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ESPACIALIDADE E TEMPORALIDADE DA FICÇÃO ESTÉTICA E IDENTITÁRIA CULTURAL EM O OUTRO PÉ DA SEREIA, DE MIA COUTO.Borela, Rosangela Gomes 12 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-12 / This paper proposes an analysis of space and time pictures in writing by Mia Couto, with
reference to the work the other foot mermaid. Study analyzed the work as the author goes
through the space-time dimension, the IDs and Social representations and the boundaries
between cultures. Our study addressed also traces of hybridization, as well as the
weaknesses that emerge from the confrontation established by temporal and spatial
duplicity that produces an in-between place and the ambivalence between dream and
reality. This study aimed to also show the imaginary questions and fragmented narrative,
written at the same time, circular in shape and zigzag in the mirroring was a very used by
the author resource, requiring an attentive and participatory reader. We tried to emphasize
that the clash between the historical past and the re-elaboration of work done by writing
Mia Couto, resize the memory files revealing to us a culturally hybrid nation, in a constant
identity displacement process. / Esta dissertação propõe uma análise das imagens de espaço e tempo na escrita de Mia
Couto, tendo como referência a obra O outro pé da sereia. Estudamos na obra analisada
como o autor percorre a dimensão espaço-temporal, as identificações e representações
sócias bem como as fronteiras entre as culturas. Nosso estudo abordou, também, os
traços da hibridização, bem como as fragilidades que emergem do confronto
estabelecido pela duplicidade temporal e espacial que produz um entrelugar e a
ambivalência entre sonho e realidade. O presente estudo buscou, ainda, mostrar as
questões do imaginário e da narrativa fragmentada, escrita, ao mesmo tempo, de forma
circular e em zigue-zague, em que o espelhamento foi um recurso muito utilizado pelo
autor, exigindo um leitor atento e participativo. Buscou-se ressaltar que o embate entre o
passado histórico e o trabalho de reelaboração realizado pela escrita de Mia Couto,
redimensiona os arquivos da memó r i a revelando-nos uma nação culturalmente
híbrida, num incessante processo de deslocamento identitário.
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A ESTÉTICA DEMONÍACA E DO ENTRELUGAR NAS OBRAS DE FARNESE DE ANDRADE E EM A PASSAGEM TENSA DOS CORPOS, DE CARLOS DE BRITO E MELLO. / THE DEMONIC ESTHETISC AND PLACE BETWEEEN IN THE ART WORKS OF FARNESE DE ANDRADE AND INTO THE TENSE PASSAGE OF THE BODIES, BY CARLOS DE BRITO E MELLO.Coelho, Gabriela Bento 15 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-15 / The main objectives of this work are the theoretical construction of the demonic esthetic
and the identification of this proposal in modern and contemporary art. The research
was based mainly on contemporary approaches of Jean Baudrillard (1991), Zygmunt
Bauman (2001) and Goerges Bataille (1987). From the phenomenological perspective
of Mikel Dufrenne (2008), the demonic esthetic is the aesthetic experience awakened by
the horror and the grotesque. The demonic is historically, the rupture with the traditional
sense of beauty and the moral. The demoniac would be a transgression of the dominant
social order and the esthetic expression that reveals the transgressive and heretical of
human nature. The Apollonian and rational reality is unmasked by the revelation of the
Dionysian impulse that results in the return of man to himself, to obscurity, to unknown,
to infernal and nefarious. In the contact with hell, the man overcomes himself and
becomes what it is. The state of for coming and the between place are part of demonic
expression as new spaces of contestation and transformation. The demonic esthetics is
present in modern and contemporary art. For this are analyzed: the art works of Farnese
de Andrade and the artistic discourse in the romance, The Tense Passage of the Bodies,
written by Carlos de Brito Mello. / Os objetivos principais desta pesquisa são: a construção teórica da concepção da estética
demoníaca e a identificação desta proposta na arte moderna e contemporânea. A
pesquisa é fundamentada principalmente, nas abordagens contemporâneas de Jean
Baudrillard (1991), Zygmunt Bauman (2001) e Goerges Bataille (1987). Com base na
fenomenologia, a estética demoníaca consiste na experiência estética despertada em
contato com o horror e o grotesco. O demoníaco se identifica historicamente como a
ação de ruptura com o belo e com a moral. O demoníaco consiste em transgredir a
ordem social dominante. É a expressão estética que revela a porção maléfica e herética
da natureza humana. A realidade apolínea e racional é desmascarada para revelar a
pulsão dionisíaca que resulta no retorno do homem a si mesmo, a obscuridade, ao
desconhecido, ao infernal e ao nefasto. O estado de devir e o entrelugar são espaços não
perspectivos de contestação e transformação, que compõem a expressão demoníaca. A
estética demoníaca está presente na arte moderna e contemporânea. Nesta pesquisa, são
analisadas: as obras do artista plástico Farnese de Andrade e o discurso artístico no
romance A Passagem Tensa dos Corpos, escrito por Carlos de Brito e Mello.
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RESISTÊNCIA E VIOLÊNCIA EM HORACIO QUIROGA E SERGIO FARACO / ENDURANCE AND VIOLENCE IN HORACIO QUIROGA AND SERGIO FARACOLeites, Amalia Cardona 05 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This paper analyzes four short stories from Uruguayan writer Horacio Quiroga: Los mensú, A la deriva, Una bofetada e Los desterrados and four short stories from Brazilian writer Sergio Faraco: : A voz do coração, Noite de matar um homem, Guapear com frangos e Hombre, adopting the conception of border as a promiscuous place where the transgression is cultivated. The narratives are compared and related in the aspects in which the protagonists identities are constructed, especially in the relationship with their environments. When we discuss the question about the local identities and the borders in Latin America, we locate ourselves and establish our own positioning, also locating the other who is object of the discourse. To recognize the other implies recognizing oneself, and this process, since it is subject to constant transformations, involves to transit in the past and in the present, so the past can also be constructed and better understood. In order to do so, the way chosen is that in which the literary analysis dialogues with the historical contextualization of the spaces where the narratives are located, and also with the concept taken from Geography - of territorialization. To this concept we add the ideas of in-between place. and transculturation (respectively, according to Silviano Santiago and Ángel Rama), cardinals to a better understanding of Latin American literature. The comparison of the eight short-stories is started with the aspect of endurance, in which after the analysis we verified that is manifest in the authoritarian relationship of man against man, where the violence and the economic power are the vehicle of the ruling class oppression. The endurance is also the element that comes out in the conflict between man and nature at isolated and still wild territories, the environmental forces defeat the man and break his original harmony with the place. The ideal of the noble savage who lives in total equilibrium with his environment has no place at Quiroga s and Faraco s America. The nature, in this paper, is directly related to the inhuman realm, to the instincts opposed to the reason, to the expressions of violence not monopolized by the state, to the violence and brutality in its ancestral condition. So, either at the so called civilization or barbarity , the characters identity is formed in the confrontation and in the endurance (yet unfruitful) to the authoritarianism and to the environment. Finally, to think about borders means to bring out different ways of understanding life and different sensitivities. Through comparative analysis, it is possible to come upon different times and spaces and see how they dialogue, resemble and differ from each other. When we approached the short stories of Horacio Quiroga and Sergio Faraco, what was protruded was the condition of cultural and economic misery of the protagonists who, ignoring their condition, became victims of an authoritarian system which is not possible to challenge and, above all, from which is not possible to escape. / Adotando a concepção de fronteira como lugar promíscuo e onde se cultua a transgressão, este trabalho analisa quatro contos missioneiros do escritor uruguaio Horacio Quiroga: Los mensú, A la deriva, Una bofetada e Los desterrados e quatro contos regionalistas do escritor gaúcho Sergio Faraco: A voz do coração, Noite de matar um homem, Guapear com frangos e Hombre. As narrativas são comparadas e relacionadas no que diz respeito à maneira pela qual se constroem as identidades dos protagonistas espacialmente na relação com seu entorno. Ao discutir a questão das identidades locais e das fronteiras na América Latina, estamos situando a nós mesmos e estabelecendo nosso próprio posicionamento ao também situarmos o outro que é objeto do discurso. Reconhecer o outro implica em reconhecer-se, e este processo, por estar sujeito a constantes transformações, envolve transitar no passado e no presente, para que o passado também seja construído e melhor compreendido. Para tanto, o caminho escolhido é aquele em que a análise literária dialoga com a contextualização histórica dos espaços onde se situam as narrativas e também com o conceito, emprestado da geografia, de territorialização. A este conceito somam-se o de entre-lugar e transculturação (segundo, respectivamente, Silviano Santiago e Ángel Rama), cardinais para uma melhor compreensão da literatura latino-americana. A comparação dos oito contos é feita desde o aspecto da resistência, em que após a análise verifica-se ser manifesta na relação autoritária do homem contra o homem, onde a violência e o poder econômico são o veículo de opressão da classe dominante. A resistência também é o elemento que se sobressai no conflito do homem contra a natureza - em ambientes isolados e ainda selvagens, as forças do meio o derrotam e sua harmonia original com o ambiente é quebrada . O ideal do bom selvagem que vive em equilíbrio total com seu meio não tem espaço na América de Quiroga e de Faraco. A natureza, neste trabalho, relaciona-se diretamente com o reino do inumano, dos instintos opostos à razão, das expressões de violência não monopolizadas pelo estado, da violência e brutalidade em seu estado ancestral. Assim, seja entre o que se convencionou chamar de civilização ou barbárie , a identidade dos personagens fronteiriços molda-se à ferro e fogo, no confronto e na resistência (ainda que infrutífera) ao autoritarismo e ao ambiente. Finalmente, pensar em fronteiras significa trazer à tona diferentes modos de perceber a vida e diferentes sensibilidades. Através de análises comparativas, torna-se possível abordar tipos de diferentes épocas e espaços e ver como dialogam, assemelham-se e diferenciam-se. Ao aproximarmos os contos de Sergio Faraco e Horacio Quiroga, o que se sobressaiu foi a condição de miséria cultural e econômica dos protagonistas que, ignorantes de sua condição, tornam-se vítimas de um sistema autoritário o qual não é possível contestar e, acima de tudo, do qual não é possível escapar.
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