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Representações multimodais: a religião pela capa de revista

VITORINO, Monique Alves 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:34:43Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo5660_1.pdf: 5823317 bytes, checksum: 080135ed096eceafb470e5d9ec6dfdc0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Neste trabalho analisamos como o gênero textual capa de revista atua na representação e divulgação de discursos, a partir da religião por ele tratado, respondendo à seguinte questão: como capas de revistas laicas de interesses diversos, quer sejam elas de divulgação científica ou de informação, representam a religião? Para tanto, fundamentamonos na área dos estudos de gêneros textuais segundo a perspectiva social da teoria sociorretórica de Miller (2009) e Bazerman (2006) e na perspectiva da análise multimodal do gênero, baseada, sobretudo, na gramática do design visual de Kress e van Leeuwen (2006). Para a análise, selecionamos, em acervo digital, a partir da primeira edição, capas cujo tema central seja assunto ligado à religião, até a primeira ocorrência deste tema em capas de revistas publicadas em 2010, constituindo um corpus de 81 capas, sendo 55 da revista semanal de informação Veja e 26 da revista de divulgação científica Superinteressante. A princípio, enfocamos o gênero textual capa de revista em suas características formais, momento em que elaboramos um esquema geral da sua constituição visual convencional; e em seu conteúdo semântico, a partir do qual configuramos os interesses e modos de tratamento dos assuntos por cada revista. A partir daí, categorizamos duas principais religiões representadas, a saber: Cristianismo e Espiritismo. Ao examinarmos as capas organizadas cronologicamente por religião categorizada, classificamos quatro principais recursos semióticos que, pela sua recorrência, configuram a identidade visual da representação de cada religião. Enfim, entendemos que as representações são convencionadas pelos usos recorrentes de recursos semióticos, mostrados pelas capas como inerentes às religiões, os quais constroem as identidades visuais e tudo o que a elas está ligado, como ideologias e relações de poder
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Jornalismo cultural e personalização: o acionamento do perito nas capas da revista Bravo! (1997-2013)

Cavalcanti, Anna de Carvalho January 2016 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo identificar de que forma a revista Bravo! (1997-2013) acionou o sujeito perito na capa, espaço emblemático de consagração. Compreendemos o jornalismo como sendo capaz de estabelecer hierarquias, conceder visibilidade e prestígio, estabelecendo, assim, o que deve ser lido, visto e assistido, ou seja, o que é relevante, de acordo com seus critérios. O jornalismo cultural, enquanto especialidade jornalística, reafirma também seu lugar de suposto sistema perito, a partir da confiança do leitor, silenciando ou consolidando valores culturais a partir de seus locais de maior visibilidade, como as capas de revista. Entendendo esse espaço como um lugar consagrado e consagrante, voltamos nosso olhar a quem nele se destaca, sujeitos que resguardam uma suposta excelência técnica e valores canônicos. Com o aporte da Análise de Conteúdo (AC), realizamos um mapeamento das 192 edições da revista, verificando o conteúdo das capas a partir da definição de segmento (música, cinema, literatura, artes visuais, teatro e dança), pessoas contempladas na primeira página, temática e gancho temporal jornalístico, o que resultou em uma panorâmica editorial sobre os principais temas e sujeitos abordados. A partir dessa primeira visada, delimitamos o corpus de 124 capas em que constam somente pessoas. A análise panorâmica mostrou que música foi o segmento mais personalizado, seguido por livros, cinema, teatro, artes visuais e dança. Além disso, percebemos que a lógica do evento, gancho jornalístico de maior incidência, tende a se vincular com pessoas que já possuem prestígio em seu campo de atuação. Junto à descrição quantitativa por segmento cultural, partimos para a leitura qualitativa em profundidade de onze capas que representam tendências do conjunto. Os resultados indicam que, enquanto instância de legitimação desses peritos, Bravo! se utilizou de critérios editoriais específicos para escolher a personalidade de capa, agregando para si os valores associados de quem elegeu, seguindo a lógica da personalização. Ao criar um espaço consagratório em sua primeira página, a revista reafirma a encenação do superlativo, que articula a imagem do rosto, as chamadas, o título e o nome da publicação, como uma forma de acionamento do perito. / The aim of this thesis is to identify how Bravo! (1997-2013) operated the expert in its cover, an emblematic space of consecration. We understand journalism as being able to establish hierarchies, provide visibility and prestige, establishing what should be read, seen and watched, that is, what is important according to its criteria. Cultural journalism, as journalistic specialty, also claims its place of supposed expert system, based on the reader’s confidence, silencing or consolidating cultural values from their places of higher visibility, as magazine covers. Understanding this place as a consecrated and consecrating space, we turn our gaze to whom it stands out, people who keep a supposed technical excellence and canonical values. Through Content Analysis (CA) theory, we conducted a mapping of 192 editions of the magazine by checking the content of the covers from the segment definition (music, cinema, literature, visual arts, theater and dance), people featured on the first page, theme and journalistic temporal hook, which resulted in an editorial overview of the main themes and people covered. From this first view, we delimited the corpus to 124 covers that included only people. The panoramic analysis showed that music was the most personalized segment, followed by literature, cinema, theater, visual arts and dance. Also, we realized that the logic of the event, journalistic hook with the higher incidence, tends to bond with people who are already prestigious in their field. Next to the quantitative description by cultural segment, we made a qualitative in-depth reading of eleven covers that represent set group trends. The results indicate that, while instance of legitimation, Bravo! employed specific editorial criteria to choose the person of the cover, adding itself the associated values of those elected, following the logic of personalization. By creating a consecrational space on its front page, the magazine reaffirms the staging of superlative, that articulates the image of the face, the headlines, the title and the publication name as a form to operate the expert.
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Jornalismo de revista e ethos discursivo: as imagens de si nas capas e nos editoriais de Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital

Ribeiro, Daiane Bertasso January 2014 (has links)
O objetivo geral desta pesquisa é compreender o ethos discursivo (imagem de si) das revistas semanais de informação brasileiras Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital construído nas capas e nos editoriais. Partimos do pressuposto de que o discurso jornalístico funciona por meio de um contrato de comunicação entre os seus interlocutores, sendo o ethos discursivo constitutivo da condição de identidade (“quem fala para quem”) desse contrato. A questão que buscamos responder é: que imagens de si as revistas semanais de informação constroem em suas capas e seus editoriais e o que isso significa na afirmação do contrato de comunicação? Para respondê-la, analisamos 96 textos coletados durante um ano. Adotamos a perspectiva teórico-metodológica da análise do discurso, desenvolvendo estes aspectos da problematização: a) identificamos os sentidos sobre si construídos na relação com o outro (o leitor, os atores de outros campos sociais, as revistas concorrentes e os demais sujeitos do campo jornalístico); b) mapeamos os sentidos sobre si que remetem à linha editorial e aos princípios e valores do jornalismo; c) refletimos sobre a importância do ethos discursivo na afirmação do contrato de comunicação. Como resultado, identificamos sete núcleos de sentidos que as revistas constroem sobre si mesmas: 1. Sei o que é o “bom jornalismo” e o “mau jornalismo”; 2. Sei o que é do seu/nosso interesse; 3. Sei o que é novo e atual; 4. Sei, porque fiz um trabalho rigoroso; 5. Sei, porque estava lá; 6. Sei, porque busquei o melhor especialista; 7. Sei como expressar diversos temas. Concluímos que há dois núcleos de sentidos predominantes em todas as revistas, nesta ordem: 7. Sei como expressar diversos temas e 5. Sei, porque estava lá. Outro núcleo predominante em duas revistas (Veja e IstoÉ) é 3. Sei o que é novo e atual. Três núcleos predominam em apenas uma das revistas: 2. Sei o que é do seu/nosso interesse (Época), 1. Sei o que é “bom jornalismo” e o “mau jornalismo” (CartaCapital) e 4. Sei, porque fiz um trabalho rigoroso (IstoÉ). Ao fim da pesquisa, nos questionamos sobre o significado do ethos discursivo na afirmação do contrato de comunicação e percebemos que ele está presente não somente na condição de identidade (“quem fala para quem”) do contrato, como também nas condições de finalidade (“para quê se diz”), de propósito (“o que se diz”) e de dispositivo (“em que condições se diz”), além dos modos de dizer, o “como se diz”. Ethos discursivo e contrato de comunicação são constitutivos um do outro e estão interligados pela situação de comunicação. A pesquisa mostra que as revistas semanais de informação brasileiras constroem, sobre si mesmas, sentidos que reafirmam dois compromissos principais com os leitores: narrar a realidade e autenticá-la (sei, porque estava lá) e tratar de modo criativo e adequado (sei expressar diversos temas) a ampla gama de assuntos que, segundo o contrato de comunicação, deve fazer parte de uma revista semanal. / The main purpose of this research is to understand the discursive ethos (self-image) constructed on the front pages and on the editorials of the Brazilian weekly news magazines Veja, Época, IstoÉ and CartaCapital. Our premise is that the journalistic discourse works by means of a communication contract established between its interlocutors, being the discursive ethos constitutive of the condition of identity (“who speaks to whom”) of this contract. The question we seek to answer is: what self-images do weekly news magazines construct on their front pages and on their editorials and what does it mean for the affirmation of the communication contract? To answer this question, we analyzed 96 texts collected during a year. We adopt the theoretical and methodological perspective of discourse analysis, developing these aspects of the problematization: a) we identify the meanings constructed about themselves in the relation with to others (the reader, the actors of other social fields, competing magazines and other subjects of the journalistic field); b) we mapped the meanings about themselves that refer to the editorial line and to the principles and values of journalism; c) we reflect on the importance of the discursive ethos in the assertion of the communication contract. As a result, we identified seven core meanings that magazines construct about themselves: 1. I know what is "good journalism" and "bad journalism"; 2. I know what is of your/our interest; 3. I know what is new and current; 4. I know because I've done a thorough work; 5. I know because I was there; 6. I know because I sought the best specialist; 7. I know how to express various themes. We concluded that there are two core meanings prevalent in all the magazines, in this order: 7. I know how to convey various themes and 5. I know because I was there. Another predominant core meaning in two magazines (Veja and IstoÉ) is 3. I know what is new and current. Three core meanings predominate in only one of the magazines: 2. I know what is of your/our interest (Época), 1. I know what is "good journalism" and "bad journalism"; (CartaCapital) and 4. I know because I've done a thorough work (IstoÉ). At the end of the research, we question ourselves on the significance of the discursive ethos in the assertion of the communication contract and we realize that it is present not only in the condition of identity (“who speaks to whom”) of contract, but also in the conditions of purpose (“why say so”), of content (“about what”) and of device (“in what circumstances”), besides the manners of speaking, the “how to say it”. Discursive ethos and communication contract are constitutive of each other and are interconnected in a communication situation. Research shows that Brazilian weekly news magazines constructed, about themselves, meanings that reaffirm two main commitments with readers: to narrate the reality and authenticate it (I know because I was there) and to convey a range of themes creatively and properly (I know how to express various themes) which, under the contract communication, must be part of a weekly magazine.
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Design e fotografia: o retrato nas capas da Revista BRAVO!

Suzigan, Ana Luisa Cruz 21 September 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-08-18T17:47:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Luisa Cruz Suzigan.pdf: 7554742 bytes, checksum: 50df73a793aa11fe3d08b7d24e59560b (MD5) Previous issue date: 2012-09-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Essa dissertação é o resultado de um estudo que teve como objetivo principal discutir a relação entre o design e a fotografia, observando o papel do retrato fotográfico no projeto gráfico de capas de revistas, mais especificamente da Revista BRAVO!, publicada mensalmente pela Editora Abril, no período entre os anos de 2007 e 2010. Embora esse trabalho apresente limitações é possível perceber através das seis capas escolhidas: a aplicação dos conceitos do design gráfico e da fotografia de retrato nas capas estudadas. A composição da cena, a compreensão do espaço cênico, as regras dos terços e do espaço da página impressa, o fortalecimento do conteúdo através da fotografia, o enquadramento, o apelo editorial, a manchete da publicação impressa etc. As seis edições escolhidas contemplaram os conceitos apresentados. A coleta de dados contemplou trinta e três edições da Revista BRAVO! publicadas entre 2007-2010. A revisão literária foi fundamental para a extração de conceitos e informações que possibilitaram a análise e a síntese do objeto de estudo da pesquisa
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Jornalismo de revista e ethos discursivo: as imagens de si nas capas e nos editoriais de Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital

Ribeiro, Daiane Bertasso January 2014 (has links)
O objetivo geral desta pesquisa é compreender o ethos discursivo (imagem de si) das revistas semanais de informação brasileiras Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital construído nas capas e nos editoriais. Partimos do pressuposto de que o discurso jornalístico funciona por meio de um contrato de comunicação entre os seus interlocutores, sendo o ethos discursivo constitutivo da condição de identidade (“quem fala para quem”) desse contrato. A questão que buscamos responder é: que imagens de si as revistas semanais de informação constroem em suas capas e seus editoriais e o que isso significa na afirmação do contrato de comunicação? Para respondê-la, analisamos 96 textos coletados durante um ano. Adotamos a perspectiva teórico-metodológica da análise do discurso, desenvolvendo estes aspectos da problematização: a) identificamos os sentidos sobre si construídos na relação com o outro (o leitor, os atores de outros campos sociais, as revistas concorrentes e os demais sujeitos do campo jornalístico); b) mapeamos os sentidos sobre si que remetem à linha editorial e aos princípios e valores do jornalismo; c) refletimos sobre a importância do ethos discursivo na afirmação do contrato de comunicação. Como resultado, identificamos sete núcleos de sentidos que as revistas constroem sobre si mesmas: 1. Sei o que é o “bom jornalismo” e o “mau jornalismo”; 2. Sei o que é do seu/nosso interesse; 3. Sei o que é novo e atual; 4. Sei, porque fiz um trabalho rigoroso; 5. Sei, porque estava lá; 6. Sei, porque busquei o melhor especialista; 7. Sei como expressar diversos temas. Concluímos que há dois núcleos de sentidos predominantes em todas as revistas, nesta ordem: 7. Sei como expressar diversos temas e 5. Sei, porque estava lá. Outro núcleo predominante em duas revistas (Veja e IstoÉ) é 3. Sei o que é novo e atual. Três núcleos predominam em apenas uma das revistas: 2. Sei o que é do seu/nosso interesse (Época), 1. Sei o que é “bom jornalismo” e o “mau jornalismo” (CartaCapital) e 4. Sei, porque fiz um trabalho rigoroso (IstoÉ). Ao fim da pesquisa, nos questionamos sobre o significado do ethos discursivo na afirmação do contrato de comunicação e percebemos que ele está presente não somente na condição de identidade (“quem fala para quem”) do contrato, como também nas condições de finalidade (“para quê se diz”), de propósito (“o que se diz”) e de dispositivo (“em que condições se diz”), além dos modos de dizer, o “como se diz”. Ethos discursivo e contrato de comunicação são constitutivos um do outro e estão interligados pela situação de comunicação. A pesquisa mostra que as revistas semanais de informação brasileiras constroem, sobre si mesmas, sentidos que reafirmam dois compromissos principais com os leitores: narrar a realidade e autenticá-la (sei, porque estava lá) e tratar de modo criativo e adequado (sei expressar diversos temas) a ampla gama de assuntos que, segundo o contrato de comunicação, deve fazer parte de uma revista semanal. / The main purpose of this research is to understand the discursive ethos (self-image) constructed on the front pages and on the editorials of the Brazilian weekly news magazines Veja, Época, IstoÉ and CartaCapital. Our premise is that the journalistic discourse works by means of a communication contract established between its interlocutors, being the discursive ethos constitutive of the condition of identity (“who speaks to whom”) of this contract. The question we seek to answer is: what self-images do weekly news magazines construct on their front pages and on their editorials and what does it mean for the affirmation of the communication contract? To answer this question, we analyzed 96 texts collected during a year. We adopt the theoretical and methodological perspective of discourse analysis, developing these aspects of the problematization: a) we identify the meanings constructed about themselves in the relation with to others (the reader, the actors of other social fields, competing magazines and other subjects of the journalistic field); b) we mapped the meanings about themselves that refer to the editorial line and to the principles and values of journalism; c) we reflect on the importance of the discursive ethos in the assertion of the communication contract. As a result, we identified seven core meanings that magazines construct about themselves: 1. I know what is "good journalism" and "bad journalism"; 2. I know what is of your/our interest; 3. I know what is new and current; 4. I know because I've done a thorough work; 5. I know because I was there; 6. I know because I sought the best specialist; 7. I know how to express various themes. We concluded that there are two core meanings prevalent in all the magazines, in this order: 7. I know how to convey various themes and 5. I know because I was there. Another predominant core meaning in two magazines (Veja and IstoÉ) is 3. I know what is new and current. Three core meanings predominate in only one of the magazines: 2. I know what is of your/our interest (Época), 1. I know what is "good journalism" and "bad journalism"; (CartaCapital) and 4. I know because I've done a thorough work (IstoÉ). At the end of the research, we question ourselves on the significance of the discursive ethos in the assertion of the communication contract and we realize that it is present not only in the condition of identity (“who speaks to whom”) of contract, but also in the conditions of purpose (“why say so”), of content (“about what”) and of device (“in what circumstances”), besides the manners of speaking, the “how to say it”. Discursive ethos and communication contract are constitutive of each other and are interconnected in a communication situation. Research shows that Brazilian weekly news magazines constructed, about themselves, meanings that reaffirm two main commitments with readers: to narrate the reality and authenticate it (I know because I was there) and to convey a range of themes creatively and properly (I know how to express various themes) which, under the contract communication, must be part of a weekly magazine.
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Jornalismo cultural e personalização: o acionamento do perito nas capas da revista Bravo! (1997-2013)

Cavalcanti, Anna de Carvalho January 2016 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo identificar de que forma a revista Bravo! (1997-2013) acionou o sujeito perito na capa, espaço emblemático de consagração. Compreendemos o jornalismo como sendo capaz de estabelecer hierarquias, conceder visibilidade e prestígio, estabelecendo, assim, o que deve ser lido, visto e assistido, ou seja, o que é relevante, de acordo com seus critérios. O jornalismo cultural, enquanto especialidade jornalística, reafirma também seu lugar de suposto sistema perito, a partir da confiança do leitor, silenciando ou consolidando valores culturais a partir de seus locais de maior visibilidade, como as capas de revista. Entendendo esse espaço como um lugar consagrado e consagrante, voltamos nosso olhar a quem nele se destaca, sujeitos que resguardam uma suposta excelência técnica e valores canônicos. Com o aporte da Análise de Conteúdo (AC), realizamos um mapeamento das 192 edições da revista, verificando o conteúdo das capas a partir da definição de segmento (música, cinema, literatura, artes visuais, teatro e dança), pessoas contempladas na primeira página, temática e gancho temporal jornalístico, o que resultou em uma panorâmica editorial sobre os principais temas e sujeitos abordados. A partir dessa primeira visada, delimitamos o corpus de 124 capas em que constam somente pessoas. A análise panorâmica mostrou que música foi o segmento mais personalizado, seguido por livros, cinema, teatro, artes visuais e dança. Além disso, percebemos que a lógica do evento, gancho jornalístico de maior incidência, tende a se vincular com pessoas que já possuem prestígio em seu campo de atuação. Junto à descrição quantitativa por segmento cultural, partimos para a leitura qualitativa em profundidade de onze capas que representam tendências do conjunto. Os resultados indicam que, enquanto instância de legitimação desses peritos, Bravo! se utilizou de critérios editoriais específicos para escolher a personalidade de capa, agregando para si os valores associados de quem elegeu, seguindo a lógica da personalização. Ao criar um espaço consagratório em sua primeira página, a revista reafirma a encenação do superlativo, que articula a imagem do rosto, as chamadas, o título e o nome da publicação, como uma forma de acionamento do perito. / The aim of this thesis is to identify how Bravo! (1997-2013) operated the expert in its cover, an emblematic space of consecration. We understand journalism as being able to establish hierarchies, provide visibility and prestige, establishing what should be read, seen and watched, that is, what is important according to its criteria. Cultural journalism, as journalistic specialty, also claims its place of supposed expert system, based on the reader’s confidence, silencing or consolidating cultural values from their places of higher visibility, as magazine covers. Understanding this place as a consecrated and consecrating space, we turn our gaze to whom it stands out, people who keep a supposed technical excellence and canonical values. Through Content Analysis (CA) theory, we conducted a mapping of 192 editions of the magazine by checking the content of the covers from the segment definition (music, cinema, literature, visual arts, theater and dance), people featured on the first page, theme and journalistic temporal hook, which resulted in an editorial overview of the main themes and people covered. From this first view, we delimited the corpus to 124 covers that included only people. The panoramic analysis showed that music was the most personalized segment, followed by literature, cinema, theater, visual arts and dance. Also, we realized that the logic of the event, journalistic hook with the higher incidence, tends to bond with people who are already prestigious in their field. Next to the quantitative description by cultural segment, we made a qualitative in-depth reading of eleven covers that represent set group trends. The results indicate that, while instance of legitimation, Bravo! employed specific editorial criteria to choose the person of the cover, adding itself the associated values of those elected, following the logic of personalization. By creating a consecrational space on its front page, the magazine reaffirms the staging of superlative, that articulates the image of the face, the headlines, the title and the publication name as a form to operate the expert.
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Jornalismo cultural e personalização: o acionamento do perito nas capas da revista Bravo! (1997-2013)

Cavalcanti, Anna de Carvalho January 2016 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo identificar de que forma a revista Bravo! (1997-2013) acionou o sujeito perito na capa, espaço emblemático de consagração. Compreendemos o jornalismo como sendo capaz de estabelecer hierarquias, conceder visibilidade e prestígio, estabelecendo, assim, o que deve ser lido, visto e assistido, ou seja, o que é relevante, de acordo com seus critérios. O jornalismo cultural, enquanto especialidade jornalística, reafirma também seu lugar de suposto sistema perito, a partir da confiança do leitor, silenciando ou consolidando valores culturais a partir de seus locais de maior visibilidade, como as capas de revista. Entendendo esse espaço como um lugar consagrado e consagrante, voltamos nosso olhar a quem nele se destaca, sujeitos que resguardam uma suposta excelência técnica e valores canônicos. Com o aporte da Análise de Conteúdo (AC), realizamos um mapeamento das 192 edições da revista, verificando o conteúdo das capas a partir da definição de segmento (música, cinema, literatura, artes visuais, teatro e dança), pessoas contempladas na primeira página, temática e gancho temporal jornalístico, o que resultou em uma panorâmica editorial sobre os principais temas e sujeitos abordados. A partir dessa primeira visada, delimitamos o corpus de 124 capas em que constam somente pessoas. A análise panorâmica mostrou que música foi o segmento mais personalizado, seguido por livros, cinema, teatro, artes visuais e dança. Além disso, percebemos que a lógica do evento, gancho jornalístico de maior incidência, tende a se vincular com pessoas que já possuem prestígio em seu campo de atuação. Junto à descrição quantitativa por segmento cultural, partimos para a leitura qualitativa em profundidade de onze capas que representam tendências do conjunto. Os resultados indicam que, enquanto instância de legitimação desses peritos, Bravo! se utilizou de critérios editoriais específicos para escolher a personalidade de capa, agregando para si os valores associados de quem elegeu, seguindo a lógica da personalização. Ao criar um espaço consagratório em sua primeira página, a revista reafirma a encenação do superlativo, que articula a imagem do rosto, as chamadas, o título e o nome da publicação, como uma forma de acionamento do perito. / The aim of this thesis is to identify how Bravo! (1997-2013) operated the expert in its cover, an emblematic space of consecration. We understand journalism as being able to establish hierarchies, provide visibility and prestige, establishing what should be read, seen and watched, that is, what is important according to its criteria. Cultural journalism, as journalistic specialty, also claims its place of supposed expert system, based on the reader’s confidence, silencing or consolidating cultural values from their places of higher visibility, as magazine covers. Understanding this place as a consecrated and consecrating space, we turn our gaze to whom it stands out, people who keep a supposed technical excellence and canonical values. Through Content Analysis (CA) theory, we conducted a mapping of 192 editions of the magazine by checking the content of the covers from the segment definition (music, cinema, literature, visual arts, theater and dance), people featured on the first page, theme and journalistic temporal hook, which resulted in an editorial overview of the main themes and people covered. From this first view, we delimited the corpus to 124 covers that included only people. The panoramic analysis showed that music was the most personalized segment, followed by literature, cinema, theater, visual arts and dance. Also, we realized that the logic of the event, journalistic hook with the higher incidence, tends to bond with people who are already prestigious in their field. Next to the quantitative description by cultural segment, we made a qualitative in-depth reading of eleven covers that represent set group trends. The results indicate that, while instance of legitimation, Bravo! employed specific editorial criteria to choose the person of the cover, adding itself the associated values of those elected, following the logic of personalization. By creating a consecrational space on its front page, the magazine reaffirms the staging of superlative, that articulates the image of the face, the headlines, the title and the publication name as a form to operate the expert.
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Jornalismo de revista e ethos discursivo: as imagens de si nas capas e nos editoriais de Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital

Ribeiro, Daiane Bertasso January 2014 (has links)
O objetivo geral desta pesquisa é compreender o ethos discursivo (imagem de si) das revistas semanais de informação brasileiras Veja, Época, IstoÉ e CartaCapital construído nas capas e nos editoriais. Partimos do pressuposto de que o discurso jornalístico funciona por meio de um contrato de comunicação entre os seus interlocutores, sendo o ethos discursivo constitutivo da condição de identidade (“quem fala para quem”) desse contrato. A questão que buscamos responder é: que imagens de si as revistas semanais de informação constroem em suas capas e seus editoriais e o que isso significa na afirmação do contrato de comunicação? Para respondê-la, analisamos 96 textos coletados durante um ano. Adotamos a perspectiva teórico-metodológica da análise do discurso, desenvolvendo estes aspectos da problematização: a) identificamos os sentidos sobre si construídos na relação com o outro (o leitor, os atores de outros campos sociais, as revistas concorrentes e os demais sujeitos do campo jornalístico); b) mapeamos os sentidos sobre si que remetem à linha editorial e aos princípios e valores do jornalismo; c) refletimos sobre a importância do ethos discursivo na afirmação do contrato de comunicação. Como resultado, identificamos sete núcleos de sentidos que as revistas constroem sobre si mesmas: 1. Sei o que é o “bom jornalismo” e o “mau jornalismo”; 2. Sei o que é do seu/nosso interesse; 3. Sei o que é novo e atual; 4. Sei, porque fiz um trabalho rigoroso; 5. Sei, porque estava lá; 6. Sei, porque busquei o melhor especialista; 7. Sei como expressar diversos temas. Concluímos que há dois núcleos de sentidos predominantes em todas as revistas, nesta ordem: 7. Sei como expressar diversos temas e 5. Sei, porque estava lá. Outro núcleo predominante em duas revistas (Veja e IstoÉ) é 3. Sei o que é novo e atual. Três núcleos predominam em apenas uma das revistas: 2. Sei o que é do seu/nosso interesse (Época), 1. Sei o que é “bom jornalismo” e o “mau jornalismo” (CartaCapital) e 4. Sei, porque fiz um trabalho rigoroso (IstoÉ). Ao fim da pesquisa, nos questionamos sobre o significado do ethos discursivo na afirmação do contrato de comunicação e percebemos que ele está presente não somente na condição de identidade (“quem fala para quem”) do contrato, como também nas condições de finalidade (“para quê se diz”), de propósito (“o que se diz”) e de dispositivo (“em que condições se diz”), além dos modos de dizer, o “como se diz”. Ethos discursivo e contrato de comunicação são constitutivos um do outro e estão interligados pela situação de comunicação. A pesquisa mostra que as revistas semanais de informação brasileiras constroem, sobre si mesmas, sentidos que reafirmam dois compromissos principais com os leitores: narrar a realidade e autenticá-la (sei, porque estava lá) e tratar de modo criativo e adequado (sei expressar diversos temas) a ampla gama de assuntos que, segundo o contrato de comunicação, deve fazer parte de uma revista semanal. / The main purpose of this research is to understand the discursive ethos (self-image) constructed on the front pages and on the editorials of the Brazilian weekly news magazines Veja, Época, IstoÉ and CartaCapital. Our premise is that the journalistic discourse works by means of a communication contract established between its interlocutors, being the discursive ethos constitutive of the condition of identity (“who speaks to whom”) of this contract. The question we seek to answer is: what self-images do weekly news magazines construct on their front pages and on their editorials and what does it mean for the affirmation of the communication contract? To answer this question, we analyzed 96 texts collected during a year. We adopt the theoretical and methodological perspective of discourse analysis, developing these aspects of the problematization: a) we identify the meanings constructed about themselves in the relation with to others (the reader, the actors of other social fields, competing magazines and other subjects of the journalistic field); b) we mapped the meanings about themselves that refer to the editorial line and to the principles and values of journalism; c) we reflect on the importance of the discursive ethos in the assertion of the communication contract. As a result, we identified seven core meanings that magazines construct about themselves: 1. I know what is "good journalism" and "bad journalism"; 2. I know what is of your/our interest; 3. I know what is new and current; 4. I know because I've done a thorough work; 5. I know because I was there; 6. I know because I sought the best specialist; 7. I know how to express various themes. We concluded that there are two core meanings prevalent in all the magazines, in this order: 7. I know how to convey various themes and 5. I know because I was there. Another predominant core meaning in two magazines (Veja and IstoÉ) is 3. I know what is new and current. Three core meanings predominate in only one of the magazines: 2. I know what is of your/our interest (Época), 1. I know what is "good journalism" and "bad journalism"; (CartaCapital) and 4. I know because I've done a thorough work (IstoÉ). At the end of the research, we question ourselves on the significance of the discursive ethos in the assertion of the communication contract and we realize that it is present not only in the condition of identity (“who speaks to whom”) of contract, but also in the conditions of purpose (“why say so”), of content (“about what”) and of device (“in what circumstances”), besides the manners of speaking, the “how to say it”. Discursive ethos and communication contract are constitutive of each other and are interconnected in a communication situation. Research shows that Brazilian weekly news magazines constructed, about themselves, meanings that reaffirm two main commitments with readers: to narrate the reality and authenticate it (I know because I was there) and to convey a range of themes creatively and properly (I know how to express various themes) which, under the contract communication, must be part of a weekly magazine.
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Revista Mundo Estranho: capa e resson?ncia dial?gica

Holanda, Maria Fabiana Medeiros de 22 June 2017 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-09-04T20:36:42Z No. of bitstreams: 1 MariaFabianaMedeirosDeHolanda_DISSERT.pdf: 3122485 bytes, checksum: bb98a3d940a5fb962379430646706ddb (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-09-05T23:55:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MariaFabianaMedeirosDeHolanda_DISSERT.pdf: 3122485 bytes, checksum: bb98a3d940a5fb962379430646706ddb (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-05T23:55:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaFabianaMedeirosDeHolanda_DISSERT.pdf: 3122485 bytes, checksum: bb98a3d940a5fb962379430646706ddb (MD5) Previous issue date: 2017-06-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq) / Estudiosos das mais diversas ?reas, n?o apenas da Lingu?stica Aplicada, t?m concentrado esfor?os no sentido de elucidar e de ampliar as discuss?es sobre os g?neros discursivos, especialmente os de natureza verbo-visual como ? o caso da capa de revista. Esta pesquisa tem como objetivo geral, sob a perspectiva do C?rculo de Bakhtin, analisar as capas da revista Mundo Estranho como enunciado concreto, a fim de perceber as rela??es dial?gicas entre a dimens?o verbal e a visual. Por quest?es te?rico-metodol?gicas, a an?lise incide sobre quatro capas referentes aos meses de outubro (2015), mar?o (2016), junho (2016) e fevereiro (2017) para compor a gera??o dos dados. A abordagem desta pesquisa ? de base qualitativo-interpretativista, uma vez que enfoca quest?es particulares da realidade social que n?o podem ser quantificadas, pois criam um universo de possibilidades, de aspira??es, de valores e de atitudes. Por isso, analisa a forma como se estabelecem as rela??es verbo-visuais na constitui??o do enunciado, a saber: imagem, diagrama??o, manchetes, cores, t?tulo e resumo principal da mat?ria, bem como motiva??es ideol?gicas da empresa em rela??o aos fatos anunciados que s?o de fundamental import?ncia para compreender as rela??es dial?gico-valorativas que, conforme a fundamenta??o te?rica assumida na pesquisa, atravessam todo e qualquer projeto de dizer. Como aporte te?rico, utiliza conceitos inter-relacionados, tais como: signo ideol?gico, enunciado concreto, g?neros discursivos, carnavaliza??o e rela??es dial?gicas por meio das concep??es advindas do C?rculo de Bakhtin, bem como de seus divulgadores como Brait (2014) e Faraco (2009). Esta pesquisa n?o promove um fim, mas outras possibilidades de an?lise da linguagem verbo-visual. Os resultados apontam que o sentido, nesse g?nero, tem sua constru??o na rela??o dial?gica entre a dimens?o verbal e visual, cabendo ao leitor recuperar o fio discursivo que os une. / Researchers from the most diverse areas, not only Applied Linguistics, have focused their efforts in the sense of elucidating and amplifying the discussions about discursive genres, especially those of visual-verbal nature such as the case of magazines? covers. This research has as its core objective, under the perspective of The Bakhtin Circle, analyze the covers of the Mundo Estranho magazine as a solid statement, to the end of perceiving the dialogical relationships between the verbal and the visual dimension. For theoretical-methodological purposes, the analysis occurs on four different covers related to the months of October (2015), March (2016), June (2016) and February (2017) to constitute the data generation. This research?s approach is of qualitative-interpretative basis, since its focus on particular questions on social reality that cannot be quantified, for they create an universe of possibilities, aspirations, values and attitudes. Hence why it analyzes the form in which those relationships establish themselves in the constitution of the statement, that are: image, publishing layout, headlines, colours, title and abstract of the main article, as well as the ideological motivations of the company related to the announced facts that are of utmost importance to understand the dialogical-evaluative relationships that, according to the theoretical foundation assumed on the research, intersects every and any project of the saying. As theoretical basis, it uses inter-related concepts, such as: ideological sign, solid statement, discursive genres, carnivalization and dialogical relationships by means of conceptions derived from The Bakhtin Circle, as well as its researchers as Brait (2014) and Faraco (2009). This research does not promote an end, but other possibilities of analysis of the visual-verbal language and the results point out that, in this genre, has its construction on the dialogical relationship between the verbal and visual dimension, inducing the reader to recover the discursive thread that binds them.
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A imagem do professor nas capas da Revista Nova Escola: a circularidade do sentido / La imagen del profesor el las tapas del Revista Nova Escola: la circularidad del sentido

Santos, Eliana Cristina Pereira 10 December 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:55:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Eliana Santos.pdf: 2379154 bytes, checksum: 42e83ca4073aef4533207d33b6bae3bc (MD5) Previous issue date: 2013-12-10 / Por comprender que los discursos son siempre atravesados por el inconsciente y por la ideología y que una materialidad simbólica como una tapa de revista es un espacio de producción y circulación de los efectos de sentido, se buscó, en el entremedio de la descripción con la interpretación, verificar los efectos de sentido que la Revista Nova Escola (RNE) (re)produce sobre "ser un profesor". Para ello, se analizaron los eslóganes utilizados desde la primera edición (1986) y las tapas que cubren el período 2005-2012. El estudio está basado en la teoría del Análisis del Discurso (AD) de filiación francesa, que considera el discurso como heterogéneo y marcado por la multiplicidad y por la alteridad, ya que está lleno de ya-dichos que vienen de otro lugar. En el análisis, algunos conceptos de AD fueron más recurrentes. Los movimientos parafrásticos fueron utilizados para analizar los eslóganes y revelar a quien se destina el discurso de la RNE, que se representa como voz legitimada. La memoria y el echo discursivos construyen el profesor perteneciente a la raza blanca y el silencio como materia significante pone en evidencia los grupos étnicos no representados, así como otros discursos, que, por no pertenecieren a la formación discursiva de RNE, son silenciados . Respaldada por los datos repetitivos ideológicamente, lo que hace que los discursos sean evidentes y "naturales ", la profesión de la educación se presenta como competencia de las mujeres y excluye el hombre de esa función. Del mismo modo, la enseñanza se basa en un discurso de semiprofissionalismo , una vez que la enseñanza está puesta como una extensión de la casa y directamente ligada a la maternidad y la educación de los hijos. La RNE, basada su discurso en una "teoría universal" de ideas, formata el sujeto ideológico, como fuente de homogeneidad, interrogando al sujeto profesor como sujeto kantiano, ignorando su situación paradigmática. Este Sujeto ocupa la posición de la travesía del mundo físico en la búsqueda del verdadero ideal. Concebido en un mosaico, se inventa; la verdad está con él y salidas para las dificultades se ofrecen intelectualmente. El profesor es también el principal agente responsable por la educación, por los cambios teóricos y estructurales y por la resolución de problemas sociales que surgen en el aula. Aunque cada mes la RNE produzca y disponibilice nuevas tapas, el discurso, conforme efecto de sentido, retorna al mismo, no como una reproducción exacta, pero al mismo repetible, sea pelo interdiscurso o memoria discursiva, y, que se inscribe en la historia y por lo tanto se vuelve interpretable / Por compreender que os discursos são sempre atravessados pelo inconsciente e pela ideologia e que uma materialidade simbólica como uma capa de revista é um espaço de produção e circulação de efeitos de sentido, buscou-se, no entremeio da descrição com a interpretação, verificar os efeitos de sentido que a Revista Nova Escola (RNE) (re) produz sobre ser professor . Para isso, analisaram-se os slogans usados desde a primeira edição (1986) e as capas que compreendem o período de 2005 a 2012. O estudo foi ancorado teoricamente na Análise de Discurso (AD) de filiação francesa, que considera o discurso como heterogêneo e marcado pela multiplicidade e pela alteridade, pois ele é repleto de já-ditos que vêm de outro lugar. Nas análises, alguns conceitos da AD foram mais recorrentes. Os movimentos parafrásticos foram usados para analisar os slogans e revelar a quem se destina o discurso da RNE, que se representa como voz legitimada. A memória e o acontecimento discursivos constroem o professor com pertencente à etnia branca e o silêncio como matéria significante evidencia as etnias não representadas, bem como discursos outros, que, por não pertencerem à formação discursiva da RNE, são silenciados. Sustentada pelo repetível dado ideologicamente, que torna os discursos evidentes e naturais , a profissão de educar é mostrada como atribuição da mulher e exclui, dessa maneira, o homem dessa função. Do mesmo modo, a docência é baseada num discurso de semiprofissionalismo, já que o magistério é dado como extensão da casa e ligado à maternidade e à educação dos filhos. A RNE, ancorada seu discurso em uma teoria universal das ideias, formata o sujeito ideológico, como fonte da homogeneidade, interrogando o sujeito professor como sujeito kantiano, ignorando sua situação paradigmática. Esse Sujeito ocupa a posição do atravessamento do mundo físico em busca do real ideal. Idealizado em um mosaico, ele se inventa; a verdade está com ele e as saídas para as dificuldades estão ao dispor intelectual. O docente é, ainda, o sujeito protagonista responsável pela educação, pelas mudanças teóricas e estruturais e pela resolução de problemas sociais que eclodem na sala de aula. Embora a cada mês a RNE produza e disponibilize novas capas, o discurso, enquanto efeito de sentido, volta o mesmo, não como uma reprodução exata, mas um mesmo que é repetível, seja pelo interdiscurso ou memória discursiva, e, que se inscreve na história e, assim, torna-se interpretável

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