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Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.Guerios, Enio Eduardo, Bueno, Ronaldo da Rocha Loures January 2003 (has links)
Orientador : Ronaldo da Rocha Loures Bueno / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias da Saúde / Resumo: Valvoplastia mitral percutânea (VMP) é a segunda intervenção mais comum realizada em laboratórios de hemodinâmica a nível mundial. Os resultados imediatos e tardios do procedimento utilizando o balão de Inoue (BI) estão bem estabelecidos, e este dispositivo se tornou o padrão-ouro para este tipo de intervenção. O comissurótomo metálico (CM) é uma técnica alternativa para realização de VMP. Sendo metálico, este dispositivo pode ser reesterilizado e reutilizado com segurança, diminuindo os custos do procedimento. Os resultados imediatos e a evolução a curto prazo após VMP com esta técnica estão também bem definidos, mas não há trabalhos randomizados que comparem a evolução dos pacientes a médio prazo com ambas as técnicas. Este estudo foi desenhado no intuito de comparar os resultados imediatos e de seguimento clínico e ecocardiográfico a curto (6 meses) e médio prazos (3 anos) após VMP utilizando a técnica do BI ou do CM. Cinqüenta pacientes consecutivos com estenose mitral reumática moderada ou severa (área valvar mitral - AVM < 1.5 cm2) e classe funcional > II (New York Heart Associatiorí) foram randomizados para a realização de VMP utilizando a técnica do BI (n=27, idade média = 37,3±11,9 anos) ou do CM (n=23, idade média = 39,9±11,1 anos). Não houve diferenças significativas entre os grupos no tocante às características clínicas, ecoescore de Wilkins ou AVM préintervenção. O índice de sucesso, definido pela obtenção de uma AVM >1,5 cm2, na ausência de insuficiência mitral (IM) > 2/4 (classificação de Sellers) foi de 100% no grupo do BI e 91,3% no grupo do CM - 2 pacientes deste grupo desenvolveram IM grau 3/4, requerendo intervenção cirúrgica eletiva. A AVM final média foi maior no grupo do CM (2,17±0,13 cm2 x 2,00±0,36 cm2, p=0,04), mas no seguimento de 6 meses e 3 anos esta diferença não foi mais estatisticamente significativa (respectivamente, 2,06±0,27 cm x 1,98±0,38 cm2, p=0,22, e 1,86+0,32 cm2 x 1,87±0,34 cm2, p=0.89). Este achado sugere que o estiramento do anel valvar seja um importante mecanismo de dilatação com o CM. Completou-se o seguimento tardio em 83,3% dos 48 pacientes elegíveis. A exceção de 1, todos estavam em CF I ou II. A deterioração funcional do único paciente em CF III se devia a um quadro de miocardite, porém estavam mantidos os bons resultados iniciais da intervenção. Não houve óbitos ou eventos embólicos. Um paciente do grupo do BI foi submetido tardiamente a troca valvar mitral devido a IM progressiva. Três pacientes do grupo do CM e 2 do grupo do BI (p=0,65) evoluíram com reestenose da valva mitral - um deles, em CF II, foi submetido a nova VMP, e os outros 4, em CF I, mantiveram tratamento clínico. Em conclusão, a realização de VMP tanto pela técnica do BI como do CM é segura, eficaz e possibilita excelente evolução a curto e médio prazos. Em comparação com o BI, obtém-se após VMP com o CM uma maior AVM inicial, mas após 6 meses e após 3 anos de seguimento não há mais diferença significativa. A taxa de reestenose com ambas as técnicas é igualmente baixa após 3 anos. / Abstract: Percutaneous mitral valvuloplasty (PMV) is the second most common intervention performed in catheterization laboratories worldwide. The immediate and long-term results of the procedure using the Inoue balloon (IB) are well established, and this device has become the gold standard in this kind of intervention. The metallic commissurotome (MC) is an alternative technique for PMV. Being metallic, this device can be safely resterilized and reused, lowering the costs of the procedure. The immediate and short-term results after PMV using this technique are also well defined, but there are no randomized trials with a longer outcome of both techniques. This study was designed to compare the immediate results and short- (6 months) and medium-term (3 years) clinical and echocardiographic follow-up (FU) of PMV using either the IB or the MC techniques. Fifty consecutive patients with moderate or severe rheumatic mitral stenosis (mitral valve area - MVA<1.5 cm2) and in functional class (FC) > II (New York Hesrt Association) were randomly assigned to PMV using the IB (n=27, mean age=37.3±l 1.9 years) or the MC (n=23, mean age=39.9±l 1.1 years) technique. There were no significant differences between the groups regarding baseline clinical characteristics, Wilkins' score or MVA pre-intervention. The oy success rate, defined as obtaining a MVA >1.5 cm with no mitral regurgitation (MR) >2/4 (Sellers' classification) was 100% in the IB group and 91.3% in the MC group (p=0.15)- 2 patients in this group developed MR grade 3/4, requiring elective surgery. The mean final MVA was bigger in the MC group (2.17±0.13 cm2 x 2.00±0.36 cm2, p=0.04), but after 6- month and after 3-year FU this difference was not statistically significant anymore (respectively, 2.06±0.27 cm2 x 1.98±0.38 cm2, p=0.22, and 1.86±0.32 cm2 x 1.87±0.34 cm2, p=0.89). This finding suggests valve stretching as an important mechanism of valve dilation with the MC. From the 48 eligible patients, complete FU was obtained in 83,3%. All except one were in FC I or II. The functional deterioration of the only patient in FC III was due to myocarditis, but she mantained the initial good results from the intervention. There were no deaths or embolic events. One patient in the IB group underwent late valve replacement because of progressive MR. Three patients in the MC group and 2 patients in the IB group (p=0.65) developed mitral valve restenosis - one of them, in FC II, underwent repeat PMV and the other 4, in FC I, were clinically followed. In conclusion, PMV performed either with the IB or the MC technique is safe, effective and provides excellent short- and medium-term outcomes. The MC provides greater immediate MVA than the IB after PMV, but after 6 months and after 3 years of FU the difference was no longer significant. The restenosis rate with both techniques are similarly low after 3-year FU.
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Análise de aspectos de usabilidade em interações naturais via interfaces multimodaisCossio, Lucio Polese January 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / The presence of computing devices grows day by day, making them available at the most different scenarios of use. The system’ interaction needs to evolve together with the technology to provide a better user experience in these distinct environments. Several studies in the multimodal interfaces area advocate the benefits of these interfaces, because of the availability of more natural ways of interaction, allowing the users more efficiency and satisfaction for the execution of system tasks. In the last years, devices that allow more natural interactions, started to become widely available to the public and to be used more often, showing great potential of use. This work presents a research with the goal of understand and compare the preference and use acceptance of these technologies, through the implementation and analysis of a presentation system, using a Kinect device and an Android smartphone. The system allows users to execute slide and image presentations to an audience, using speech, body gestures or the smartphone (touch gestures) for interaction. The first work phase focused in the interaction definition through individual interviews and focus groups execution. After that, the system was implemented following the results of the previous phase. At the end, the evaluation of the system was done through the use and execution of tasks in a class environment (without audience). The obtained results show the diverse users’ perspective of use of the different systems interaction modes. The smartphone was the most precise and preferred technology by most of the users because is easy to use, although, some participants showed great interest in the use of the other modalities, showing a potential for acceptance of them. The intended system context of use have some challenges, since body gestures and speech are also used by system users to communicate with other people at the same time, considered by some of the participants as unsuitable for the situation. The system tests were executed in an isolated environment, and future tests should be applied in a real use context for more precise evaluation. / A presença de dispositivos computacionais cresce a cada dia, tornando-os disponíveis nos mais diferentes cenários de uso. A interação com o sistema deve evoluir em conjunto com a tecnologia para prover aos usuários uma melhor experiência de uso nestes diferentes ambientes. Diversos estudos na área de interfaces multimodais defendem os benefícios das mesmas, pela disponibilidade de formas de interação mais naturais, permitindo aos usuários maior eficiência e satisfação na execução da tarefa do sistema. Nos últimos anos, dispositivos que possibilitam formas de interação consideradas mais naturais, começaram a estar amplamente disponíveis ao público e ser utilizados com mais frequência, demonstrando grande potencial para uso. Este trabalho apresenta uma pesquisa com objetivo de compreender e comparara preferência e aceitação de uso dessas tecnologias, a partir de sua implementação e análise em um sistema de apresentação, utilizando o dispositivo Kinect e um smartphone Android. O sistema permite aos usuários a execução de apresentações de slides e imagem para uma plateia, utilizando modos de fala, gestos de corpo e smartphone (gestos de toque) para interação.A primeira fase do trabalho se deteve na definição da interação através de entrevistas individuais e execução de grupos focais. Posteriormente a implementação do sistema foi feita com base nos resultados obtidos da fase anterior. Por fim a avaliação do sistema foi feita pelo uso e execução de tarefas com o sistema em um ambiente de sala de aula (mas sem plateia). Os resultados aqui presentes demonstram a opinião diversificada de usuários quanto a perspectiva de uso dos diferentes modos do sistema. O uso do smartphone foi a tecnologia mais precisa e preferida pela maioria dos usuários pelo fácil uso, no entanto, alguns participantes apresentaram grande interesse no uso das outras duas modalidades, demonstrando potencial de aceitação para as mesmas. O contexto de uso pretendido do sistema demonstra desafios, uma vez que as modalidades de gestos de corpo e fala são também utilizadas para os usuários do sistema se comunicarem com outras pessoas ao mesmo tempo, sendo consideradas por alguns dos participantes como pouco apropriadas para a situação. Os testes do sistema foram realizados em um ambiente isolado, e futuramente devem ser aplicados para um contexto real para uma validação mais precisa.
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O polimorfismo Val158Met do gene COMT e TDAH : um estudo de suscetibilidade genética e farcogenéticaOliveira, Angélica Salatino de January 2011 (has links)
O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma doença psiquiátrica de etiologia complexa, muito comum em crianças e adolescentes. Caracteriza-se pelos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, além de uma alta taxa de comorbidade com transtornos disruptivos do comportamento. Em relação a sua neurobiologia, uma hipótese atualmente aceita é de que crianças com TDAH apresentam um déficit funcional significativo do córtex pré-frontal, com um aparente desequilíbrio de catecolaminas. A enzima Catecol-O-metiltransferase (COMT) atua na degradação de catecolaminas na fenda sináptica e é responsável pela maior parte da degradação de dopamina no córtex pré-frontal. Dessa forma, esta enzima age diretamente no balanço dopaminérgico e noradrenérgico. O polimorfismo Val158Met do gene COMT ocasiona uma troca de aminoácidos, afetando sua termoestabilidade enzimática. Estudos indicam que esta variação enzimática da COMT tem um papel relevante na heterogeneidade fenotípica encontrada no TDAH, podendo estar envolvida no surgimento de transtornos disruptivos do comportamento. Em relação ao tratamento, o fármaco comumente prescrito é o metilfenidato. Este medicamento parece agir diretamente no aumento dos níveis de catecolaminas na fenda sináptica, através do bloqueio do transportador de dopamina e de noradrenalina. Devida a ação direta da COMT na degradação de catecolaminas e a importância do nível desses neurotransmissores na melhora da sintomatologia do TDAH, fazse também necessário o conhecimento sobre o possível efeito farmacogenético do gene no transtorno. Um total de 473 crianças foram genotipadas para o polimorfismo Val158Met. O diagnóstico de TDAH e suas comorbidades foi realizado através de três estágios, previamente descrito na literatura. Dentre esses pacientes, 251 satisfizeram os critérios de inclusão para participar do estudo farmacogenético. Variáveis que poderiam atuar como potenciais confundidores foram analisadas. As dosagens de metilfenidato foram aumentadas até não haver mais melhora clínica ou até existirem efeitos adversos significativos (doses acima de 0,3 mg/kg/dia). A medida dos sintomas foi baseada na Escala de Swanson, Nolan e 4 Pelham versão IV, e aplicada pelos psiquiatras (sem o conhecimento dos genótipos dos pacientes) antes do tratamento e no primeiro e terceiro mês de tratamento Pacientes com o genótipo Val/Val mostraram uma taxa 12% maior de transtornos disruptivos do comportamento quando comparados com indivíduos portadores do alelo Met (2 = 5,729, p = 0,017, OR = 1,62). De acordo com o teste farmacogenético, foi encontrado um efeito significante do tempo de tratamento (n = 112; F2,231 = 5,35, p = 0,005) e do gene COMT (F1,148 = 5,02, p = 0,027) na melhora clínica dos escores de oposição. Além disso, também foi vista uma interação significante entre a presença do alelo Met e o tempo de tratamento nos escores de oposição nesse período (F2,229 = 6,40, p = 0,002). Nossos resultados indicam que existe uma diferença significante na presença de transtorno disruptivo do comportamento em crianças com TDAH, de acordo com o genótipo do polimorfismo Val158Met. O genótipo Val/Val parece predizer a presença desse comportamento antissocial em crianças com TDAH. Além disso, nosso estudo farmacogenético mostrou um efeito prejudicial do genótipo Val/Val na melhora clínica dos sintomas de oposição em meninos com TDAH tratados com metilfenidato. / Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a common psychiatric condition that affects children and adolescents worldwide. This disorder is defined by symptoms of inattention and hyperactivity/impulsivity. Comorbidity with other disorders, such as Disruptive Behaviour Disorders (DBD) is very common. Regarding ADHD‟s neurobiology, there is a hypothesis that children with ADHD have prefrontal cortex (PFC) deficits with inadequate catecholamine transmission. The enzyme catechol-O-methyltransferase (COMT) degrades catecholamines and it has been suggested that it plays a key role in prefrontal cortical functioning. COMT accounts for most of the degradation of dopamine in the PFC. The Val158Met polymorphism is functional. It affects the thermostability of the protein. Several studies suggest that this variation in COMT has a relevant role in ADHD heterogeneity, and it can lead to emergence of DBD. Methylphenidate (MPH) is the most widely used drug to treat ADHD. The effect of MPH on catecholaminergic pathways results in an improvement of the PFC functioning by blockade of dopamine and norepinephrine transporters. Due to action of COMT in catecholaminergic balance, it is necessary to know about the pharmacogenetic effect of COMT in ADHD. A sample of 473 children with ADHD was genotyped for the Val158Met polymorphism. A consensus diagnosis of ADHD with or without comorbidity was achieved through a three-stage process, as previously described in the literature. Around these patients, 251 children with ADHD fulfilled inclusion criteria to participate in the pharmacogenetic study. Potential confounders were evaluated. Dosages of short-acting MPH were augmented until no further clinical improvement was detected or until there were significant adverse events (MPH dose always > 0.3 mg/kg/day). The outcome measure was the parent-rated oppositional subscale of the Swanson, Nolan and Pelham Scale – version IV. The scale was applied by child psychiatrists blinded to genotype at baseline and in the first and third months. Patients homozygous for Val allele showed a higher frequency of DBD (+ 12%) than Met allele carriers (2 = 5.729, p = 0.017, OR = 1.62). We detected 6 significant improvement in SNAP-IV oppositional scores from baseline to the first and three months of treatment (n = 112; F2,231 = 5.35, p = 0.005). A significant effect of the presence of Met allele during three months of treatment (F1,148 = 5.02, p = 0.027), and a significant interaction between the Met allele and treatment over time for the SNAP-IV oppositional scores during this period of treatment (F2,229 = 6.40, p = 0.002) were both observed. Therefore, our results indicate that there is a significant difference in the presence of disruptive behavior disorders in children with ADHD according to Val158Met genotype. This antisocial behavior in children with ADHD seems to be predicted by Val/Val genotype in COMT gene. Moreover, pharmacogenetic results suggest an effect of the COMT genotype on the trajectory of ODD symptoms improvement with MPH treatment in boys with ADHD.
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O balanço GABA-Glutamato na suscetibilidade ao transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e implicações farmacogenéticasBruxel, Estela Maria January 2016 (has links)
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) está entre as doenças psiquiátricas mais comuns na infância e adolescência, determinando prejuízo significativo na qualidade de vida dos pacientes. Os estudos moleculares nos últimos anos não foram suficientes para entender a base genética do transtorno nem esclarecer quais os genes envolvidos, devido ao pequeno efeito de cada um e da interação entre genes e destes com fatores ambientais. Estudos recentes sugerem que os sintomas de hiperatividade/impulsividade do TDAH podem ser devido à falha da inibição comportamental resultante de uma modulação inapropriada das sinalizações GABA e glutamato. É possível que os déficits de transmissão de catecolaminas presentes no TDAH sejam um efeito secundário do desbalanço excitatório/inibitório. Os estudos de variantes genéticas envolvidas na variabilidade de resposta ao tratamento com o metilfenidato, o fármaco mais utilizado para tratar o TDAH, poderiam fornecer dados que potencialmente poderiam auxiliar no aprimoramento do tratamento. Portanto o presente trabalho teve como objetivo geral investigar o papel de variantes nos genes LPHN3, GAD1, GABRA1, GABRB2 e GAT1 na suscetibilidade e na farmacogenética do TDAH. Ao longo da Tese, os resultados foram organizados em quatro artigos. No primeiro, o estudo de associação entre a LPHN3 e o TDAH avaliou 523 crianças e adolescentes com TDAH e 132 controles, o estudo farmacogenético avaliou 172 crianças através da escala de sintomas SNAP-IV no momento da prescrição, no primeiro e terceiro mês de tratamento. Os resultados sugerem o haplótipo CGC derivado dos SNPs rs6813183, rs1355368 e rs734644 como sendo de risco para o TDAH (P = 0,02; OR = 1,46; IC95%: 1.07 – 1,97). A interação desse haplótipo com o SNP rs965560, localizado no cromossomo 11q, aumenta levemente o risco ao nível nominal (P = 0,03; OR = 1,55; IC95%: 1,02 - 2,36). Pacientes homozigotos para o haplótipo CGC mostraram uma resposta mais rápida ao tratamento, com interação significante entre o haplótipo e o tratamento ao longo do tempo (P < 0,001). Homozigotos para o haplótipo GT derivado dos SNPs rs6551665 e rs1947275 mostraram uma interação nominalmente significante com o tratamento ao longo do tempo (P = 0,04). Nossos resultados replicaram estudos prévios, demonstrando que a LPHN3 confere suscetibilidade ao TDAH, interage com o cromossomo 11q e modula a resposta ao metilfenidato. No segundo trabalho, o estudo de associação de GAD1 e o TDAH avaliou 547 crianças com TDAH e seus pais biológicos, e os sintomas de hiperatividade/impulsividade foram avaliados pela escala SNAP-IV em 323 crianças. Uma amostra composta de 2.000 crianças que nasceram em Pelotas em 1993 e que foram avaliadas aos 10 e 15 anos para a escala de hiperatividade SDQ também foi analisada. Os resultados demonstram que o alelo C do SNP rs11542313 foi mais transmitido dos pais para crianças com TDAH (χ2= 5,02; P = 0,03); os haplótipos de GAD1 foram associados com escores de sintomas de hiperatividade/impulsividade (χ2= 8,98; P=0,01), sendo que o haplótipo CG derivado dos SNPs rs3749034 e rs11542313 confere os escores mais altos desses sintomas (IC95%: 0,02–0,43; P=0,03). Embora GAD1 não tenha sido associado com os sintomas de hiperatividade na amostra populacional, nossos resultados na amostra clínica sugerem que o GAD1 está associado à suscetibilidade do TDAH, contribuindo principalmente para os sintomas de hiperatividade/impulsividade. No terceiro trabalho, avaliamos SNPs nos genes GABRA1, GABRB2 e GAT1 através de análises caso-controle e baseadas em famílias. A amostra compreendeu 542 crianças com TDAH e seus pais biológicos e 132 controles. Não houve evidência de associação entre esses polimorfismos e a suscetibilidade ao TDAH (valores de P entre 0,108 e 0, 937). O quarto trabalho foi uma revisão sistemática entre os anos de 2010 e 2013 sobre os estudos farmacogenéticos do TDAH. Nós pudemos comprovar o aumento exponencial dos estudos marcados principalmente pela mudança de foco do sistema dopaminérgico para outros genes de neurotransmissão e de neurodesenvolvimento; e o aumento de estudos com novas abordagens. Contudo, a heterogeneidade metodológica ainda provavelmente determina as divergências encontradas na literatura. A presente Tese acrescenta dados de uma rota biológica pouco explorada que é o balanço excitatório/inibitório gerado por glutamato e GABA, e que pode estar envolvida na etiologia do TDAH. Mais estudos são necessários para reiterar a participação desses sistemas e aumentar a compreensão dos mecanismos moleculares na suscetibilidade ao TDAH. / Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) is one of the most common psychiatric disorders in children and adolescents, leading to significant impairments in the life quality of patients. At present, molecular studies still did not disclose the genetic basis of the disorder or clarified which genes are implicated in the disorder, due to the small effect of each variant and the interaction between genes and among them with environmental factors. Recent studies have suggested that ADHD hyperactive/impulsive symptoms are due to behavioral disinhibition resulting from inappropriate modulation of both glutamatergic and GABAergic signaling. It is possible that deficits in catecholaminergic transmission observed in ADHD may arise as a secondary effect of excitatory/inhibitory imbalance. Genetic variants studies involved in the variability of methylphenidate response, the most widely drug used to treat ADHD, could provide data that potentially help to improve the treatment management. The aim of the present study was to investigate the contribution of single nucleotide polymorphisms (SNPs) at LPHN3, GAD1, GABRA1, GABRB2 e GAT1 genes to ADHD susceptibility and pharmacogenetics. First, the association between LPHN3 and ADHD was evaluated in 523 children and adolescents with ADHD and 132 controls. In the pharmacogenetics study, 172 children with ADHD were investigated. The primary outcome measure was the parent-rated Swanson, Nolan, and Pelham Scale - version IV (SNAP-IV) applied at baseline, first and third months of treatment with methylphenidate. The results suggest that the CGC haplotype derived from SNPs rs6813183, rs1355368, rs734644 as an ADHD risk haplotype (P = 0.02; OR = 1.46; CI95%: 1.07 – 1.97). Its interaction with the 11q chromosome SNP rs965560 slightly increases risk, at nominal level (P = 0.03; OR = 1.55; CI95%: 1.02 – 2.36). Homozygous individuals for the CGC haplotype showed a faster response to MPH treatment as a significant interaction effect between CGC haplotype and treatment over time (P < 0.001). Homozygous individuals for the GT haplotype derived from SNPs rs6551665 and rs1947275 showed a nominally significant interaction with treatment over time (P = 0.04). Our findings replicate previous findings reporting that LPHN3 confers ADHD susceptibility, interacts with 11q region, and moderates MPH treatment response in children and adolescents with ADHD. In the second paper, the association study evaluated a clinical sample that consisted of 547 families with ADHD probands and hyperactive/impulsive symptoms which were evaluated based on SNAP-IV scores. Also, a population-based sample comprised of 2,000 individuals from the Pelotas 1993 Birth Cohort Study was evaluated for SDQ hyperactivity subscale collected at both 11 and 15 years assessments. The C allele of rs11542313 was significantly overtransmitted from parents to ADHD probands (χ2= 5.02; P = 0.03). GAD1 haplotypes were associated with higher hyperactive/impulsive scores in ADHD youths (χ2= 8.98; P=0.01). In the specific haplotype test, the GC haplotype was the one with the highest hyperactive/impulsive scores (CI 95%: 0.02–0.43; P=0.03). Even though GAD1 was not associated with ADHD symptoms in the general population sample, our results from the clinical sample suggest that the GAD1 gene is associated with ADHD susceptibility, contributing particularly to the hyperactive/impulsive symptoms domain. The SNPs at GABRA1, GABRB2 e GAT1 genes were investigated by family-based and case-control approaches. The sample comprised 542 youths with ADHD and their parents, and 132 youths without ADHD as controls. There was no evidence of association between these polymorphisms and ADHD susceptibility (P values ranging from 0.108 to 0.937). The last paper was a systematic review of the literature on ADHD pharmacogenetics between 2010 and 2013. We observed that the number of studies continues to grow with a focus shift on ADHD pharmacogenetics studies from dopaminergic genes to other neurotransmitters and neurodevelopmental genes. An increasing number of studies using new approaches were also observed. However, the heterogeneity in methodological strategies of the studies likely explains the inconsistent results. All these findings add data about an underexplored pathway which is the excitatory/inhibitory balance induced by glutamate and GABA, and may be involved in ADHD etiology. Further studies are needed to elucidate the potential role of these systems and increase the understanding of molecular mechanisms to ADHD susceptibility.
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Repercussões hemodinâmicas da pressão expiratória positiva por máscara facial (EPAP) no pós-operatório de cirurgias cardíacas mensuradas por cateter de artéria pulmonarSena, Ana Claudia Borges dos Santos January 2007 (has links)
Resumo não disponível
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Comparação de diferentes arranjos de treino nas variáveis neuromusculares de praticantes de treinamento de forçaCastanheira, Rafael Pompeu Magalhães 31 July 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação Stricto-Sensu em Educação Física, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-10-15T20:18:28Z
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2014_RafaelPompeuMagalhaesCastanheira.pdf: 1353478 bytes, checksum: 968ea2903d9239e77a200ad04ca5a33d (MD5) / OBJETIVO: investigar os efeitos de diferentes arranjos de treinos (sinergista vs. não-sinergista) nas respostas neuromusculares dos flexores do cotovelo em homens treinados. METODOLOGIA: A amostra foi composta por 18 indivíduos (n=18) do sexo masculino (23,11 ±3,89 anos de idade, 1,74 ±0,09m de altura e 83,51 ±15,04kg de massa corporal) e experientes em treinamento de força (4,06 ±1,89 anos de prática). Os indivíduos realizaram três protocolos de treino aleatorizados e separados por pelo o menos 6 dias: 1) Protocolo Sinergista (SN): 6 séries de 10 repetições máximas (RM) no exercício Remada supinada máquina seguido de 4 séries de 10RM de flexão de cotovelo no dinamômetro isocinético; 2) Protocolo Não-Sinergista (NS): 6 séries de 10RM no exercício Supino reto no Smith seguido de 4 séries de 10RM de flexão de cotovelo no dinamômetro isocinético; e 3) Protocolo Controle (CO): 4 séries de 10RM de flexão de cotovelo no dinamômetro isocinético. Entre cada série foram dados 2 minutos de intervalo de recuperação. As variáveis analisadas dos flexores de cotovelo foram: trabalho total (TT), torque médio (MT), índice de fadiga (IF) e ativação muscular (RMS). RESULTADOS: Os valores de TT alcançados nos protocolos SN e NS foram significativamente (p?0,05) inferiores (10,32 e 5,48%, respectivamente) em relação ao protocolo CO. O valor de TT alcançado no protocolo SN também foi estatisticamente inferior (5,02%) ao protocolo NS (p?0,05). Com relação ao MT, o protocolo CO foi estatisticamente superior (p?0,05) aos protocolos NS e SN (3,64 e 6,37%, respectivamente). Também houve superioridade estatística (p?0,05) do protocolo NS em relação procotolo SN nessa variável (2,83% menor). Não foram encontradas diferenças significativas entre os protocolos nas variáveis IF e RMS também na razão MT/RMS. CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo mostraram que os valores de TT e MT foram significativamente inferiores quando o arranjo de treino foi composto por exercícios sinergistas. Portanto, para um melhor resultado agudo nessas variáveis, sugere-se a realização do exercício principal de forma isolada ou em combinação com outro exercício não-sinergista. ____________________________________________________________________________ ABSTRACT / OBJECTIVES: to investigate the effects of different training arrangement (synergists vs. non-synergists) on neuromuscular responses of trained men elbow flexors. METHODOLOGY: Eighteen men (n=18; 23.11 ±3.89 years, 1.74 ±0.09 m height and 83.51 ±15.04 kg weight) with experience in resistance training (4.06 ±1.89 years of experience) volunteer to participate in this study. Subjects did three different random protocols with at least 6 days of rest between them: Synergist Protocol (SN): 6 sets of 10 maximum repetitions (RM) at Supinated Row Machine followed by 4 sets of 10RM of elbow flexors on isokinetic dynamometer; Non-Synergist Protocol (NS): 6 sets of 10RM of bench press on Smith Machine followed by 4 sets of 10RM of elbow flexors on isokinetic dynamometer; Control Protocol (CO): 4 sets of 10RM of elbow flexors on isokinetic dynamometer. The rest interval between sets was 2 minutes. The variables were: total work (TW), mean torque (MT), fatigue rate (FR) and muscle activation (RMS). RESULTS: The TW values at SN and NS protocols were significantly lower (p≤0,05) than CO protocol (10,32 e 5,48%, respectively). The TW value of SN protocol was also significantly lower (5,02%) than NS protocol (p≤0,05). In relation of MT, the CO protocol was significantly higher than SN and NS protocols (3,64 e 6,37%, respectively). Significant differences (p≤0,05) between SN and NS were found at this variable (SN value was 2.83% lower). No differences were found between protocols at the FR, RMS and at MT:RMS ratio. CONCLUSION: The results of the present study showed that TW and MT values were significantly lower when the training arrangement was composed by synergist exercises. Although, for a better acute result at these variables, it is suggest that the volunteer may execute the exercise first in a training session or combine with another non-synergist exercise.
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Avaliação do efeito sinérgico de um programa de treinamento de força supervisionado no controle da sintomatologia em mulheres com fibromialgia tratadas com amitriptilinaMachado, Aurélio Henrique January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. / Submitted by Kelly Marques (pereira.kelly@gmail.com) on 2009-12-02T19:04:31Z
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Previous issue date: 2008 / Introdução: Fibromialgia é uma síndrome crônica, caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada. A combinação de intervenções farmacológicas e o exercício físico têm sido aceito como componente fundamental no tratamento dos pacientes com fibromialgia. Objetivos: Avaliar o efeito sinérgico de um programa de treinamento de força supervisionado no controle da sintomatologia em mulheres com fibromialgia tratadas com amitriptilina em comparação com um grupo em uso de amitriptilina e fluoxetina. Métodos: A amostra foi composta por 39 mulheres em acompanhamento no ambulatório de fibromialgia do Hospital Universitário de Brasília. As pacientes foram divididas aleatoriamente mediante tabela de randomização em dois grupos de estudo e os pesquisadores clínicos não tinham conhecimento do grupo de cada paciente. Ao grupo fluoxetina composto de 21 pacientes, com média de 50,6 anos de idade, que utilizavam amitriptilina 25 mg duas horas antes de deitar, acrescentou-se 20 mg de fluoxetina às 10 horas da manhã, e ao grupo exercício, com 18 pacientes com média de 52,2 anos de idade também em uso de amitriptilina, foi associado o treinamento de força com pesos livres 3 vezes por semana. A avaliação de qualidade de vida foi feita através do FIQ e SF36 ao início e após 6 meses. Escalas numéricas de 0 a 10 foram obtidas para avaliação da dor, do ânimo, da fadiga e da qualidade do sono no início, no 2º, no 4º e no 6º mês. Para análise das escalas numéricas foi utilizado a ANOVA de dois fatores na comparação entre os grupos e ANOVA de um fator para avaliação dentro de cada grupo. Foi utilizado o teste U de Mann-Whitney na comparação do FIQ e do SF36 entre grupos. O teste de Wilcoxon foi utilizado para análise do FIQ e do SF36 na avaliação dentro de cada grupo. Resultados: Não houve diferença significativa (p < 0,05) entre os grupos de tratamento avaliados através dos questionários FIQ e SF36 e escalas numéricas. Quando avaliado separadamente após seis meses, o grupo fluoxetina melhorou significativamente o desempenho no FIQ e nos domínios de dor e de saúde mental do SF 36 e na dor avaliada pela escala numérica. O grupo exercício melhorou significativamente em todas as escalas numéricas e nos domínios capacidade funcional e estado geral de saúde do SF36. Conclusões: O treinamento de força com pesos livres em associação com amitriptilina demonstrou efeito similar a associação desta medicação com fluoxetina, no tratamento de pacientes com fibromialgia. No entanto avaliando as escalas numéricas o grupo exercício melhorou em todas as variáveis avaliadas e o grupo fluoxetina melhorou apenas a dor. ___________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: Fibromyalgia is a chronic syndrome characterized by widespread muscular and skeletal pain. Pharmacological intervention and physical exercise are accepted as essential components in the treatment of patients with fibromyalgia. Objective: Analyze the synergic effect of a supervised muscle strengthening program on the symptomatology control of women with fibromyalgia treated with amitriptilyne in comparison with women treated with amitriptilyne and fluoxetine. Methods: The sample consisted of 39 women attending the fibromyalgia Clinic at the University Hospital of Brasilia. The patients were randomized in two groups and the researches did not know what group each participant belonged to. 20mg of fluoxetine were added at 10 a.m. to the fluoxetine group of 21 patients, average 50,6 years old, making use of 25mg of amitriptilyne 2 hours before going to bed. The exercise group had 18 patients, average 52,2 years old, under use of amitriptilyne and underwent a free-weight muscle strengthening program 3 times per week. Quality of life was evaluated using FIQ and SF36 at baseline and after 6 months. Numeric scale ranging 0 to 10 was obtained to evaluate pain, mood, fatigue and sleep quality at baseline, in the 2º, 4º and 6º month. The numeric scales were analyzed with two-way ANOVA for comparison between groups and with one-way ANOVA for comparison within groups. Mann-Whitney U-test was used to compare FIQ and SF36 between groups. Wilcoxon was utilized to analyze FIQ and SF36 questionnaires within groups. Results: There was no significant difference between the 2 groups after FIQ and SF36 questionnaires and numeric scale analysis. After 6 months, the fluoxetine group significantly improved FIQ and SF36 scores concerning pain and mental health and pain evaluated by numeric scale. The exercise group significantly improved in all numeric scales and in functional capacity and general health evaluated by SF36. Conclusion: The association of free-weight exercise with amitriptilyne showed similar effect to the association of this medication with fluoxetine in the treatment of patients with fibromyalgia. Nevertheless, regarding the numeric scales, the exercise group improved all variables whereas the fluoxetina group improved only the perception of pain.
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Treino de autocontrole e aquisição repetida em crianças diagnosticadas de TDAH medicadas com metilfenidatoSantos, Letícia de Faria 30 July 2010 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Processos Psicológicos Básicos, 2010. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2011-02-21T13:41:51Z
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2010_LeticiaFariaSantos.pdf: 1406750 bytes, checksum: 9c947e0322190a16c6468659fea538b1 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2011-02-23T12:19:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2010_LeticiaFariaSantos.pdf: 1406750 bytes, checksum: 9c947e0322190a16c6468659fea538b1 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-02-23T12:19:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2010_LeticiaFariaSantos.pdf: 1406750 bytes, checksum: 9c947e0322190a16c6468659fea538b1 (MD5) / O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é constituído por uma tríade sintomatológica que envolve déficit de atenção e altos níveis de hiperatividade e impulsividade. Hoje, o TDAH é um dos temas mais estudados em crianças em idade escolar. Em parte, pelos prejuízos significativos verificados nas relações educacionais, familiares e ocupacionais das crianças com esse diagnóstico. O tratamento do TDAH envolve intervenções psicossociais e ou psicofarmacológicas, que incluem a administração do psicoestimulante Metilfenidato. O objetivo geral deste estudo foi de investigar os padrões de respostas de aquisição repetida e de desempenho (Tarefa Complexa) em crianças em idade escolar, diagnosticadas com TDAH com e sem o uso de Metilfenidato. O procedimento (ABA) envolveu a exposição de todos dos grupos de crianças com diagnóstico (TDAH), com diagnóstico e tratamento fármaco (TDAHM) e sem diagnóstico (STDAH) às duas condições de Tarefa Complexa: Linha de Base em Tarefa Complexa (LB TC) e Teste em Tarefa Complexa (TESTE TC). Após LB TC, metade dos participantes de cada grupo experimental foi exposto a Fase de Autocontrole. O procedimento de Tarefa Complexa foi composto por um esquema múltiplo com dois componentes: aquisição e desempenho. Nessa contingência, a unidade de resposta a ser reforçada envolvia três respostas (FR 3) em um painel contendo uma matriz de 3 x 3 círculos. A Fase de Autocontrole envolveu uma adaptação do modelo de Rachlin e Green (1972) utilizando tarefa de quebra-cabeça. A Fase de autocontrole utilizou um procedimento de fading, o qual foram manipulados os parâmetros número de peças do quebra-cabeça e magnitude de reforço (maior número de peças e magnitude do reforço no elo Autocontrole versus menores números de peças e magnitude do reforço no elo Impulsividade). Os resultados não indicaram interação entre o treino autocontrole com a aquisição repetida. Padrões distintos entre os grupos, com efeito farmacológico na Fase Autocontrole, foram verificados. De forma geral, as crianças TDAH com uso de Metilfenidato apresentaram padrões similares às crianças sem diagnóstico e maiores do que as com TDAH nas medidas de Proporção de Resposta, Reforço e Tempo, no Treino de autocontrole. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) consists of a triad of symptoms involving the deficit of attention, and high levels of hyperactivity and impulsivity. ADHD is nowadays one of the most studied issues in school-age children, because of the significant losses observed in the educational, familiar and occupational relationships. The treatment of ADHD involves psychosocial and/or psychopharmacological interventions, which include the prescription of the psychostimulant methylphenidate. The general objective of this study was to investigate the response patterns of repeated acquisition and performance (Complex Task) in school-age children diagnosed with ADHD with and without the use of methylphenidate. The procedure (ABA) involved the exposure of all groups of children – with a diagnostics only (TDAH), with a diagnostics and drug treatment (TDAHM) and without a diagnostic (STDAH) – to the two conditions of complex tasks: Baseline in a Complex Tasks (LB TC) and Test in a Complex Task (TEST TC). After the LB TC, half of the participants in each experimental group were exposed to the Phase of Self-Control. The procedure of the complex tasks involved a multiple schedule with two components: – acquisition and performance. In this contingency, the unity of response to be strengthened involved three responses (FR 3) in a panel containing a 3 x 3 matrix of circles. This phase involved an adaptation of the Rachlin and Green (1972) model using a puzzle task. The Self-Control phase involved a fading procedure, in which the parameters number of pieces of the puzzle and magnitude of reinforcement were manipulated (higher number of parts and magnitude of reinforcement of the self-control link versus smaller numbers of parts and magnitude of reinforcement of the impulsivity link). The results indicated no interaction between the self-control training with the repeated acquisition. Distinct patterns among the groups, with pharmacological effect in Self-Control phase, were verified. Generally, the children diagnosed with ADHD using methylphenidate have similar patterns to children without the diagnostic, and higher than those with ADHD but no treatment on measures of Response Rate, Reinforcement and Time, in Self-Control training.
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Doença de Alzheimer e cuidado familiarEngel, Cíntia Liana 18 July 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, 2013. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-09-18T14:39:53Z
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2013_CintiaLianaEngel.pdf: 1068718 bytes, checksum: d9b7d6396833fd505e2faabac669c3c4 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-09-19T14:49:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2013_CintiaLianaEngel.pdf: 1068718 bytes, checksum: d9b7d6396833fd505e2faabac669c3c4 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-09-19T14:49:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2013_CintiaLianaEngel.pdf: 1068718 bytes, checksum: d9b7d6396833fd505e2faabac669c3c4 (MD5) / Essa dissertação aborda o fenômeno da demência e, especificamente, as
interações subjetivas de cuidado entre cuidadoras/es familiares e membros da família que foram diagnosticados com a Doença de Alzheimer. O objetivo maior do trabalho é
descrever a experiência dos sujeitos que fizeram parte da pesquisa e elaborar algumas análises interpretativas acerca da trajetória desses com a doença e/ou com o cuidado. A pesquisa que embasa a escrita foi realizada por meio de observações e
vivências com famílias que freqüentaram o Centro de Medicina do Idoso (CMI) do
Hospital Universitário de Brasília (HUB) no primeiro semestre de 2012. Essa instituição, além de elaborar o diagnóstico dos sujeitos, oferece tratamentos por meio de grupos terapêuticos e de memória, orientados tanto para cuidadoras/es como para pessoas com Alzheimer. Com o objetivo de narrar a experiência dos sujeitos com a doença e com o cuidado, essa dissertação aborda, inicialmente, a composição complexa e escorregadia do que vem a ser o diagnóstico da provável demência causada pela Doença de Alzheimer, o itinerário de ação necessário para acessá-lo e como esse é recebido pelos sujeitos. Em seguida, discute os itinerários de cuidado adotados pelas famílias com a
mediação do CMI, e que estão inseridas em um contexto mais amplo – e desigual em
relação ao gênero – de divisão de cuidados no Brasil. Então, parte para descrições e interpretações acerca do que se optou por chamar de “dilemas perceptivos” enfrentados por aqueles que experimentam uma condição de demência, tanto no que se refere às desorientações de memória e raciocínio, como em relação às destrezas cotidianas com o próprio corpo. Tendo desenvolvido acerca das particularidades perceptivas dos sujeitos com demência, propõe-se uma análise das relações intersubjetivas de cuidado,
perpetradas no exercício constante da/o cuidadora em estabelecer alteridades perceptivas para compreender as demandas do outro e atendê-las. Ao final, essa dissertação discorre acerca da morte com demência, sendo essa entendida como uma experiência de morte específica. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation addresses to the phenomenon of dementia and, particularly,
discusses the subjective interactions between family caregivers and members of the family diagnosed with Alzheimer's disease. The main objective of the study is to describe the experience of the subjects who took part in this research and develop some interpretative analyzes about the trajectory of these with the disease and/or with the care. The research that underlies this writing was done through observations and
interactions with families who were attended by the Centro de Medicina do Idoso (CMI) at the Hospital Universitário de Brasília (HUB) in the first semester of 2012. This institution, in addition to drafting the diagnosis of Alzheimer’s disease, offers treatments through therapeutic groups and memory training groups, oriented both to caregivers as for people with Alzheimer's. In order to narrate the experience of individuals with the disease and with the
care, this dissertation discusses initially the complex and slippery composition of the diagnosis of probable dementia caused by Alzheimer's disease, the route of action required to access it and how it is received by the subjects. It is also discussed the care itinerary adopted by family caregivers with the mediation of the CMI, which are related to a broader context - and inequitable in relation to gender - of division of care tasks in Brazil. Finally, there are made descriptions and interpretations about what was called
"perceptual dilemmas" faced by those who experience a condition of dementia, both in
relation to disorientation of memory and reasoning skills as related to the everyday body skills. Having developed this discussion about the perceptive peculiarities of the subjects with dementia, the purpose is an analysis of interpersonal relations of care,
perpetrated in the constant exercise of the caregiver in establishing a perceptive otherness to understand the demands of others and attend them. At the end, this dissertation reflects about death with dementia, this being understood as a specific experience with death.
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O polimorfismo MRI180V no gene do receptor mineralocorticóide e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em adultosKortmann, Gustavo Lucena January 2011 (has links)
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) inclui sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade acometendo aproximadamente 5% das crianças em idade escolar e 2,5% dos adultos. Um dos mecanismos fisiopatológicos propostos para o TDAH é uma resposta disfuncional ao estresse. O eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA) desempenha um importante papel na regulação dos neurotransmissores do sistema nervoso central e no comportamento, estando envolvido em funções relacionadas com atenção, emoção, aprendizado e memória. O receptor mineralocorticóide (MR) é o principal receptor envolvido no desencadeamento inicial da resposta ao estresse e tem um papel fundamental na modulação do eixo HPA. Por este motivo, o gene do MR (NR3C2) é um gene candidato para associação com o TDAH. Há evidências que o alelo Val do polimorfismo MRI180V (rs5522) esteja envolvido na vulnerabilidade a transtornos psiquiátricos e funções cognitivas. Nós testamos possíveis associações entre o MRI180V com o TDAH e com variáveis relacionadas em uma amostra brasileira de 478 pacientes adultos com TDAH e 597 doadores de sangue pareados quanto a variáveis demográficas. O polimorfismo MRI180V não está associado ao TDAH (χ² = 2.71, P = 0.26), mas portadores do alelo Val apresentaram escores mais elevados de desatenção (F = 5.5, P = 0.02) e de hiperatividade/impulsividade (F = 6.47; P = 0.01) comparados aos pacientes com TDAH não portadores do alelo. Apesar da viabilidade biológica desses resultados preliminares, estes devem ser vistos com cautela e aguardam por replicações. / Attention-deficit hyperactivity disorder (ADHD) is a disorder of inattention, impulsivity, and hyperactivity which is prevalent in ~ 5% of school-aged children and persist in 2,5% of adults. One of the proposed pathophysiological mechanisms is a blunted stress response. The hypothalamus-pituitary-adrenal (HPA) axis plays an important role in the central nervous system neurotransmitters regulation and behavior, involved in biological functions such as attention, emotion, learning and memory. The mineralocorticoid receptor (MR) is the main receptor involved in the initial triggering of stress response. For this reason, the MR gene (NR3C2) is a candidate gene for association to ADHD. There is evidence that the Val allele of the MRI180V polymorphism (rs5522) is involved in the vulnerability to psychiatric disorders and cognitive functions. We tested the possible association between MRI180V with ADHD and comorbid psychiatric disorders in a Brazilian sample of 478 ADHD adult patients and 597 matched blood donors. The MRI180V polymorphism was not associated with ADHD (χ² = 2.71, P = 0.26), but carriers of the Val allele presented slightly higher inattention (F = 5.5, P = 0.02) and hyperactivity/impulsivity (F = 6.47; P = 0.01) scores compared to ADHD patients non-carriers. Despite of the biological plausibility of these findings, these preliminary results should be viewed with caution and wait for replications.
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