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Estudo farmacogenético e farmacoeconômico em pacientes brasileiras portadoras de câncer de mama tratadas com inibidores da aromatase

Artigalas, Osvaldo Alfonso Pinto January 2015 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de um milhão casos novos de câncer de mama (CM) em todo o mundo por ano. No Brasil, este é o câncer mais freqüente no país entre as mulheres (excluindo-se câncer de pele não-melanoma). Além disso, o CM constitui-se na primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Estima-se que 60% a 75% dos CM em mulheres acima de 50 anos são hormônio sensível. A terapia com tamoxifeno por 5 anos foi considerada o tratamento de primeira linha para CM hormônio responsivo por décadas. No entanto, cerca de 30% dos CM hormônio sensível, inicialmente, são resistentes ao tamoxifeno, e outros 40% irão desenvolver eventual resistência. Com isso, novas alternativas foram desenvolvidas e ensaios clínicos têm indicado que os inibidores da aromatase (IA) são superiores ao tamoxifeno, tanto em eficácia quanto na ocorrência de efeitos adversos (EA). Apesar dessas vantagens descritas, os IA também apresentam índices de falha de tratamento, bem como um perfil de EA que pode levar à redução da adesão ao tratamento. Até o momento, não existem biomarcadores sensíveis e específicos que permitam a identifcação de grupos de pacientes que venham a se beneficiar mais, nem quais são os mais suscetíveis aos EA dos IA. Objetivos: Analisar os efeitos de polimorfimos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) sobre desfechos clínicos e EA dos IA, bem como realizar um estudo farmacoeconômico de análise de custos em pacientes tratadas com IA em hospitais terciários do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia/Resultados: 1) Revisão sistemática e metanálise: Foi realizada revisão sistemática e metanálise para determinar quais os SNPs do gene CYP19A1 associam-se a desfechos clínicos e EA em mulheres tratadas com IA. Doze estudos foram incluídos na análise final. Houve uma significativa heterogeneidade entre as populações amostrais estudadas, SNPs e desfechos investigados. Dessa forma, foi possível metanalisar apenas o SNP rs4646 com relação ao tempo de progressão (TTP, do inglês time to progression) em mulheres com CM metastático tratadas com IA; as portadora da variante de rs4646 possuem TTP significativamente elevado quando comparadas a portadoras do alelo selvagem (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95%CI=0.33-0.78], p=0.002). Mais da metade dos estudos incluídos (n = 7/12) analisaram associação entre SNPs do gene CYP19A1 e EA; embora uma associação estatisticamente significativa com efeitos adversos músculo-esqueléticos e sintomas vasomotores tenha sido encontrada, os resultados não se reproduziram em outras publicações, sugerindo a necessidade de mais estudos no assunto. 2) Análises farmacogenéticas: Nesta etapa do estudo foram incluídas 190 mulheres com CM e que fizeram uso de IA por pelo menos 4 semanas, oriundas de 3 diferentes hospitais do Rio Grande do Sul. As análises farmacogenéticas foram feitas por meio do estudo de 12 SNPs em quatro genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1 e TCL 1A). Foram encontradas associação entre o rs2830 e menores índices de remissão (OR=0,46; IC 95%= 0,22-0,93; p=0,032); entre o rs7176005 e menor ocorrência de sobrevida livre de doença (OR= 0,42; IC95%= O, 18-0,94; p=0,036); e entre o rs700519 e maior de sobrevida livre de doença (OR= 4,95, IC 95%= 1,01-35,4). Com relação aos EA dos IA, encontraram-se associação entre VMS e rs7176005 (p=0,038), além de associação entre os rs10046 e rs2830 com menores índices de ocorrência de disfunção articular (p=0,002) e osteoporose (p=0,042), respectivamente. 3) Análise farmacoeconõmica: Foi realizada análise dos custos relacionados ao uso dos três IAs no contexto do sistema do SUS brasileiro. Os custos finais, somatório dos dois períodos (inicial e seguimento de 12 meses), diferiram de forma significativa entre os três IA (p=0,014). O custo final mensal para tratamento do CM com uso de anastrozol teve uma mediana de R$188,03 (IQR=87,94-313,63), sendo significativamente inferior ao custo de tratamento com letrozol (mediana R$244,44; IQR=151,42-432,95) (p=0,026). Conclusões: Os dados fármaco-epidemiológicos apresentados nesse trabalho reforçam a existência de associação de polimorfismo& de genes envolvidos no metabolismo e mecanismo de ação dos IA com desfechos clínicos e freqüência de EA adversos em mulheres com CM tratadas com essas medicações. Além disso, demonstrou-se que existem diferenças significativas nos custos de tratamento com IA em pacientes atendidas no sistema de saúde público brasileiro, indicando que estudos mais detalhados são necessários na otimização dos recursos para saúde. / lntroduction: The World Health Organization estimated that there are over one million new cases of breast cancer (BC) worldwide per year. In Brazil, this is lhe most frequent cancer among women in the country (excluding non-melanoma skin cancer). In addition, BC constitutes lhe first cause of death from cancer among Brazilian women. lt is estimated that 60% to 75% of BC in women over 50 are hormone sensitiva. For decades, therapy with tamoxifen for 5 years was considered first-line treatment for hormone responsive BC. However, approximately 30% of hormone sensitiva BC is initially resistant to tamoxifen, and another 40% will develop possible resistance. Therefore, new altematives have been developed and clinicai trials have shown that aromatase inhibitors {AI} are superior to tamoxifen in both efficacy and adversa effects (AE). Despite the advantages described, AI also have failure rates of treatment as well as an AE profile that can lead to reduced adherence to treatment. To date, there are no specific sensitiva biomarkers that allow identification of which patient groups may have greater benefits, nor which are more susceptible to AE from AI. Objectives: To analyze lhe effects of single nucleotide polymorphisms (SNPs), on clinicai outcomes and the AE from AI, as well as conduct a pharmacoeconomic study of cost analysis in patients treated with AI in public tertiary hospitais (SUS - Sistema Único de Saúde). Methodology/Results: 1) Systematic review and metaanalysis: systematic review and meta-analysis were performed to determine which SNPs of the CYP19A1 gene are associated with clinicai outcomes and AE in women treated with AI. Twelve studies were included in lhe final analysis. There was significant heterogeneity among the population samples studied, SNPs, and outcomes investigated. Thus, it was possible to meta-analyze only the SNP rs4646 with respect to time to progression {TTP}, in women with metastatic BC treated with AI; lhe carriers of lhe rs4646 variant have significantly increased TTP compared to the wild type allele carriers (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95% CI=0.33- 0.78], p=0.002). More than half of the included studies (n=7/12) analyzed lhe association between SNPs of lhe gene CYP19A 1 and AE; although a statistically significant association of adversa effects with musculoskeletal and vasomotor symptoms has been found, the results were not reproduced in other publications, suggesting the need for more studies on the subject. 2) Pharmacogenetic analysis: In this stage of the study, 190 women with BC who used AI for at least four weeks, coming from 3 different hospitais in Rio Grande do Sul, were included. The pharmacogenetic analyzes were made through the study of 12 SNPs in four genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1, and TCL1A). Association was found between rs2830 and lower remission rates (OR=0.46; 95% Cl= 0.22 to 0.93; p=0.032); between rs7176005 and a lower incidence of disease-free survival (OR=0.42, 95% CI=0.18 to 0.94; p=0.036); and between rs700519 and increased disease-free survival (OR=4.95, 95% Cl= 1.01 to 35.4). Regarding AE from AI, found an association between VMS and rs7176005 (p=0.038), and association between rs10046 and rs2830 with lower rales of occurrence of articular dysfunction (p=0.002) and osteoporosis (p=0.042), respectively. 3) pharmacoeconomic analysis: Analysis of the costs related to the use of the three Ais in the context of the Brazilian public health system (SUS) was performed. The final costs, sum of the two periods (initial and follow-up of 12 months), differed significantly between the three AI (p=0.014). The final monthly cost for BC treatment with anastrozole had a median of R$ 188.03 (IQR=87.94 to 313.63) and was significantly lower than the cost of treatment with letrozole (median R$ 244.44; IQR=151.42 to 432.95) (p=0.026). Conclusions: The pharmaco-epidemiological data presented here reinforce the existence of association of gene polymorphisms involved in the metabolism and mechanism of action of AI with clinicai outcomes and the frequency of AE variations in women with BC treated with these medications. In addition, it was shown that there are significant differences in treatment costs with AI in patients treated in the Brazilian public health system, indicating that more detailed studies are needed in the optimization of health resources.
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Redescoberta da vida : significado de grupos de apoio na perspectiva da mulher mastectomizada

Pinheiro, Cleoneide Paulo Oliveira 15 December 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2019-04-05T23:06:22Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2004-12-15 / The breast cancer has been seen as a cruel and elusive illness and will remain like that until its etiology and cure can be clarified. The cancer pathology is complex and heterogeneous comprising forms of evolution that can be slow or rapidly  progressive, the treatment is extensive, painful and most of the times mutilating and all that gave rise to the forming of support groups to women affected by that diagnostic. The support groups for postoperative surgery of breast cancer are based on the fact that mutual support for women that undergone mastectomies is a good way to help them regain their self-esteem and implement all of their physical, psychological and aesthetic potential. The coming together of women that went through the same sort of difficulties provides make room for exchange of experiences and mutual help. The contact with someone else allows for the revision of one s beliefs as well as the questioning of  secrets, incomplete information and taboos and finally getting up to date information about the disease clarifying misunderstandings from the past. In our initiative we are trying to realize the meaning of  taking part in a support group in Fortaleza, from the breast cancer patient perspective. This is a qualifying study in which the data was gathered from semi-structured interview of 25 women from various groups in the period from April to May 2004. The collected data was organized according to the thematic analysis of Bardin (1977) identifying the following points: socialization of experiences and help for enduring the troubles of daily life and dealing with the uncertainties of the cure. The results show that women see the support groups as of great value in helping with their recovery and social reintegration and also that being admitted to such a group is seen as an enormous tool to overcome their difficulties and reshape their return to normal life. We conclude that it is our duty to support the work done by such groups, to help developing and or expanding the existing groups in the municipality of Fortaleza in a way that will see them included in the public health services. For that matter it is imperative to call on the local governing authorities to make them  recognize and value this type of service so that everyone can get access to it. Those support groups mean a lot for each participating member, bringing up elements that help with social understanding and that is an encouragement for us to use the support groups as a strategy that allows for wellbeing and growth. / O câncer de mama é tido como uma doença cruel e furtífera, papel que desempenhará até o dia em que for esclarecida sua etiologia e cura. Tido como patologia complexa e heterogênea com formas de evolução lenta ou rapidamente progressiva, sua terapêutica é prolongada, dolorosa e, na maioria das vezes, mutilante, razão que deu origem à formação de grupos de apoio a mulheres com esse diagnóstico. Os grupos de apoio que assistem mulheres no pós-operatório de cirurgia por câncer de mama baseiam-se no fato de que a ajuda mútua é uma forma pela qual a mulher mastectomizada pode readquirir a autoconfiança e voltar a exercer todo o seu potencial físico, psicológico e estético. O encontro de mulheres que compartilham da mesma problemática propicia a criação de um espaço, que permite um intercâmbio rico a partir da troca de experiências e ajuda mútua. A presença do outro permite revisar as crenças de cada uma, questionar os segredos, informações incompletas e tabus, adquirir conhecimentos acerca da doença, e esclarecer dúvida sobre pressupostos mantidos no tempo. Neste trabalho, buscamos compreender, na perspectiva da mulher mastectomizada, o significado de conviver em grupos de apoio existentes em Fortaleza. Trata-se de um estudo qualitativo no qual os dados foram obtidos com entrevista semi-estruturada com 25 (vinte e cinco) mulheres pertencentes a grupos distintos no período de abril a maio de 2004. Os dados foram organizados pela análise temática de Bardin (1997), sendo identificadas 03 categorias: socialização das experiências, suporte para o enfrentar a situação de vida e compartilhando as incertezas da cura .Os resultados demonstraram que as mulheres julgam de grande valia os grupos de apoio para sua recuperação e reintegração social; que a inserção nos grupos é vista como uma ferramenta que favorece a mulher na superação de suas dificuldades, funcionando como um estímulo no retorno e reconstrução de uma nova história de vida. Concluímos que devemos estimular os trabalhos realizados pelos grupos, favorecer o desenvolvimento e/ou a expansão de grupos desta natureza para o município de Fortaleza, devendo ser inclusos nos serviços de saúde publica, sendo necessário, portanto, despertar a atenção das autoridades governamentais locais no sentido de valorizar e reconhecer esse tipo de serviço para que todos tenham acesso, visto que os grupos são ricos de significados para cada participante, trazendo elementos que contribuem para aprendizagem da convivência humana, o que nos estimula a utilizar o grupo como estratégia que possibilita ser e crescer.
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Associação da espessura da camada íntima da artéria carótida com os fatores de risco cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama.

Branco, Mauro Terra January 2018 (has links)
Orientador: Jorge Nahas-Neto / Resumo: Objetivo: Avaliar a ocorrência da doença aterosclerótica e a sua associação com fatores de risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama comparadas às mulheres sem câncer. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal com 96 mulheres tratadas de câncer de mama comparadas a 192 mulheres na pós-menopausa (controle), com idades entre 45 e 75 anos. Foram incluídas no grupo principal mulheres com amenorréia > 12 meses e idade ≥45 anos, com diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. O grupo controle foi constituído por mulheres com amenorréia > 12 meses, idade ≥45 anos, sem câncer de mama e DCV. Os grupos foram pareados por idade, tempo de menopausa e índice de massa corpórea (IMC) na proporção 1 caso para 2 controles, conforme cálculo amostral, com mínimo de 92 pacientes tratadas de câncer de mama. Dados clínicos e antropométricos (IMC e circunferência da cintura) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. Para análise bioquímica foram solicitados colesterol total, HLD, LDL, triglicerídeos, glicose e insulina. A doença aterosclerótica foi determinada pela espessura do complexo médio-intimal (CMI > 1mm) das artérias carótidas e/ou pela presença de placa ateromatosa, avaliadas pela ultrassonografia carotídea (scanner duplex). Para análise estatística foram empregados: Teste t-student, Distribuição Gama (variáveis assimétricas), Teste do Qui-Quadrado, a Correla... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Objective: To evaluate the occurrence of atherosclerotic disease and its association with cardiovascular risk factors in postmenopausal breast cancer survivors survivors as compared with postmenopausal women without breast cancer. Methods: In this cross-sectional study, 96 postmenopausal breast cancer survivors were compared with 192 postmenopausal women (controls) attending a university hospital. The principal group included women with amenorrhea > 12 months and age ≥45 years, with histological diagnosis of breast cancer, without metastatic disease and without established cardiovascular disease (CVD). The control group consisted of women with amenorrhea > 12 months, age ≥45 years, without breast cancer and CVD. The groups were matched by age, time since menopause, and body mass index (BMI) in the proportion 1 case for 2 controls, according to the sample calculation, with a minimum of 92 breast cancer survivors. Clinical and anthropometric data (BMI and waist circumference) were collected through an interview and physical examination. Biochemical parameters, including total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides, glucose, and insulin were measured. The atherosclerotic disease was determined by the intima media thickness (IMT) of the carotid arteries evaluated by carotid ultrasound (scanner duplex). Subclinical ATS was defined as increased carotid intima-media thickness (>1.0 mm) and/or the presence of atheromatous plaques. For statistical analysis, Student's t-test, Gamma distr... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Estudo farmacogenético e farmacoeconômico em pacientes brasileiras portadoras de câncer de mama tratadas com inibidores da aromatase

Artigalas, Osvaldo Alfonso Pinto January 2015 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de um milhão casos novos de câncer de mama (CM) em todo o mundo por ano. No Brasil, este é o câncer mais freqüente no país entre as mulheres (excluindo-se câncer de pele não-melanoma). Além disso, o CM constitui-se na primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Estima-se que 60% a 75% dos CM em mulheres acima de 50 anos são hormônio sensível. A terapia com tamoxifeno por 5 anos foi considerada o tratamento de primeira linha para CM hormônio responsivo por décadas. No entanto, cerca de 30% dos CM hormônio sensível, inicialmente, são resistentes ao tamoxifeno, e outros 40% irão desenvolver eventual resistência. Com isso, novas alternativas foram desenvolvidas e ensaios clínicos têm indicado que os inibidores da aromatase (IA) são superiores ao tamoxifeno, tanto em eficácia quanto na ocorrência de efeitos adversos (EA). Apesar dessas vantagens descritas, os IA também apresentam índices de falha de tratamento, bem como um perfil de EA que pode levar à redução da adesão ao tratamento. Até o momento, não existem biomarcadores sensíveis e específicos que permitam a identifcação de grupos de pacientes que venham a se beneficiar mais, nem quais são os mais suscetíveis aos EA dos IA. Objetivos: Analisar os efeitos de polimorfimos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) sobre desfechos clínicos e EA dos IA, bem como realizar um estudo farmacoeconômico de análise de custos em pacientes tratadas com IA em hospitais terciários do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia/Resultados: 1) Revisão sistemática e metanálise: Foi realizada revisão sistemática e metanálise para determinar quais os SNPs do gene CYP19A1 associam-se a desfechos clínicos e EA em mulheres tratadas com IA. Doze estudos foram incluídos na análise final. Houve uma significativa heterogeneidade entre as populações amostrais estudadas, SNPs e desfechos investigados. Dessa forma, foi possível metanalisar apenas o SNP rs4646 com relação ao tempo de progressão (TTP, do inglês time to progression) em mulheres com CM metastático tratadas com IA; as portadora da variante de rs4646 possuem TTP significativamente elevado quando comparadas a portadoras do alelo selvagem (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95%CI=0.33-0.78], p=0.002). Mais da metade dos estudos incluídos (n = 7/12) analisaram associação entre SNPs do gene CYP19A1 e EA; embora uma associação estatisticamente significativa com efeitos adversos músculo-esqueléticos e sintomas vasomotores tenha sido encontrada, os resultados não se reproduziram em outras publicações, sugerindo a necessidade de mais estudos no assunto. 2) Análises farmacogenéticas: Nesta etapa do estudo foram incluídas 190 mulheres com CM e que fizeram uso de IA por pelo menos 4 semanas, oriundas de 3 diferentes hospitais do Rio Grande do Sul. As análises farmacogenéticas foram feitas por meio do estudo de 12 SNPs em quatro genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1 e TCL 1A). Foram encontradas associação entre o rs2830 e menores índices de remissão (OR=0,46; IC 95%= 0,22-0,93; p=0,032); entre o rs7176005 e menor ocorrência de sobrevida livre de doença (OR= 0,42; IC95%= O, 18-0,94; p=0,036); e entre o rs700519 e maior de sobrevida livre de doença (OR= 4,95, IC 95%= 1,01-35,4). Com relação aos EA dos IA, encontraram-se associação entre VMS e rs7176005 (p=0,038), além de associação entre os rs10046 e rs2830 com menores índices de ocorrência de disfunção articular (p=0,002) e osteoporose (p=0,042), respectivamente. 3) Análise farmacoeconõmica: Foi realizada análise dos custos relacionados ao uso dos três IAs no contexto do sistema do SUS brasileiro. Os custos finais, somatório dos dois períodos (inicial e seguimento de 12 meses), diferiram de forma significativa entre os três IA (p=0,014). O custo final mensal para tratamento do CM com uso de anastrozol teve uma mediana de R$188,03 (IQR=87,94-313,63), sendo significativamente inferior ao custo de tratamento com letrozol (mediana R$244,44; IQR=151,42-432,95) (p=0,026). Conclusões: Os dados fármaco-epidemiológicos apresentados nesse trabalho reforçam a existência de associação de polimorfismo& de genes envolvidos no metabolismo e mecanismo de ação dos IA com desfechos clínicos e freqüência de EA adversos em mulheres com CM tratadas com essas medicações. Além disso, demonstrou-se que existem diferenças significativas nos custos de tratamento com IA em pacientes atendidas no sistema de saúde público brasileiro, indicando que estudos mais detalhados são necessários na otimização dos recursos para saúde. / lntroduction: The World Health Organization estimated that there are over one million new cases of breast cancer (BC) worldwide per year. In Brazil, this is lhe most frequent cancer among women in the country (excluding non-melanoma skin cancer). In addition, BC constitutes lhe first cause of death from cancer among Brazilian women. lt is estimated that 60% to 75% of BC in women over 50 are hormone sensitiva. For decades, therapy with tamoxifen for 5 years was considered first-line treatment for hormone responsive BC. However, approximately 30% of hormone sensitiva BC is initially resistant to tamoxifen, and another 40% will develop possible resistance. Therefore, new altematives have been developed and clinicai trials have shown that aromatase inhibitors {AI} are superior to tamoxifen in both efficacy and adversa effects (AE). Despite the advantages described, AI also have failure rates of treatment as well as an AE profile that can lead to reduced adherence to treatment. To date, there are no specific sensitiva biomarkers that allow identification of which patient groups may have greater benefits, nor which are more susceptible to AE from AI. Objectives: To analyze lhe effects of single nucleotide polymorphisms (SNPs), on clinicai outcomes and the AE from AI, as well as conduct a pharmacoeconomic study of cost analysis in patients treated with AI in public tertiary hospitais (SUS - Sistema Único de Saúde). Methodology/Results: 1) Systematic review and metaanalysis: systematic review and meta-analysis were performed to determine which SNPs of the CYP19A1 gene are associated with clinicai outcomes and AE in women treated with AI. Twelve studies were included in lhe final analysis. There was significant heterogeneity among the population samples studied, SNPs, and outcomes investigated. Thus, it was possible to meta-analyze only the SNP rs4646 with respect to time to progression {TTP}, in women with metastatic BC treated with AI; lhe carriers of lhe rs4646 variant have significantly increased TTP compared to the wild type allele carriers (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95% CI=0.33- 0.78], p=0.002). More than half of the included studies (n=7/12) analyzed lhe association between SNPs of lhe gene CYP19A 1 and AE; although a statistically significant association of adversa effects with musculoskeletal and vasomotor symptoms has been found, the results were not reproduced in other publications, suggesting the need for more studies on the subject. 2) Pharmacogenetic analysis: In this stage of the study, 190 women with BC who used AI for at least four weeks, coming from 3 different hospitais in Rio Grande do Sul, were included. The pharmacogenetic analyzes were made through the study of 12 SNPs in four genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1, and TCL1A). Association was found between rs2830 and lower remission rates (OR=0.46; 95% Cl= 0.22 to 0.93; p=0.032); between rs7176005 and a lower incidence of disease-free survival (OR=0.42, 95% CI=0.18 to 0.94; p=0.036); and between rs700519 and increased disease-free survival (OR=4.95, 95% Cl= 1.01 to 35.4). Regarding AE from AI, found an association between VMS and rs7176005 (p=0.038), and association between rs10046 and rs2830 with lower rales of occurrence of articular dysfunction (p=0.002) and osteoporosis (p=0.042), respectively. 3) pharmacoeconomic analysis: Analysis of the costs related to the use of the three Ais in the context of the Brazilian public health system (SUS) was performed. The final costs, sum of the two periods (initial and follow-up of 12 months), differed significantly between the three AI (p=0.014). The final monthly cost for BC treatment with anastrozole had a median of R$ 188.03 (IQR=87.94 to 313.63) and was significantly lower than the cost of treatment with letrozole (median R$ 244.44; IQR=151.42 to 432.95) (p=0.026). Conclusions: The pharmaco-epidemiological data presented here reinforce the existence of association of gene polymorphisms involved in the metabolism and mechanism of action of AI with clinicai outcomes and the frequency of AE variations in women with BC treated with these medications. In addition, it was shown that there are significant differences in treatment costs with AI in patients treated in the Brazilian public health system, indicating that more detailed studies are needed in the optimization of health resources.
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Associação da espessura da camada íntima da artéria carótida com os fatores de risco cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama. / therosclerotic Disease and Cardiovascular Risk Factors in postmenopausal breast cancer survivors.

Branco, Mauro Terra 22 February 2018 (has links)
Submitted by Mauro Terra Branco (drbranco30@gmail.com) on 2018-06-15T11:33:49Z No. of bitstreams: 1 Mestrado Mauro Branco.pdf: 1094128 bytes, checksum: e51cdedc66a57929d656645ede3cc95b (MD5) / Approved for entry into archive by Sulamita Selma C Colnago null (sulamita@btu.unesp.br) on 2018-06-18T20:26:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 branco_mt_me_bot.pdf: 1094128 bytes, checksum: e51cdedc66a57929d656645ede3cc95b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-18T20:26:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 branco_mt_me_bot.pdf: 1094128 bytes, checksum: e51cdedc66a57929d656645ede3cc95b (MD5) Previous issue date: 2018-02-22 / Objetivo: Avaliar a ocorrência da doença aterosclerótica e a sua associação com fatores de risco cardiovascular em mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama comparadas às mulheres sem câncer. Métodos: Realizou-se estudo clínico de corte transversal com 96 mulheres tratadas de câncer de mama comparadas a 192 mulheres na pós-menopausa (controle), com idades entre 45 e 75 anos. Foram incluídas no grupo principal mulheres com amenorréia > 12 meses e idade ≥45 anos, com diagnóstico histológico de câncer de mama, sem doença metastática e sem doença cardiovascular (DCV) estabelecida. O grupo controle foi constituído por mulheres com amenorréia > 12 meses, idade ≥45 anos, sem câncer de mama e DCV. Os grupos foram pareados por idade, tempo de menopausa e índice de massa corpórea (IMC) na proporção 1 caso para 2 controles, conforme cálculo amostral, com mínimo de 92 pacientes tratadas de câncer de mama. Dados clínicos e antropométricos (IMC e circunferência da cintura) foram coletados por meio de entrevista e exame físico. Para análise bioquímica foram solicitados colesterol total, HLD, LDL, triglicerídeos, glicose e insulina. A doença aterosclerótica foi determinada pela espessura do complexo médio-intimal (CMI > 1mm) das artérias carótidas e/ou pela presença de placa ateromatosa, avaliadas pela ultrassonografia carotídea (scanner duplex). Para análise estatística foram empregados: Teste t-student, Distribuição Gama (variáveis assimétricas), Teste do Qui-Quadrado, a Correlação de Pearson e Regressão Logística (odds ratio-OR). Resultados: A média de idade das pacientes tratadas de câncer de mama foi de 59,8 ± 9,0 anos com tempo médio de seguimento de 4,2 ± 2,0 anos. Na comparação entre os grupos, mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram valores médios elevados da pressão sistólica e distólica (p<0.001), e valores médios de triglicerídeos e glicose, acima dos valores desejáveis (p<0.05). Foi observado maior ocorrência de diabetes e síndrome metabólica entre as mulheres tratadas de câncer mama quando comparadas ao controle (19,8% vs 6,8% e 54,2% vs 30,7%, respectivamente) (p<0.05). Na avaliação ultrassonográfica da aterosclerose subclínica (CMI > 1 mm) não foi observada diferença significativa entre os grupos, apenas uma tendência a maior ocorrência no grupo câncer de mama quando comparado ao controle (26,0% vs 18,7%, respectivamente, p=0.062). Entretanto quando analisada a presença de placas de ateroma nas artérias carótidas, pacientes tratadas de câncer de mama apresentaram maior ocorrência quando comparadas ao grupo controle (19,8% vs 9,4%, respectivamente) (p=0.013). Nas mulheres tratadas de câncer de mama foi observada correlação positiva significativa entre a medida do CMI com a idade (r=0.37), tempo de menopausa (r=0.22), uso de inibidor da aromatase (r=0.27) e com a presença de placa ateromatosa (r=0.80). Na análise de risco ajustado para idade, tempo de menopausa e IMC, as mulheres tratadas de câncer de mama apresentaram risco 2.4 vezes maior para ocorrência de placa ateromatosa (OR=2.42; IC 95% 1.18 - 4.93, p=0.033) quando comparadas as mulheres sem câncer. Conclusão: Mulheres na pós-menopausa tratadas de câncer de mama apresentaram maior risco para o desenvolvimento de doença aterosclerótica, associado à maior ocorrência de fatores de risco cardiovascular como a síndrome metabólica, o diabetes e a hipertrigliceridemia, quando comparadas a mulheres na mesma faixa etária sem câncer. / Objective: To evaluate the occurrence of atherosclerotic disease and its association with cardiovascular risk factors in postmenopausal breast cancer survivors survivors as compared with postmenopausal women without breast cancer. Methods: In this cross-sectional study, 96 postmenopausal breast cancer survivors were compared with 192 postmenopausal women (controls) attending a university hospital. The principal group included women with amenorrhea > 12 months and age ≥45 years, with histological diagnosis of breast cancer, without metastatic disease and without established cardiovascular disease (CVD). The control group consisted of women with amenorrhea > 12 months, age ≥45 years, without breast cancer and CVD. The groups were matched by age, time since menopause, and body mass index (BMI) in the proportion 1 case for 2 controls, according to the sample calculation, with a minimum of 92 breast cancer survivors. Clinical and anthropometric data (BMI and waist circumference) were collected through an interview and physical examination. Biochemical parameters, including total cholesterol, HDL, LDL, triglycerides, glucose, and insulin were measured. The atherosclerotic disease was determined by the intima media thickness (IMT) of the carotid arteries evaluated by carotid ultrasound (scanner duplex). Subclinical ATS was defined as increased carotid intima-media thickness (>1.0 mm) and/or the presence of atheromatous plaques. For statistical analysis, Student's t-test, Gamma distribution (asymmetric variables), Chi-Square test, Pearson's correlation and Logistic regression (OR-odds ratio) were used. Results: The mean (SD) age of breast cancer survivors was 59.8 ± 9.0 years, with a mean (SD) follow-up of 4.2 ± 2.0 years. In the comparison between the groups, the breast cancer survivors presented high mean values of systolic and distal pressure (p <0.001), and mean values of triglycerides and glucose, above the desirable values (p <0.05). Higher occurrence of diabetes and metabolic syndrome among the breast cancer survivors was observed (19.8% vs 6.8% and 54.2% vs 30.7%, respectively) (p <0.05). There was no significant difference was observed in subclinical atherosclerosis (IMT> 1 mm) between the groups, only a trend of higher occurrence in the breast cancer survivors when compared to the control group (26.0% vs 18.7%, respectively, p = 0.062). However, when the presence of atheromatous plaques in the carotid arteries was analyzed, the breast cancer survivors had a higher occurrence when compared to the control group (19.8% vs 9.4%, respectively) (p = 0.013). In the breast cancer survivors women, a significant positive correlation was observed between IMT measurement with age (r = 0.37), time since menopause (r = 0.22), use of aromatase inhibitor (r = 0.27), and presence of atheromatous plaque (r = 0.80). In the risk analysis adjusted for age, time since menopause and BMI, breast cancer survivors had a 2.4 times greater risk for atheromatous plaque (OR = 2.42; 95% CI 1.18 - 4.93, p = 0.033) when compared to women without cancer. Conclusion: Postmenopausal breast cancer survivors presented a higher risk for the development of atherosclerotic disease, associated with a higher occurrence of cardiovascular risk factors such as metabolic syndrome, diabetes and hypertriglyceridemia, when compared to women in the same age group without cancer.
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A cidade inscrita no meu corpo: gênero e saúde em Presidente Prudente-SP

Alves, Natália Cristina [UNESP] 18 June 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:28:26Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-06-18Bitstream added on 2014-06-13T18:34:36Z : No. of bitstreams: 1 alves_nc_me_prud.pdf: 961937 bytes, checksum: ddf10f45c154552f23e7fa08a7715544 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / PROPG / Os serviços de saúde são elementos importantes da produção do espaço urbano, pois podem determinar diferenças espaciais e de circulação. Do ponto de vista do gênero feminino, existe uma convergência destes serviços com o corpo da mulher. É por causa destas relações que as questões de gênero podem ser relacionadas às questões de saúde, o que também nos remete ao debate a respeito da articulação entre diferentes escalas geográficas. Este conjunto de relações foi estudado nesta pesquisa a partir da análise do câncer de mama. Fundamentado na pesquisa qualitativa, a captação de depoimentos orais de mulheres que fizeram cirurgia mastectomia radical ou quadrantectomia, devido câncer de mama, nos possibilitou captar as representações do seu processo saúde-doença, tanto do ponto de vista físico quanto subjetivo. Portanto, com os resultados da pesquisa, consideramos que os serviços de saúde da cidade de Presidente Prudente-SP são elementos importantes da produção e reprodução social e espacial das mulheres entrevistadas, uma vez que há uma convergência destes serviços com a saúde de seus corpos / Not available
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Estudo farmacogenético e farmacoeconômico em pacientes brasileiras portadoras de câncer de mama tratadas com inibidores da aromatase

Artigalas, Osvaldo Alfonso Pinto January 2015 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que ocorram mais de um milhão casos novos de câncer de mama (CM) em todo o mundo por ano. No Brasil, este é o câncer mais freqüente no país entre as mulheres (excluindo-se câncer de pele não-melanoma). Além disso, o CM constitui-se na primeira causa de morte, por câncer, entre as mulheres brasileiras. Estima-se que 60% a 75% dos CM em mulheres acima de 50 anos são hormônio sensível. A terapia com tamoxifeno por 5 anos foi considerada o tratamento de primeira linha para CM hormônio responsivo por décadas. No entanto, cerca de 30% dos CM hormônio sensível, inicialmente, são resistentes ao tamoxifeno, e outros 40% irão desenvolver eventual resistência. Com isso, novas alternativas foram desenvolvidas e ensaios clínicos têm indicado que os inibidores da aromatase (IA) são superiores ao tamoxifeno, tanto em eficácia quanto na ocorrência de efeitos adversos (EA). Apesar dessas vantagens descritas, os IA também apresentam índices de falha de tratamento, bem como um perfil de EA que pode levar à redução da adesão ao tratamento. Até o momento, não existem biomarcadores sensíveis e específicos que permitam a identifcação de grupos de pacientes que venham a se beneficiar mais, nem quais são os mais suscetíveis aos EA dos IA. Objetivos: Analisar os efeitos de polimorfimos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide polymorphisms) sobre desfechos clínicos e EA dos IA, bem como realizar um estudo farmacoeconômico de análise de custos em pacientes tratadas com IA em hospitais terciários do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia/Resultados: 1) Revisão sistemática e metanálise: Foi realizada revisão sistemática e metanálise para determinar quais os SNPs do gene CYP19A1 associam-se a desfechos clínicos e EA em mulheres tratadas com IA. Doze estudos foram incluídos na análise final. Houve uma significativa heterogeneidade entre as populações amostrais estudadas, SNPs e desfechos investigados. Dessa forma, foi possível metanalisar apenas o SNP rs4646 com relação ao tempo de progressão (TTP, do inglês time to progression) em mulheres com CM metastático tratadas com IA; as portadora da variante de rs4646 possuem TTP significativamente elevado quando comparadas a portadoras do alelo selvagem (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95%CI=0.33-0.78], p=0.002). Mais da metade dos estudos incluídos (n = 7/12) analisaram associação entre SNPs do gene CYP19A1 e EA; embora uma associação estatisticamente significativa com efeitos adversos músculo-esqueléticos e sintomas vasomotores tenha sido encontrada, os resultados não se reproduziram em outras publicações, sugerindo a necessidade de mais estudos no assunto. 2) Análises farmacogenéticas: Nesta etapa do estudo foram incluídas 190 mulheres com CM e que fizeram uso de IA por pelo menos 4 semanas, oriundas de 3 diferentes hospitais do Rio Grande do Sul. As análises farmacogenéticas foram feitas por meio do estudo de 12 SNPs em quatro genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1 e TCL 1A). Foram encontradas associação entre o rs2830 e menores índices de remissão (OR=0,46; IC 95%= 0,22-0,93; p=0,032); entre o rs7176005 e menor ocorrência de sobrevida livre de doença (OR= 0,42; IC95%= O, 18-0,94; p=0,036); e entre o rs700519 e maior de sobrevida livre de doença (OR= 4,95, IC 95%= 1,01-35,4). Com relação aos EA dos IA, encontraram-se associação entre VMS e rs7176005 (p=0,038), além de associação entre os rs10046 e rs2830 com menores índices de ocorrência de disfunção articular (p=0,002) e osteoporose (p=0,042), respectivamente. 3) Análise farmacoeconõmica: Foi realizada análise dos custos relacionados ao uso dos três IAs no contexto do sistema do SUS brasileiro. Os custos finais, somatório dos dois períodos (inicial e seguimento de 12 meses), diferiram de forma significativa entre os três IA (p=0,014). O custo final mensal para tratamento do CM com uso de anastrozol teve uma mediana de R$188,03 (IQR=87,94-313,63), sendo significativamente inferior ao custo de tratamento com letrozol (mediana R$244,44; IQR=151,42-432,95) (p=0,026). Conclusões: Os dados fármaco-epidemiológicos apresentados nesse trabalho reforçam a existência de associação de polimorfismo& de genes envolvidos no metabolismo e mecanismo de ação dos IA com desfechos clínicos e freqüência de EA adversos em mulheres com CM tratadas com essas medicações. Além disso, demonstrou-se que existem diferenças significativas nos custos de tratamento com IA em pacientes atendidas no sistema de saúde público brasileiro, indicando que estudos mais detalhados são necessários na otimização dos recursos para saúde. / lntroduction: The World Health Organization estimated that there are over one million new cases of breast cancer (BC) worldwide per year. In Brazil, this is lhe most frequent cancer among women in the country (excluding non-melanoma skin cancer). In addition, BC constitutes lhe first cause of death from cancer among Brazilian women. lt is estimated that 60% to 75% of BC in women over 50 are hormone sensitiva. For decades, therapy with tamoxifen for 5 years was considered first-line treatment for hormone responsive BC. However, approximately 30% of hormone sensitiva BC is initially resistant to tamoxifen, and another 40% will develop possible resistance. Therefore, new altematives have been developed and clinicai trials have shown that aromatase inhibitors {AI} are superior to tamoxifen in both efficacy and adversa effects (AE). Despite the advantages described, AI also have failure rates of treatment as well as an AE profile that can lead to reduced adherence to treatment. To date, there are no specific sensitiva biomarkers that allow identification of which patient groups may have greater benefits, nor which are more susceptible to AE from AI. Objectives: To analyze lhe effects of single nucleotide polymorphisms (SNPs), on clinicai outcomes and the AE from AI, as well as conduct a pharmacoeconomic study of cost analysis in patients treated with AI in public tertiary hospitais (SUS - Sistema Único de Saúde). Methodology/Results: 1) Systematic review and metaanalysis: systematic review and meta-analysis were performed to determine which SNPs of the CYP19A1 gene are associated with clinicai outcomes and AE in women treated with AI. Twelve studies were included in lhe final analysis. There was significant heterogeneity among the population samples studied, SNPs, and outcomes investigated. Thus, it was possible to meta-analyze only the SNP rs4646 with respect to time to progression {TTP}, in women with metastatic BC treated with AI; lhe carriers of lhe rs4646 variant have significantly increased TTP compared to the wild type allele carriers (Hazard Ratio (HR)=0.51 [95% CI=0.33- 0.78], p=0.002). More than half of the included studies (n=7/12) analyzed lhe association between SNPs of lhe gene CYP19A 1 and AE; although a statistically significant association of adversa effects with musculoskeletal and vasomotor symptoms has been found, the results were not reproduced in other publications, suggesting the need for more studies on the subject. 2) Pharmacogenetic analysis: In this stage of the study, 190 women with BC who used AI for at least four weeks, coming from 3 different hospitais in Rio Grande do Sul, were included. The pharmacogenetic analyzes were made through the study of 12 SNPs in four genes (CYP19A1, ESR1, HSD17B1, and TCL1A). Association was found between rs2830 and lower remission rates (OR=0.46; 95% Cl= 0.22 to 0.93; p=0.032); between rs7176005 and a lower incidence of disease-free survival (OR=0.42, 95% CI=0.18 to 0.94; p=0.036); and between rs700519 and increased disease-free survival (OR=4.95, 95% Cl= 1.01 to 35.4). Regarding AE from AI, found an association between VMS and rs7176005 (p=0.038), and association between rs10046 and rs2830 with lower rales of occurrence of articular dysfunction (p=0.002) and osteoporosis (p=0.042), respectively. 3) pharmacoeconomic analysis: Analysis of the costs related to the use of the three Ais in the context of the Brazilian public health system (SUS) was performed. The final costs, sum of the two periods (initial and follow-up of 12 months), differed significantly between the three AI (p=0.014). The final monthly cost for BC treatment with anastrozole had a median of R$ 188.03 (IQR=87.94 to 313.63) and was significantly lower than the cost of treatment with letrozole (median R$ 244.44; IQR=151.42 to 432.95) (p=0.026). Conclusions: The pharmaco-epidemiological data presented here reinforce the existence of association of gene polymorphisms involved in the metabolism and mechanism of action of AI with clinicai outcomes and the frequency of AE variations in women with BC treated with these medications. In addition, it was shown that there are significant differences in treatment costs with AI in patients treated in the Brazilian public health system, indicating that more detailed studies are needed in the optimization of health resources.
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O fenômeno câncer de mama feminino : o significado atribuído pelo homem-companheiro

Silva, Vanina Tereza Barbosa Lopes da 04 June 2018 (has links)
Made available in DSpace on 2019-03-30T00:18:01Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2018-06-04 / Cancer constitutes disease that carries within itself stigmas, labels and prejudices. Its diagnosis leads to a significant change in people's lives and its coping can be related to gender issues. In this meaning, the research aimed to understand the attributed meaning of fellow-men who have passed and are going through the experience of female breast cancer, denoting the context of this event experienced in everyday life; Identify the coping strategies used by men during the breast cancer of his mate; Describe the daily life of northeastern whose companions has diagnosis of breast cancer; Recognize multiple contours of the lived experience of men, regarding to female breast cancer phenomenon of your partner or ex-partner. And, finally, understand the acceptable and / or avoidance behavior of the northeastern man, related to the process of illness, from the lens of Merleau-Ponty's phenomenology. The theoretical referential for understanding this phenomenon was based on the Phenomenology Ambiguous, by Merleau-Ponty, and in the understanding of gender, manhood, by Romeo Gomes, Lyra and Medrado, Scott, Connel, and the insertion of these themes on collective health. As a methodological course, the phenomenological research was adopted, with analysis of the data in the Phenomenology of Ambiguity. The research was carried out with ten participants, in the cities of Fortaleza and Baturité, on Ceará. The lócus of the research were the Policlinic of Baturité, and the breast cancer support groups in Fortaleza. The immersion in the field happened April 2016 extending to the end of 2017. Phenomenological interview and focus group were applied. From data analyzed, two categories emerged: a) gender, illness and daily relationships and the difficulties of illness and b) the multiple contours of the other illness. In this experience, negative and positives aspects are experienced, such as psychic suffering, financial difficulties, not knowing how to handle family member's illness, social recognition of the caregiver's role, the acquisition of new responsibilities and the maturation of family members; The illness leads to approximations and distancing; sexuality, body image and care dificulties, as well as the rapprochement of the couple as a result of the disease, the confrontation of the disease, in a positive way, among other contours. These aspects lead to a conception of lathing by the various factors that involve the experience of breast cancer when they are exposed. In face of the unveiled, it is demanded to "conclude" this study with the intention of widening the perspective for the fellow-man, not fixing itself on prejudice and "guilty" and "victimizing" stereotypes that surround thematic, but trying to situate in the multiple intertwined contours that permeate the phenomenon of female breast cancer. The fellow-manbetoken to the construction of spaces for listening, hosting and foundation of mixed support groups (women-men) and only with men. Pointing to need for the expansion and deepening of research, thinking the man in its completeness and not in a dichotomous way or grounded in the ingrained masculinity view. Providing,by the way, the rethinking of old / new versions and oposite directions about the theme. / O câncer constitui enfermidade que carrega em si estigmas, rótulos e preconceitos. Seu diagnóstico leva a uma mudança significativa na vida das pessoas e seu enfrentamento pode estar relacionado com as questões de gênero. Neste sentido, a pesquisa objetivou compreender o significado atribuído de homens- companheiros que passaram e estão passando pela experiência do câncer de mama feminino, denotando a tessitura desse evento experenciado no cotidiano; Identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelo homem durante o processo do câncer de mama de sua companheira; Descrever o cotidiano de nordestinos cujas companheiras têm diagnóstico de câncer de mama; Reconhecer os múltiplos contornos da experiência vivida de homens, relativamente ao fenômeno câncer de mama feminino de sua companheira ou ex-companheira. E, por fim, compreender o comportamento aceitável e/ou evitativo do homem nordestino, relacionado ao processo da enfermidade, a partir da lente da fenomenologia de Merleau-Ponty. O referencial teórico para compreensão deste fenômeno foi baseado na Fenomenologia Ambígua, de Merleau-Ponty, e na compreensão do gênero, masculinidades, de Romeu Gomes, Lyra e Medrado, Scott, Connel, e a inserção dessas temáticas na saúde coletiva. Como percurso metodológico, adotou-se a pesquisa fenomenológica, com análise dos dados na Fenomenologia da Ambigüidade. A pesquisa foi realizada com dez participantes, nos Municípios de Fortaleza e Baturité, no Ceará. Os lócus de pesquisa foram a Policlínica de Baturité, e os grupos de apoio ao câncer de mama em Fortaleza. A imersão no campo aconteceu abril de 2016 estendendo-se ao final de 2017. Foram aplicados a entrevista fenomenológica e grupo focal. Dos dados analisados, emergiram duas categorias ¿ a) gênero, adoecimento e as relações cotidianas e as dificuldades do adoecimento e b) os múltiplos contornos do adoecimento do outro. Nessa experiência, são vivenciados aspectos negativos e positivos, como sofrimento psíquico, dificuldades financeiras, não saber manejar a enfermidade do familiar, reconhecimento social do papel de cuidador, a aquisição de novas responsabilidades e o amadurecimento de membros da família; a enfermidade enseja aproximações e distanciamentos; dificuldades quanto à sexualidade, imagem corporal e o cuidado, assim como a reaproximação do casal em decorrência da enfermidade, o enfrentamento da doença, de maneira positiva, dentre outros contornos. Esses aspectos direcionam para uma concepção de entrelaçamento dos vários fatores que envolvem a experiência do câncer de mama quando eles são expostos. Em face do desvelado, demanda-se ¿finalizar¿ este estudo com a intenção de ampliar a perspectiva para o homem-companheiro, não se fixando nos preconceitos e estereótipos ¿culpabilizadores¿ e ¿vitimizadores¿ que circundam a temática, mas procurando situar nos múltiplos contornos entrelaçados que permeiam o fenômeno do câncer de mama feminino. Os homens ¿ companheiros sinalizaram para construção de espaços de escuta, acolhimento e criação de grupos de apoio misto (mulheres-homens) e somente com homens. Apontando a necessidade da ampliação e aprofundamento de pesquisas, pensando o homem em sua integralidade e não de maneira dicotômica ou alicerçada na visão arraigada da masculinidade. Proporcionando, pois, o repensar das velhas/novas versões e sentidos postos sobre o tema.
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As configurações subjetivas de mulheres com câncer de mama

Bessa, Larissa Medeiros January 2014 (has links)
Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-05-06T12:05:19Z No. of bitstreams: 1 61200897.pdf: 712621 bytes, checksum: 496349ed1ba909ee3b0f63896c923a5c (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-06T12:05:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61200897.pdf: 712621 bytes, checksum: 496349ed1ba909ee3b0f63896c923a5c (MD5) / Esta pesquisa discute principalmente os aspectos subjetivos relacionados ao processo de adoecimento do câncer de mama, visto que a doença é considerada um processo complexo que se organiza subjetivamente. Por meio de dois estudos de casos, analisa-se o sistema de adoecimento a partir das produções simbólico-emocionais, que emergem no curso da experiência da mulher, e dos diferentes posicionamentos que a mesma assume diante dessa nova vivência, sublinhando a singularidade inerente ao sujeito. Logo, no presente trabalho, objetivou-se primordialmente estudar as configurações subjetivas de mulheres com câncer de mama, sobretudo a partir das categorias de sentido subjetivo, subjetividade individual e social, configuração subjetiva e sujeito. Destarte, a Teoria da Subjetividade e a Epistemologia Qualitativa, apoiada no caráter construtivo e interpretativo da investigação, ambas desenvolvidas por González Rey, representam a base desta dissertação, de forma a enfatizar os aspectos singulares e complexos constituintes da pessoa. Os instrumentos utilizados envolveram a dinâmica conversacional e o complemento de frases, ambos facilitadores dos processos dialógicos que surgiram entre a pesquisadora e as participantes, os quais permitiram o desenvolvimento de hipóteses e indicadores na construção de informação. Pôde-se apreciar que a produção subjetiva de cada mulher é indissociada de sua história de vida, seus hábitos e valores, bem como do contexto social que atualmente participa. Assim, os processos subjetivos das mulheres, aqui estudados, integraram sentidos subjetivos relacionados a essas outras dimensões, não estando restritos ao espaço simbólico da doença. Nesse sentido, este estudo defende o resgate da singularidade do sujeito que adoece, não só no desenvolvimento de pesquisas científicas como também nos acompanhamentos psicológicos e, inclusive, nas intervenções médicas. Revela-se a importância da presente pesquisa frente à possível contribuição para uma melhor qualidade de vida daquele que adoece, considerando que o conhecimento dos processos subjetivos facilita alternativas nas relações que propiciem a essas pessoas projetos de vidas atuais, os quais representam meios possíveis de produção de sentidos subjetivos cruciais para a produção do bem-estar do sujeito.
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Detecção do câncer de mama : conhecimento, atitude e prática dos médicos e enfermeiros da estratégia saúde da família de Mossoró(RN) / Breast cancer detection: knowledge, attitude and practices of the doctors and nurses of the family health strategy program of Mossoró-RN (Inglês)

Jácome, Epaminondas de Medeiros 18 December 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2019-03-29T23:26:38Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-12-18 / This is a cross-sectional study of exploratory and describing nature, that has the aim of to investigate the attitudes and practices of the doctors and nurses of the family health strategy program of Mossoró (RN) in respect to the diagnosis of breast cancer, and their knowledge about the Ministry of Health (MH) recommendations at this subject. To collect the datafulfill in march 2008, was used a self-applied questionnaire, compounded of social-demographic data, evaluation of the knowledge, attitudes and practices, applied to the 80 health professionals, being 33 doctors and 47 nurses. The data were organized and analyzed with descriptive statistics and for the bivariate analyzes the Pearson's chi-square test or Fisher's exact test was used when it was indicated. The participants have had an average age of 42 years old, 54,5% of the doctors and 89,0% of the nurses were women, 63,7% were married and with household income above 8 minimum wages. For the time of actuating on the primary attention, 45,5% of the doctors and 17,8% of the nurses have had at the most of 5 years. We ve obtained a low level of knowledge among the interviewed professionals, doctors 18,2% and nurses 0%, if we consider the beginning of mammographic screening from 50 years old, according to the MH s recommendations. The doctors and the nurses don t fill out the formularies of reference and contra reference in a correct manner and that, mainly the doctors, refer their patients in the absence of formularies. At the evaluation of the practice in the presence of a high risk, 35 years old woman, 2,1% of the nurses and 9,1% of the doctors would request a mammography. About the orientation of their patients at the diagnosis of breast cancer, 93,6% of the nurses and 48,5% of the doctor use at their ambulatories the information about the breast self-exam (BSE), orientation about the periodic consultation and the importance of the complementary exams (BCE). The majority of the interviewed participants is young, predominantly women, and married, with an average of 2 sons, with mean time to conclude the graduation in 10 years. They know the importance of the accomplishment of the BCE, however they don t demonstrate to know the correct time to its achievement. Few participants know the importance of the mammography as a screening method for breast cancer. The amount of mammographic exams offered by the SMS is small, and its schedule is passing by adaptation, these barriers difficult the planning of implantation of a municipal screening program. The population s lack of knowledge about the importance of prevention was the main limiting factor for the breast cancer screening, cited by the participants. We conclude that health professionals have no knowledge of the importance of mammography and age for the beginning of its implementation in screening for breast cancer, attitudes and inadequate recovery in completing the form reference and practical flaws with regard to young women with high risk for breast cancer and health education of the population they assisted. We conclude that to reach a decrease in mortality on breast cancer at Mossoró city, it s necessary to work on three fronts: Implant and consolidate the Health and Permanent Educational National Program (HPENP); increase the offer of mammography exams available at the Primary Attention and promote health education for the population awaking the self-care for breast health. We suggest the implantation of the Breast Health Project and Mamaeduca Project. / Trata-se de um estudo transversal de natureza descritiva exploratória, que tem como objetivo investigar Investigar o conhecimento, atitude e práticas dos médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) de Mossoró-RN em relação à detecção do câncer de mama. A coleta dos dados realizou-se em março de 2008, usou-se questionário autoaplicável, composto de dados sociodemográficos, avaliação dos conhecimentos, atitudes e práticas, aplicado aos 80 profissionais de saúde, sendo 33 médicos e 47 enfermeiros. Os dados foram organizados e analisados com estatísticas descritivas e para as análises bivariadas foi utilizado o teste de qui-quadrado de Pearson ou o exato de Fisher, quando indicado. Os participantes tinham idade média de 42 anos, 54,5% dos médicos e 89,0% dos enfermeiros eram do sexo feminino, 63,7% casados e com renda familiar acima de oito salários mínimos. Quanto ao tempo de atuação na atenção básica, 45,5% dos médicos e 17,8% dos enfermeiros tinham um período máximo de cinco anos. Obtivemos um baixo nível de conhecimento entre os profissionais pesquisados, médicos 18,2% e enfermeiros 0%, se considerarmos o início do rastreamento mamográfico a partir dos 50 anos, de acordo com as recomendações do MS. Os médicos e enfermeiros não preenchem os formulários de referência e contra-referência de uma maneira correta e principalmente os médicos encaminham suas pacientes na ausência de formulários. Na avaliação da prática frente a uma mulher de 35 anos de alto risco, 2,1% dos enfermeiros e 9,1% dos médicos solicitariam a mamografia. Na orientação de suas pacientes sobre o diagnóstico do câncer de mama, 93,6% dos enfermeiros e 48,5% utilizam das informações, ensinam AEM, orientam sobre as consultas periódicas e a importância dos exames complementares. A maioria dos entrevistados é jovem, com predominância do sexo feminino, casados, com média de dois filhos, com tempo médio de conclusão da graduação de dez anos. Sabem da importância da realização do ECM, porém desconhecem o período correto para sua realização. Poucos são conhecedores da importância da mamografia como método de rastreamento para o câncer de mama. A quantidade de exame mamográfico disponibilizada pela SMS é baixa, sua marcação passa por adaptação, e esses empecilhos impossibilitam o planejamento de implantação de um programa de rastreamento no município. O desconhecimento da população da importância da prevenção foi o principal fator limitante ao rastreamento do câncer de mama apontado pelos participantes. Concluímos que os profissionais da saúde não apresentam conhecimento da importância da mamografia e da idade para o início de sua realização no rastreamento para o câncer de mama; atitudes inadequadas no preenchimento e valorização do formulário de referência e práticas falhas com relação a mulheres jovens com alto risco para câncer de mama e na educação em saúde da população por eles assistida. Para alcançarmos uma diminuição da mortalidade pelo câncer de mama no município de Mossoró é necessário agirmos em três frentes: implantar e consolidar o Programa Nacional de Educação Permanente e Saúde (PNEPS); aumentar a oferta de exames mamográficos disponibilizados para a atenção básica e promover educação em saúde para a população, despertando o auto-cuidado pela saúde da mama.

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