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Significação e linguagem científica no Tractatus de WittgensteinNossa Junior, Serafim da Silva January 2009 (has links)
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Serafim da Silva Nossa Junior.pdf: 404222 bytes, checksum: b1b1bea9768e61554cec85f58f8794e6 (MD5) / Approved for entry into archive by Fatima Cleômenis Botelho Maria (botelho@ufba.br) on 2014-09-08T14:02:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Serafim da Silva Nossa Junior.pdf: 404222 bytes, checksum: b1b1bea9768e61554cec85f58f8794e6 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-09-08T14:02:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Serafim da Silva Nossa Junior.pdf: 404222 bytes, checksum: b1b1bea9768e61554cec85f58f8794e6 (MD5) / Acreditando resolver definitivamente todos os problemas filosóficos, o Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein, independentemente de cumprir ou não o ambicioso anúncio de seu Prefácio, por certo influenciou radicalmente os estudos de filosofia que seguiram à sua publicação. Sob forte influência de suas idéias, a epistemologia contemporânea deve à sua análise lógica da linguagem – que elucida, ou mostra, como uma proposição com sentido pode bem dizer os fatos – a matriz filosófica que municiou, e ainda municia, discussões acerca do princípio da verificabilidade. Desse modo, a aderência do Tractatus às idéias da filosofia gestada no Círculo de Viena, ainda que ostensivamente criticada por Wittgenstein, se consolidara como a grande contribuição wittgensteiniana para o positivismo lógico, notadamente, a filosofia de Moritz Schlick e Alfred Jules Ayer. Ambos investiram na proximidade estreita entre a leitura lógica da estrutura da proposição, erguida por Wittgenstein, e a tarefa de fundamentação da atividade científica. Questões semelhantes a “como posso verificar uma proposição?” e “o que, enquanto condição, permite a verificabilidade de uma proposição?” rondavam, frequentemente, os espaços de debate filosófico, muitos deles, capitaneados por Schlick. Para esse filósofo, responder tais questões consistia o programa de pesquisa da nova filosofia da linguagem, projeto ancorado em passagens fundamentais do Tractatus, em particular naquelas voltadas à lógica como condição para a significatividade, para o sentido das proposições significativas. Isso posto, nosso trabalho se propõe cumprir dupla tarefa: expor, em linhas gerais, o projeto do Tractatus, enfatizando tanto suas idéias seminais para a lógica como aquela “contraparte mística”, por vezes tomada como dispensável e tardia; e promover uma aproximação entre o princípio da verificabilidade e o projeto do Tractatus, na tentativa de identificação da estabelecida familiaridade entre as teses do Círculo e as idéias de Wittgenstein. Mostraremos que a benquista proximidade do Tractatus ao pensamento do positivismo lógico, apesar de acanhar seu projeto fornecendo uma leitura parcial da sua filosofia, seguiu profícua para os estudos da significação, em especial para a discussão acerca da natureza da descrição científica. Tal debate, de forte viés logicista, faz derivar os maiores avanços já edificados pela epistemologia contemporânea, todavia, e isso pouco se evidencia, colabora para a dissolução da árdua integração lógico-mística empreendida por Wittgenstein – talvez o motivo maior de sua insatisfação frente às teses do positivismo lógico – que consideramos essencial para a plena compreensão da obra.
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Entre o normativo e o descritivo: o lugar do ético em Moritz SchlickNossa Júnior, Serafim 15 December 2017 (has links)
Submitted by Serafim Nossa Junior (serafimnossa@gmail.com) on 2018-01-30T20:15:41Z
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Tese_Filosofia_FFCH_Serafim_Nossa.pdf: 1135304 bytes, checksum: cf65651410007a07397511e91fa6606b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-30T20:15:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese_Filosofia_FFCH_Serafim_Nossa.pdf: 1135304 bytes, checksum: cf65651410007a07397511e91fa6606b (MD5) / Programa de Aperfeiçoamento e Capacitação da Universidade do Estado da Bahia / Embora Moritz Schlick seja notoriamente reconhecido como um autor vinculado à pauta verificacionista do Círculo de Viena, grupo do qual foi, inclusive, um dos seus principais expoentes, seus escritos sobre ética compõem, por outro lado, uma parte importante de sua obra, notadamente dedicada ao estabelecimento da felicidade como o verdadeiro sentido da vida. A ética schlickiana segue, assim, marcada por uma visão hedonista da existência associada a uma concepção naturalista da ação humana. Esta relação entre hedonismo e naturalismo motiva o estabelecimento da tese de que todo instinto humano busca a prevalência do prazer do indivíduo e, por conseguinte, motiva ações que o conduzem sempre em direção à felicidade. A visão de que todo homem age de acordo com seus instintos e marcha inexoravelmente rumo à sua felicidade individual serve como base para a elaboração de princípio morais universais que expressariam o que determinada sociedade concebe como moralmente aceitável ou não. Tais regras de conduta, expressas nestes princípios, variam de cultura para cultura, de comunidade para comunidade, embora partilhem, radicalmente, a mesma tendência ou finalidade de estabelecer uma vida de prazer e felicidade para os membros da sociedade. Esta dimensão ética do pensamento schlickiano, via de regra, tem sido considerada como uma incursão filosófica sem relações estreitas com a perspectiva de seu empirismo consistente, influenciado, sobretudo, pelo Tractatus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein. Este distanciamento, ou mesmo estranhamento, entre as ideias sobre ética e o normativismo lógico de Schlick encontra suas razões, muitas vezes, em argumentos que pressupõem o debate sobre o significado das proposições éticas como algo impróprio ou mero contrassenso – portanto em aparente rota de colisão com a postura logicista do próprio Círculo de Viena; e em argumentos que fazem acreditar que os escritos éticos de Schlick compõem uma dimensão à margem do seu pensamento verificacionista, uma vez que seriam, no geral, produtos de suas tendências pessoais e políticas. Não obstante existam posições teóricas que ofertam argumentos razoáveis de justificação do distanciamento da ética schlickiana em relação ao núcleo lógico-empirista de seu pensamento, este nosso trabalho propõe estabelecer algum tipo de relação entre estas duas pontas deste espectro. Sendo assim, propomos reconhecer a ética schlickiana como uma instância filosófica em conexão com os princípios fundamentais do empirismo consistente de Schlick, apresentando, principalmente, a possibilidade de relacionar o método analítico de exame do sentido proposicional – a verificabilidade, descrita, principalmente, em Sentido e verificação – com a abordagem descritivista de inspeção do significado dos enunciados da ética, apresentada, especialmente, em Questões de ética. Para tanto, a noção de princípio moral segue fundamental para nossa reflexão, uma vez que o sentido particular de cada proposição ética pode, segundo Schlick, ser reduzido ao sentido expresso por tal princípio. Se nossa empreitada segue viável, esperamos poder, ao fim dela, estabelecer uma continuidade filosófica entre as ideias sobre lógica e ética de Schlick, propondo, ao cabo, que tanto o analítico quanto o descritivo constituem aspectos de uma mesma atitude filosófica schlickiana, qual seja: aclarar os pensamentos, dissolver pseudoproblemas, criar condições para que a ciência finalmente passe a operar livre de enigmas insolúveis e de sentenças carentes de sentido. / Although Moritz Schlick is markedly recognized as an author linked to the verificationist topic of Vienna Circle, the group from which he was, indeed, one of the main exponents, by the other side, his writings about Ethics composes an important part of his work, clearly dedicated to setting the happiness as a true meaning of life. Schlick’s Ethics therefore follows, marked by a hedonistic vision of existence associated to a naturalistic conception of human action. That relation between hedonism and naturalism motivates the establishment of the thesis that all human instinct seeks the prevalence of individual pleasure and so, it motives actions that always conduct them to happiness. The perspective that all humankind acts according with one’s instincts and inexorably marches towards one’s individual happiness serves as basis to elaborate the universal Moral Principles that would express what is morally acceptable or not for a specific society. Such roles of conduction, expressed in these principles, change from one culture to another, from one community to another, although they radically partake the same tendency or finality to establish a life of pleasure and happiness to all the society members. That ethical dimension of Schlick’s thought, as a matter of course, has been considered as a philosophical incursion with no narrow relations with a perspective from his consistent empiricism, that is mainly influenced by the Tractatus Logico-Philosophicus of Ludwig Wittgenstein. This distance or even strangeness between the ideas about ethics and the logical normativism of Schlick, often find its reasons in arguments that presuppose the debate about the ethical propositions meaning as an inappropriate thing or just nonsense, and so, apparently in a collision course with the typical logicist posture of Vienna Circle; and also in arguments that make believe the ethical writings of Schlick are part of a dimension apart from his verificationist thought, once they would be, in general, products from his personal and political tendencies. There are, notwithstanding, theoretical positions that offer reasonable arguments to justify the detachment of Schlick’s ethics from the center of his logical - empirical thought, our work here presented proposes to establish some kind of relation between these two parts of the spectrum. We therefore propose to recognize Schlick’s ethics as a philosophical instance connected with the fundamental principles of the consistent empiricism from Schlick, mostly presenting the possibility to relate the analytical method of exam the propositional meanings – the verifiability principally specified in Sense and Verification – with the descriptive approach to inspect the meaning of ethical formulations that are specially presented in Ethical Questions. The concept of moral principle is, therefore, fundamental to our reflections, since the particular sense of each ethical proposition, according to Schlick, can be reduced to the expressed sense by such principle. If our undertaking is viable, in the end of it we hope to be able to establish a philosophical continuity between Schlick’s ideas of logic and ethic, and propose that both the analytic and the descriptive are aspects from the same Schlick’s philosophical attitude, namely: to clarify the thoughts, to dissolve pseudo-problems, to create conditions for the science to finally operate free from insoluble puzzles and meaningless sentences.
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Carnap e a natureza da lógica / Carnap and the nature of logicTranjan, Tiago 28 January 2010 (has links)
Em The Logical Syntax of Language (1937) R. Carnap elabora o seu Princípio de Tolerância Lógica. Trata-se de um princípio lógico-filosófico de grande alcance, que condensa as posições mais consistentes do autor acerca do significado filosófico da pesquisa em lógica formal. A despeito do fracasso do projeto geral de uma filosofia sintática, esse princípio permaneceu como base de todo o pensamento posterior de Carnap. Mais do que isso, influenciou boa parte do melhor trabalho realizado em lógica até hoje, tendo deixado marcas duradouras sobre a filosofia analítica. Neste trabalho, buscamos examinar a origem do Princípio de Tolerância no pensamento de Carnap, como melhor caminho para estabelecer seu significado e implicações. / In The Logical Syntax of Language (1937) R. Carnap develops his Principle of Tolerance in Logic. This is a far-reaching principle for the whole philosophy of logic, and which sums up Carnaps most consistent tenets concerning the philosophical meaning of research in formal logic. Despite the failure of the general project of a syntactical philosophy, the Principle of Tolerance remained the basis for the whole of Carnaps subsequent thought. Moreover, it proved influential in a good deal of the most important work done in logic to this day; it also left permanent traces in analytic philosophy. In this work, we aim at examining the origins of the Tolerance Principle in Carnaps thought, as the best way to establish its significance and implications.
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Carnap e a natureza da lógica / Carnap and the nature of logicTiago Tranjan 28 January 2010 (has links)
Em The Logical Syntax of Language (1937) R. Carnap elabora o seu Princípio de Tolerância Lógica. Trata-se de um princípio lógico-filosófico de grande alcance, que condensa as posições mais consistentes do autor acerca do significado filosófico da pesquisa em lógica formal. A despeito do fracasso do projeto geral de uma filosofia sintática, esse princípio permaneceu como base de todo o pensamento posterior de Carnap. Mais do que isso, influenciou boa parte do melhor trabalho realizado em lógica até hoje, tendo deixado marcas duradouras sobre a filosofia analítica. Neste trabalho, buscamos examinar a origem do Princípio de Tolerância no pensamento de Carnap, como melhor caminho para estabelecer seu significado e implicações. / In The Logical Syntax of Language (1937) R. Carnap develops his Principle of Tolerance in Logic. This is a far-reaching principle for the whole philosophy of logic, and which sums up Carnaps most consistent tenets concerning the philosophical meaning of research in formal logic. Despite the failure of the general project of a syntactical philosophy, the Principle of Tolerance remained the basis for the whole of Carnaps subsequent thought. Moreover, it proved influential in a good deal of the most important work done in logic to this day; it also left permanent traces in analytic philosophy. In this work, we aim at examining the origins of the Tolerance Principle in Carnaps thought, as the best way to establish its significance and implications.
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Novos olhares sobre Viena: um estudo sobre o recente trabalho de reavaliação do positivismo lógico / New approaches upon Vienna: a study concerning the recent re-evaluation work on logical positivismDavi da Silva San Gil 08 December 2008 (has links)
A pesquisa que ora se apresenta consiste em uma investigação sobre o recente trabalho de reavaliação das obras de membros do chamado Círculo de Viena, que foi o primeiro e principal grupo representativo da perspectiva filosófica conhecida como positivismo lógico. Nossa pesquisa compreende três partes: a primeira parte voltada para a reconstrução histórico-conceitual do período entre o alvorecer das idéias neopositivistas e os primeiros momentos posteriores à recepção norte-americana da imigração intelectual vienense; na segunda parte do trabalho, por sua vez, lançaremos luz propriamente à natureza de tal perspectiva contemporânea, a partir de uma descrição sobre o método e o escopo temático de tal projeto revisionista; à terceira parte, por fim, além de tecer uma avaliação geral sobre o que foi feito nas duas partes que a antecedem, coube conjecturar as possibilidades de se encontrar em tal trabalho uma agenda filosófica e política própria. / The present work consists on an inquiry concerning the recent re-evaluation in the works of members of the so-called Vienna Circle, which became the first and main representative of the philosophical movement known as Logical Positivism. Our research comprises three parts: the first one is devoted to a historical-conceptual reconstruction of the period between the uprising of the first Neopositivist ideas and the years immediately following the North-American reception of the intellectual immigration from Vienna; the second part of the work concerns the nature of such contemporary reappraisal researches on the positivists legacy, through a description of the method and scope of such re-evaluation project; finally, the third part comprises a general review of the previous parts, and was worked out in order to conceive conjectures about the possibility of finding out in this re-evaluation project a philosophical and political agenda of its own.
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Novos olhares sobre Viena: um estudo sobre o recente trabalho de reavaliação do positivismo lógico / New approaches upon Vienna: a study concerning the recent re-evaluation work on logical positivismDavi da Silva San Gil 08 December 2008 (has links)
A pesquisa que ora se apresenta consiste em uma investigação sobre o recente trabalho de reavaliação das obras de membros do chamado Círculo de Viena, que foi o primeiro e principal grupo representativo da perspectiva filosófica conhecida como positivismo lógico. Nossa pesquisa compreende três partes: a primeira parte voltada para a reconstrução histórico-conceitual do período entre o alvorecer das idéias neopositivistas e os primeiros momentos posteriores à recepção norte-americana da imigração intelectual vienense; na segunda parte do trabalho, por sua vez, lançaremos luz propriamente à natureza de tal perspectiva contemporânea, a partir de uma descrição sobre o método e o escopo temático de tal projeto revisionista; à terceira parte, por fim, além de tecer uma avaliação geral sobre o que foi feito nas duas partes que a antecedem, coube conjecturar as possibilidades de se encontrar em tal trabalho uma agenda filosófica e política própria. / The present work consists on an inquiry concerning the recent re-evaluation in the works of members of the so-called Vienna Circle, which became the first and main representative of the philosophical movement known as Logical Positivism. Our research comprises three parts: the first one is devoted to a historical-conceptual reconstruction of the period between the uprising of the first Neopositivist ideas and the years immediately following the North-American reception of the intellectual immigration from Vienna; the second part of the work concerns the nature of such contemporary reappraisal researches on the positivists legacy, through a description of the method and scope of such re-evaluation project; finally, the third part comprises a general review of the previous parts, and was worked out in order to conceive conjectures about the possibility of finding out in this re-evaluation project a philosophical and political agenda of its own.
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Da “crise na razão” à “razão na crise”: a presença do Círculo de Viena no cenário intelectual francês da década de 1930 e o alvorecer de uma epistemologia histórica e uma história filosófica das ciências / De la “crise dans la raison” à la “raison dans la crise”: la présence du Cercle de Vienne dans le scénario intellectuel français des années 1930 e l’aube d’une épistémologie historique et une histoire philosophique des sciencesMachado, Hallhane 01 July 2016 (has links)
Submitted by Jaqueline Silva (jtas29@gmail.com) on 2016-10-18T18:57:37Z
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Previous issue date: 2016-07-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Dans les années 1930, tant les institutions que les auteurs dominants du contexte intellectuel français se sont interessés à un mouvement philosophique dont de nombreux concepts se distinguaient fortement de ceux admis par le milieu philosophique français: le Cercle de Vienne. Cet intérêt a donné lieu à des colloques ainsi qu’à des publications des traductions, des compte-rendus et présentations des théses de ce Mouvement autrichien. A la même période, émergeaient grâce à Gaston Bachelard et Alexandre Koyré une épistemologie historique et une histoire philosophique des sciences. Notre hypothése de travail dans cette étude est que de tels événements ne sont pas isolés. Le passage du Cercle de Vienne en France et les positions philosophiques bachelardiennes et koyréenne peuvent être conçues comme le résultat d’une même préoccupation : les crises des fondements de différents savoirs, les crises de la raison. Le milieu philosophique français a vu dans le Mouvement Viennois une possible solution, d’ailleurs écartée aprés examen et analyse d’auteurs comme Émile Meyerson, Jean Cavaillès, Albert Lautman, Gaston Bachelard, Alexandre Koyré et Federigo Enriques, au probléme des crises. Pour eux, la thése d’une raison catégorique et absolue était inadmissible. C’est donc au moment même où ils ont connu la proposition viennoise que Koyré e Bachelard ont élaboré une histoire philosophique et une épistémologie historique fondées sur une conception de la raison intégrant l’idée de crise. La raison n’est pas absolue, éternelle. Elle passe par des mutations, des révolutions. Les crises sont des périodes de transformations des fondements, aprés lesquelles la raison n’est pas détruite mais rénovée, transformée en un nouveau genre de raison. Koyré e Bachelard ont ainsi donné une nouvelle réponse aux crises, où les problémes de la thése autrichienne sont absents. / Nos anos 1930, instituições e autores proeminentes do contexto intelectual francês direcionaram sua atenção para um movimento filosófico que trazia em seu interior concepções muito distintas daquelas admitidas pelo meio filosófico da França: o Círculo de Viena. Realizaram congressos, publicaram traduções, resenhas e exposições das teses do Movimento austríaco. Nesse mesmo período, Gaston Bachelard e Alexandre Koyré traziam à luz uma epistemologia histórica e uma história filosófica das ciências. A hipótese sobre a qual nos debruçamos neste trabalho é a de que tais acontecimentos não estão isolados. A passagem do Círculo de Viena na França e as posturas filosóficas bachelardiana e koyreniana podem ser concebidas como frutos de uma mesma preocupação: as crises dos fundamentos de diversos saberes, as crises da razão. O meio filosófico francês viu no Movimento vienense uma possível solução ao problema das crises, que, logo após ser conhecida e analisada por autores como Émile Meyerson, Jean Cavaillès, Albert Lautman, Gaston Bachelard, Alexandre Koyré e Federigo Enriques, foi descartada. Para eles, era inadmissível uma proposta que delineasse uma concepção de razão categórica e absoluta. É nesse mesmo momento, em que se puseram a conhecer a proposta vienense, que Koyré e Bachelard elaboraram uma história filosófica e uma epistemologia histórica fundamentadas em uma concepção de razão que abarcava a ideia de crise. A razão não é absoluta, eterna, mas passa por mutações, revoluções. As crises são períodos de transformação de fundamentos, depois dos quais a razão não é destruída, mas renovada, tornando-se um novo tipo de razão. Assim, Koyré e Bachelard davam uma nova resposta às crises, onde não mais se faziam presentes os problemas da proposta austríaca.
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