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Ações e causas : um ensaio de analise do conceito de ação intencional

Marques, José Oscar de Almeida, 1949- 07 July 1988 (has links)
Orientador : Balthazar Barbosa Filho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-19T00:05:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marques_JoseOscardeAlmeida_M.pdf: 54234214 bytes, checksum: 505d9514a026923f9d291302c6b1c323 (MD5) Previous issue date: 1988 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Ato e potência

Lima, Alexandre January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciênicas Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:02:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 223770.pdf: 1360554 bytes, checksum: 677567e07a5c78826e8dcfa918b12c76 (MD5) / Com o propósito de analisar a relação entre ser e movimento a partir dos conceitos de ato e potência, elaboramos um mapeamento do livro da Metafísica, capaz de orientar o entendimento de sua estrutura central. Visto como um dos modos de se dizer o ser, o ser em ato e em potência é parte integrante e fundamental da investigação metafísica. A distinção entre ser em ato e em potência pretende resolver o clássico problema do não-ser que vem a ser, mostrando como o não-ser é apenas não-ser ainda em ato, mas já é ser em potência e este guarda as condições para sua necessária atualização. A reconstrução argumentativa de procurou ressaltar três aspectos principais: (1) Ato e potência funcionam como um elemento de conexão entre as outras ciências - práticas, produtivas e teóricas - que são subordinadas à Ciência do Ser enquanto Ser, a Metafísica. (2) Há uma forte relação entre o par conceitual ato/potência e os outros conceitos fundamentais da filosofia aristotélica, tais como: substância, forma, matéria, ação, bem, natureza e fim. Desse modo, ato e potência somente serão plenamente compreendidos se também forem considerados esses outros conceitos. (3) Há uma relação direta entre os dois sentidos em que ato e potência podem ser entendidos - o cinético e o metafísico - e a seguinte divisão interna de T: de T1 a T5 a investigação está centrada sob o ângulo do movimento, é o momento cinético, em que Aristóteles dedica-se mais à análise da potência caracterizada como um princípio de movimento. A idéia central é ressaltar que se todas as coisas estivessem já em ato não haveria possibilidade de movimento. De T6 a T10 a investigação está centrada sob a perspectiva da substância, é o momento metafísico, com maior destaque à análise do ato e suas relações com a forma e, portanto, com a substância. Por serem conceitos originários, ato e potência só podem ser pensados de modo imediato, não cabendo uma definição no sentido estrito, devendo ser compreendidos somente por meio da analogia de proporção. Aristóteles defende ainda a anterioridade do ato perante a potência, pois é necessário que exista algo já em ato para que um outro, em potência, venha a ser. O livro T está inserido num plano maior de investigação, a Metafísica, cujo objeto central é a substância, e desse modo, ato e potência são conceitos que somente se esclarecem e têm sentido a partir da substância.
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Ato e potencia na etica a Nicomaco

Pereira, Reinaldo Sampaio 25 July 2018 (has links)
Orientador: Alcides Hector Rodriguez Benoit / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-25T19:05:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_ReinaldoSampaio_M.pdf: 6873059 bytes, checksum: e79a5f2b4fdd4463fcb03b20bbd642bc (MD5) Previous issue date: 1999 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Mestre em Filosofia
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Linguagem e ação politica : um estudo do Slogan, da ideologia e do mito como integrantes da estrategia da ação politica

Carvalho, Isaar Soares de, 1961- 24 July 2018 (has links)
Orientador: Fausto Castilho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-24T16:31:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carvalho_IsaarSoaresde_M.pdf: 4421162 bytes, checksum: 9d6b9ff59bf7816f39a1e9c767156688 (MD5) Previous issue date: 1998 / Resumo: A partir de uma análise que integra a Ética, a Filosofia Política, a Sociologia, a Antropologia Filosófica e a História, este trabalho tem por objetivo examinar a integração entre a ação política e a linguagem, procurando demonstrar que a linguagem é utilizada como arma pelos atores da macropolítica. Três são os fenômenos lingüísticos escolhidos para a exposição de nossa hipótese de que existe uma parte da ação humana, e especificamente da ação política, que é determinada parcialmente pela linguagem: o slogan, a ideologia e o mito. Os significados da existência nascem do cotidiano e a ação política é avaliada pelo povo através do real vivido. Porém, é inegável que o sentido da existência social e a ação política são integrados pela linguagem que, ao lado das inúmeras experiências cotidianas, também determina a existência. Nossa análise integra aspectos teóricos da ação política e da linguagem e recorre a exemplos da História da Ação Política para concluir que, de recurso natural das lides , humanas, a linguagem passa a ser utilizada de forma técnica pelos atores políticos, sempre visando o poder. Quer estejam em sua busca, quer objetivem preservá-lo ou ampliá-lo, quer estejam em guerra, os atores políticos sempre procurarão dissimular a realidade, integrar a sociedade e dominá-la, tanto através da ação real, que em si mesma é coberta de linguagem e de imaginação, quanto da própria linguagem como um dos recursos para atingir o imaginário, manter as massas tranqüilas e as elites seguras. Assim, de elemento comum da cultura, a linguagem passa a ser utilizada como um dos instrumentos de uma cultura específica - na qual os significados e a ação são planejados por "artesãos hábeis e matreiros"- a cultura política / Abstract: Beginning with an analysis that integrates Ethics, Political Philosophy, Sociology Philosophical Anthropology and History, the purpose of this . work is to examine the relationship among political action and language, demonstrating that language is used by players in Politics as a weapon. We have the linguistic phenomena selected for the exposition of our hypothesis that are partially human action, particularly of the political action, that is determined also partially by the language: the slogan, the ideology and the myth. The meanings of existence evolves daily and the political action is judged through real existence by people. Neverthless, its undeniable that the meaning of the social existence and the political action are linked by the language, that which, as other inumerous day-to- day experiences, also determines this very experience Our analysis integrates theoretical aspects of political action and language and covers exemples of History of Political Action to conclude the language - a simple instrument of human culture - is studied in order to be used technically by political ators which, always with a view of power grip, seeking to dissimilate reality, control and integrate the society: This being realized through real action, which in itself is covered by language and imagination, as much of language as a menas of reaching the imaginary, tranquilizing the masses and assuring the elites. This way, as common cultural element, the language becames an instrument of usage of a specific culture in which the meanings and action are planned by "able and traitors craftsmen" - the cultural politics / Mestrado / Mestre em Filosofia
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O animal laborans e as origens do totalitarismo

Dourado Júnior, Adahilton 28 June 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-09-20T14:56:03Z No. of bitstreams: 1 2013_AdahiltonDouradoJunior.pdf: 949598 bytes, checksum: 028345f6b4156c9518b7860889561b50 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-09-20T15:27:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_AdahiltonDouradoJunior.pdf: 949598 bytes, checksum: 028345f6b4156c9518b7860889561b50 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-09-20T15:27:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_AdahiltonDouradoJunior.pdf: 949598 bytes, checksum: 028345f6b4156c9518b7860889561b50 (MD5) / Esta pesquisa tem por objetivo expor o pensamento de Hannah Arendt tendo por referência o animal laborans, a fim de corroborar sua teoria política no sentido de que a) o totalitarismo nega o político; b) a alienação, o isolamento, a sujeição a necessidades vitais e a incapacidade para pensar daqueles que compõem as sociedades de massa são condições pré-totalitárias já perfeitamente identificadas no homem moderno; e no de que c) a “ação” é o melhor remédio contra a possibilidade de sua ocorrência. A exposição, partindo dessas premissas, trata do indivíduo, de um lado, e do corpo político, de outro, relacionando a impossibilidade de desenvolvimento da “ação” em face das “necessidades humanas vitais”, cuja expressão se encontra afirmada na atividade do animal laborans. Ao final, após situar o leitor quanto à recepção crítica do pensamento arendtiano, fica assentado como Hannah Arendt reinstitui um debate profícuo acerca da “liberdade” constituindo os fundamentos da democracia participativa em bases mais adequadas à sua concretização. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research aims to expose the thought of Hannah Arendt referenced by the animal laborans, in order to corroborate his political theory in the sense that a) totalitarianism denies the political; b) alienation, isolation, subjection to vital needs, and the inability of man to think of members of the mass societies are totalitarian pre-conditions already perfectly identified in the modern man; and that c) the "action" is the best antidote against the possibility of its occurrence. The exhibition, based on these assumptions, addresses to the individual, on one hand, and to the politic body, on the other, relating the impossibility of the development of the "action", in the face of "vital human needs", whose expression is stated in the activity of the animal laborans. At the end, after situating the reader in relation to the critical reception of Arendt’s thought, it is settled, as Hannah Arendt reinstituted a meaningful discussion about "freedom", constituting the foundations of the participatory democracy in a more adequate basis for its materialization.
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Descendo a toca do coelho : linguagem, etica e a questão da verdade / Down the rabbit hole : language, ethics and the question of truth

Rodrigues, Elenita Gonçalves 12 August 2018 (has links)
Orientador: Kanavillil Rajagopalan / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-12T17:47:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigues_ElenitaGoncalves_D.pdf: 19155331 bytes, checksum: 4df0a7e95a75875464da9f99807aba52 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A questão da constituição do sujeito é inelutável não só na lingüística, mas nas ciências humanas de forma geral. Esta tese, a fim de nos fornecer elementos para repensar o próprio papel da ciência e do intelectual na nova configuração de saberes que enfrentamos no último século, se propõe a discutir, retomando a discussão realizada por Bakhtin em Para uma filosofia do ato, a ética e a questão da verdade, realizando percursos e diálogos vários, sob perspectivas e prismas diversos. Nos primeiros capítulos é discutida a questão da verdade. No Capítulo 1, inicia-se a narrativa de nosso percurso, dos primeiros textos, questionamentos e contatos, que levaram à delimitação de nosso objeto de estudo desta - e apenas desta - maneira. No Capítulo 2, são discutidas as mudanças de paradigma advindas dos estudos na área da física, à luz das contribuições de intelectuais como Edgar Morin, Boaventura de Sousa Santos e Ilya Prigogine, e suas possíveis implicações para a teoria do conhecimento. No Capítulo 3, a própria existência de uma realidade única e indubitável é questionada, abrindo espaço para objeções às teorias de linguagem como representação da realidade e de verdade como correspondência. Neste contexto, como é mostrado, perdem lugar uma ciência de universais e um sujeito de ontologias essenciais, que passa a ser duramente criticado, bem como perde também espaço a existência da própria realidade como a conhecemos. No Capítulo 4, nos aproximamos do texto Para uma Filosofia do Ato (Bakhtin, 1993 [1919-1921]) e são rediscutidas, à luz da reflexão conduzida nos capítulos anteriores, as concepções bakhtinianas de Istina e Pravda e suas implicações e contribuições para uma discussão ética profunda e para um debate mais amplo no campo da filosofia da ciência e da teoria do conhecimento. A partir dessa perspectiva, no Capítulo 5, o escopo da discussão recai sobre ¿i¿ek e Lacan pelos caminhos da ética do real e da psicanálise. A discussão central se dá em torno dos estudos que reivindicam uma autonomia incondicional do sujeito, uma aceitação de que, como seres humanos, somos responsáveis, em última análise, por nossos atos e nosso ser-no-mundo. Na parte final do trabalho, a perspectiva bakhtiniana conforme discutida neste texto é revista à luz da biologia do amor (Maturana, 1998), já que a primeira apresenta as condições e exigências para o exercício do diálogo e a segunda explicita a importância de nos colocarmos sob a regência do princípio do amor se efetivamente desejamos dialogar. É proposta assim uma discussão que pode trazer contribuições para a construção de uma sociedade que possa ser efetivamente chamada democrática, uma vez que o amor implica descentramento, abertura ao outro, ou, nas palavras de Edgar Morin, "não consiste apenas em projetar a nossa verdade sobre o outro" ou percebê-lo exclusivamente segundo nossos olhos, mas consiste sim em nos deixar "contaminar" pela sua verdade (Morin, 2008) / Abstract: The question of the subject constitution is inescapable not only for the linguistics, but also in general human sciences. This thesis, for the purpose of supplying elements for the rethought of the own roll of the science and of the intellectual in the new configuration of knowledge faced in the last century, wants to discuss, bringing back the discussion made by Bakthin in Toward a Philosophy of the Act, the ethics and the question of the truth, performing paths and various dialogues, under several perspectives and points of view. In the first chapters the question of the truth is discussed. In Chapter 1, the narrative of our path, of the first texts, questionings and contacts are initiated, which lead to the object of study delimitation in that - and only in that - way. In the second chapter, the paradigm changes which come from studies in the physics field are discussed, enlightened by contributions of intellectuals such as Edgar Morin, Boaventura de Sousa Santos and Ilya Prigogine, and its possible implications to the theory of knowledge. In the third chapter, the own existence of a single and indubitable reality is questioned, opening the way to objections to the language theories as representations of the reality and the truth as correspondence. In this context, as shown, a science of universals and a essential ontologisms subject lose place, thereafter being severely criticized, and the existence of the own reality as we know it loses place in the same way. In the fourth Chapter, we come closer to the text Toward a Philosophy of the Act (Bakhtin, 1993 [1919-1921]) and discuss, enlightened by the reflection of the previous chapters, the bakhtinians conceptions of Istina and Pravda and their implications and contributions for a deep ethic discussion and for a broader debate in the fields of the Philosophy of science and the Theory of Knowledge. From that perspective, in Chapter 5, the purpose of the discussion is referred again to ¿i¿ek and Lacan through the paths of real ethics and psychoanalysis. The main discussion is about the studies which claim an unconditional autonomy of the subject, an acceptation that, as human beings, we are responsible, in a last analysis, for our acts and our being-inthe-world. In the final part of the project, the bakhtinian perspective, as disscussed in this text, is revised enlighted by the biology of the love (Maturana, 1998), since the first one presents the conditions and the demands for the dialogue exercise and the second one makes explicit the importance of being put under the regency of the principle of love if we want to dialogue effectively. Therefore a discussion is proposed so that it allows contributions to the construction of a society which can be called effectively democratic, as love implies decentralization, the opening to others, or, in the words of Edgar Morin, "it does not consist only of projecting our truth to others" or perceive it exclusively according to our eyes, but it consists of letting us being "contaminated" by its truth" (Morin,1998) / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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Hannah Arendt e o resgate da ação e da cidadania / Marilucia Flenik da Silva ; orientadora, Katya Kozicki

Silva, Marilucia Flenik January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2007 / Inclui bibliografia / A dissertação "Hannah Arendt: o resgate da ação e da cidadania" busca identificar os fundamentos para uma redefinição da política, a partir do resgate da ação cidadã e da recuperação do espaço público. O poder aparece sempre que os homens se reúnem, em co
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Princípio e início : a questão da humanidade em Hannah Arendt

Santos, Rodrigo Ponce January 2017 (has links)
Orientador: Prof. Dr. André de Macedo Duarte / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa: Curitiba, 01/11/2017 / Inclui referências : f. 270-279 / Resumo: Buscando compreender os fenômenos totalitários, Hannah Arendt encarou a ameaça do fim da humanidade e a tarefa de encontrar um novo princípio. Nossa pesquisa encontra-se nesta encruzilhada. O capítulo 1 mostra a emergência da questão na interpretação arendtiana do imperialismo como origem do totalitarismo, bem como em sua leitura de Thomas Hobbes. Essa discussão é aprofundada no capítulo 2 por meio de uma comparação com o pensamento de Carl Schmitt e Leo Strauss. Ali argumentamos que Arendt, em sua busca por um novo princípio, recusa tanto o apelo a uma vontade soberana quanto o retorno à razão como caminho para a boa vida. No capítulo 3, abordamos a busca por um novo princípio para a humanidade a partir da interrogação do homem ou da mulher em sua singularidade, sendo este o contexto em que analisamos sua teoria da ação. Argumentamos a favor da noção de indeterminação do político, isto é, consideramos que Arendt concebe uma política sem fundamento. Consequentemente, propomos uma compreensão da ação como prática de refundações an-árquicas. O capítulo 4 explora a teoria arendtiana da fundação. Neste contexto, discutimos o "problema do Absoluto", isto é, o fato de que nossa tradição pensa a constituição da comunidade como feito uno e necessário que apela a uma autoridade absoluta, quando, para Arendt, trata-se de ações plurais e contingentes, baseadas tão somente na força de nossos acordos. Argumentamos então que a promessa é um fundamento-sem-fundamento, isto é, um laço de pura confiança - ou fé comum - que vincula e mantém unida a comunidade. Finalmente, no capítulo 5, analisamos a ambiguidade com que Arendt aborda os conceitos de soberania e vontade. Sustenta-se que, no fim de sua vida, há uma reinterpretação da vontade, à qual seria atribuída uma dimensão política condizente com a ideia de princípios plurais. De modo geral, conclui-se que a tarefa de buscar um novo princípio revela a própria humanidade como questão. O que não implica a dissolução dos fundamentos da vida política ou sua relativização em uma miríade de posições sem sentido ou relação, mas o fato de que nossa humanidade está a todo momento colocada no modo como vivemos e amamos. Palavras-chave: Hannah Arendt; princípios políticos; ação; fundação; vontade. / Abstract: In the attempt to understand the totalitarian phenomena, Hannah Arendt faced both the threat of the end of humanity and the task of finding a new principle. This crossroad is the main subject of the present dissertation. Chapter 1 shows how the question emerges in Arendt's account on imperialism as origin of totalitarianism as well as in her reading of Thomas Hobbes. The discussion is enlarged in Chapter 2 by a comparison with Carl Schmitt's and Leo Strauss's thought. It is shown that Arendt, in her quest for a new principle, refuses both the appeal to sovereign will and the return to reason as the path to good life. In Chapter 3, Arendt's search for a new principle for humanity is approached through the question of man or woman in his or her singularity, this being the context in which her theory of action is examined. It is advocated that Arendt conceives a non-foundational politics. Hence, it is proposed an understanding of action as the practice of an-archical re-foundations. Chapter 4 explores Arendt's theory on foundation. In this context, it is addressed the "problem of the Absolute", that is, the fact that our tradition conceives the constitution of a new community as an unique and necessary deed, which appeals to an Absolute autority, while in Arendt's account it is a plural and contingent action based only in the force of our agreements. We then argue that promise is a foundation-without-foundation, that is, a bond of pure confidence - or common faith - that binds and holds together a community. Finally, in chapter 5, we examine the ambiguity in Arendt's approach on sovereignty and will. It is sustained that a reinterpretation of the will occurs at the end of her life, granting to this faculty a political dimension coherent with the idea of plural principles. In general, this research concludes that Arendt's task to find a new principle reveals humanity as a question. It does not imply the dissolution of the foundations of political life or its relativization in a myriad of positions without meaning or relation, but the fact that our humanity is always placed in the way we already live and love. Keywords: Hannah Arendt; political principles; action; foundation; will.
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Sobre a aplicação do conceito de pessoa : uma analise conceitual / On the appliance of the concept of person : a conceptual analysis

Marques, Beatriz Sorrentino 13 August 2018 (has links)
Orientador: Gabbi Junior, Osmyr Faria / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-13T15:15:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marques_BeatrizSorrentino_M.pdf: 793198 bytes, checksum: f5135824464f5b2dac819b554ce05c8d (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: A distinção entre pessoas e coisas materiais, para P. F. Strawson em seu livro Individuals, guia a discussão sobre o que são pessoas e como as identificamos e nos referimos a elas. No entanto, a tentativa de fazer esta distinção chama a atenção para a necessidade da reflexibilidade do si mesmo, capaz de identificar si mesmo e outros como sendo pessoas. Paul Ricoeur explicita em seu livro Soi-même comme un autre como a designação de si desenvolve a compreensão da noção de si mesmo. A referência aos particulares de base que auxiliaria em sua distinção de coisas ocorre na linguagem, entretanto, ao levar em consideração atos de fala, que remetem à capacidade de designar a si na interlocução, surge a necessidade de considerar a ação como o principal aspecto que diferencia pessoas de coisas, como Strawson aponta em sua teoria. A ação expõe a distinção entre a espontaneidade com a qual o agente interfere no mundo, por meio de seu corpo, e a ocorrência de eventos de acordo com leis da natureza. Assim, a ação traz a dimensão da ética para o agente ao apontar o seu poder de agir. Por fim, a narrativa ajuda a designar uma ação ao seu agente, pois a ação faz parte da trama que o agente constrói, e contar algo é contar quem fez o que numa história em que o personagem apresenta uma constância. Dadas estas considerações, o presente estudo avalia dois casos de narrativas literárias para constatar se os seres não humanos que as compõem são pessoas ou não / Abstract: For P. F. Strawson, in his book Individuals, the distinction between persons and material things guides the argument over what persons are and how we identify and refer to them. However, tryning to point out the distinction calls atention to the need of the self's reflectivity, capable of identifying onself and another as persons. Paul Ricoeur elucidates in his book Soi-même Comme un Autre how self ascription develops our understanding of the self. The reference to basic particulars that should help distinguishing things happens through language, though, when we consider speech acts, which refere to the self designation capacity in interlocution, we realise the need to consider action as the key aspect which distinguishes persons from things, as Strawson poits out in his theory. Action exposes the distinction between the agente's spontaneous interference in the world, through his body, and the ocurrence of events in acordance with laws of nature. By way of his power to act, action brings to the agent a ethical dimension. Narrative helps ascribing an action to it's agent, since the action is a part of the plot the agent constructs, and to tell something is to tell who did what in a narrative where the character presents constancy. Based on these considerations, the present essay studies two literary cases to decide if the non-human beings preset on these narratives are persons or not. Key Words: Basic Particulars, Oneself, Intentional Action, Self-ascription, Own Body / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia

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