustamento necessário para HDL-c. Em regressão logística multivariada, log10TNFα foi a variável mais preditiva para explicar a variação encontrara nos valores de EMIc (R2 = 0.209), que acrescida dos log10IL1β e log10IL6, nesta ordem, responderam por 29,5% da variância nas medidas do EMIc. Conclusão: Nossos resultados sugerem que níveis circulantes de IL1β, IL6, IL8, IL10 e TNF apresentam correlação com a EMI da carótida esquerda em indivíduos idosos. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Background: Atherosclerosis is a chronic inflammatory process within the arterial wall initiated in response to endogenously modified structures, particularly oxidized lipoproteins that stimulate both innate and adaptive immune responses. The increasing of carotid intima-media thickness (cIMT) has been a strong predictor of future vascular events. Objective: to investigate the relationship of a profile of bloodcarried inflammatory mediators with measures of cIMT in elderly subjects, taking traditional risk factors into account. Methods: Clinical inspection for present and past chronic conditions and events as well as biochemical and anthropometric measurements were performed for patients aged 60 years or older in ambulatory care. Scores of cIMT were obtained bilaterally in the distal common carotid artery wall. Serum concentrations of ten different cytokines were assessed by bead-based, multiplexed flow cytometry immunoassays. Results: Correlation analysis demonstrated a significant level of association between log-transformed levels of the cytokines IL1β, IL6, IL8, IL10 and TNFα (P < 0.05) with raw IMT scores of the left carotid. The other immune mediators investigated (IFNγ, IL2, IL4, IL12p70 and IL17a) showed not to associate with either cIMT scores. Accordingly, comparison of the log-transformed circulating levels of the cytokines across the individuals grouped in increasing tertiles of intima-media thickness of the left carotid artery confirmed a positive correlation with levels of TNFα and IL1β, with adjustment necessary to HDLc. Stepwise multivariate regression showed that log10TNFα was the first most predictive variable in the model (R2 = 0.209), which added to log10IL1β and log10IL6 in this order accounted for 29.5% of the variance in scores of intima-media thickness. Conclusion: Our results suggest that the logarithmically transformed levels of IL1β, IL6, IL8, IL10 and TNF independently correlated with the score of the left cIMT.
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Doença arterial coronariana - avaliação através de marcadores não convencionais : Adiponectina de Alto Peso Molecular, VAI e LAP

Zen, Vanessa January 2015 (has links)
Doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morbimortalidade ao redor do mundo. A investigação dos fatores de risco, bem como seu manejo tem sido foco de investigação nas últimas décadas, por grandes estudos de coorte. Porém, trata-se de uma rede causal complexa, que envolve diversos níveis de causação e mesmo que fatores de risco tenham sido estabelecidos, como diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia, o aprofundamento das relações, tais como a busca pelas bases genéticas das doenças, novos fatores de risco e sua relação com o desenvolvimento da DAC, tem sido o objetivo das pesquisas nos últimos anos. O processo aterosclerótico é lento e gradual, envolve a interação entre fatores de risco e células parietais e inflamação está entre os mecanismos que iniciam esse processo. Novos marcadores relacionados ao processo inflamatório, envolvidos desde a iniciação ao desenvolvimento da DAC têm sido descritos e parecem estar fortemente ligados aos fatores de risco. O tecido adiposo corporal, mais especificamente, o tecido adiposo visceral apresenta estreita relação com o processo inflamatório da aterosclerose. Fenótipo este associado com níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e com diminuição da produção de interleucinas e adipocinas antiinflamatórias, como adiponectina, sendo associado com aumento no risco cardiovascular e diabetes. Obesidade visceral tem sido relacionada ao risco de DAC, com base na sua atividade metabólica, estimulando a inflamação sistêmica e local, e sua relação com diabetes, hipertensão e síndrome metabólica, já estabelecida. No entanto, permanece a lacuna de quais os mecanismos que tornam a obesidade fator de risco para DAC, independente dos fatores de risco clássicos. As hipóteses são que índices que agreguem parâmetros metabólicos aos antropométricos possam melhor quantificar o papel da adiposidade corporal no desenvolvimento de DAC e, que adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus estão envolvidos na patogênese da DAC. A primeira hipótese foi testada estudo de coorte com 916 indivíduos submetidos à cineangiocoronariografia eletiva, por suspeita de DAC, seguidos por até cinco anos, onde avaliou-se a contribuição do índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura-quadril (RCQ), Lipid Accumulation Product (LAP), Visceral Adiposity Index (VAI) e Body Adiposity Index (BAI) sobre a incidência de eventos cardiovasculares maiores (MACE). MACE foi definido como desfecho composto de morte cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização tardia. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para estimação do risco relativo (RR) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Foram diagnosticados 75 casos de MACE. A maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (56,1%) e com maior incidência de MACE (10,5%), versus 5,2%, entre as mulheres. Índices antropométricos não se associaram com ocorrência de MACE. O aumento de 10 unidades nos índices LAP (RR=1,02; IC95%: 1,0-1,04, p<0,001) e VAI (RR=1,51; IC95%: 1,22-1,79, p=0,03) foi independentemente associado com incidência de MACE. BAI não foi preditor de MACE nessa população (RR=1,25; IC95%: 0,75-2,07, p=0,4). Quando estratificado por idade, VAI foi preditor de MACE nos indivíduos com <60 anos (RR=1,36; IC95%: 1,15-1,62, p<0,001) e o LAP, naqueles com 60 anos ou mais (RR=1,06; IC95%: 1,01-1,12, p=0,03). Cerca de 12% e 16% do excesso de risco atribuído ao VAI é mediado por hipertensão e diabetes mellitus, respectivamente. Juntos, responsáveis por 23,5% do excesso de risco. Já nos indivíduos com <60 anos, diabetes mellitus e hipertensão arterial, 35,5% do excesso de risco do VAI foi mediado por esses fatores, sendo que diabetes mellitus foi responsável pela maior proporção. A conclusão do nosso estudo foi que VAI e LAP foram significativamente associados com incidência de MACE e parte do efeito do VAI e LAP foi mediado por hipertensão e diabetes mellitus. Para verificar a associação entre adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus, com doença multiarterial, foi conduzido estudo caso-controle, com 384 mulheres submetidas à cineangiocoronariografia eletiva por suspeita de DAC. Doença multiarterial foi definida, quando lesão significativa em duas ou mais artérias e controles, aqueles livres de lesão significativa (<50%). Adiponectina de alto peso molecular foi avaliada em tercis. Entre os casos, 61 mulheres tinham doença multiarterial, 68 doença em uma artéria e 255 controles. Regressão logística multinomial foi utilizada para estimar odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) entre adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus com doença multiarterial. Doença multiarterial foi fortemente associada com o segundo tercil de adiponectina de alto peso molecular (OR=2,80; IC95%:1,37-5,69, P=0,005), mas não com o terceiro tercil (OR=1,13; IC95%:0,51-2,51, p=0,8). O efeito foi independente de fatores socioeconômicos, de estilo de vida, de HDL-colesterol, hipertensão arterial e diabetes mellitus (OR=2,56; IC95%:1,19-5,49 p= 0,02). Análise estratificada por status de diabetes mellitus, mostrou que adiponectina de alto peso molecular foi preditora de doença multiarterial apenas nas mulheres com diabetes, OR 3,98 IC95% 1,46-10,86, p=0,007, do segundo tercil em relação ao primeiro. Diabetes mellitus foi preditora independente de DAC em uma artéria (OR 1,96 IC95%: 1,01-3,79, p=0,046) e de doença multiarterial (OR=2,41; IC95%:1,26-4,64, p=0,008). Nosso estudo demonstrou que adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus foram preditores independentes de doença multiarterial em mulheres. Adiponectina foi independentemente associada com doença multiarterial em mulheres com diabetes mellitus, mas não naquelas sem a doença. Adiponectina de alto peso molecular pode ser uma medida útil em pacientes diabéticos de alto risco. Como resultado do nosso trabalho, demonstramos que adiposidade corporal, avaliada através de índices que captem uma possível disfunção do tecido adiposo visceral, como VAI e LAP, pode ser uma medida útil na identificação de indivíduos com risco para eventos coronarianos. Associado ao perfil inflamatório ocasionado pelo aumento da adiposidade corporal e aumento do risco para preditores importantes de DAC, como hipertensão arterial e diabetes mellitus, verificamos que, contrário às propriedades anti-inflamatários e anti-aterogênicas atribuídas à adiponectina e sua associação com menor risco para diabetes mellitus, em pacientes com doença estabelecida e risco elevado, a adiponectina de alto peso molecular pode predizer doença multiarterial, especialmente se associado com diabetes mellitus. Esta que foi fortemente associada com doença multiarterial. / Coronary artery disease (CAD) is a major cause of morbidity and mortality around the world. The investigation of the risk factors and their management has been the focus of research in recent decades, in large cohort studies. But it is a complex causal network, involving different levels of causation and even that risk factors have been established, such as diabetes mellitus, hypertension and dyslipidemia, the deepening of relations, such as the search for the genetic basis of diseases, new risk factors and their relationship to the development of CAD, has been the goal of research in recent years. The atherosclerotic process is slow and gradual, involves the interaction between risk factors and parietal cells and inflammation is one of the mechanisms that initiate this process. New markers related to inflammation, involved from the start to the development of CAD have been reported and appear to be strongly linked to risk factors. The body fat, more specifically, visceral adipose tissue is closely related with the inflammation process of atherosclerosis. This phenotype associated with elevated levels of proinflammatory cytokines and decreased production of inflammatory interleukins, and adipokines, adiponectin as being associated with increased cardiovascular risk and diabetes. Visceral obesity has been linked to the risk of CAD, based on their metabolic activity, stimulating systemic and local inflammation, and its relation to diabetes, hypertension and metabolic syndrome, already established. However, there remains a gap in the mechanisms that make obesity a risk factor for CHD, independent of classic risk factors. The assumptions are that indexes that add metabolic parameters to the anthropometric parameters to better quantify the role of body fat in the development of CHD and that high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus are involved in the pathogenesis of CAD. The first hypothesis was tested in cohort study of 916 patients undergoing elective coronary angiography for suspected CAD, followed by up to five years, which evaluated the contribution of body mass index (BMI), waist circumference (WC), waist-hip ratio (WHR), Lipid Accumulation Product (LAP), Visceral Adiposity Index (VAI) and Body Adiposity Index (BAI) on the incidence of major cardiovascular events (MACE). MACE was defined as a composite endpoint of cardiac death, myocardial infarction and late revascularization. Poisson regression with robust variance was used to estimate the relative risk (RR) and 95% confidence intervals (95% CI). 75 cases of MACE were diagnosed. Most individuals were male (56.1%) and a greater incidence of MACE (10.5%), versus 5.2% among women. Anthropometric indices were not associated with the occurrence of MACE. The increase of 10 units in the LAP rates (RR = 1.02; 95% CI: 1.0 to 1.04, p <0.001) and VAI (RR = 1.51; 95% CI: 1.22 to 1.79, p = 0.03) were independently associated with incidence of MACE. BAI was not a predictor of MACE in this population (RR = 1.25; 95% CI: 0.75 to 2.07, p = 0.4). When stratified by age, VAI was predictor of MACE in patients with <60 years (RR = 1.36; 95% CI: 1.15 to 1.62, p <0.001) and the LAP, those aged 60 or more (RR = 1.06; 95% CI: 1.01 to 1.12, p = 0.03). Approximately 12% and 16% excess risk attributed to GO is mediated by hypertension and diabetes, respectively. Together they accounted for 23.5% of excess risk. Already in subjects <60 years, diabetes mellitus and hypertension, 35.5% of VAI's excess risk was mediated by these factors, and diabetes mellitus accounted for the largest proportion. The conclusion of our study was that VAI and LAP were significantly associated with incidence of MACE and of the effect of the VAI and LAP was mediated by hypertension and diabetes mellitus. To investigate the association between high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus, with multivessel disease, it was conducted case-control study, 384 women undergoing elective coronary angiography for suspected CAD. Multivessel disease was defined as significant lesions in arteries and two or more controls, those without significant obstructive lesion (<50%). High molecular weight adiponectin was evaluated in tertiles. Among the cases, 61 women had multivessel disease, 68 in an artery disease and 255 controls. Multinomial logistic regression was used to estimate odds ratio (OR) and 95% confidence interval (95%) of high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus with multivessel disease. Multivessel disease was significantly associated with the second tertile of high molecular weight adiponectin (OR = 2.80; 95% CI: 1.37 to 5.69, P = 0.005), but not with the third tertile (OR = 1.13; 95% CI: 0.51 to 2.51, p = 0.8). The effect was independent of socioeconomic, lifestyle, HDL-cholesterol, hypertension and diabetes mellitus (OR = 2.56; 95% CI: 1.19 to 5.49 p = 0.02). Stratified analysis diabetes mellitus status showed that high molecular weight adiponectin was predictive of multivessel disease only in women with diabetes, OR 3.98 95%CI: 1.46 to 10.86, P = 0.007, the second in relation to tertiles first. Diabetes mellitus was an independent predictor of CAD in an artery (OR 1.96 95%CI: 1.01 to 3.79, p = 0.046) and multivessel disease (OR = 2.41; 95%CI: 1.26 to 4, 64, p = 0.008). Our study showed that adiponectin high molecular weight and diabetes mellitus were independent predictors of multivessel disease in women. Adiponectin was independently associated with multivessel disease in women with diabetes, but not in those without the disease. High molecular weight adiponectin might be a useful step in diabetic patients at high risk. As a result of our work, we showed that body fat as measured by indexes that capture a possible dysfunction of visceral adipose tissue, as VAI and LAP can be a useful measure for identifying individuals at risk for coronary events. Associated with the inflammatory profile caused by increased body fat and increased risk for important predictors of CAD, such as hypertension and diabetes mellitus, we find that, contrary to anti-inflammatory and anti-atherogenic attributed to adiponectin and its association with lower risk for diabetes mellitus, in patients with established disease and higher risk, the high molecular weight adiponectin can predict multivessel disease, especially if associated with diabetes mellitus. This which is strongly associated with multivessel disease.
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Análise hemogasométrica arterial e venosa de ovinos submetidos à transposição carotídea e indução de desequilíbrios ácido-básicos

Gouvêa, Liana Villela de 18 February 2009 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2009. / Submitted by Larissa Ferreira dos Angelos (ferreirangelos@gmail.com) on 2010-03-30T17:47:14Z No. of bitstreams: 1 2009_LianaVilleladeGouvea.pdf: 1971212 bytes, checksum: 2cf0d99d45eb0aee165dbbf944a23ef5 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2010-05-17T18:38:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_LianaVilleladeGouvea.pdf: 1971212 bytes, checksum: 2cf0d99d45eb0aee165dbbf944a23ef5 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-05-17T18:38:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_LianaVilleladeGouvea.pdf: 1971212 bytes, checksum: 2cf0d99d45eb0aee165dbbf944a23ef5 (MD5) Previous issue date: 2009-02-18 / Com o propósito de comparar os parâmetros gasométricos do sangue arterial e venoso durante desequilíbrios ácido-básicos induzidos em anestesia inalatória com Isofluorano, foram utilizadas 6 ovelhas Santa Inês. Visando facilitar a coleta seriada de sangue arterial estas foram submetidas previamente à técnica de transposição carotídea utilizada por Sweeney e Constantinescu (1992) em eqüinos. Foi avaliado o sucesso da técnica de transposição carotídea através de exame ecoultrassonográfico e posterior cateterização obtendo 100% de sucesso. Todos os animais foram submetidos a quatro situações de desequilíbrio ácido-básico, onde 3 amostras de sangue arterial e venoso foram coletadas simultaneamente por desequilíbrio, com intervalo de 10 minutos. A acidose metabólica foi induzida com 500mg.Kg-1 de ácido ascórbico, a alcalose metabólica foi induzida com 3,5 mEq.Kg-1 de bicarbonato de sódio 8,4%. A alcalose respiratória foi induzida através da hiperventilação e aumento da quantidade de cal sodada, e a acidose respiratória foi realizada com a diminuição da freqüência respiratória e retirada da cal sodada. A monitorização anestésica foi realizada avaliando a freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), pressão arterial média invasiva (PAM), SpO2 e temperatura corporal. Os dados obtidos mostraram tentativas compensatórias observadas principalmente na FC e FR durante acidose metabólica. Os parâmetros obtidos da análise hemogasométrica foram: pH, pO2, pCO2, HCO3 -, EB e TCO2. As análises dos resultados indicaram não haver diferença significativa entre os parâmetros de pCO2, bicarbonato, excesso de base, TCO2 e pH. Conclui-se, portanto, que amostras de sangue venoso podem ser utilizadas para classificação e tratamento de desequilíbrios ácido-básicos. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / With the purpose of comparing the parameters of arterial and venous blood gases during inhalational anesthesia with isoflurane in acid-base induced imbalances, 6 sheep Santa Inês were used. To facilitate the serial collection of blood they were prior submitted to carotid transposition technique used by Sweeney and Constantinescu (1992) in horses. We evaluated the success of the technique by ultrasound examination and catheterization, accomplishing 100% of success. Subsequently, all animals were submitted to 4 acid-base imbalance situations, where 3 samples of arterial and venous blood were collected simultaneously by imbalance, with an interval of 10 minutes. Metabolic acidosis was induced with 500mg.Kg-1 ascorbic acid and the metabolic alkalosis was induced with 3.5 meq.kg-1 of sodium bicarbonate 8.4%. The respiratory alkalosis was induced through hyperventilation and increase of the amount of calcium hydroxide lime, the respiratory acidosis was performed with decrease in the respiratory rate and withdrawal of the canister. Monitoring anesthesia was performed to evaluate heart rate (HR), respiratory rate (RR), invasive medium pressure (IMP), SpO2 and body temperature. The data obtained showed compensatory attempts mainly observed in HF and RR during metabolic acidosis. The parameters obtained from blood gas analysis were: pH, pO2, pCO2, HCO3 -, EB e TCO2. The analysis of results showed no significant difference between the parameters of pCO2, bicarbonate, base excess, pH e TCO2. It is, therefore, that samples of venous blood may be used for classification and treatment of acid-base imbalance.
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Análise comparativa dos fluxos da artéria torácica interna esquerda dissecada na forma pediculada versus a forma esqueletizada em cirurgia de revascularização do miocárdio

Castro, Gustavo Spricigo Peressoni January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Doença arterial coronariana - avaliação através de marcadores não convencionais : Adiponectina de Alto Peso Molecular, VAI e LAP

Zen, Vanessa January 2015 (has links)
Doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morbimortalidade ao redor do mundo. A investigação dos fatores de risco, bem como seu manejo tem sido foco de investigação nas últimas décadas, por grandes estudos de coorte. Porém, trata-se de uma rede causal complexa, que envolve diversos níveis de causação e mesmo que fatores de risco tenham sido estabelecidos, como diabetes mellitus, hipertensão e dislipidemia, o aprofundamento das relações, tais como a busca pelas bases genéticas das doenças, novos fatores de risco e sua relação com o desenvolvimento da DAC, tem sido o objetivo das pesquisas nos últimos anos. O processo aterosclerótico é lento e gradual, envolve a interação entre fatores de risco e células parietais e inflamação está entre os mecanismos que iniciam esse processo. Novos marcadores relacionados ao processo inflamatório, envolvidos desde a iniciação ao desenvolvimento da DAC têm sido descritos e parecem estar fortemente ligados aos fatores de risco. O tecido adiposo corporal, mais especificamente, o tecido adiposo visceral apresenta estreita relação com o processo inflamatório da aterosclerose. Fenótipo este associado com níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias e com diminuição da produção de interleucinas e adipocinas antiinflamatórias, como adiponectina, sendo associado com aumento no risco cardiovascular e diabetes. Obesidade visceral tem sido relacionada ao risco de DAC, com base na sua atividade metabólica, estimulando a inflamação sistêmica e local, e sua relação com diabetes, hipertensão e síndrome metabólica, já estabelecida. No entanto, permanece a lacuna de quais os mecanismos que tornam a obesidade fator de risco para DAC, independente dos fatores de risco clássicos. As hipóteses são que índices que agreguem parâmetros metabólicos aos antropométricos possam melhor quantificar o papel da adiposidade corporal no desenvolvimento de DAC e, que adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus estão envolvidos na patogênese da DAC. A primeira hipótese foi testada estudo de coorte com 916 indivíduos submetidos à cineangiocoronariografia eletiva, por suspeita de DAC, seguidos por até cinco anos, onde avaliou-se a contribuição do índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura-quadril (RCQ), Lipid Accumulation Product (LAP), Visceral Adiposity Index (VAI) e Body Adiposity Index (BAI) sobre a incidência de eventos cardiovasculares maiores (MACE). MACE foi definido como desfecho composto de morte cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização tardia. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para estimação do risco relativo (RR) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Foram diagnosticados 75 casos de MACE. A maioria dos indivíduos foi do sexo masculino (56,1%) e com maior incidência de MACE (10,5%), versus 5,2%, entre as mulheres. Índices antropométricos não se associaram com ocorrência de MACE. O aumento de 10 unidades nos índices LAP (RR=1,02; IC95%: 1,0-1,04, p<0,001) e VAI (RR=1,51; IC95%: 1,22-1,79, p=0,03) foi independentemente associado com incidência de MACE. BAI não foi preditor de MACE nessa população (RR=1,25; IC95%: 0,75-2,07, p=0,4). Quando estratificado por idade, VAI foi preditor de MACE nos indivíduos com <60 anos (RR=1,36; IC95%: 1,15-1,62, p<0,001) e o LAP, naqueles com 60 anos ou mais (RR=1,06; IC95%: 1,01-1,12, p=0,03). Cerca de 12% e 16% do excesso de risco atribuído ao VAI é mediado por hipertensão e diabetes mellitus, respectivamente. Juntos, responsáveis por 23,5% do excesso de risco. Já nos indivíduos com <60 anos, diabetes mellitus e hipertensão arterial, 35,5% do excesso de risco do VAI foi mediado por esses fatores, sendo que diabetes mellitus foi responsável pela maior proporção. A conclusão do nosso estudo foi que VAI e LAP foram significativamente associados com incidência de MACE e parte do efeito do VAI e LAP foi mediado por hipertensão e diabetes mellitus. Para verificar a associação entre adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus, com doença multiarterial, foi conduzido estudo caso-controle, com 384 mulheres submetidas à cineangiocoronariografia eletiva por suspeita de DAC. Doença multiarterial foi definida, quando lesão significativa em duas ou mais artérias e controles, aqueles livres de lesão significativa (<50%). Adiponectina de alto peso molecular foi avaliada em tercis. Entre os casos, 61 mulheres tinham doença multiarterial, 68 doença em uma artéria e 255 controles. Regressão logística multinomial foi utilizada para estimar odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) entre adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus com doença multiarterial. Doença multiarterial foi fortemente associada com o segundo tercil de adiponectina de alto peso molecular (OR=2,80; IC95%:1,37-5,69, P=0,005), mas não com o terceiro tercil (OR=1,13; IC95%:0,51-2,51, p=0,8). O efeito foi independente de fatores socioeconômicos, de estilo de vida, de HDL-colesterol, hipertensão arterial e diabetes mellitus (OR=2,56; IC95%:1,19-5,49 p= 0,02). Análise estratificada por status de diabetes mellitus, mostrou que adiponectina de alto peso molecular foi preditora de doença multiarterial apenas nas mulheres com diabetes, OR 3,98 IC95% 1,46-10,86, p=0,007, do segundo tercil em relação ao primeiro. Diabetes mellitus foi preditora independente de DAC em uma artéria (OR 1,96 IC95%: 1,01-3,79, p=0,046) e de doença multiarterial (OR=2,41; IC95%:1,26-4,64, p=0,008). Nosso estudo demonstrou que adiponectina de alto peso molecular e diabetes mellitus foram preditores independentes de doença multiarterial em mulheres. Adiponectina foi independentemente associada com doença multiarterial em mulheres com diabetes mellitus, mas não naquelas sem a doença. Adiponectina de alto peso molecular pode ser uma medida útil em pacientes diabéticos de alto risco. Como resultado do nosso trabalho, demonstramos que adiposidade corporal, avaliada através de índices que captem uma possível disfunção do tecido adiposo visceral, como VAI e LAP, pode ser uma medida útil na identificação de indivíduos com risco para eventos coronarianos. Associado ao perfil inflamatório ocasionado pelo aumento da adiposidade corporal e aumento do risco para preditores importantes de DAC, como hipertensão arterial e diabetes mellitus, verificamos que, contrário às propriedades anti-inflamatários e anti-aterogênicas atribuídas à adiponectina e sua associação com menor risco para diabetes mellitus, em pacientes com doença estabelecida e risco elevado, a adiponectina de alto peso molecular pode predizer doença multiarterial, especialmente se associado com diabetes mellitus. Esta que foi fortemente associada com doença multiarterial. / Coronary artery disease (CAD) is a major cause of morbidity and mortality around the world. The investigation of the risk factors and their management has been the focus of research in recent decades, in large cohort studies. But it is a complex causal network, involving different levels of causation and even that risk factors have been established, such as diabetes mellitus, hypertension and dyslipidemia, the deepening of relations, such as the search for the genetic basis of diseases, new risk factors and their relationship to the development of CAD, has been the goal of research in recent years. The atherosclerotic process is slow and gradual, involves the interaction between risk factors and parietal cells and inflammation is one of the mechanisms that initiate this process. New markers related to inflammation, involved from the start to the development of CAD have been reported and appear to be strongly linked to risk factors. The body fat, more specifically, visceral adipose tissue is closely related with the inflammation process of atherosclerosis. This phenotype associated with elevated levels of proinflammatory cytokines and decreased production of inflammatory interleukins, and adipokines, adiponectin as being associated with increased cardiovascular risk and diabetes. Visceral obesity has been linked to the risk of CAD, based on their metabolic activity, stimulating systemic and local inflammation, and its relation to diabetes, hypertension and metabolic syndrome, already established. However, there remains a gap in the mechanisms that make obesity a risk factor for CHD, independent of classic risk factors. The assumptions are that indexes that add metabolic parameters to the anthropometric parameters to better quantify the role of body fat in the development of CHD and that high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus are involved in the pathogenesis of CAD. The first hypothesis was tested in cohort study of 916 patients undergoing elective coronary angiography for suspected CAD, followed by up to five years, which evaluated the contribution of body mass index (BMI), waist circumference (WC), waist-hip ratio (WHR), Lipid Accumulation Product (LAP), Visceral Adiposity Index (VAI) and Body Adiposity Index (BAI) on the incidence of major cardiovascular events (MACE). MACE was defined as a composite endpoint of cardiac death, myocardial infarction and late revascularization. Poisson regression with robust variance was used to estimate the relative risk (RR) and 95% confidence intervals (95% CI). 75 cases of MACE were diagnosed. Most individuals were male (56.1%) and a greater incidence of MACE (10.5%), versus 5.2% among women. Anthropometric indices were not associated with the occurrence of MACE. The increase of 10 units in the LAP rates (RR = 1.02; 95% CI: 1.0 to 1.04, p <0.001) and VAI (RR = 1.51; 95% CI: 1.22 to 1.79, p = 0.03) were independently associated with incidence of MACE. BAI was not a predictor of MACE in this population (RR = 1.25; 95% CI: 0.75 to 2.07, p = 0.4). When stratified by age, VAI was predictor of MACE in patients with <60 years (RR = 1.36; 95% CI: 1.15 to 1.62, p <0.001) and the LAP, those aged 60 or more (RR = 1.06; 95% CI: 1.01 to 1.12, p = 0.03). Approximately 12% and 16% excess risk attributed to GO is mediated by hypertension and diabetes, respectively. Together they accounted for 23.5% of excess risk. Already in subjects <60 years, diabetes mellitus and hypertension, 35.5% of VAI's excess risk was mediated by these factors, and diabetes mellitus accounted for the largest proportion. The conclusion of our study was that VAI and LAP were significantly associated with incidence of MACE and of the effect of the VAI and LAP was mediated by hypertension and diabetes mellitus. To investigate the association between high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus, with multivessel disease, it was conducted case-control study, 384 women undergoing elective coronary angiography for suspected CAD. Multivessel disease was defined as significant lesions in arteries and two or more controls, those without significant obstructive lesion (<50%). High molecular weight adiponectin was evaluated in tertiles. Among the cases, 61 women had multivessel disease, 68 in an artery disease and 255 controls. Multinomial logistic regression was used to estimate odds ratio (OR) and 95% confidence interval (95%) of high molecular weight adiponectin and diabetes mellitus with multivessel disease. Multivessel disease was significantly associated with the second tertile of high molecular weight adiponectin (OR = 2.80; 95% CI: 1.37 to 5.69, P = 0.005), but not with the third tertile (OR = 1.13; 95% CI: 0.51 to 2.51, p = 0.8). The effect was independent of socioeconomic, lifestyle, HDL-cholesterol, hypertension and diabetes mellitus (OR = 2.56; 95% CI: 1.19 to 5.49 p = 0.02). Stratified analysis diabetes mellitus status showed that high molecular weight adiponectin was predictive of multivessel disease only in women with diabetes, OR 3.98 95%CI: 1.46 to 10.86, P = 0.007, the second in relation to tertiles first. Diabetes mellitus was an independent predictor of CAD in an artery (OR 1.96 95%CI: 1.01 to 3.79, p = 0.046) and multivessel disease (OR = 2.41; 95%CI: 1.26 to 4, 64, p = 0.008). Our study showed that adiponectin high molecular weight and diabetes mellitus were independent predictors of multivessel disease in women. Adiponectin was independently associated with multivessel disease in women with diabetes, but not in those without the disease. High molecular weight adiponectin might be a useful step in diabetic patients at high risk. As a result of our work, we showed that body fat as measured by indexes that capture a possible dysfunction of visceral adipose tissue, as VAI and LAP can be a useful measure for identifying individuals at risk for coronary events. Associated with the inflammatory profile caused by increased body fat and increased risk for important predictors of CAD, such as hypertension and diabetes mellitus, we find that, contrary to anti-inflammatory and anti-atherogenic attributed to adiponectin and its association with lower risk for diabetes mellitus, in patients with established disease and higher risk, the high molecular weight adiponectin can predict multivessel disease, especially if associated with diabetes mellitus. This which is strongly associated with multivessel disease.
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Isquemia cerebral silente

Couto, Murilo Antonio 20 June 1996 (has links)
Orientador: Bonno van Bellen / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-21T08:07:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Couto_MuriloAntonio_M.pdf: 1597269 bytes, checksum: d0b141a689f653ce3b1cf3ef5fa09ee0 (MD5) Previous issue date: 1996 / Resumo: A isquemia cerebral pode ser decorrente da doença aterosclerótica do segmento cerebrovascular extracraniano. Sabemos também que alguns acidentes vasculares squêmicos podem ocorrer em áreas cerebrais de baixa significância clínica, ou ainda passarem despercebidos pelos pacientes ou familiares. Em nosso estudo objetivamos avaliar estes episódios assintomáticos, silentes, através da pesquisa de sua incidência, bem como a sua possível relação com o grau de stenose causado pela placa de ateroma no segmento cerebrovascular extracraniano. Estudamos 24 hemisférios cerebrais assintomáticos de 18 pacientes. Utilizamo-nos da tomografia computadorizada com cortes padronizados de 8 mm para avaliação dos hemisférios e angiografia digital extra e intracraniana a fim de se estudar o segmento carotídeo. A isquemia cerebral silente foi encontrada em 25% dos hemisférios estudados. Ao avaliarmos a relação da isquemia cerebral silente encontrada com o grau da estenose arotídea, apesar do pequeno número de pacientes estudados, não encontramos diferença estatisticamente significante entre a estenose carotídea significativa, (maior que 75%) e não ignificativa (menor que 75%). Concluimos que a isquemia cerebral silente pode ocorrer em pacientes portadores de doença aterosclerótica cerebrovascular extracraniana e que novos estudos devem ser realizados a fim de se tentar determinar a relação destes episódios com o grande estenose carotídea, e sua possível importância na deterioração da função cerebral / Abstract: Brain ischemia may be the result of atherosclerotic disease of the cerebrovascular system. It is known that some extracranial ischemic vascular accidents may occur in areas of lesser clinical importance or may not be realized by the patients or be noticed by his surrounding family. The aim of this study is to assess the occurence of these silent assymptomatic, as well as, its possible relationship with the degree of the stenosis caused by the atheromatous plaque in the carotid artery. Twenty-four asymptomatic hemispheres in 18 patients were studied. Computerized tomography, was used to assess the brain hemisphere, and digital angiograns were obtained to study the carotid system. Cerebral ischemia was found in 25% of the hemispheres studied. Comparing the relationship of silent brain ischemia with the degree of carotid stenosis, no significant statistical difference between significant carotid stenosis (more than 75%), and non-significant stenosis (less than 75%), was found. It can be concluded that silent cerebral ischemia may occur in patients with atherosclerotic cerebrovascular disease. It is recommended that this study should continue, to better estimate the relationship of these ischemic events with the degree of carotid stenosis and its possible importance in the deterioration of brain function / Mestrado / Mestre em Cirurgia
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Preditores e relevância clínica da redução da fração de ejeção em ecocardiogramas seriados na doença arterial coronariana estável

Teló, Guilherme Heiden January 2013 (has links)
Resumo não disponível
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Associação entre a extensão da doença aterosclerótica coronariana e apneia do sono

Perez, Silveria de Jesús Rivera January 2011 (has links)
Introdução: Diversos estudos sugerem associação entre Doença arterial coronariana (DAC) e apneia obstrutiva do sono (AOS). As apneias e hipopneias repetitivas causam hipóxia intermitente, hipercapnia, aumento da frequência cardíaca, arritmias, despertares breves como resultado de aumento da ativação simpática. Objetivos: Verificar se existe associação entre o índice de apneias e hipopneias na polissonografia com o grau de estreitamento endoluminal obtido pela angiografia coronariana quantitativa em pacientes com angina e fatores de risco para DAC encaminhados a hemodinâmica para diagnóstico. Métodos: Estudo observacional tipo caso- controle. Estudo realizado entre maio 2009 e outubro 2010 na Unidade de Hemodinâmica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foram realizadas 821 cineangiocoronariografia diagnósticas no período de coleta de dados, dos quais a maioria eram mulheres, 737 não tinham critério de inclusão ou não aceitaram participar no estudo. Dos 84 restantes: 4 tiveram falha na realização técnica da polissonografia, 1 apresentou acidente vascular cerebral antes do exame e 15 desistiram. No estudo participaram 64 pacientes, 28 com DAC (> 50% de obstrução do lúmen arterial coronária) diagnosticados por angiografia coronária e 36 controles (< 50% de obstrução arterial). Índice de apneia-hipopneia (IAH) foi mensurado através de polissonografia portátil (PP). Resultados: A mediana do IAH dos casos e controles foi 13 (intervalo interquartil [IIQ] 6-22) e (IIQ 2-25; p= 0,99) respectivamente. Entre os casos, 86% tinham IAH ≥ 5 e entre os controles 81%. Escore de Gensini no grupo com IAH<5 teve mediana de 15 [IIQ 4-65] e no grupo com IAH≥5 foi de 29 (IIQ 11-47] (p=0,5). Não foi encontrada associação entre AOS e DAC (rô = 0,04, p = 0,85). Em análise multivariada, a gravidade de AOS não explica a gravidade de DAC (RC 1, 4; p= 0,58). Conclusões: Em pacientes com fatores de risco para DAC, encaminhados para cineangiocoronariografia, não se observou associação entre a gravidade e extensão da DAC e apneia do sono.

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