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Papel da tromboelastometria em pacientes com dengue e trombocitopenia / Thromboelastometry role in patients with dengue and thrombocytopenia

Piza, Felipe Maia de Toledo 19 July 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Dengue é uma doença viral prevalente e potencialmente fatal associada à alteração da permeabilidade capilar e coagulopatia. Entretanto, não há estudos concernentes aos achados tromboelastométricos nesta doença. Realizamos o presente estudo para analisar pacientes com dengue e plaquetopenia por meio de um exame rápido, efetivo e a beira leito comparando com os exames convencionais de coagulação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional e transversal conduzido entre os dias 6 de abril a 5 de maio de 2015, em São Paulo, Brasil, durante epidemia de dengue. Foi realizado tromboelastometria ROTEM® em 53 pacientes com dengue e trombocitopenia em associação com exames convencionais de coagulação: tempo de protrombina (TP), international normalized ratio (INR), tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa), tempo de trombina (TT), contagem de plaquetas, fibrinogênio e d-dímero. Um grupo controle de pacientes foi estabelecido para comparação do status tromboelastométrico. RESULTADOS: Um total de 38 pacientes de 53 (71,7%) apresentaram anormalidades no INTEM e 29/53 (57,4%) no EXTEM. Em contrapartida, alterações no FIBTEM foram encontradas apenas em 3/53 (5,7%). Houve significância estatística em pacientes correlacionando alterações tromboelastométricas no EXTEM e INTEM e contagem de plaquetas (p=0,052) e (p=0,005), respectivamente; assim como os valores de fibrinogênio (p=0,006) e (p=0,021), respectivamente. O grupo controle (GC) apresentou status tromboelastométrico normal em 10/10 (100%) na análise do INTEM, EXTEM, FIBTEM. Avaliação do EXTEM demonstrou significância estatística entre o GC e o grupo Dengue: CT (p=0,044); CFT (p<0,001); MCF (p < 0,001) e Alpha (p < 0,001). Foram observados níveis normais de fibrinogênio (mediana: 290) e altos níveis de d-dímero (mediana: 1330) com IQR (800-1840). Todos os pacientes (53/53) apresentavam trombocitopenia abaixo de 100 x 109/L (mediana 77 x 109/L) IQR (63-88). Exames convencionais de coagulação revelaram-se completamente normais: TP (mediana: 100%) IQR (90-100); INR (mediana: 1,0) IQR (1,0-1,1); TTPa (mediana: 28,9 segundos) IQR (26,0-32,5) e TT (mediana: 18,2 segundos) IQR (17,0-19,5). Apenas (7/49) 14,3% pacientes apresentaram sangramento e (3/52) 5,8% necessitou de hospitalização. Não houve associação entre alterações tromboelastométricas com sangramento ou hospitalização. CONCLUSÕES: Dengue representa um processo inflamatório intenso, mantendo níveis normais de fibrinogênio. Portanto, FIBTEM mantém-se normal promovendo boa formação do coágulo sem risco imediato de sangramento. Não houve correlação entre os achados tromboelastométricos com os exames convencionais de coagulação, sugerindo que testes viscoelásticos são exames mais sensíveis para análise de coagulopatia precoce nessa população / INTRODUCTION: Dengue is a prevalent and potentially fatal viral disease associated with plasma leakage and coagulopathy, though no information is available on thromboelastometric profile. We performed this study to analyze dengue fever patients with thrombocytopenia clot changes through point-ofcare thromboelastometry tests and standard coagulation tests. METHODS: This was an observational, transversal and cross sectional study conducted between April 6th and May 5th 2015 in São Paulo, Brazil, during a dengue outbreak. Thromboelastometry ROTEM® was performed in 53 patients with dengue and thrombocytopenia, in association with conventional coagulation tests: prothrombin time (PT), international normalized ratio (INR), activated partial thromboplastin time (aPTT), thrombin time (TT); platelet count, fibrinogen level, and d-dimer. A control group of 10 patients was established to compare thromboelastometry profiles. RESULTS: A total of 38 patients in 53 (71,7%) had abnormalities in INTEM, 29 in 53 (57,4%) in EXTEM. Conversely, FIBTEM was abnormal in 3/53 (5,7%). Statistical analysis revealed significant relation in those patients with impairment EXTEM and INTEM with lowered platelet (p=0,052) and (p=0,005) respectively and lowered fibrinogen levels (p=0,006) and (p=0,021) respectively. Control group (CG) had normal status in 10/10 (100%) of INTEM, EXTEM, FIBTEM analysis. EXTEM analysis demonstrated statistical differences between CG and dengue group: CT (p=0,044); CFT (p < 0,001); MCF (p < 0,001) and Alpha (p < 0,001). Normal levels of fibrinogen (median: 290) and high levels of ddimer (median: 1330) IQR (800-1840) were found. All patients (53/53) had platelet under 100 x 109/L (median 77 x 109/L) IQR (63-88). Standard coagulation tests were completely normal: PT (median: 100%) IQR (90-100); INR (median: 1,0) IQR (1,0-1,1); aPTT (median: 28,9 seconds) IQR (26.0- 32,5) and TT (median: 18,2 seconds) IQR (17,0-19.5). Only (7/49) 14,3% patients had bleeding manifestations and (3/52) 5,8% needed hospitalization. There was no association between altered thromboelastometry with bleeding manifestations or hospitalization. CONCLUSIONS: Dengue represents an intense inflammatory process, maintaining normal levels of fibrinogen. FIBTEM remains normal providing good clot strength without immediate bleeding risk. There were no correlation between thromboelastometry findings and standard coagulation exams, suggesting that viscoelastic tests are more sensible method to analyze early coagulation impairments in this population
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Exames convencionais da coagulação como variáveis preditoras da indicação de transfusão de plasma fresco congelado durante o transplante de fígado / Conventional coagulation assays as predictors of indication of fresh frozen plasma transfusion during liver transplantation

Marinho, David Silveira 29 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: sangramento por coagulopatia é problema comum durante o transplante hepático (TH). O uso adequado da monitorização da coagulação pode reduzir a transfusão de hemocomponentes, como o Plasma Fresco Congelado (PFC). Exames Convencionais da Coagulação (ECC), tais como Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), são os testes mais amplamente utilizados para monitorizar a coagulação durante o TH, mas algumas limitações têm sido apontadas acerca do seu uso em pacientes cirróticos. OBJETIVO: investigar o uso de ECC como variáveis preditoras da indicação de transfusão de PFC durante o TH em pacientes cirróticos. MÉTODO: analisou-se coorte histórica de 297 transplantes hepáticos com enxertos provenientes de doadores cadáveres. Foram incluídos receptores cirróticos de uma única instituição durante nove anos (2002-2010). A infusão profilática de ácido épsilon-aminocaproico (20 mg/kg/h) e outros pré-requisitos hemostáticos foram mantidos na cirurgia. O TP [expresso na forma de Percentual de Atividade da Protrombina (TP%) e de Relação Normalizada Internacional (INR)] e o TTPa foram medidos no pré-operatório e no fim de cada fase do TH. Os participantes só receberam transfusão de PFC quando se diagnosticou coagulopatia, independentemente dos resultados dos ECC. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos, de acordo com a ocorrência de transfusão intraoperatória de PFC. Examinou-se o comportamento dos resultados dos ECC durante a cirurgia. Analisaram-se os fatores de risco para a transfusão de PFC por análises uni e multivariada. Os resultados pós-operatórios de ambos os grupos foram comparados. A acurácia dos ECC para predizer o uso de PFC em cada fase da cirurgia foi investigada por curvas ROC. Além disso, pontos de corte dos ECC não associados à coagulopatia foram calculados para cada fase da cirurgia. RESULTADOS: a análise multivariada demonstrou que hematócrito pré-operatório (odds ratio [OR] = 0,90, P < 0,001), fibrinogênio pré-operatório (OR = 0,99, P < 0,001) e ausência de carcinoma hepatocelular (OR = 3,57, P = 0,004) foram as únicas variáveis preditoras independentes para a transfusão de PFC durante o TH. As mortalidades precoce e tardia, a permanência em UTI e a incidência de reoperações por sangramento microvascular foram semelhantes entre os grupos. Os ECC demonstraram baixa acurácia global para a predição de transfusão de PFC durante o TH (as áreas sob as curvas ROC não chegaram a 70%, independentemente do teste da coagulação e do momento da aferição). Pontos de corte de ECC com alta especificidade para a não transfusão de PFC foram determinados em cada fase do TH para TP% (39,4, 27,8 e 20,3), INR (2,14, 2,62 e 3,52) e TTPa (50,5, 80,2 e 119,5 segundos). CONCLUSÕES: os únicos preditores independentes para a transfusão de PFC durante o TH foram hematócrito pré-operatório, fibrinogênio pré-operatório e ausência de carcinoma hepatocelular. Os ECC demonstraram baixa correlação com a transfusão intraoperatória de PFC, independentemente do momento da coleta ou dos pontos de corte adotados / BACKGROUND & AIMS: Bleeding due to coagulopathy is a common problem during liver transplantation (LT). Coagulation monitoring may reduce transfusion of blood components, including Fresh Frozen Plasma (FFP). Conventional coagulation assays (CCA), like Prothrombin Time (PT) and Activated Partial Thromboplastin Time (aPTT), are the most widely employed tests to monitor coagulation during LT, but some limitations have been assigned to their use in cirrhotic patients. This study investigated the predictive value of these blood coagulation tests in predicting FFP transfusions during LT in cirrhotic patients. METHODS: This historical cohort study analyzed 297 isolated, deceased donor LTs performed in cirrhotic patients from a single institution during a nine-year period (2002 - 2010). Prophylactic infusion of epsilon-aminocaproic acid [EACA] (20 mg/kg/h) and other hemostatic requirements were maintained intraoperatively. PT [expressed as Activity Percentage (PT%) and International normalized ratio (INR)] and aPTT [expressed in seconds] were measured preoperatively and by the end of each phase of LT. Hemostatic blood components were transfused only in case of coagulopathy. Patients were divided in two groups according to intraoperative FFP transfusion: FFP group and Non-FFP group. Behavior of CCA results during LT were examined in both groups. Univariate and multivariate analyses of risk factors associated with FFP transfusion were performed. Post-operative outcomes were compared between groups. Accuracy of CCA to predict FFP transfusions was investigated using receiver operating characteristic (ROC) curves. Also, alert values of CCA unassociated with coagulopathy in each phase of surgery were calculated. RESULTS: Multivariate analysis showed that preoperative hematocrit (odds ratio [OR] = 0.90, P < 0.001), preoperative fibrinogen (OR = 0.99, P < 0.001) and absence of hepatocellular carcinoma (OR = 3.57, P = 0.004) were the only significant predictors for FFP transfusion. Short- and long-term survival, ICU stay and incidence of early reoperations for bleeding were similar between the groups. CCA demonstrated poor overall accuracy for predicting FFP transfusions (area under the ROC curves did not reach 0.70, irrespective of assay and of phase of sampling). High-specificity values of CCA unassociated with coagulopathy in each of 3 phases of LT were identified for INR (2.14, 2.62 and 3.52), PT% (39.4, 27.8 and 20.3%) and aPTT (50.5, 80.2 and 119.5 seconds). CONCLUSIONS: the only significant predictors for FFP transfusion were preoperative hematocrit, preoperative fibrinogen and absence of hepatocellular carcinoma. CCA, regardless of adopted cutoffs and of time of sampling during LT, have poor correlation with intraoperative FFP transfusion
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Exames convencionais da coagulação como variáveis preditoras da indicação de transfusão de plasma fresco congelado durante o transplante de fígado / Conventional coagulation assays as predictors of indication of fresh frozen plasma transfusion during liver transplantation

David Silveira Marinho 29 April 2015 (has links)
INTRODUÇÃO: sangramento por coagulopatia é problema comum durante o transplante hepático (TH). O uso adequado da monitorização da coagulação pode reduzir a transfusão de hemocomponentes, como o Plasma Fresco Congelado (PFC). Exames Convencionais da Coagulação (ECC), tais como Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), são os testes mais amplamente utilizados para monitorizar a coagulação durante o TH, mas algumas limitações têm sido apontadas acerca do seu uso em pacientes cirróticos. OBJETIVO: investigar o uso de ECC como variáveis preditoras da indicação de transfusão de PFC durante o TH em pacientes cirróticos. MÉTODO: analisou-se coorte histórica de 297 transplantes hepáticos com enxertos provenientes de doadores cadáveres. Foram incluídos receptores cirróticos de uma única instituição durante nove anos (2002-2010). A infusão profilática de ácido épsilon-aminocaproico (20 mg/kg/h) e outros pré-requisitos hemostáticos foram mantidos na cirurgia. O TP [expresso na forma de Percentual de Atividade da Protrombina (TP%) e de Relação Normalizada Internacional (INR)] e o TTPa foram medidos no pré-operatório e no fim de cada fase do TH. Os participantes só receberam transfusão de PFC quando se diagnosticou coagulopatia, independentemente dos resultados dos ECC. Os pacientes foram distribuídos em dois grupos, de acordo com a ocorrência de transfusão intraoperatória de PFC. Examinou-se o comportamento dos resultados dos ECC durante a cirurgia. Analisaram-se os fatores de risco para a transfusão de PFC por análises uni e multivariada. Os resultados pós-operatórios de ambos os grupos foram comparados. A acurácia dos ECC para predizer o uso de PFC em cada fase da cirurgia foi investigada por curvas ROC. Além disso, pontos de corte dos ECC não associados à coagulopatia foram calculados para cada fase da cirurgia. RESULTADOS: a análise multivariada demonstrou que hematócrito pré-operatório (odds ratio [OR] = 0,90, P < 0,001), fibrinogênio pré-operatório (OR = 0,99, P < 0,001) e ausência de carcinoma hepatocelular (OR = 3,57, P = 0,004) foram as únicas variáveis preditoras independentes para a transfusão de PFC durante o TH. As mortalidades precoce e tardia, a permanência em UTI e a incidência de reoperações por sangramento microvascular foram semelhantes entre os grupos. Os ECC demonstraram baixa acurácia global para a predição de transfusão de PFC durante o TH (as áreas sob as curvas ROC não chegaram a 70%, independentemente do teste da coagulação e do momento da aferição). Pontos de corte de ECC com alta especificidade para a não transfusão de PFC foram determinados em cada fase do TH para TP% (39,4, 27,8 e 20,3), INR (2,14, 2,62 e 3,52) e TTPa (50,5, 80,2 e 119,5 segundos). CONCLUSÕES: os únicos preditores independentes para a transfusão de PFC durante o TH foram hematócrito pré-operatório, fibrinogênio pré-operatório e ausência de carcinoma hepatocelular. Os ECC demonstraram baixa correlação com a transfusão intraoperatória de PFC, independentemente do momento da coleta ou dos pontos de corte adotados / BACKGROUND & AIMS: Bleeding due to coagulopathy is a common problem during liver transplantation (LT). Coagulation monitoring may reduce transfusion of blood components, including Fresh Frozen Plasma (FFP). Conventional coagulation assays (CCA), like Prothrombin Time (PT) and Activated Partial Thromboplastin Time (aPTT), are the most widely employed tests to monitor coagulation during LT, but some limitations have been assigned to their use in cirrhotic patients. This study investigated the predictive value of these blood coagulation tests in predicting FFP transfusions during LT in cirrhotic patients. METHODS: This historical cohort study analyzed 297 isolated, deceased donor LTs performed in cirrhotic patients from a single institution during a nine-year period (2002 - 2010). Prophylactic infusion of epsilon-aminocaproic acid [EACA] (20 mg/kg/h) and other hemostatic requirements were maintained intraoperatively. PT [expressed as Activity Percentage (PT%) and International normalized ratio (INR)] and aPTT [expressed in seconds] were measured preoperatively and by the end of each phase of LT. Hemostatic blood components were transfused only in case of coagulopathy. Patients were divided in two groups according to intraoperative FFP transfusion: FFP group and Non-FFP group. Behavior of CCA results during LT were examined in both groups. Univariate and multivariate analyses of risk factors associated with FFP transfusion were performed. Post-operative outcomes were compared between groups. Accuracy of CCA to predict FFP transfusions was investigated using receiver operating characteristic (ROC) curves. Also, alert values of CCA unassociated with coagulopathy in each phase of surgery were calculated. RESULTS: Multivariate analysis showed that preoperative hematocrit (odds ratio [OR] = 0.90, P < 0.001), preoperative fibrinogen (OR = 0.99, P < 0.001) and absence of hepatocellular carcinoma (OR = 3.57, P = 0.004) were the only significant predictors for FFP transfusion. Short- and long-term survival, ICU stay and incidence of early reoperations for bleeding were similar between the groups. CCA demonstrated poor overall accuracy for predicting FFP transfusions (area under the ROC curves did not reach 0.70, irrespective of assay and of phase of sampling). High-specificity values of CCA unassociated with coagulopathy in each of 3 phases of LT were identified for INR (2.14, 2.62 and 3.52), PT% (39.4, 27.8 and 20.3%) and aPTT (50.5, 80.2 and 119.5 seconds). CONCLUSIONS: the only significant predictors for FFP transfusion were preoperative hematocrit, preoperative fibrinogen and absence of hepatocellular carcinoma. CCA, regardless of adopted cutoffs and of time of sampling during LT, have poor correlation with intraoperative FFP transfusion
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Papel da tromboelastometria em pacientes com dengue e trombocitopenia / Thromboelastometry role in patients with dengue and thrombocytopenia

Felipe Maia de Toledo Piza 19 July 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Dengue é uma doença viral prevalente e potencialmente fatal associada à alteração da permeabilidade capilar e coagulopatia. Entretanto, não há estudos concernentes aos achados tromboelastométricos nesta doença. Realizamos o presente estudo para analisar pacientes com dengue e plaquetopenia por meio de um exame rápido, efetivo e a beira leito comparando com os exames convencionais de coagulação. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional e transversal conduzido entre os dias 6 de abril a 5 de maio de 2015, em São Paulo, Brasil, durante epidemia de dengue. Foi realizado tromboelastometria ROTEM® em 53 pacientes com dengue e trombocitopenia em associação com exames convencionais de coagulação: tempo de protrombina (TP), international normalized ratio (INR), tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPa), tempo de trombina (TT), contagem de plaquetas, fibrinogênio e d-dímero. Um grupo controle de pacientes foi estabelecido para comparação do status tromboelastométrico. RESULTADOS: Um total de 38 pacientes de 53 (71,7%) apresentaram anormalidades no INTEM e 29/53 (57,4%) no EXTEM. Em contrapartida, alterações no FIBTEM foram encontradas apenas em 3/53 (5,7%). Houve significância estatística em pacientes correlacionando alterações tromboelastométricas no EXTEM e INTEM e contagem de plaquetas (p=0,052) e (p=0,005), respectivamente; assim como os valores de fibrinogênio (p=0,006) e (p=0,021), respectivamente. O grupo controle (GC) apresentou status tromboelastométrico normal em 10/10 (100%) na análise do INTEM, EXTEM, FIBTEM. Avaliação do EXTEM demonstrou significância estatística entre o GC e o grupo Dengue: CT (p=0,044); CFT (p<0,001); MCF (p < 0,001) e Alpha (p < 0,001). Foram observados níveis normais de fibrinogênio (mediana: 290) e altos níveis de d-dímero (mediana: 1330) com IQR (800-1840). Todos os pacientes (53/53) apresentavam trombocitopenia abaixo de 100 x 109/L (mediana 77 x 109/L) IQR (63-88). Exames convencionais de coagulação revelaram-se completamente normais: TP (mediana: 100%) IQR (90-100); INR (mediana: 1,0) IQR (1,0-1,1); TTPa (mediana: 28,9 segundos) IQR (26,0-32,5) e TT (mediana: 18,2 segundos) IQR (17,0-19,5). Apenas (7/49) 14,3% pacientes apresentaram sangramento e (3/52) 5,8% necessitou de hospitalização. Não houve associação entre alterações tromboelastométricas com sangramento ou hospitalização. CONCLUSÕES: Dengue representa um processo inflamatório intenso, mantendo níveis normais de fibrinogênio. Portanto, FIBTEM mantém-se normal promovendo boa formação do coágulo sem risco imediato de sangramento. Não houve correlação entre os achados tromboelastométricos com os exames convencionais de coagulação, sugerindo que testes viscoelásticos são exames mais sensíveis para análise de coagulopatia precoce nessa população / INTRODUCTION: Dengue is a prevalent and potentially fatal viral disease associated with plasma leakage and coagulopathy, though no information is available on thromboelastometric profile. We performed this study to analyze dengue fever patients with thrombocytopenia clot changes through point-ofcare thromboelastometry tests and standard coagulation tests. METHODS: This was an observational, transversal and cross sectional study conducted between April 6th and May 5th 2015 in São Paulo, Brazil, during a dengue outbreak. Thromboelastometry ROTEM® was performed in 53 patients with dengue and thrombocytopenia, in association with conventional coagulation tests: prothrombin time (PT), international normalized ratio (INR), activated partial thromboplastin time (aPTT), thrombin time (TT); platelet count, fibrinogen level, and d-dimer. A control group of 10 patients was established to compare thromboelastometry profiles. RESULTS: A total of 38 patients in 53 (71,7%) had abnormalities in INTEM, 29 in 53 (57,4%) in EXTEM. Conversely, FIBTEM was abnormal in 3/53 (5,7%). Statistical analysis revealed significant relation in those patients with impairment EXTEM and INTEM with lowered platelet (p=0,052) and (p=0,005) respectively and lowered fibrinogen levels (p=0,006) and (p=0,021) respectively. Control group (CG) had normal status in 10/10 (100%) of INTEM, EXTEM, FIBTEM analysis. EXTEM analysis demonstrated statistical differences between CG and dengue group: CT (p=0,044); CFT (p < 0,001); MCF (p < 0,001) and Alpha (p < 0,001). Normal levels of fibrinogen (median: 290) and high levels of ddimer (median: 1330) IQR (800-1840) were found. All patients (53/53) had platelet under 100 x 109/L (median 77 x 109/L) IQR (63-88). Standard coagulation tests were completely normal: PT (median: 100%) IQR (90-100); INR (median: 1,0) IQR (1,0-1,1); aPTT (median: 28,9 seconds) IQR (26.0- 32,5) and TT (median: 18,2 seconds) IQR (17,0-19.5). Only (7/49) 14,3% patients had bleeding manifestations and (3/52) 5,8% needed hospitalization. There was no association between altered thromboelastometry with bleeding manifestations or hospitalization. CONCLUSIONS: Dengue represents an intense inflammatory process, maintaining normal levels of fibrinogen. FIBTEM remains normal providing good clot strength without immediate bleeding risk. There were no correlation between thromboelastometry findings and standard coagulation exams, suggesting that viscoelastic tests are more sensible method to analyze early coagulation impairments in this population
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Contribution à l'évaluation et la prise en charge de l'enfant à risque de saignement en période peropératoire de chirurgie cardiaque / New insights in the perioperative management of bleeding in children undergoing cardiac surgery.

Faraoni, David 04 June 2015 (has links)
La coagulopathie induite par la circulation extracorporelle (CEC) chez les enfants porteurs d’une cardiopathie congénitale et bénéficiant d’une chirurgie cardiaque est complexe et multifactorielle. La prise en charge de ces enfants est délicate et doit être spécifique aux caractéristiques de cette population. De plus, cette prise en charge doit être multimodale, basée sur la prévention et le traitement précoce et ciblé. <p>Dans la première partie de ce mémoire, nous avons étudié la place de l’acide tranexamique, agent antifibrinolytique, dans la prévention de la fibrinolyse chez les enfants bénéficiant d’une chirurgie cardiaque avec CEC. Nous avons évalué les propriétés pharmacocinétiques et pharmacodynamiques de la molécule dans cette population particulière. Notre hypothèse étant que l’utilisation de schémas adaptés pourrait permettre d’optimaliser la balance bénéfice/risque de l’utilisation prophylactique de l’acide tranexamique. <p>Nous avons également développé un modèle expérimental susceptible d’améliorer la sensibilité des tests viscoélastiques pour la détection de la fibrinolyse et qui pourrait être utilisé pour estimer la concentration minimale d’acide tranexamique nécessaire pour inhiber la fibrinolyse. <p>Dans la seconde partie de ce mémoire, nous avons étudié l’importance de l’implémentation d’une prise en charge adaptée de la coagulopathie, en utilisant un algorithme défini en tenant compte des caractéristiques de la population cible. Si le ROTEM® s’avère être un outil important, son utilisation doit être limitée aux enfants qui présentent un saignement anormal afin de guider l’administration de produits hémostatiques. L’ensemble de nos travaux contribue à l’amélioration de nos connaissances dans la prise en charge de l’enfant à risque de saignement en période péri-opératoire de chirurgie cardiaque. / Doctorat en Sciences médicales / info:eu-repo/semantics/nonPublished

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