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Viagem ao redor do Atlântico : uma leitura comparada de Hotel Atlântico de João Gilberto Noll e Suzana Amaral

Yu, Jingfang January 2015 (has links)
Ce document vise à analyser le récit de l'écrivain João Gilberto Noll, Hotel Atlâtico (1989), et son adaptation cinématographique (2009) créée par la réalisatrice Suzana Amaral. L'étude comparative tient compte de l'hypothèse que le processus de traduction est, premièrement, une interprétation. Ainsi, la traduction du texte littéraire à travers le langage visuel est, en fait, une lecture critique de la réalisatrice, la quelle présente sa compréhension pour le livre. C'est à partir de ces hypothèses qu'on examinera les deux textes. Pendant l'étude, on approchera les choix faits par Amaral dans son processus de traduction intersémiotique, avec l'hypothèse que la réalisatrice situe la production littéraire de Noll dans son ensemble, en radicalisant les éléments présents dans le texte verbal. De cette manière, elle rompe radicalement avec les conventions de structure filmique traditionnelle, en situant son texte dans la conception de "traduction créative", élaborée par Haroldo de Campos. Ainsi, Suzana Amaral présente son interprétation du livre à travers sa propre création - le film Hotel Atlântico. / O presente trabalho pretende analisar a narrativa Hotel Atlântico (1989), de João Gilberto Noll, e sua adaptação cinematográfica (2009) realizada pela cineasta Suzana Amaral. O estudo comparativo leva em consideração a premissa de que o processo tradutório é primeiramente interpretação. Portanto, a cineasta, ao "transcriar" o texto literário por meio da linguagem visual, o que faz é leitura crítica do texto verbal, apresentando seu entendimento para o livro. É a partir desses pressupostos que serão analisados os dois textos em estudo. Na investigação, serão abordadas as escolhas feitas pela cineasta no seu processo de tradução intersemiótica, tendo a hipótese de que a diretora, ao considerar a produção literária de Noll como um todo, radicaliza os elementos presentes no texto verbal, rompendo radicalmente com as convenções da estrutura fílmica tradicional, inserindo, assim, seu texto no que Haroldo de Campos denomina como "tradução criativa". Dessa maneira, Suzana Amaral nos apresenta sua interpretação do livro através de seu Hotel Atlântico.
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Viagem ao redor do Atlântico : uma leitura comparada de Hotel Atlântico de João Gilberto Noll e Suzana Amaral

Yu, Jingfang January 2015 (has links)
Ce document vise à analyser le récit de l'écrivain João Gilberto Noll, Hotel Atlâtico (1989), et son adaptation cinématographique (2009) créée par la réalisatrice Suzana Amaral. L'étude comparative tient compte de l'hypothèse que le processus de traduction est, premièrement, une interprétation. Ainsi, la traduction du texte littéraire à travers le langage visuel est, en fait, une lecture critique de la réalisatrice, la quelle présente sa compréhension pour le livre. C'est à partir de ces hypothèses qu'on examinera les deux textes. Pendant l'étude, on approchera les choix faits par Amaral dans son processus de traduction intersémiotique, avec l'hypothèse que la réalisatrice situe la production littéraire de Noll dans son ensemble, en radicalisant les éléments présents dans le texte verbal. De cette manière, elle rompe radicalement avec les conventions de structure filmique traditionnelle, en situant son texte dans la conception de "traduction créative", élaborée par Haroldo de Campos. Ainsi, Suzana Amaral présente son interprétation du livre à travers sa propre création - le film Hotel Atlântico. / O presente trabalho pretende analisar a narrativa Hotel Atlântico (1989), de João Gilberto Noll, e sua adaptação cinematográfica (2009) realizada pela cineasta Suzana Amaral. O estudo comparativo leva em consideração a premissa de que o processo tradutório é primeiramente interpretação. Portanto, a cineasta, ao "transcriar" o texto literário por meio da linguagem visual, o que faz é leitura crítica do texto verbal, apresentando seu entendimento para o livro. É a partir desses pressupostos que serão analisados os dois textos em estudo. Na investigação, serão abordadas as escolhas feitas pela cineasta no seu processo de tradução intersemiótica, tendo a hipótese de que a diretora, ao considerar a produção literária de Noll como um todo, radicaliza os elementos presentes no texto verbal, rompendo radicalmente com as convenções da estrutura fílmica tradicional, inserindo, assim, seu texto no que Haroldo de Campos denomina como "tradução criativa". Dessa maneira, Suzana Amaral nos apresenta sua interpretação do livro através de seu Hotel Atlântico.
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Cultura luso-brasileira em perspectiva: Portugal, Brasil e o projeto cultural da revista Atlântico (1941-1945) / Luso-Brazilian culture in perspective: Portugal, Brazil and the cultural project of the Atlântico magazine (1941-1945)

Alex Gomes da Silva 31 August 2011 (has links)
A revista Atlântico foi parte integrante de um projeto maior açambarcado por Portugal e Brasil no começo da década de 1940. Para sermos mais precisos, 1941 é o ano da assinatura do acordo cultural luso-brasileiro que resultou, dentre outros elementos, na idealização de um projeto cujo cerne assenta-se na criação de uma revista de cultura e arte. Desse processo, surge Atlântico, revista que deve seu nome ao intento de encontrar uma palavra suficientemente elástica, ondulante, para sintetizar o vago e o concreto das nossas aspirações, o sonho e a realidade do nosso ideal, segundo as palavras de um dos seus diretores, António Ferro. Fundada em 1942, a revista Atlântico tem como propugnadores o diretor do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) de Portugal, António Ferro, e o diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), Lourival Fontes. A presente pesquisa, que abrange o período de 1941 (ano da assinatura do Acordo Cultural luso-brasileiro) a 1945 (que marca tanto o fim da vigência do DIP quanto o término da primeira fase de Atlântico), pretende discutir a idéia defendida por seus articulistas de que a natureza da revista Atlântico, isto é, por ser um periódico de cultura, de literatura e de arte, abstêm-se de tratar dos problemas sociais, políticos ou econômicos do mundo moderno, até quando dizem respeito à vida do Brasil ou de Portugal. Ademais, pelo fato de congregar um feixe de intelectuais bastante diversificado, a análise sistemática da revista Atlântico objetiva avaliar e compreender a maneira pela qual autores e obras aparecem no corpo da publicação. / The Atlântico magazine was part of a larger project encompassed by Portugal and Brazil in the early 1940s. More precisely, in 1941 is signed the Luso-Brazilian culture agreement that resulted, among other elements, in the idealization of a project based on creating a magazine of culture and art. From this process arises Atlântico magazine, which owes its name to the attempt of finding a word sufficiently elastic, undulating to synthesize the vague and concrete of our aspirations, dreams and the reality of our vision, in the words of one of its directors António Ferro. Founded in 1942, the Atlântico magazine has had as proponents, António Ferro, the director of Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) (Director of the Bureau of Propaganda Nacional) of Portugal and the director of the brazilian Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) (Department of Press and Propaganda), Lourival Fontes. This article, which covers the period from 1941 (year of the signing of the Cultural Luso-Brazilian) to 1945 (which marks both the end of the term of the DIP and the end of the first phase of the Atlântico), aims to discuss the idea defended by its writers that the nature of the Atlântico magazine is to be a journal of culture, literature and art, avoiding dealing with social problems, political or economic in the modern world, even when they concern to life in Brazil or Portugal. Moreover, the fact of bringing a bundle of intellectual rather diverse, systematic analysis of the Atlântico magazine aims to evaluate and understand the way in which authors and works appearing in the body of the publication.
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Reconstruction of the ocean circulation in the subtropical western South Atlantic during the last 40,000 years / Reconstrução da circulação oceânica na porção subtropical do Atlântico Sudoeste durante os últimos 40,000 anos

Pereira, Ligia Sauaya 18 December 2018 (has links)
The Atlantic meridional overturning circulation (AMOC) has a central role in the interhemispheric transport of heat and changes in its intensity are known to have profound impact on global climate. Disturbances in the AMOC are also supposedly associated with the past changes in marine productivity and oceanic uptake of atmospheric carbon dioxide, which contributed to the global climate changes that led to the termination of the last glacial cycle. Although the South Atlantic Ocean constitutes an important pathway for the return flow of the AMOC, the changing impacts of the AMOC especially in the subtropical western South Atlantic still remain elusive. In this study, high-resolution records of upper water column properties and productivity have been applied to reconstruct the evolution of oceanographic conditions in the subtropical western South Atlantic covering the last 40,000 years. The proxy records employed here are based both on faunal assemblages and on the stable oxygen isotopic composition of planktonic foraminifera from a marine sediment core collected off southern Brazilian continental margin (27°S). The main findings of the present study reveal, for the first time, enhanced primary productivity in the subtropical western South Atlantic during Heinrich Stadials along the last glacial, when the AMOC showed reduced strength. Additionally, this study reveals decreased primary productivity over the Last Glacial Maximum and the Younger Dryas, when the AMOC showed only moderate reductions. The most outstanding productivity decline is depicted after the Holocene inception, when the AMOC recovered its strength. Further, the findings of the present work also reveal that rather overall glacial-like conditions prevailed at the onset of the Holocene, before complete reinvigoration of the AMOC. Full interglacial configuration would only establish at approximately 9,000 years, when the AMOC fully recovered; although such interglacial setting would be abruptly interrupted during the Mid Holocene, accompanying a sudden reduction of the AMOC. Those findings suggest that the impact of the AMOC on the subtropical western South Atlantic would have played a critical role not only over the last glacial, but also throughout the glacial-interglacial transition and even under full interglacial conditions. The main hypothesis of this research is that the observed changes were triggered by the dynamics of the Brazil Current primarily driven by disturbances in the AMOC. / A célula de revolvimento meridional do Atlântico (AMOC) desempenha um papel central no transporte inter-hemisférico de calor e mudanças em sua intensidade têm profundo impacto sobre o clima global. Distúrbios na AMOC supostamente também estariam associados a alterações pretéritas na produtividade marinha e absorção oceânica de dióxido de carbono atmosférico, que contribuíram para mudanças no clima global e levaram à terminação do último ciclo glacial. Embora o Atlântico Sul constitua importante rota para o fluxo de retorno da AMOC, impactos de alterações na AMOC especialmente na porção subtropical do Atlântico Sudoeste ainda permanecem elusivos. Neste estudo, registros de alta resolução de propriedades da camada superior da coluna de água e de produtividade foram utilizados para reconstruir a evolução de condições oceanográficas na porção subtropical do Atlântico Sudoeste ao longo dos últimos 40,000 anos. Os indicadores empregados se baseiam na composição de assembleias faunísticas e de isótopos estáveis de oxigênio em foraminíferos planctônicos de testemunho sedimentar marinho coletado na margem continental sul do Brasil (27°S). Os principais resultados deste estudo revelam, pela primeira vez, aumento de produtividade primária na porção subtropical do Atlântico Sudoeste durante Heinrich Stadials ao longo do último glacial, quando a AMOC apresentou reduzida intensidade. Adicionalmente, o presente estudo revela diminuição de produtividade primária durante o Último Máximo Glacial e Younger Dryas, quando a AMOC apresentou apenas moderada redução. O declínio de produtividade mais proeminente é observado após o início do Holoceno, quando a AMOC recuperou sua intensidade. Os resultados do presente trabalho também revelam que, de modo geral, condições similares ao glacial prevaleceram no princípio do Holoceno, antes de completa retomada da AMOC. Plenas condições interglaciais apenas teriam se estabelecido há cerca de 9,000 anos, quando a AMOC foi completamente revigorada; embora plena configuração interglacial tenha sido abruptamente interrompida em meados do Holoceno, acompanhando repentina redução da AMOC. Estes resultados sugerem que o impacto da AMOC na porção subtropical do Atlântico Sudoeste teria desempenhado um papel crítico não apenas durante o último glacial, mas também ao longo da transição glacial-interglacial e mesmo sob plenas condições interglaciais. A principal hipótese deste estudo é de que as mudanças observadas foram ocasionadas por dinâmicas da Corrente do Brasil primariamente induzidas por distúrbios na AMOC.
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Reconstruction of the ocean circulation in the subtropical western South Atlantic during the last 40,000 years / Reconstrução da circulação oceânica na porção subtropical do Atlântico Sudoeste durante os últimos 40,000 anos

Ligia Sauaya Pereira 18 December 2018 (has links)
The Atlantic meridional overturning circulation (AMOC) has a central role in the interhemispheric transport of heat and changes in its intensity are known to have profound impact on global climate. Disturbances in the AMOC are also supposedly associated with the past changes in marine productivity and oceanic uptake of atmospheric carbon dioxide, which contributed to the global climate changes that led to the termination of the last glacial cycle. Although the South Atlantic Ocean constitutes an important pathway for the return flow of the AMOC, the changing impacts of the AMOC especially in the subtropical western South Atlantic still remain elusive. In this study, high-resolution records of upper water column properties and productivity have been applied to reconstruct the evolution of oceanographic conditions in the subtropical western South Atlantic covering the last 40,000 years. The proxy records employed here are based both on faunal assemblages and on the stable oxygen isotopic composition of planktonic foraminifera from a marine sediment core collected off southern Brazilian continental margin (27°S). The main findings of the present study reveal, for the first time, enhanced primary productivity in the subtropical western South Atlantic during Heinrich Stadials along the last glacial, when the AMOC showed reduced strength. Additionally, this study reveals decreased primary productivity over the Last Glacial Maximum and the Younger Dryas, when the AMOC showed only moderate reductions. The most outstanding productivity decline is depicted after the Holocene inception, when the AMOC recovered its strength. Further, the findings of the present work also reveal that rather overall glacial-like conditions prevailed at the onset of the Holocene, before complete reinvigoration of the AMOC. Full interglacial configuration would only establish at approximately 9,000 years, when the AMOC fully recovered; although such interglacial setting would be abruptly interrupted during the Mid Holocene, accompanying a sudden reduction of the AMOC. Those findings suggest that the impact of the AMOC on the subtropical western South Atlantic would have played a critical role not only over the last glacial, but also throughout the glacial-interglacial transition and even under full interglacial conditions. The main hypothesis of this research is that the observed changes were triggered by the dynamics of the Brazil Current primarily driven by disturbances in the AMOC. / A célula de revolvimento meridional do Atlântico (AMOC) desempenha um papel central no transporte inter-hemisférico de calor e mudanças em sua intensidade têm profundo impacto sobre o clima global. Distúrbios na AMOC supostamente também estariam associados a alterações pretéritas na produtividade marinha e absorção oceânica de dióxido de carbono atmosférico, que contribuíram para mudanças no clima global e levaram à terminação do último ciclo glacial. Embora o Atlântico Sul constitua importante rota para o fluxo de retorno da AMOC, impactos de alterações na AMOC especialmente na porção subtropical do Atlântico Sudoeste ainda permanecem elusivos. Neste estudo, registros de alta resolução de propriedades da camada superior da coluna de água e de produtividade foram utilizados para reconstruir a evolução de condições oceanográficas na porção subtropical do Atlântico Sudoeste ao longo dos últimos 40,000 anos. Os indicadores empregados se baseiam na composição de assembleias faunísticas e de isótopos estáveis de oxigênio em foraminíferos planctônicos de testemunho sedimentar marinho coletado na margem continental sul do Brasil (27°S). Os principais resultados deste estudo revelam, pela primeira vez, aumento de produtividade primária na porção subtropical do Atlântico Sudoeste durante Heinrich Stadials ao longo do último glacial, quando a AMOC apresentou reduzida intensidade. Adicionalmente, o presente estudo revela diminuição de produtividade primária durante o Último Máximo Glacial e Younger Dryas, quando a AMOC apresentou apenas moderada redução. O declínio de produtividade mais proeminente é observado após o início do Holoceno, quando a AMOC recuperou sua intensidade. Os resultados do presente trabalho também revelam que, de modo geral, condições similares ao glacial prevaleceram no princípio do Holoceno, antes de completa retomada da AMOC. Plenas condições interglaciais apenas teriam se estabelecido há cerca de 9,000 anos, quando a AMOC foi completamente revigorada; embora plena configuração interglacial tenha sido abruptamente interrompida em meados do Holoceno, acompanhando repentina redução da AMOC. Estes resultados sugerem que o impacto da AMOC na porção subtropical do Atlântico Sudoeste teria desempenhado um papel crítico não apenas durante o último glacial, mas também ao longo da transição glacial-interglacial e mesmo sob plenas condições interglaciais. A principal hipótese deste estudo é de que as mudanças observadas foram ocasionadas por dinâmicas da Corrente do Brasil primariamente induzidas por distúrbios na AMOC.
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Caracterização paleoceanográfica do testemunho JPC-95, margem continental Sul Brasileira, com base em foraminíferos planctônicos e isótopos estáveis de oxigênio.

Ramos, Rodrigo da Costa Portilho 13 September 2017 (has links)
Submitted by Biblioteca de Pós-Graduação em Geoquímica BGQ (bgq@ndc.uff.br) on 2017-09-13T15:30:02Z No. of bitstreams: 1 disserta__o_de_Mestrado_de_Rodrigo_Portilho_Ramos2006.pdf: 839579 bytes, checksum: d63e3eae7dc3dd0de942d14085db1dbc (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-13T15:30:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 disserta__o_de_Mestrado_de_Rodrigo_Portilho_Ramos2006.pdf: 839579 bytes, checksum: d63e3eae7dc3dd0de942d14085db1dbc (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Universidade Federal Fluminense. Instituto de Química. Programa de Pós-Graduação em Geoquímica, Niterói, RJ / As freqüentes oscilações climáticas ocorridas nos últimos dois milhões de anos geraram grandes transformações na biodiversidade, na dinâmica de circulação oceânica e nas propriedades físico-químicas dos oceanos. Em estudos com abordagens paleoceanográficas e paleoclimáticas a partir de sedimentos oceânicos, é reconhecida a alta sensibilidade dos foraminíferos planctônicos às variações na temperatura da água do mar, com decorrente flutuação na diversidade e abundância relativa dos vários táxons. Por outro lado, a precipitação do CaCO3 ocorre em equilíbrio com o ambiente, possibilitando identificar variações paleoceanográficas e paleoclimáticas através da composição isotópica das carapaças de foraminíferos. Desse modo, é possível correlacionar as variações isotópicas com a freqüência dos táxons de foraminíferos planctônicos ao longo de um testemunho, permitindo inferências sobre a paleoceanografia e o paleoclima de uma região. O trabalho identificou as variações paleoceanográficas no talude da margem continental Sul brasileira através da análise da freqüência de táxons de foraminíferos planctônicos correlacionando-os com isótopos estáveis de oxigênio extraídos das carapaças de foraminíferos bentônicos, através do estudo do testemunho JPC 95, coletado em 1998, durante o cruzeiro KNORR 159-5, do Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI – EUA), no talude da Bacia de Santos (270 52,73’ S e 460 55,25’ W). Foram identificados três grandes intervalos paleoclimáticos: o último intervalo interglacial (1641cm – 920 cm) e o último glacial (911 – 20 cm) ocorridos durante o Pleistoceno, além do intervalo pós-glacial (11cm – topo), correspondente ao Holoceno; esse intervalos são também correlacionáveis, respectivamente, às Biozonas X , Y e Z, e aos Estágios Isotópicos Marinhos 5, 4/3/2 e 1. Também foram reconhecidas flutuações paleoclimáticas ao longo dos intervalos interglaciais e glaciais do Pleistoceno, as quais correspondem às subzonas X1 a X6 e Y1 a Y5. A associação microfossilifera encontrada nesses intervalos sugere influência das águas quentes da Corrente do Brasil durante o intervalo de tempo representado pelas Biozonas X e Z; e influência da Zona de Convergência Subtropical/Subantártica e/ou das águas frias da Corrente das Malvinas durante o tempo correlacionável à Biozona Y. A comparação dos resultados das associações de foraminíferos planctônicos com análises isotópicas de d18O em carapaças de foraminíferos bentônicos para os cinco metros superiores do testemunho sugerem que os ambientes bentônico e pelágico responderam diferentemente às pequenas flutuações paleoceanográficas durante a porção final do último intervalo glacial (subzonas Y3 superior, Y2 e Y1), na região estudada. O posicionamento do limite Pleistoceno / Holoceno foi confirmado por uma datação de 14C, obtida pra a amostra 16,5 cm. Taxas de sedimentação foram estimadas para os diversos intervalos reconhecidos no testemunho JPC95 / The frequent climatic oscillations during the past two million years has caused great changes in biodiversity, on ocean circulation patterns and in the physicochemical properties of seawater. Since the precipitation of CaCO3 occurs in equilibrium with the water environment, it is possible to evaluate the paleoceanography and paleoclimatic variations through the biogenic calcareous isotopic composition of marine sediment. Among others, planktic foraminifera are important paleoceanographic proxies in the ocean due to their high sensitivity to temperature variations of sea water masses. These changes are evident on diversity and relative abundance of the species, and therefore it’s possible to correlate the stable isotopic records with the changes on planktonic foraminiferal populations. The work identified the paleoceanographic variations on the south Brazilian continental margin slope using planktonic foraminifera frequency of species and stable oxygen isotopes extracted from benthic foraminifera on the core JPC-95, collected in 1998 during cruise on the R/V KNORR 159-5 from Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI,EUA), which was retrieved from the slope of Santos Basin at coordinates 270 52,73’ S and 460 55,25’ W. In this study three major paleoclimatic intervals were recognized, the last interglacial interval (base at 1641cm – 920 cm) and the last glacial interval (911cm – 20 cm), which occurred during the Pleistocene, besides the Post-glacial interval ( 11cm – 3 cm) that corresponds to the Holocene. These are similar to Biozones X, Y and Z and it was possible to further subdivide the core data into paleoclimatic fluctuations during the last interglacial and glacial intervals from the Pleistocene, which correspond to X1 to X6 and Y1 to Y5 . Further, through the use of stable oxygen isotopes it was possible to recognize the Marine Isotopic Stages 1 and 2 (MIS 1 and 2), that corresponds to post- glacial and glacial intervals. The planktonic foraminifera association suggests to the intervals represented by biozones X and Z the influence of warm water masses of Brazil current; and the influence of the subtropical/subantarctic convergence zone and/or cold water of Malvinas current during the time interval related to biozone Y. The correlation of planktonic foraminifera with d18O isotopic data from benthic foraminifera to the top 5m of the core suggest that benthic and pelagic environments responded differently to the short term paleoceanographic changes during the final portion of the last glacial at this region (upper subzone Y3, Y2 and Y1). The Pleistocene/Holocene limit was confirmed through a radiocarbon dating at sample 16,5cm. Sedimentation rates were estimated to several intervals within JPC95 core.
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A bifurcação da corrente do Brasil no embaiamento de Tubarão e seu papel na formação de vórtices ciclônicos

Servino, Ricardo Nogueira 13 October 2014 (has links)
Submitted by Morgana Andrade (morgana.andrade@ufes.br) on 2016-06-15T20:35:47Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) tese_8287_SERVINO_Dissertao_DIGITAL.pdf: 3302649 bytes, checksum: dab1f8314488f044d4ee8415c659d58b (MD5) / Approved for entry into archive by Patricia Barros (patricia.barros@ufes.br) on 2016-08-16T18:22:20Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) tese_8287_SERVINO_Dissertao_DIGITAL.pdf: 3302649 bytes, checksum: dab1f8314488f044d4ee8415c659d58b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-16T18:22:20Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) tese_8287_SERVINO_Dissertao_DIGITAL.pdf: 3302649 bytes, checksum: dab1f8314488f044d4ee8415c659d58b (MD5) / Agência Nacional do Petróleo (ANP) / A região de transição entre a costa leste e a costa sudeste brasileira, entre 19°S e 21°S, apresenta feições geomorfológicas que caracterizam uma linha de quebra de plataforma complexa. O Banco de Abrolhos e os montes submarinos da Cadeia Vitória-Trindade (CVT) são irregularidades que promovem influências no sistema de correntes de contorno oeste local, em especial ao fluxo da Corrente do Brasil (CB), induzindo a formação de meandramentos e vórtices na região. Confinado por essas estruturas ao seu redor, o Embaiamento de Tubarão (ET) compreende uma região em frente à Vitória (20,3°S; 40,3°W) que abriga vórtices ciclônicos cuja formação foi investigada no presente trabalho como sendo influenciada por uma bifurcação da CB nesse sítio. A bifurcação de uma corrente geostrófica é um processo geofísico de interação de um jato e uma parede continental, com a consequente formação de dois jatos secundários – um em cada direção – e que pode ser responsável pela formação de vórtices em bacias parcialmente confinadas (e.g. Mar de Alborão e Mar do Japão). Esse processo foi encontrado no ET a partir de uma recorrente incidência da CB em seu talude continental, identificada com base em resultados de uma simulação numérica de alta resolução espacial e batimetria tratada. Ao que se tenha conhecimento, esta é a primeira descrição de tal processo na região. Os resultados encontrados sugerem que o jato secundário desviado para o interior do ET tenha um papel indispensável na formação e manutenção de dois tipos de vórtices ciclônicos, diferenciados entre si principalmente em tamanho, duração e período de ocorrência. As características desses vórtices e da própria bifurcação mostraram estar sensivelmente ligadas ao padrão de escoamento da CB pelos canais formados entre os montes da CVT. / The transition region from the east to the southeast Brazilian coast, between 19°S and 21°S, shows remarkable geomorphological features that characterizes a complex shelf-break line. The Abrolhos Banks and the Vitória-Trindade Ridge’s (VTR) seamounts are irregularities that promote influences on the system of western boundary currents in this region, specially to the Brazil Current (BC), inducing its meandering and the developing of eddies locally. Confined by these structures around it, the Tubarão Bight (TB) is a region in front of Vitória (20.3°S; 40.3°W) that shelters cyclonic eddies which formation was investigated in this work as influenced by a bifurcation of the BC in this site. The bifurcation of a geostrophic current is a geophysical process of interaction between a jet and a continental boundary that results in the formation of two secondary jets – one in each direction – and that can be responsible for the developing of eddies inside partially confined oceanic basins (e.g Alboran Sea and Sea of Japan). The occurrence of this process was found inside the TB following the impinging of the BC on its continental slope, identified based on numerical modelling results derived from a high-resolution and refined topography simulation. To the extent of our knowledge, this is the first description of such process in this region. This work’s findings suggest that the secondary jet deflected to the TB’s interior is necessary to the developing and maintenance of two kinds of eddies with different size, duration and date of occurrence. These eddies’ characteristics and the bifurcation’s itself were significantly linked to the flowing pattern of the BC through the VTR’s seamounts.
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Modelagem de bioinvasão do coral-sol (Tubastraea coccinea e T. tagusensis):mecanismos da ocupação e dispersão e identificação de sua potencial distribuição geográfica / Distributional aspects of two non-indigenous coral species in Brazil; insights from species distribution models

Lélis Antonio Carlos Júnior 06 February 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os fatores que explicam a distribuição observada em plantas e animais é uma pergunta que intriga naturalistas, biogeógrafos e ecólogos há mais de um século. Ainda nos primórdios da disciplina de ecologia, as tolerâncias ambientais já haviam sido apontadas como as grandes responsáveis pelo padrão observado da distribuição dos seres vivos, o que mais tarde levou à concepção de nicho ecológico das espécies. Nos últimos anos, o estudo das distribuições dos organismos ganhou grande impulso e destaque na literatura. O motivo foi a maior disponibilidade de catálogos de presença de espécies, o desenvolvimento de bancos de variáveis ambientais de todo o planeta e de ferramentas computacionais capazes de projetar mapas de distribuição potencial de um dado organismo. Estes instrumentos, coletivamente chamados de Modelos de Distribuição de Espécies (MDEs) têm sido desde então amplamente utilizados em estudos de diferentes escopos. Um deles é a avaliação de potenciais áreas suscetíveis à invasão de organismos exóticos. Este estudo tem, portanto, o objetivo de compreender, através de MDEs, os fatores subjacentes à distribuição de duas espécies de corais escleractíneos invasores nativos do Oceano Pacífico e ambas invasoras bem sucedidas de diversas partes do Oceano Atlântico, destacadamente o litoral fluminense. Os resultados mostraram que os modelos preditivos da espécie Tubastraea coccinea (LESSON, 1829), cosmopolita amplamente difundida na sua região nativa pelo Indo- Pacífico demonstraram de maneira satisfatória suas áreas de distribuição nas áreas invadidas do Atlântico. Sua distribuição está basicamente associada a regiões com alta disponibilidade de calcita e baixa produtividade fitoplanctônica. Por outro lado, a aplicação de MDEs foi incapaz de predizer a distribuição de T. tagusensis (WELLS,1982) no Atlântico. Essta espécie, ao contrário de sua congênere, tem distribuição bastante restrita em sua região nativa, o arquipélago de Galápagos. Através de análises posteriores foi possível constatar a mudança no nicho observado durante o processo de invasão. Finalmente, o sucesso preditivo para T. coccinea e o fracasso dos modelos para T. tagusensis levantam importantes questões sobre quais os aspectos ecológicos das espécies são mais favoráveis à aplicação de MDEs. Adicionalmente, lança importantes ressalvas na utilização recentemente tão difundida destas ferramentas como forma de previsão de invasões biológicas e em estudos de efeitos de alterações climáticas sobre a distribuição das espécies. / The factors underpinning the observed distribution of plants and animals across time and space are a central question in ecology and has intrigued scientists for over a century. But even back on those early times, the role of climatic tolerances of the species were recognized as one of the main explanations for such distributional patterns. Later, these assumptions gave rise to the concept of niche which triggered several advances in the study of natural history. Recently, these studies were addressed in the light of novel computational techniques capable of providing potential distributional maps for a given species, generically called Species Distribution Models (SDMs). This coupled with the broader availability of species occurrence records and of environmental data from international databases made studies with SDMs very popular and ubiquitous in the literature. One of the main uses of the SDMs approach is the assessment of potentially susceptible areas of invasion by non- indigenous species. Therefore, here we used SDMs to better understand the major factors related to the current distribution of two well established invasive scleractinian coral species in the Atlantic, both from the Pacific Ocean. The results showed that the models were successful in predicting the potentially invaded sites by the cosmopolitan Tubastraea coccinea (LESSON, 1829), broadly distributed throughout the Pacific. This species distribution was basically associated with increasing concentrations of calcite and lower levels of phytoplankton activity. However, the models were incapable of predicting the survival and establishment of T. tagusensis (WELLS, 1982) in the Atlantic. This species, unlike its congener, has a very restricted distribution in its native regions, the Galapagos Islands. A posterior analyzes indeed showed a niche shift during the invasion event of T. tagusensis in the Atlantic. Finally, the good modelling results for T. coccinea contrasted with the failure of modelling T. tagusensis invasion highlight important explanations on methodological procedures in SDMs. It also helps to better understand which ecological aspects of the species are favourable toward good modelling performance. In addition to that, these results calls for precaution when analyzing SDMs results, particularly in invasion and climate change scenarios studies.
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Modelagem de bioinvasão do coral-sol (Tubastraea coccinea e T. tagusensis):mecanismos da ocupação e dispersão e identificação de sua potencial distribuição geográfica / Distributional aspects of two non-indigenous coral species in Brazil; insights from species distribution models

Lélis Antonio Carlos Júnior 06 February 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Os fatores que explicam a distribuição observada em plantas e animais é uma pergunta que intriga naturalistas, biogeógrafos e ecólogos há mais de um século. Ainda nos primórdios da disciplina de ecologia, as tolerâncias ambientais já haviam sido apontadas como as grandes responsáveis pelo padrão observado da distribuição dos seres vivos, o que mais tarde levou à concepção de nicho ecológico das espécies. Nos últimos anos, o estudo das distribuições dos organismos ganhou grande impulso e destaque na literatura. O motivo foi a maior disponibilidade de catálogos de presença de espécies, o desenvolvimento de bancos de variáveis ambientais de todo o planeta e de ferramentas computacionais capazes de projetar mapas de distribuição potencial de um dado organismo. Estes instrumentos, coletivamente chamados de Modelos de Distribuição de Espécies (MDEs) têm sido desde então amplamente utilizados em estudos de diferentes escopos. Um deles é a avaliação de potenciais áreas suscetíveis à invasão de organismos exóticos. Este estudo tem, portanto, o objetivo de compreender, através de MDEs, os fatores subjacentes à distribuição de duas espécies de corais escleractíneos invasores nativos do Oceano Pacífico e ambas invasoras bem sucedidas de diversas partes do Oceano Atlântico, destacadamente o litoral fluminense. Os resultados mostraram que os modelos preditivos da espécie Tubastraea coccinea (LESSON, 1829), cosmopolita amplamente difundida na sua região nativa pelo Indo- Pacífico demonstraram de maneira satisfatória suas áreas de distribuição nas áreas invadidas do Atlântico. Sua distribuição está basicamente associada a regiões com alta disponibilidade de calcita e baixa produtividade fitoplanctônica. Por outro lado, a aplicação de MDEs foi incapaz de predizer a distribuição de T. tagusensis (WELLS,1982) no Atlântico. Essta espécie, ao contrário de sua congênere, tem distribuição bastante restrita em sua região nativa, o arquipélago de Galápagos. Através de análises posteriores foi possível constatar a mudança no nicho observado durante o processo de invasão. Finalmente, o sucesso preditivo para T. coccinea e o fracasso dos modelos para T. tagusensis levantam importantes questões sobre quais os aspectos ecológicos das espécies são mais favoráveis à aplicação de MDEs. Adicionalmente, lança importantes ressalvas na utilização recentemente tão difundida destas ferramentas como forma de previsão de invasões biológicas e em estudos de efeitos de alterações climáticas sobre a distribuição das espécies. / The factors underpinning the observed distribution of plants and animals across time and space are a central question in ecology and has intrigued scientists for over a century. But even back on those early times, the role of climatic tolerances of the species were recognized as one of the main explanations for such distributional patterns. Later, these assumptions gave rise to the concept of niche which triggered several advances in the study of natural history. Recently, these studies were addressed in the light of novel computational techniques capable of providing potential distributional maps for a given species, generically called Species Distribution Models (SDMs). This coupled with the broader availability of species occurrence records and of environmental data from international databases made studies with SDMs very popular and ubiquitous in the literature. One of the main uses of the SDMs approach is the assessment of potentially susceptible areas of invasion by non- indigenous species. Therefore, here we used SDMs to better understand the major factors related to the current distribution of two well established invasive scleractinian coral species in the Atlantic, both from the Pacific Ocean. The results showed that the models were successful in predicting the potentially invaded sites by the cosmopolitan Tubastraea coccinea (LESSON, 1829), broadly distributed throughout the Pacific. This species distribution was basically associated with increasing concentrations of calcite and lower levels of phytoplankton activity. However, the models were incapable of predicting the survival and establishment of T. tagusensis (WELLS, 1982) in the Atlantic. This species, unlike its congener, has a very restricted distribution in its native regions, the Galapagos Islands. A posterior analyzes indeed showed a niche shift during the invasion event of T. tagusensis in the Atlantic. Finally, the good modelling results for T. coccinea contrasted with the failure of modelling T. tagusensis invasion highlight important explanations on methodological procedures in SDMs. It also helps to better understand which ecological aspects of the species are favourable toward good modelling performance. In addition to that, these results calls for precaution when analyzing SDMs results, particularly in invasion and climate change scenarios studies.
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O reino do Congo e os miseráveis do mar: o Congo, o sonho e os holandeses no Atlântico, 1600-1650.

Correia, Stephanie Caroline Boechat January 2013 (has links)
Submitted by Maria Dulce (mdulce@ndc.uff.br) on 2014-02-19T19:53:33Z No. of bitstreams: 1 Correia, Stephanie-Dissert-2013.pdf: 1911019 bytes, checksum: c01fdc0882e18a297b1e4fd6a874cad4 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-02-19T19:53:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Correia, Stephanie-Dissert-2013.pdf: 1911019 bytes, checksum: c01fdc0882e18a297b1e4fd6a874cad4 (MD5) Previous issue date: 2013 / Esta pesquisa tem o objetivo de conhecer as relações construídas e desfeitas entre holandeses, portugueses e congoleses no período de 1600 a 1650, prestando maior atenção, aos aspectos políticos e religiosos dessas relações. Para tal, foi importante perceber como as identidades dos senhores locais, sobretudo os mani Congo e Sonho, foram sendo construídas através das disputas travadas e como, muitas vezes, os discursos e as práticas possuíram diferenças enormes de acordo com os interesses e com as situações. Suas mudanças de posicionamentos políticos, seu fazer e desfazer de alianças em relação a holandeses, portugueses, espanhóis e italianos são pontos importantes da pesquisa e são vistos como contradições próprias das relações sociais. Categorias como católico, pagão e herege tinham enorme importância e eram manejadas de acordo com as exigências de cada situação. Foram justamente essas situações que impuseram discursos e práticas identitárias – por vezes aparentemente contraditórias – que se destacaram ao longo da pesquisa e que constituíram o foco de atenção deste trabalho. / This research aims to understand the relationship built and broken between Dutch, Portuguese and Congolese in the period from 1600 to 1650, paying more attention to the political and religious aspect of these relationships. For such, it was important to understand how the identities of local lords, especially the Congo and mani Dream, were built through the disputes waged and how the discourses and practices possessed huge differences according to the interests and situations. His changes of political positions, their making and unmaking alliances against the Dutch, Portuguese, Spanish and Italian are important points of the research and are seen as contradictions in social relations. Categories such as Catholics, pagan and heretic had enormous importance and were managed according the requirements of each situation. It was precisely these situations that imposed identity discourses and practices – sometimes seemingly contradictory – that stood out during the research and which were the focus of this work

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