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Variação osteológica e desenvolvimento ontogenético das espécies do gênero Sotalia (Cetacea, Delphinidae)

Fettuccia, Daniela de Castro 17 December 2010 (has links)
Submitted by Dominick Jesus (dominickdejesus@hotmail.com) on 2016-01-28T18:09:10Z No. of bitstreams: 2 Tese_Daniela de Castro Fettuccia.pdf: 5342250 bytes, checksum: 662c7290124b322364ede0eda1792a5e (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-28T18:09:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese_Daniela de Castro Fettuccia.pdf: 5342250 bytes, checksum: 662c7290124b322364ede0eda1792a5e (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2010-12-17 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Despite important morphological studies for both species of the genus Sotalia, knowledge on the skeleton as a whole is still limited, when considering inter and intraspecific, and geographic and sexual ontogenic variation. In order to contribute to a better understanding of the osteology, and to provide subsidy for conservation, 536 syncrania and 257 partial and complete postcranial skeletons of S. guianensis from various locations in South America (Brazil, Suriname, Venezuela and Colombia) were analyzed, in addition to 34 syncrania and 39 postcranial skeletons of S. fluviatilis (tucuxi) from the Amazon basin. The skeletons were evaluated in relation to non- metric (degree of fusion of sutures and formation of bone structures) and metric characters (mandible, scapula, pectoral fin, sternum, vertebrae and hyoid apparatus). In addition, meristic data were collected, including the number of vertebrae, vertebral and sternal ribs. In order to analyse the chronological sequence of bone fusion, information on 165 specimens were compared with their corresponding ages. It was observed that S. fluviatilis showed delay in the fusion of some cranial and postcranial sutures when compared to S. guianensis. The slower development in S. fluviatilis, the general shape of the skull with less projections and crests, late sexual maturity and the occurrence of a generally open lacerate anterior foramen in adults, classify this species as pedomorphic. In the postcranial skeleton, morphological differences were observed between both species, regarding the measurements of the radius, ulna, basihyal, thyrohyal and stylohyal. In order to analyse the geographical and sexual variation, 253 skulls of adult S. guianensis from various locations in South America were analyzed, together with 22 skull specimens of S. fluviatilis. They were observed in dorsal, lateral and ventral views, using geometric morphometry as a tool. It was noted that populations of S. guianensis from the Southeast and South of Brazil showed morphological similarities, which indicates a probable genetic flow between individuals of these regions. The population from the northern region, on the other hand, showed a tendency to diverge from other marine populations. Meanwhile the north-eastern population showed to be more plastic and, with the exception of the dorsal view, it appears to be an intermediate form between populations from the North and Southeast/South. According to the deformations generated by geometric morphometry, S. fluviatilis differs from S. guianensis as it presents a slightly compressed skull in the dorsoventral direction and the occipital condyles are displaced ventrally. In addition, the nasal and premaxilla are displaced posteriorly towards the supraoccipital crest. The pterygoid bones are further separated and the entire basal cranial region that involves the palatines, pterygoid and basioccipital bones also seem to be displaced posteriorly in S. fluviatilis. Sexual dimorphism was observed in the marine population of the Northern region (Amapá state, Suriname, Venezuela and Colombia), with females presenting nasal bones displaced posteriorly, similarly to the fluvial species. In relation to the body size, it was observed that marine individuals of the Northern region do not differ statistically from S. fluviatilis. It therefore confirms that animals of this region show a reduced body size when compared to other marine specimens from other sites of the Brazilian coast. And finally, 43 complete and partial skeletons of S. fluviatilis were evaluated in order to seek traumatic, morphologic and pathologic variations. Fractures were the most frequent alterations, occurring in various regions of the skeleton such as ribs, hyoid apparatus, neural and transverse processes of the vertebrae and scapula. Three individuals were observed with ankylosis between the cervical vertebrae and two individuals with morphological alterations (elongated haemal arch in the craniocaudal direction and scapula with flat cranial edge). The only observed pathology was an osteomyelitis case in the left dentary, the first record of osteomyelitis on this species. / Apesar da existência de importantes trabalhos morfológicos para as duas espécies do gênero Sotalia, é limitado o conhecimento do esqueleto como um todo, considerando a variação ontogenética inter e intraespecífica, geográfica e sexual. Com o intuito de contribuir para um melhor conhecimento osteológico e fornecer subsídios para a conservação foram avaliados 536 sincrânios e 257 pós-crânios parciais e completos de S. guianensis (boto-cinza) de várias localidades da América do Sul (Brasil, Suriname, Venezuela e Colômbia) e 34 sincrânios e 39 pós-crânios de S. fluviatilis (tucuxi) da bacia Amazônica. Os esqueletos foram avaliados em relação a caracteres não-métricos (grau de fusionamento das suturas e formação de estruturas ósseas) e métricos (mandíbula, escápula, nadadeira peitoral, esterno, vértebras e aparato hióide). Foram coletados ainda dados merísticos como número de vértebras, de costelas vertebrais e esternais. Para analisar a sequência cronológica de fusionamento ósseo, as informações de 165 exemplares foram comparadas com suas respectivas idades. Foi observado que S. fluviatilis apresenta atraso no fusionamento de algumas suturas cranianas e pós-cranianas quando comparado com S. guianensis. O desenvolvimento mais lento em S. fluviatilis, somado a forma geral do crânio com menos projeções e cristas, maturidade sexual tardia e ocorrência de forame lacerado anterior geralmente aberto nos adultos, classifica esta espécie como pedomórfica. Para o pós-crânio foram observadas diferenças morfológicas entre as duas espécies relacionadas às medidas do rádio, ulna, basihial, tirohial e estilohial. Para analisar a variação geográfica e sexual, foram avaliados 253 crânios de indivíduos adultos de S. guianensis de diferentes localidades da América do Sul e de 22 exemplares de S. fluviatilis. Os crânios foram analisados em vista dorsal, lateral e ventral utilizando-se como ferramenta a morfometria geométrica. Foi observado que as populações do sudeste e sul do Brasil apresentam semelhança morfológica, o que indica um provável fluxo gênico entre os indivíduos destas localidades. A região norte ao contrário, apresenta uma tendência a divergir das outras populações marinhas, enquanto que a população do nordeste é mais plástica e exceto pela morfologia da vista dorsal, se apresenta de forma intermediária entre as populações do norte e sudeste/sul. De acordo com as deformações geradas pela morfometria geométrica, S. fluviatilis difere de S. guianensis por apresentar o crânio levemente comprimido dorso-ventralmente e o côndilo occipital deslocado ventralmente, além dos nasais e os pré-maxilares deslocados posteriormente em direção a crista supraoccipital. Os pterigóides são mais separados entre si e toda a região basal craniana envolvendo os palatinos, pterigóides e basioccipital parecem ser também deslocados posteriormente em S. fluviatilis. Foi observado dimorfismo sexual na população marinha da região norte (Estado do Amapá, Suriname, Venezuela e Colômbia), com as fêmeas apresentando os nasais deslocados posteriormente, de forma semelhante ao observado na espécie fluvial. Em relação ao tamanho corporal, os indivíduos marinhos da região norte não diferem estatisticamente de S. fluviatilis, evidenciando que os animais desta região são pequenos quando comparados com os exemplares marinhos de outras localidades da costa brasileira. E finalmente, foram avaliados 43 esqueletos completos e parciais de S. fluviatilis, buscando-se variações traumáticas, morfológicas e patológicas. As fraturas foram as alterações mais frequêntes, ocorrendo em diversas regiões do esqueleto como costelas, aparato hióide, processos transversos e neurais das vértebras e escápula. Foram registrados três indivíduos com anquilose entre vértebras cervicais e dois com alterações morfológicas (arco hemal alongado no sentido crânio-caudal e escápula com borda cranial plana). A única patologia encontrada foi um caso de osteomielite no dentário esquerdo, o primeiro registro de osteomielite para a espécie.
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Alterações morfológicas e patológicas em esqueletos de boto-cinza Sotalia fluviatilis (Gervais, 1853) do litoral do Estado do Rio de Janeiro / Morphological and pathological changes in skeletons of Sotalia fluviatilis (Gervais, 1853) of the coast of the State of Rio de Janeiro

Fragoso , Ana Bernadete Lima January 2001 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-01-18T22:16:56Z No. of bitstreams: 1 552027.pdf: 9288319 bytes, checksum: 19c7ef74cfaa27aee1da7d0d36fe9b85 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-18T22:16:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 552027.pdf: 9288319 bytes, checksum: 19c7ef74cfaa27aee1da7d0d36fe9b85 (MD5) Previous issue date: 2001 / CAPES / Sotalia fluviatilis (Gervais, 1853) (Mammalia, Cetacea, Delphinidae), o botocinza, é o delfinídeo mais frequente na costa do Estado do Rio de Janeiro. Contudo, informações osteológicas sobre esta espécie são bastante restritas. Com o intuito de ampliar o conhecimento referente às alterações em esqueletos da espécie foi realizado um estudo em 75 exemplares. A amostra constou de esqueletos depositados em acervos de instituições e oriundos de coletas a partir de encalhes e capturas acidentais na costa do Rio de Janeiro. Objetivou-se identificar os tipos de alterações e relacionar a sua freqüência com o sexo, idade, tamanho, maturidade física, ocorrência por áreas da coluna vertebral e região de procedência dos indivíduos. As peças ósseas foram medidas e examinadas quanto à ocorrência, localização e grau de desenvolvimento de alterações morfológicas e patológicas. As alterações foram categorizadas em traumáticas, degenerativas, infecciosas e de desenvolvimento. A maioria dos espécimens (77,3%) apresentou algum tipo de alteração no esqueleto, fosse esta de origem traumática (n=47), degenerativa (n=25), infecciosa (n=24) ou de desenvolvimento (n= 22). Um pequeno número (n=4) apresentou lesões abrangendo todas as categorias. O número de peças afetadas por lesões variou de uma a 25, sendo que a maioria (50,7%) possuía de seis a dez ossos com alterações. As regiões mais afetadas da coluna vertebral foram a cervical e a torácica. De maneira geral, o número de alterações ósseas e de peças afetadas tendeu a aumentar com o avanço da idade dos exemplares, relacionando-se com o tamanho dos mesmos. O número de ossos afetados por lesões não diferiu entre os sexos. Indivíduos oriundos da área central do litoral fluminense apresentaram uma maior incidência de alterações e de peças afetadas. O estudo das alterações ósseas se mostra uma ferramenta importante na obtenção de dados patológicos em exemplares em que a necropsia não é possível. As frequências de ocorrência de alterações morfológicas e patológicas na espécie podem, potencialmente, estar associadas tanto às características do indivíduo quanto às particularidades dos ossos do esqueleto. / Sotalia fluviatilis (Gervais, 1853) (Mammalia, Cetacea, Delphinidae), the tucuxi dolphin, is the most common delphinid on Rio de Janeiro coast. However, osteological information about this species are very limited. To increase the knowledge about bony changes in skeletals of this species, a study was realized on 75 specimens. The material consisted of skeletals remains stored in institutional collections that resulted from strandings and incidental caught on fisheries along the coast of Rio de Janeiro. This research had the objective of identify the bony changes and relate its frequency considering sex, age, size, physical maturity, presence by vertebral column region and individual localities. The bones were measured and examined to identify the presence, localization and development degrees of morphological and pathological changes. The lesions was distinguished in traumatic, degenerative, infectious and developmental categories. Most of specimens (77,3%) had some bone lesion sort of traumatic (n=47), degenerative (n=25), infectious (n=24) or developmental (n= 22) origin. A reduced number of specimens (n=4) had all lesion categories. The number of affected bones reach one to twenty-five, although the most of specimens (50,7%) had six to ten bones with lesions. The most affected regions of vertebral column was the cervical and thoracic. ln general, the number of lesions and the affected bones had tendency to increase with aging of specimens and was related with the individual size too. The number of affected bones was similar between sex. Individuals from central area of Rio de Janeiro state had more incidence of lesions and bone affected by changes. The study of bony changes is a important tool for access pathological information on specimens that the necropsy is not possible. The frequency of occurrence of morphological and pathological changes in this species could be associated to particularities from region, the form of natural resources use and other interference occasioned by human activity.
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Conhecimento etnozoológico de estudantes de escolas públicas sobre os mamíferos aquáticos que ocorrem na Amazônia / Ethnozoological Knowledge Students Public Schools About the Aquatic mammals que occur in the Amazon

RODRIGUES, Angélica Lúcia Figueiredo 30 March 2015 (has links)
Submitted by Andreza Leão (andrezaflh@gmail.com) on 2018-06-21T18:13:37Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_ConhecimentoEtnozoologicoEstudantes.pdf: 5810090 bytes, checksum: a98cf04db71489878bc1e4ecbb5aee5d (MD5) / Approved for entry into archive by Celia Santana (celiasantana@ufpa.br) on 2018-12-12T17:49:55Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_ConhecimentoEtnozoologicoEstudantes.pdf: 5810090 bytes, checksum: a98cf04db71489878bc1e4ecbb5aee5d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-12-12T17:49:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_ConhecimentoEtnozoologicoEstudantes.pdf: 5810090 bytes, checksum: a98cf04db71489878bc1e4ecbb5aee5d (MD5) Previous issue date: 2015-03-30 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os mamíferos aquáticos são elementos funcionais importantes dos ecossistemas dos quais fazem parte. Ações visando à conservação das espécies não seriam eficientes sem informações acerca da ecologia e biologia, bem como as percepções que as comunidades locais possuem sobre essas espécies. As interações com as populações humanas ocorrem principalmente através de emalhes acidentais durante a pesca, eventos de encalhes ou pelo valor simbólico e mágico-religioso que estes animais representam, e desta forma estas interações podem resultar em percepções positivas ou negativas. Muitos estudos sobre a percepção dos cetáceos (botos e baleias) e sirênios (peixes-boi) foram conduzidos utilizando-se como principais interlocutores os pescadores, mas poucos relatam o que as crianças e jovens em idade escolar conhecem sobre estes animais e como se relacionam com estes. O objetivo desta tese foi investigar quais os conhecimentos etnozoológicos sobre os mamíferos aquáticos entre o público discente em diferentes locais do estado do Pará, na região amazônica e registrar as principais interações entre crianças e jovens com as espécies (botos, baleias e peixes-boi) em vida livre (N=15). Utilizamos para isso métodos quantitativos e qualitativos no campo da etnozoologia entre redações (N=374), entrevistas, questionários e pranchas topográficas (N=241). Os sujeitos da investigação são estudantes de escolas públicas do ensino fundamental II sediadas na região de Abaetetuba e Mocajuba no Baixo rio Tocantins, Ilha de Marajó, Santarém (Rio Tapajós) e região metropolitana de Belém. Os resultados demonstram uma prevalência de respostas afirmativas para o conhecimento das lendas relacionadas aos botos-vermelhos (Inia sp.) (66%, N=89) quando comparadas àquelas referentes aos botos Sotalia sp. (22%, N= 29), peixes-boi (7%, N=9) e baleias (7%, N= 5%). Vale ressaltar que sentimentos de indiferença (30%) juntamente com o medo (32%) foram os mais frequentes nas falas dos discentes. Os alunos possuem conhecimentos prévios etnozoológicos sobre características morfológicas, diversidade, lendas, comportamentos e ameaças à sobrevivência dos mamíferos aquáticos. Em locais onde se vive essencialmente dos recursos pesqueiros os jovens tendem a confirmar tais detalhes e parte dos saberes advém principalmente dos familiares e da mídia televisa. Através da lenda do Boto narrada pelos estudantes nas várias regiões pesquisadas pudemos identificar as variações das narrativas de acordo com os contextos sociais e comportamentos diversos dependendo da presença ou ausência de botos nas regiões pesquisadas. Apesar de uma parcela da amostra fazer parte de área considerada urbana, a crença na lenda do Boto é vastamente difundida, desta forma contribui para que o mito se mantenha vivo no imaginário popular amazônico e comprova que a tradição oral ainda se mantém presente na população urbana. As interações entre os botos e jovens e crianças nos rios próximos às feiras de Santarém e Mocajuba demonstram que os comportamentos mais evidentes são aqueles que envolvem alimentação induzida por parte dos meninos aos cetáceos e comportamento lúdico envolvendo grupo de jovens que nadam com botos-vermelhos nos rios. Percebemos que embora os mamíferos aquáticos que ocorrem na Amazônia sejam pouco conhecidos do ponto de vista biológico ou mesmo temidos por uma parte do público discente, poderão ser bem aceitos pelos estudantes através da articulação entre os saberes populares e científicos em programas conservacionistas. Estes programas devem garantir a manutenção do conhecimento local aliado à manutenção das espécies e do ecossistema do qual fazem parte. O público sensibilizado quanto à importância da manutenção da diversidade biológica e conservação ambiental pode auxiliar na divulgação das informações sobre os mamíferos aquáticos e dessa forma contribuir para a desconstrução gradativa dos valores negativos que permeiam este grupo de animais. Esta pesquisa fornece subsídios para realização de um projeto eficiente de iniciativas de sensibilização e informação para futuros estudos sobre este tema em outros locais de ocorrência de mamíferos aquáticos. / Aquatic mammals are important functional elements of their ecosystem. Conservation actions would not be efficient with lack of information concerning the ecology and biology of those species as well as the perceptions that local communities have about those animals. Interactions of aquatic mammals with human populations happen mainly by fishnets accidents, straining, or the symbolic, mystical-religious values they possess, which may lead to both positive and negative human perceptions. Many studies on the perception of cetaceans (river dolphins and whales) and sirenians (manatees) were carried out using fisherman as the main interlocutor, but few have reported what children and young school age teenagers know about those animals and how they interact. The aim of this dissertation was to investigate school children’s ethnozoological knowledge on aquatic mammals in different locations of the State of Pará, in the Amazon Region of Brazil, recording the main interactions between them and free-ranging river dolphins, whales, and manatees (N=15). Thus, we used quantitative and qualitative methods in ethnozoology to analyze essays (N=374), interviews, questionnaires, and topographic plates (N=241). The subjects of this investigation were students from public fundamental schools II of Abaetetuba region and Mocajuba, in the Lower Tocantins River, Marajo Island, Santarém (Tapajós River), and Belem Metropolitan Region. Our results show that there was a prevalence of positive statements concerning to the pink-river dolphin (Inia sp.) (66%, N=89) compared to those related to dolphins Sotalia sp. (22%, N = 29), manatees (7%, N = 9) and whales (7%, N = 5%). Feelings of indifference (30%) along with fear (32%) were the most frequent in the voices of the students. Students had previous ethnozoological knowledge on morphology, diversity, legends, behavior, and threatening to aquatic mammal survival. In places where the living is largely based on fishery resources, young people tend to confirm details and part of the knowledge derived from both the family and the television midia. Because of the boto legend reported by the students in the regions surveyed we were able to identify variations related to social contexts and several behaviors, depending on the presence or absence of river dolphins in the regions. Despite great part of the subjects being part of an area considered to be urban, the belief on the boto legend is vastly disseminated, concurring for the myth to be held in the Amazonian imaginary, demonstrating that oral tradition is still strong in urban populations. Interactions between river dolphins and young/children close to rivers and fairs of Santarém and Mocajuba revealed that the most evident behaviors are those involving feeding river dolphins with fishes, and the playful behavior of a group of young school children that swim with pink-river dolphin in the rivers of the region. We found that although the aquatic mammals that occur in the Amazon may be poorly known from the biological point of view or even feared by part of the students, they could accepted by the students and may be taken into account in conservation programs by means of popular and scientific knowledge articulation. Those programs must guarantee the maintenance of local knowledge along with the species and their ecosystem maintenance. A greater perception of the public on the importance of biological diversity maintenance and environmental conservation may assist on the dissemination of information about aquatic mammals, contributing to a gradual deconstruction of negative values about them. This research provides a background to carry out efficient projects of awareness and information for future studies about aquatic mammals in the Amazon.
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Variação geográfica do boto-de-burmeister, Phocoena spinipinnis (Burmeister, 1865) (Cetacea : Phocoenidae) nas costas Atlântica e Pacífica da América do Sul

Schiller, Daniza Marcela Montserrat Molina January 2006 (has links)
Um total de 142 crânios do boto-de-Burmeister, Phocoena spinipinnis depositados em museus e coleções cientificas da Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai foram utilizados para explorar a variação geográfica em relação ao tamanho e forma do crânio de P. spinipinnis. Ademais, foi realizada uma caracterização oceanográfica da área de distribuição do boto-de- Burmeister através de dados históricos de temperatura, salinidade e oxigênio a 0 e 50m de profundidade na costa Atlântica e Pacifica. As idades dos animais foram obtidas pelas leituras das GLGs na dentina. A idade mais alta atingida por ambos os sexos foi de 10 anos. Medições na dentina mostraram dimorfismo sexual na primeira GLG e diferenças geográficas entre botos do Peru e Atlântico. Três tipos de anomalias foram registrados nos dentes, e a linha marcadora parece estar associada ao “El Niño”. Vinte e oito caracteres métricos foram utilizados para explorar o dimorfismo sexual e crescimento. A maturidade física do crânio foi estabelecida quando o comprimento côndilo-basal atingiu 95% do comprimento total (≥266mm nos machos e ≥277mm nas fêmeas). Diferenças no tamanho e forma do crânio foram analisadas através de morfometria tradicional e geométrica. Os resultados revelaram dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores do que os machos. As diferenças em tamanho e forma concentraram-se principalmente na região rostral e neurocrânio. Foi observada variação geográfica entre os botos do Atlântico, Chile e Peru. P. spinipinnis do Peru são de menor tamanho em relação a os botos do Chile e Atlântico. Botos do Chile apresentam um tamanho e forma intermediária, e os botos do Atlântico são maiores (especialmente na região orbital, altura do crânio e região rostral). A distância de Mahalanobis mostrou maior separação entre os botos do Peru e do Atlântico, e menor distância entre os exemplares do Chile e Atlântico. A morfometria geométrica explica com maior clareza as diferenças entre botos do Chile e Atlântico, especialmente nas vista ventral e lateral. A correlação entre variáveis ambientais e morfométricas através da análise de correlações canônicas e dos quadrados mínimos parciais de dois blocos sugere que as diferenças observadas no tamanho e na forma dos crânios têm uma importante influência espacial, associada à variabilidade sazonal das condições oceanográficas presentes nos dois oceanos e diretamente relacionada às três áreas oceanográfica propostas neste estudo: (1) de Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) até o sul do Golfo de Arauco, Chile (∼39°S); (2) do sul do Golfo de Arauco até o sul do Rio da Prata (∼38°S); e (3) do Rio da Prata até Santa Catarina, Brasil (28º48’S; 49°12W). Adicionalmente, propõe-se que P. spinipinnis apresenta uma distribuição contínua desde Paita, Peru ate a bacia do Rio da Prata, Argentina, podendo alcançar águas uruguaias e brasileiras em determinadas condições oceanográficas (entrada de águas mais frias e menos salinas com direção ao norte, associadas à Convergência Subtropical) / A total of 142 skulls from Burmeister’s porpoises, Phocoena spinipinnis from museums and scientific collections from Argentina, Brazil, Chile, Peru and Uruguay were analyzed to explore the geographical variation in relation to size and shape on skulls of P. spinipinnis. In addition, an oceanographic characterization of the area of distribution of Burmeister’s porpoise by historical data of temperature, salinity and oxygen the 0 and 50m of depth on the Pacific and Atlantic coast was carried out. The age of the animals was obtained by reading the Growth Layer Group in dentine. The oldest male and female were 10 years of age. Measurements in dentine showed sexual dimorphism in the first GLG and geographic differences between porpoises from Peru and Atlantic. Three types of anomalies were recorded in teeth, and the marker lines seem to be associated to “El Niño”. Twenty-eight characters were used to explore sexual dimorphism and growth. Physical maturity of the skull was established when 95% of condylobasal length was attained (≥266mm in the males and ≥277mm in the females). Differences in size and shape of skull were analyzed by traditional and geometric morphometrics. The results revealed sexual dimorphism, being the females larger than male, and the differences in size and shape are concentrated mainly in the rostral region and neurocranium. Geographic variation between porpoises from Atlantic, Chile, and Peru was observed. P. spinipinnis from Peru are smaller compared to porpoises from Chile and Atlantic. Porpoises from Chile have an intermediate shape, and porpoises from Atlantic are larger (mainly related to orbital region, skull height and rostral region). The distance of Mahalanobis showed more separation between porpoises from Peru and Atlantic, and less distance between specimens from Chile and Atlantic. Geometric morphometrics was more useful for show differences between specimens from Chile and Atlantic, especially in the ventral and lateral views. The correlation between environmental and morphometric variables by canonical analysis and two-block partial least squares suggests that the differences observed in the size and shape of skulls would have an important spatial influence, associated to the seasonal variability of the oceanographic conditions present in the two oceans, and directly related to the three oceanographic areas proposed in this study: (1) from Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) to south of Arauco Gulf, Chile (∼39°S); (2) from south of Arauco Gulf to south of La Plata River, Argentina (∼38°S); and (3) from La Plata River to Santa Catarina, Brazil (28º48’S; 49°12W). In addition, it is proposed that P. spinipinnis presents a continuous distribution from Paita, Peru to La Plata River basin, Argentina, being able to reach Uruguayan and Brazilian waters under certain oceanographic conditions (intrusion of colder and less saline waters toward the north associated with the Subtropical Convergence).
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Variação geográfica do boto-de-burmeister, Phocoena spinipinnis (Burmeister, 1865) (Cetacea : Phocoenidae) nas costas Atlântica e Pacífica da América do Sul

Schiller, Daniza Marcela Montserrat Molina January 2006 (has links)
Um total de 142 crânios do boto-de-Burmeister, Phocoena spinipinnis depositados em museus e coleções cientificas da Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai foram utilizados para explorar a variação geográfica em relação ao tamanho e forma do crânio de P. spinipinnis. Ademais, foi realizada uma caracterização oceanográfica da área de distribuição do boto-de- Burmeister através de dados históricos de temperatura, salinidade e oxigênio a 0 e 50m de profundidade na costa Atlântica e Pacifica. As idades dos animais foram obtidas pelas leituras das GLGs na dentina. A idade mais alta atingida por ambos os sexos foi de 10 anos. Medições na dentina mostraram dimorfismo sexual na primeira GLG e diferenças geográficas entre botos do Peru e Atlântico. Três tipos de anomalias foram registrados nos dentes, e a linha marcadora parece estar associada ao “El Niño”. Vinte e oito caracteres métricos foram utilizados para explorar o dimorfismo sexual e crescimento. A maturidade física do crânio foi estabelecida quando o comprimento côndilo-basal atingiu 95% do comprimento total (≥266mm nos machos e ≥277mm nas fêmeas). Diferenças no tamanho e forma do crânio foram analisadas através de morfometria tradicional e geométrica. Os resultados revelaram dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores do que os machos. As diferenças em tamanho e forma concentraram-se principalmente na região rostral e neurocrânio. Foi observada variação geográfica entre os botos do Atlântico, Chile e Peru. P. spinipinnis do Peru são de menor tamanho em relação a os botos do Chile e Atlântico. Botos do Chile apresentam um tamanho e forma intermediária, e os botos do Atlântico são maiores (especialmente na região orbital, altura do crânio e região rostral). A distância de Mahalanobis mostrou maior separação entre os botos do Peru e do Atlântico, e menor distância entre os exemplares do Chile e Atlântico. A morfometria geométrica explica com maior clareza as diferenças entre botos do Chile e Atlântico, especialmente nas vista ventral e lateral. A correlação entre variáveis ambientais e morfométricas através da análise de correlações canônicas e dos quadrados mínimos parciais de dois blocos sugere que as diferenças observadas no tamanho e na forma dos crânios têm uma importante influência espacial, associada à variabilidade sazonal das condições oceanográficas presentes nos dois oceanos e diretamente relacionada às três áreas oceanográfica propostas neste estudo: (1) de Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) até o sul do Golfo de Arauco, Chile (∼39°S); (2) do sul do Golfo de Arauco até o sul do Rio da Prata (∼38°S); e (3) do Rio da Prata até Santa Catarina, Brasil (28º48’S; 49°12W). Adicionalmente, propõe-se que P. spinipinnis apresenta uma distribuição contínua desde Paita, Peru ate a bacia do Rio da Prata, Argentina, podendo alcançar águas uruguaias e brasileiras em determinadas condições oceanográficas (entrada de águas mais frias e menos salinas com direção ao norte, associadas à Convergência Subtropical) / A total of 142 skulls from Burmeister’s porpoises, Phocoena spinipinnis from museums and scientific collections from Argentina, Brazil, Chile, Peru and Uruguay were analyzed to explore the geographical variation in relation to size and shape on skulls of P. spinipinnis. In addition, an oceanographic characterization of the area of distribution of Burmeister’s porpoise by historical data of temperature, salinity and oxygen the 0 and 50m of depth on the Pacific and Atlantic coast was carried out. The age of the animals was obtained by reading the Growth Layer Group in dentine. The oldest male and female were 10 years of age. Measurements in dentine showed sexual dimorphism in the first GLG and geographic differences between porpoises from Peru and Atlantic. Three types of anomalies were recorded in teeth, and the marker lines seem to be associated to “El Niño”. Twenty-eight characters were used to explore sexual dimorphism and growth. Physical maturity of the skull was established when 95% of condylobasal length was attained (≥266mm in the males and ≥277mm in the females). Differences in size and shape of skull were analyzed by traditional and geometric morphometrics. The results revealed sexual dimorphism, being the females larger than male, and the differences in size and shape are concentrated mainly in the rostral region and neurocranium. Geographic variation between porpoises from Atlantic, Chile, and Peru was observed. P. spinipinnis from Peru are smaller compared to porpoises from Chile and Atlantic. Porpoises from Chile have an intermediate shape, and porpoises from Atlantic are larger (mainly related to orbital region, skull height and rostral region). The distance of Mahalanobis showed more separation between porpoises from Peru and Atlantic, and less distance between specimens from Chile and Atlantic. Geometric morphometrics was more useful for show differences between specimens from Chile and Atlantic, especially in the ventral and lateral views. The correlation between environmental and morphometric variables by canonical analysis and two-block partial least squares suggests that the differences observed in the size and shape of skulls would have an important spatial influence, associated to the seasonal variability of the oceanographic conditions present in the two oceans, and directly related to the three oceanographic areas proposed in this study: (1) from Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) to south of Arauco Gulf, Chile (∼39°S); (2) from south of Arauco Gulf to south of La Plata River, Argentina (∼38°S); and (3) from La Plata River to Santa Catarina, Brazil (28º48’S; 49°12W). In addition, it is proposed that P. spinipinnis presents a continuous distribution from Paita, Peru to La Plata River basin, Argentina, being able to reach Uruguayan and Brazilian waters under certain oceanographic conditions (intrusion of colder and less saline waters toward the north associated with the Subtropical Convergence).
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Variação geográfica do boto-de-burmeister, Phocoena spinipinnis (Burmeister, 1865) (Cetacea : Phocoenidae) nas costas Atlântica e Pacífica da América do Sul

Schiller, Daniza Marcela Montserrat Molina January 2006 (has links)
Um total de 142 crânios do boto-de-Burmeister, Phocoena spinipinnis depositados em museus e coleções cientificas da Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai foram utilizados para explorar a variação geográfica em relação ao tamanho e forma do crânio de P. spinipinnis. Ademais, foi realizada uma caracterização oceanográfica da área de distribuição do boto-de- Burmeister através de dados históricos de temperatura, salinidade e oxigênio a 0 e 50m de profundidade na costa Atlântica e Pacifica. As idades dos animais foram obtidas pelas leituras das GLGs na dentina. A idade mais alta atingida por ambos os sexos foi de 10 anos. Medições na dentina mostraram dimorfismo sexual na primeira GLG e diferenças geográficas entre botos do Peru e Atlântico. Três tipos de anomalias foram registrados nos dentes, e a linha marcadora parece estar associada ao “El Niño”. Vinte e oito caracteres métricos foram utilizados para explorar o dimorfismo sexual e crescimento. A maturidade física do crânio foi estabelecida quando o comprimento côndilo-basal atingiu 95% do comprimento total (≥266mm nos machos e ≥277mm nas fêmeas). Diferenças no tamanho e forma do crânio foram analisadas através de morfometria tradicional e geométrica. Os resultados revelaram dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores do que os machos. As diferenças em tamanho e forma concentraram-se principalmente na região rostral e neurocrânio. Foi observada variação geográfica entre os botos do Atlântico, Chile e Peru. P. spinipinnis do Peru são de menor tamanho em relação a os botos do Chile e Atlântico. Botos do Chile apresentam um tamanho e forma intermediária, e os botos do Atlântico são maiores (especialmente na região orbital, altura do crânio e região rostral). A distância de Mahalanobis mostrou maior separação entre os botos do Peru e do Atlântico, e menor distância entre os exemplares do Chile e Atlântico. A morfometria geométrica explica com maior clareza as diferenças entre botos do Chile e Atlântico, especialmente nas vista ventral e lateral. A correlação entre variáveis ambientais e morfométricas através da análise de correlações canônicas e dos quadrados mínimos parciais de dois blocos sugere que as diferenças observadas no tamanho e na forma dos crânios têm uma importante influência espacial, associada à variabilidade sazonal das condições oceanográficas presentes nos dois oceanos e diretamente relacionada às três áreas oceanográfica propostas neste estudo: (1) de Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) até o sul do Golfo de Arauco, Chile (∼39°S); (2) do sul do Golfo de Arauco até o sul do Rio da Prata (∼38°S); e (3) do Rio da Prata até Santa Catarina, Brasil (28º48’S; 49°12W). Adicionalmente, propõe-se que P. spinipinnis apresenta uma distribuição contínua desde Paita, Peru ate a bacia do Rio da Prata, Argentina, podendo alcançar águas uruguaias e brasileiras em determinadas condições oceanográficas (entrada de águas mais frias e menos salinas com direção ao norte, associadas à Convergência Subtropical) / A total of 142 skulls from Burmeister’s porpoises, Phocoena spinipinnis from museums and scientific collections from Argentina, Brazil, Chile, Peru and Uruguay were analyzed to explore the geographical variation in relation to size and shape on skulls of P. spinipinnis. In addition, an oceanographic characterization of the area of distribution of Burmeister’s porpoise by historical data of temperature, salinity and oxygen the 0 and 50m of depth on the Pacific and Atlantic coast was carried out. The age of the animals was obtained by reading the Growth Layer Group in dentine. The oldest male and female were 10 years of age. Measurements in dentine showed sexual dimorphism in the first GLG and geographic differences between porpoises from Peru and Atlantic. Three types of anomalies were recorded in teeth, and the marker lines seem to be associated to “El Niño”. Twenty-eight characters were used to explore sexual dimorphism and growth. Physical maturity of the skull was established when 95% of condylobasal length was attained (≥266mm in the males and ≥277mm in the females). Differences in size and shape of skull were analyzed by traditional and geometric morphometrics. The results revealed sexual dimorphism, being the females larger than male, and the differences in size and shape are concentrated mainly in the rostral region and neurocranium. Geographic variation between porpoises from Atlantic, Chile, and Peru was observed. P. spinipinnis from Peru are smaller compared to porpoises from Chile and Atlantic. Porpoises from Chile have an intermediate shape, and porpoises from Atlantic are larger (mainly related to orbital region, skull height and rostral region). The distance of Mahalanobis showed more separation between porpoises from Peru and Atlantic, and less distance between specimens from Chile and Atlantic. Geometric morphometrics was more useful for show differences between specimens from Chile and Atlantic, especially in the ventral and lateral views. The correlation between environmental and morphometric variables by canonical analysis and two-block partial least squares suggests that the differences observed in the size and shape of skulls would have an important spatial influence, associated to the seasonal variability of the oceanographic conditions present in the two oceans, and directly related to the three oceanographic areas proposed in this study: (1) from Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) to south of Arauco Gulf, Chile (∼39°S); (2) from south of Arauco Gulf to south of La Plata River, Argentina (∼38°S); and (3) from La Plata River to Santa Catarina, Brazil (28º48’S; 49°12W). In addition, it is proposed that P. spinipinnis presents a continuous distribution from Paita, Peru to La Plata River basin, Argentina, being able to reach Uruguayan and Brazilian waters under certain oceanographic conditions (intrusion of colder and less saline waters toward the north associated with the Subtropical Convergence).

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