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Embolização seletiva das artérias prostáticas no tratamento da hiperplasia protática benigna / Selective arterial prostatic embolization to treat benign prostatic hyperplasiaMotta Leal Filho, Joaquim Mauricio da 17 February 2014 (has links)
Hiperplasia prostática benigna (HPB) é considerada a neoplasia masculina mais comum, além de ser a principal causa de sintomas do trato urinário baixo (STUB) em homens idosos. Se não tratada ou mal tratada, poderá levar o paciente a quadro de retenção urinária aguda, incontinência e infecção do trato urinário, progredindo em gravidade com a idade. Apesar do desenvolvimento de técnicas alternativas, a ressecção transuretral da próstata (RTU) continua sendo considerada o tratamento cirúrgico padrão ouro para HPB. Não obstante, a RTU pode estar associada a muitas comorbidades como, sangramento, sintomas urinários irritativos, disfunção sexual e ejaculação retrógrada. Por essa razão, o desenvolvimento de modalidades de tratamentos minimamente invasivos para o tratamento de HPB constitui um campo interessante de pesquisa clínica. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar a viabilidade, a segurança e a eficácia da embolização das artérias prostáticas (EAP) nos pacientes com retenção urinária devido à HPB, (2) avaliar a porcentagem de redução volumétrica da próstata e a qualidade de vida após a EAP nos pacientes com retenção urinária devido à HPB. No presente estudo, Fase I prospective centro único, 11 pacientes portadores de retenção urinária devido à HPB foram tratados por meio da EAP entre agosto de 2009 e novembro de 2011. Exame físico, questionários de sintomas e qualidade de vida (International Prostate Symptom Score (IPSS) e Quality of Life (QoL)), dosagem do antígeno prostático específico (PSA), exames de imagens de ultrassom (US) e ressonância magnética (RM), e estudos urodinâmicos foram realizados antes e 1, 3, 6, e 12 meses depois da EAP. O tamanho da próstata variou de 30 a 90 gramas, e as embolizações foram realizadas com microesferas (Embospheres) de 300-500?m. O sucesso técnico (EAP bilateral) foi atingido em 75%, e o sucesso clínico (retirada do cateter vesical de demora e melhora dos sintomas) foi obtido em 91% (10 de 11 pacientes) dos casos. Síndrome pósembolização manifestou-se com dor leve no períneo, retropúbica e uretral. Não foram observadas complicações maiores. Ao final do primeiro ano de seguimento, sintomas eram leves com a média do IPSS de 2,8 pontos (p = 0,04), a média da QoL era de 0,4 pontos (p = 0,001), a média do PSA diminuiu de 10,1 para 4,3 ng/mL (p = 0,003), a média do volume prostático reduziu de 69,7 para 46,3 gramas (p = 0,002) e de 62 para 42,7 gramas (p = 0,004) medidos por RM e US, respectivamente, a média do pico de fluxo máximo (Qmax) aumentou de 4,2 para 10,8 mL/sec (p = 0,009), a média da pressão detrusora (Pdet) diminuiu de 85,7 para 51,5 cmH2O (p = 0,007), a média do resíduo final pós-miccional diminuiu de 160,5 para 60ml (p = 0,04) e não foi observada disfunção sexual. A EAP para o tratamento da retenção urinária causada por HPB demonstrou ser um procedimento viável, seguro e eficaz, além de poder reduzir o volume prostático em mais de 30% e melhorar os STUB e a qualidade de vida / Benign prostatic hyperplasia (BPH) is considered the most common neoplasm in men and is the main cause of lower urinary tract symptoms (LUTS) in the aging male. If left untreated or not effectively treated, can lead to acute urinary retention, incontinence, and urinary tract infections, progressing in severity with age. Despite the development of alternative techniques, transurethral resection of the prostate (TURP) is still considered the gold standard surgical treatment for BPH. However, TURP procedures can be associated with substantial morbidities such as bleeding, irritative urinary symptoms, erectile dysfunction and ejaculatory disorders. For this reason, the development of minimally invasive modalities for treatment of BPH has constituted an interesting field of research. The study objectives were: (1) to evaluate the feasibility, safety and efficacy of the prostatic artery embolization (PAE) in patients with urinary retention due to BPH, (2) to evaluate the percentage of reduction in prostate volume and quality of life after PAE in patients with urinary retention due to BPH. In the present study, a single-center prospective phase I study, 11 patients with urinary retention due to BPH were treated by PAE between August 2009 and November 2011. Physical examination, International Prostate Symptom Score (IPSS) and Quality of Life (QoL), prostate specific antigen (PSA) measurement, ultrasound (US) and magnetic resonance imaging (MRI), and urodynamic tests were performed at baseline, 1, 3, 6 and 12 months after PAE. Prostate size ranged from 30 to 90g, and embolizations were performed with 300- 500-?m Embosphere microspheres. Technical success (ie, bilateral PAE) was obtained in 75%, and clinical success (ie, catheter removal and symptom improvement) was obtained in 91% (10 of 11patients) of the cases. Postembolization syndrome manifested as mild pain in the perineum, retropúbica area, and/ or urethra. No major complications were observed. At the first year follow-up, symptoms were mild with the mean IPSS score was 2.8 points (p = 0.04), mean QoL was 0.4 points (p = 0.001), mean PSA decreased from 10.1 to 4.3 ng/mL (p = 0.003), mean prostate volume reduce from 69.7 to 46.3g (p = 0.002) and from 62 to 42.7 (p = 0.004) by MRI and US respectively, maximum urinary flow (Qmax) improved from 4.2 to 10.8 mL/sec (p = 0.009), detrusor pressure (Pdet) decreased from 85.7 to 51.5 cmH2O (p = 0.007), post-void residual decreased from 160.5 to 60ml (p = 0.04) and no erectile dysfunction was observed. PAE for the treatment of urinary retention caused by BPH demonstrated to be a feasible, safe and effective procedure. PAE can reduce the prostate volume greater than 30% and improve clinical symptoms and QoL
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Embolização seletiva das artérias prostáticas no tratamento da hiperplasia protática benigna / Selective arterial prostatic embolization to treat benign prostatic hyperplasiaJoaquim Mauricio da Motta Leal Filho 17 February 2014 (has links)
Hiperplasia prostática benigna (HPB) é considerada a neoplasia masculina mais comum, além de ser a principal causa de sintomas do trato urinário baixo (STUB) em homens idosos. Se não tratada ou mal tratada, poderá levar o paciente a quadro de retenção urinária aguda, incontinência e infecção do trato urinário, progredindo em gravidade com a idade. Apesar do desenvolvimento de técnicas alternativas, a ressecção transuretral da próstata (RTU) continua sendo considerada o tratamento cirúrgico padrão ouro para HPB. Não obstante, a RTU pode estar associada a muitas comorbidades como, sangramento, sintomas urinários irritativos, disfunção sexual e ejaculação retrógrada. Por essa razão, o desenvolvimento de modalidades de tratamentos minimamente invasivos para o tratamento de HPB constitui um campo interessante de pesquisa clínica. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar a viabilidade, a segurança e a eficácia da embolização das artérias prostáticas (EAP) nos pacientes com retenção urinária devido à HPB, (2) avaliar a porcentagem de redução volumétrica da próstata e a qualidade de vida após a EAP nos pacientes com retenção urinária devido à HPB. No presente estudo, Fase I prospective centro único, 11 pacientes portadores de retenção urinária devido à HPB foram tratados por meio da EAP entre agosto de 2009 e novembro de 2011. Exame físico, questionários de sintomas e qualidade de vida (International Prostate Symptom Score (IPSS) e Quality of Life (QoL)), dosagem do antígeno prostático específico (PSA), exames de imagens de ultrassom (US) e ressonância magnética (RM), e estudos urodinâmicos foram realizados antes e 1, 3, 6, e 12 meses depois da EAP. O tamanho da próstata variou de 30 a 90 gramas, e as embolizações foram realizadas com microesferas (Embospheres) de 300-500?m. O sucesso técnico (EAP bilateral) foi atingido em 75%, e o sucesso clínico (retirada do cateter vesical de demora e melhora dos sintomas) foi obtido em 91% (10 de 11 pacientes) dos casos. Síndrome pósembolização manifestou-se com dor leve no períneo, retropúbica e uretral. Não foram observadas complicações maiores. Ao final do primeiro ano de seguimento, sintomas eram leves com a média do IPSS de 2,8 pontos (p = 0,04), a média da QoL era de 0,4 pontos (p = 0,001), a média do PSA diminuiu de 10,1 para 4,3 ng/mL (p = 0,003), a média do volume prostático reduziu de 69,7 para 46,3 gramas (p = 0,002) e de 62 para 42,7 gramas (p = 0,004) medidos por RM e US, respectivamente, a média do pico de fluxo máximo (Qmax) aumentou de 4,2 para 10,8 mL/sec (p = 0,009), a média da pressão detrusora (Pdet) diminuiu de 85,7 para 51,5 cmH2O (p = 0,007), a média do resíduo final pós-miccional diminuiu de 160,5 para 60ml (p = 0,04) e não foi observada disfunção sexual. A EAP para o tratamento da retenção urinária causada por HPB demonstrou ser um procedimento viável, seguro e eficaz, além de poder reduzir o volume prostático em mais de 30% e melhorar os STUB e a qualidade de vida / Benign prostatic hyperplasia (BPH) is considered the most common neoplasm in men and is the main cause of lower urinary tract symptoms (LUTS) in the aging male. If left untreated or not effectively treated, can lead to acute urinary retention, incontinence, and urinary tract infections, progressing in severity with age. Despite the development of alternative techniques, transurethral resection of the prostate (TURP) is still considered the gold standard surgical treatment for BPH. However, TURP procedures can be associated with substantial morbidities such as bleeding, irritative urinary symptoms, erectile dysfunction and ejaculatory disorders. For this reason, the development of minimally invasive modalities for treatment of BPH has constituted an interesting field of research. The study objectives were: (1) to evaluate the feasibility, safety and efficacy of the prostatic artery embolization (PAE) in patients with urinary retention due to BPH, (2) to evaluate the percentage of reduction in prostate volume and quality of life after PAE in patients with urinary retention due to BPH. In the present study, a single-center prospective phase I study, 11 patients with urinary retention due to BPH were treated by PAE between August 2009 and November 2011. Physical examination, International Prostate Symptom Score (IPSS) and Quality of Life (QoL), prostate specific antigen (PSA) measurement, ultrasound (US) and magnetic resonance imaging (MRI), and urodynamic tests were performed at baseline, 1, 3, 6 and 12 months after PAE. Prostate size ranged from 30 to 90g, and embolizations were performed with 300- 500-?m Embosphere microspheres. Technical success (ie, bilateral PAE) was obtained in 75%, and clinical success (ie, catheter removal and symptom improvement) was obtained in 91% (10 of 11patients) of the cases. Postembolization syndrome manifested as mild pain in the perineum, retropúbica area, and/ or urethra. No major complications were observed. At the first year follow-up, symptoms were mild with the mean IPSS score was 2.8 points (p = 0.04), mean QoL was 0.4 points (p = 0.001), mean PSA decreased from 10.1 to 4.3 ng/mL (p = 0.003), mean prostate volume reduce from 69.7 to 46.3g (p = 0.002) and from 62 to 42.7 (p = 0.004) by MRI and US respectively, maximum urinary flow (Qmax) improved from 4.2 to 10.8 mL/sec (p = 0.009), detrusor pressure (Pdet) decreased from 85.7 to 51.5 cmH2O (p = 0.007), post-void residual decreased from 160.5 to 60ml (p = 0.04) and no erectile dysfunction was observed. PAE for the treatment of urinary retention caused by BPH demonstrated to be a feasible, safe and effective procedure. PAE can reduce the prostate volume greater than 30% and improve clinical symptoms and QoL
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