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Ma: entre-espaço da comunicação no Japão um estudo acerca dos diálogos entre Oriente e Ocidente / Ma: an inter-space of communication in Japan a study on the dialogues between east and west

Okano, Michiko 15 October 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T18:16:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Michiko Okano.pdf: 48166995 bytes, checksum: 40521f630f7432f35e1c555590e1b18d (MD5) Previous issue date: 2007-10-15 / The dissertation investigates a few possibilities to translate the Japanese cultural element known as Ma, which represents an inter-space in which and at what time the process of communication occurs. The study starts from the understanding of Ma as a quasi-sign, which in its turn is a concept from Peircean semiotics, recognizable only through its materialization in this case, the Ma spatialities that we discuss on the basis of examples drawn from architecture and the motion pictures. At the end of a comprehensive bibliographical research on the theme, which included Japanese and Western titles, the study describes and examines the exhibition organized by architect Isozaki Arata in Paris, in 1978, that transformed Ma into a symbol of the Japanese culture exported to the West. Subsequently, it presents readings of Ma spatialities found in traditional Japanese architecture as well as in a few works by architect Ando Tadao (1941 - ). As regards examples from the motion pictures, the study has contemplated feature fi lms by classical Japanese motion-picture director Ozu Yasujiro (1903 - 1963) and by moviemaker and actor Kitano Takeshi (1947 - ). Our main objective is to propose the Ma spatiality as both sign and characteristic mediation process of cognition and perception among the Japanese in such a way as to open new possibilities of communication to deepen the dialogue between Japan and the West, outside the exclusive sphere of stereotyped images that are easily accepted by market paradigms in times of globalization / Esta tese investiga algumas possibilidades de tradução do elemento cultural japonês denominado Ma, que representa um entre-espaço de onde e quando acontece o processo de comunica􀂨ão. O estudo baseia-se na compreensão do Ma como um quase-signo, que é um conceito da semiótica peirceana, reconhecível somente por meio da sua concretização nesse caso, as espacialidades Ma􄎏 aqui discutidas a exemplos da arquitetura e do cinema. Fruto de uma extensa pesquisa bibliográfi ca sobre o tema, que incluiu títulos japoneses e ocidentais, o trabalho descreve e analisa a exposição organizada pelo arquiteto Isozaki Arata em Paris em 1978, que transformou o Ma em um símbolo de exportação da cultura japonesa para o Ocidente. Em seguida, apresenta leituras das espacialidades Ma na arquitetura tradicional japonesa e em algumas obras do arquiteto Ando Tadao (1941 - ). No que concerne ao cinema, foram analisados fi lmes do diretor clássico japonês Ozu Yasujiro (1903 - 1963) e do cineasta e ator Kitano Takeshi (1947 - ). O objetivo principal foi propor a espacialidade Ma como signo e processo de mediação característico da cognição e percepção entre os japoneses, de modo a abrir novas possibilidades de comunicação para aprofundar o diálogo entre o Japão e o Ocidente, fora do âmbito exclusivo das imagens estereotipadas, facilmente aceitas pelos paradigmas de mercado em tempos de mundialização
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[pt] AUTONOMIA E SUJEIÇÃO NA APORIA DA MODERNIDADE JAPONESA: REPRESENTAÇÕES DO CORPO VIOLADO COMO EXPRESSÃO POLÍTICA / [en] AUTONOMY AND SUBJUGATION IN THE APORIA OF JAPANESE MODERNITY: REPRESENTATIONS OF THE VIOLATED BODY AS POLITICAL EXPRESSION

08 April 2021 (has links)
[pt] Esta tese relaciona os debates sobre modernidade, cultura e revolução na perspectiva das representações do corpo violado e sexualizado, e explora as repercussões de tais debates na chamada temporada política do Japão pós II Guerra Mundial. Especificamente, a análise se detém na problematização das esquerdas revolucionárias pelo cinema de Oshima Nagisa (1932-2013), reconhecido como mentor do Nuberu Bagu (a nouvelle vague japonesa), e de Wakamatsu Koji (1936-2012) e Adachi Masao (1939-), da vertente erótica/pornográfica Pinku eiga. Cineastas cuja produção foi orientada pela fusão de política, sexo e violência, e marcada pelo ativismo dos movimentos pró-democracia a partir dos anos 1950 — suplantado no início dos 1970, quando o país se converteu em uma potência econômica mundial. O debate sobre a aporia da modernidade japonesa, fundado na persistência de vestígios agonizantes pré-capitalistas em uma sociedade capitalista, produziu diversas narrativas antagônicas no decorrer do século XX. Dentre elas, a que refutava a subordinação cultural ao Ocidente deu respaldo ao imperialismo ultranacionalista na guerra que dilapidou o país. Em decorrência do processo de democratização e desmilitarização durante a ocupação do Japão pelos EUA (1945-1952), e dos conflitos que vieram com sua consecutiva reversão, as discussões sobre a modernidade se multiplicaram no conturbado pós-guerra. A abolição dos poderes políticos do imperador Hirohito, que foi levado a abdicar publicamente de sua condição divina e a assumir-se como simples mortal, foi a mais impactante das mudanças realizadas no período. Ao declarar a derrota do país e a sua carnalidade, o imperador implodia a força do Kokutai, o corpo-nação, que organizava todo o sistema simbólico nipônico. Nos primeiros anos da ocupação, escritores como Sakaguchi Ango (1906-1955) e Tamura Taijuro (1911-1983), referências da literatura carnal na cultura subterrânea kasutori, exaltavam o corpo carnal (nikutai) como contraposição ao corpo-nação (Kokutai). De fato, a literatura carnal foi uma das diversas expressões do pós-guerra que, em dissonantes abordagens, reverenciaram o nikutai e o shutaisei. Nela, a decadência e a imoralidade eram defendidas como base para uma apreensão mais realista da precariedade humana, para a construção de uma nova ética, subjetiva e autônoma (shutaisei), e como condição para o acesso ao moderno. O filósofo político Maruyama Masao (1914-1996), um dos mais conhecidos modernistas defensores da ética do shutaisei, posicionava a literatura carnal, no entanto, na contramão de um Japão democrático e culto (ou moderno), já que as representações sensuais e violentas expressavam justamente a natureza que deveria ser superada. Isto é, as abordagens da sexualidade, da crueldade e da perversão, embora reivindicassem o moderno (ou a recusa da autoridade do Kokutai), remetiam à sensibilidade nativa pré-moderna. O que sugere que a aporia da modernidade na desintegração do pós-derrota era expressa na ambiguidade da apreensão política do shutaisei. Noção que seria central na formação do sujeito político vinculado aos movimentos pró-democracia e na expressão das vanguardas artísticas dos anos 1950 ao início dos 1970. / [en] This thesis relates the debates about modernity, culture and revolution in the perspective of the depictions of the violated and sexualized body, and explores the repercussions of such debates in what became known as the political season of Japan after World War II. Specifically, the analysis focuses on the problematization of the revolutionary left factions by the films of Oshima Nagisa (1932-2013), recognized as mentor of the Nuberu Bagu (Japanese New Wave), of Wakamatsu Koji (1936-2012) and of Adachi Masao (1939-), from the Pinku eiga (Pink Film) genre, which dealt with the erotic and the pornographic. Filmmakers whose production was driven by the fusion of politics, sex and violence, and marked by the activism of pro-democracy movements beginning in the 1950s — supplanted in the early 1970s, when the country became a world economic power. The debate about the aporia of Japanese modernity, based on the persistence of agonizing pre-capitalist vestiges in a capitalist society, produced several antagonistic narratives throughout the twentieth century. Among them, that which refuted the cultural subordination to the West gave support to the ultranationalist imperialism in the war that squandered the country. As a result of the process of democratization and demilitarization during the US occupation of Japan (1945-1952), and the conflicts that came with its subsequent reversal, discussions of modernity multiplied in the troubled post-war period. The abolition of the political powers of the emperor Hirohito, who was led to publicly abdicate his divine condition and declare himself a mere mortal, was the most shocking of the changes made in the period. In declaring the defeat of the country and his carnality, the emperor imploded the power of the Kokutai, the nation-body, which organized the entire Japanese symbolic system. In the early years of the occupation, writers such as Sakaguchi Ango (1906-1955) and Tamura Taijuro (1911-1983), exponents of carnal literature in the kasutori underground culture, exalted the carnal body (nikutai) as a counterpoint to the nation-body (Kokutai). In fact, carnal literature was one of several postwar expressions, which, in dissonant approaches, revered nikutai, and the concept of shutaisei. In it, decadence and immorality were defended as the basis for a more realistic apprehension of human precariousness, for the construction of a new ethics, subjective and autonomous (shutaisei), and as a condition for access to the modern. The political philosopher Maruyama Masao (1914-1996), one of the best-known modernists who defended the ethics of shutaisei, posited carnal literature, however, against a democratic and cultured (or modern) Japan, since the sensual representations and violent ones expressed precisely the nature that should be overcome. That is, the approaches to sexuality, cruelty and perversion, while claiming the modern (or the refusal of the Kokutai s authority), referred back to the pre-modern native sensibility. This suggests that the aporia of modernity in the disintegration of post-defeat was expressed in the ambiguity of the political apprehension of the shutaisei. This notion would be central to the formation of the political subject linked to the pro-democracy movements and the avant-garde art expressions from the 1950s to the early 1970s.

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