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Efeitos da melatonina sobre a inflamação e o estresse oxidativo tecidual de pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica / Effects of melatonin on oxidative stress and inflammation in tissue of patients undergoing surgical laparoscopyVolquind, Daniel [UNESP] 29 January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-01-29 / A melatonina foi isolada em 1958 e múltiplas funções desta molécula passaram a ser esclarecidas. As ações em receptores específicos de membrana, ligados à proteína G são responsáveis pelo controle do ciclo circadiano e do ritmo sazonal, no entanto a atividade como varredor dos radicais livres de oxigênio e outros mediadores do metabolismo oxidativo não são mediadas por receptores. A geração de EROS está diretamente ligada ao dano celular e tecidual, sendo a isquemia e a reperfusão (I/R), os mecanismos fisiopatológicos que mais contribuem para o desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes, resultando no estresse oxidativo. A insuflação da cavidade peritoneal com gás carbônico promove I/R causando desfechos deletérios ao paciente. Com o objetivo de estudar os efeitos da melatonina sobre a inflamação e o estresse oxidativo peritoneal e a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B entre os pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica, que receberam ou não a melatonina, foram randomizados 80 pacientes em 2 grupos de 40 pacientes cada para receber melatonina (GMEL) - 20mg via oral 12 horas antes e 1 hora antes do procedimento, respectivamente - e 40 pacientes para receber placebo (GPLA) - 12 horas antes e 1 hora antes do procedimento, respectivamente. Amostras de peritônio parietal foram coletadas 10 minutos após o início do pneumoperitônio e 3 minutos após o final do mesmo. A morfologia tecidual foi avaliada no exame histopatológico de lâminas coradas com hematoxilina- eosina para os parâmetros relacionados à inflamação e por meio de análise imuno-histoquímica para a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B. O GMEL apresentou redução estatisticamente significativa na intensidade das variáveis inflamatórias (IF, LP, CV e ED) quando comparado com o GPLA (p = 0,001). A expressão das proteínas MTNR1A e MTNR1B não mostraram diferenças entre os grupos estudados. O principal achado deste
estudo foi a redução nas variáveis inflamatórias estudadas, induzidas pela melatonina. Observou-se no grupo GMEL uma diminuição no grau de infiltrados inflamatórios nas biópsias peritoneais. Este achado permite inferir que houve também uma diminuição do estresse oxidativo. A administração exógena de melatonina não mostrou influência na expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B. O presente estudo teve como principais limitações o não estudo das citocinas inflamatórias e dos marcadores envolvidos no estresse oxidativo. Entretanto, a atenuação induzida pela melatonina nas reações inflamatórias teciduais, observadas pela análise histopatológica, permite deduzir que a não realização destas análises pouco influenciariam na conclusão do estudo. Em conclusão, nas condições empregadas neste estudo, os resultados demonstram que a melatonina diminui a inflamação peritoneal, e potencialmente, o estresse oxidativo nos pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica, além de atenuar o grau de inflamação, de infiltração de células inflamatórias, de edema endotelial e congestão vascular no peritônio parietal destes pacientes. No entanto, a melatonina não modificou a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B nos pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica. / Melatonin was isolated in 1958 and multiple functions of this molecule have been clarified. The actions on specific receptors of membrane, attached to the G protein-coupled receptors are responsible for the control of circadian and seasonal rhythm cycle, however the activity as free radical oxygen scavenger and other mediators of oxidative metabolism are not mediated by receptors. The generation of EROS is directly linked to cellular damage and tissue ischemia and reperfusion being (I/R), the pathophysiological mechanisms that contribute most to the imbalance between oxidants and antioxidants molecules, resulting in oxidative stress. The peritoneal cavity insufflation with carbon gas promotes I/R causing deleterious outcomes for the patient. In order to study the effects of melatonin on the peritoneal inflammation and oxidative stress and genic expression of the proteins MTNR1A and MTNR1B among patients undergoing surgical laparoscopy who received or not melatonin, 80 patients were randomized into 2 groups of 40 patients each to receive melatonin (GMEL) - 20 mg orally 12 hours before and 1 hour before the procedure, respectively -and 40 patients to receive placebo (GPLA) - 12 hours before and 1 hour before the procedure, respectively. Parietal peritoneum samples were collected 10 minutes after the beginning of the pneumoperitoneum and 3 minutes after the end of it. Tissue morphology was evaluated on histopathological examination of slides stained with hematoxylin-eosin for parameters related to inflammation and through immunohistochemistry analysis for protein expression of MTNR1A and MTNR1B. The presented statistically significant reduction in GMEL intensity of inflammatory variables (IF, LP, HP and ED) when compared with the GPLA (p = 0.001). The genic expression of MTNR1A and MTNR1B proteins show no differences between the groups. The main finding of this study was the reduction in inflammatory variables studied, induced by melatonin. It was observed in the GMEL a decrease in degree of
inflammatory infiltrates in peritoneal biopsies. This finding allows us to infer that there was also a decrease in oxidative stress. Exogenous melatonin administration showed no influence on genic expression of MTNR1A and MTNR1B proteins. The present study had as main limitations the study not of inflammatory cytokines and markers involved in oxidative stress. However, the melatonina induced attenuation in inflammatory tissue reactions, observed by histopathological analysis, allows to deduce that the non realization of these analyses little influence at the conclusion of the study. In conclusion, under the conditions employed in this study, the results show that melatonin decreases the peritoneal inflammation, and potentially, the oxidative stress in patients undergoing laparoscopy surgical, as well as mitigate the degree of inflammation, inflammatory cells infiltration, endothelial edema and vascular congestion in the parietal peritoneum of these patients. However, melatonin does not modify the genic expression of MTNR1A and MTNR1B proteins in patients undergoing surgical laparoscopy.
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Efeitos da melatonina sobre a inflamação e o estresse oxidativo tecidual de pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgicaVolquind, Daniel January 2016 (has links)
Orientador: Luiz Antonio Vane / Resumo: A melatonina foi isolada em 1958 e múltiplas funções desta molécula passaram a ser esclarecidas. As ações em receptores específicos de membrana, ligados à proteína G são responsáveis pelo controle do ciclo circadiano e do ritmo sazonal, no entanto a atividade como varredor dos radicais livres de oxigênio e outros mediadores do metabolismo oxidativo não são mediadas por receptores. A geração de EROS está diretamente ligada ao dano celular e tecidual, sendo a isquemia e a reperfusão (I/R), os mecanismos fisiopatológicos que mais contribuem para o desequilíbrio entre moléculas oxidantes e antioxidantes, resultando no estresse oxidativo. A insuflação da cavidade peritoneal com gás carbônico promove I/R causando desfechos deletérios ao paciente. Com o objetivo de estudar os efeitos da melatonina sobre a inflamação e o estresse oxidativo peritoneal e a expressão gênica das proteínas MTNR1A e MTNR1B entre os pacientes submetidos à laparoscopia cirúrgica, que receberam ou não a melatonina, foram randomizados 80 pacientes em 2 grupos de 40 pacientes cada para receber melatonina (GMEL) - 20mg via oral 12 horas antes e 1 hora antes do procedimento, respectivamente - e 40 pacientes para receber placebo (GPLA) - 12 horas antes e 1 hora antes do procedimento, respectivamente. Amostras de peritônio parietal foram coletadas 10 minutos após o início do pneumoperitônio e 3 minutos após o final do mesmo. A morfologia tecidual foi avaliada no exame histopatológico de lâminas coradas com hematox... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Melatonin was isolated in 1958 and multiple functions of this molecule have been clarified. The actions on specific receptors of membrane, attached to the G protein-coupled receptors are responsible for the control of circadian and seasonal rhythm cycle, however the activity as free radical oxygen scavenger and other mediators of oxidative metabolism are not mediated by receptors. The generation of EROS is directly linked to cellular damage and tissue ischemia and reperfusion being (I/R), the pathophysiological mechanisms that contribute most to the imbalance between oxidants and antioxidants molecules, resulting in oxidative stress. The peritoneal cavity insufflation with carbon gas promotes I/R causing deleterious outcomes for the patient. In order to study the effects of melatonin on the peritoneal inflammation and oxidative stress and genic expression of the proteins MTNR1A and MTNR1B among patients undergoing surgical laparoscopy who received or not melatonin, 80 patients were randomized into 2 groups of 40 patients each to receive melatonin (GMEL) - 20 mg orally 12 hours before and 1 hour before the procedure, respectively -and 40 patients to receive placebo (GPLA) - 12 hours before and 1 hour before the procedure, respectively. Parietal peritoneum samples were collected 10 minutes after the beginning of the pneumoperitoneum and 3 minutes after the end of it. Tissue morphology was evaluated on histopathological examination of slides stained with hematoxylin-eosin fo... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Estudo das alterações histológicas da vesícula biliar de doentes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica por colecistolitíase / Study of the histological gallbladder alterations in patients submitted to laparoscopic cholecystectomy for cholecystolithiasisCosta, Adriana Lúcia Agnelli Meirelles 14 August 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer da vesícula biliar é a lesão maligna mais comum da árvore biliar e pouco se sabe sobre a sua carcinogênese. O possível caráter pré-neoplásico das alterações histológicas da vesícula biliar vem sendo estudado recentemente. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar as alterações histológicas da vesícula biliar no nosso meio e correlacioná-las com dados clínicos, e correlacionar as alterações metaplásicas, em separado, com as demais alterações encontradas. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo realizado entre novembro de 1999 a dezembro de 2006, foram avaliados 1.689 prontuários de doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica por colecistolitíase. Os doentes foram divididos em relação à idade em doentes com até 60 anos e com mais de 60 anos. Em relação ao tempo de sintomas antes da cirurgia foram agrupados em doentes sem sintomas, doentes com sintomas até 1 ano, e doentes com sintomas por mais de 1 ano antes da cirurgia. Em relação ao tamanho e número dos cálculos foram agrupados em doentes com cálculos de até 10 mm, e aqueles com cálculos maiores que 10 mm, e em doentes com cálculos únicos ou múltiplos. RESULTADOS: Eram mulheres 1.238 doentes (73,3%) e 451 eram homens (26,7%). Apresentaram idade de até 60 anos 1.192 doentes (70,6%) e 497 (29,4%) apresentaram mais de 60 anos. Apresentaram cálculos menores que 10 mm 1.319 doentes (78,1%) e 370 doentes (21,9%) apresentaram cálculos maiores que 10 mm. Foi observado inflamação aguda em 174 doentes (10,3%), gangrena em 23 (1,4%), abscesso em 8 (0,4%), colesterolose em 305 (18,1%), adenomiomatose em 40 (2,4%), colecistite xantogranulomatosa em 29 (1,7%), fibrose em 12 (0,7%), escleroatrofia em 20 (1,2%), pólipo hiperplásico em 3 (0,2%), pólipo de colesterol em 17 (1,0%), metaplasia pilórica em 72 (4,3%), metaplasia intestinal em 18 (1,1%), displasia em 4 (0,2%), câncer em 2 (0,1%). Não foram observados pólipos adenomatosos. CONCLUSÕES: O sexo masculino apresenta maior freqüência de complicações inflamatórias que o feminino. Não há relação entre o tempo de sintomas e uma maior ocorrência das alterações histológicas estudadas, excetuando-se a colecistite xantogranulomatosa. Nos doentes idosos há maior ocorrência de adenomiomatose, gangrena e abscesso. Há aumento progressivo de idade para a ocorrência de metaplasia pilórica, metaplasia intestinal, displasia e câncer. O tamanho dos cálculos não guarda relação com a ocorrência das alterações estudadas, exceto para colecistite aguda que se associou com cálculos pequenos e múltiplos. Há associação entre a ocorrência de metaplasia pilórica e adenomiomatose, metaplasia pilórica e displasia, metaplasia pilórica e câncer. Há também associação entre a ocorrência de metaplasia intestinal e metaplasia pilórica, metaplasia intestinal e adenomiomatose, metaplasia intestinal e displasia, metaplasia intestinal e câncer. / INTRODUCTION: Gallbladder cancer is the most common malignant lesion of the biliary tree; yet, little is known about its carcinogenesis. The possible preneoplastic character of histological gallbladder alterations has been studied in recent medical literature. The purpose of this study was to identify and quantify histological gallbladder alterations in our population, to correlate them with clinical data, and to correlate the metaplastic alterations, separately, with the other histological alterations found. METHODS: In this retrospective study conducted between November,1999 and December, 2006, the medical records of 1.689 patients who were submitted to laparoscopic cholecystectomy by cholecystolithiasis were analyzed. The patients were classified according to age: 60 years or younger, and older than 60. In relation to the duration of symptoms before the surgery, they were grouped according to: patients without symptoms, patients with symptoms for 1 year or less, and patients with symptoms for over 1 year before the surgery. In relation to the size and number of the gallstones, they were grouped according to: patients with gallstones of 10 mm or less, and those with gallstones over 10 mm, and those with single or multiple gallstones. RESULTS: There were 1,238 (73.3%) female and 451 (26.7%) male patients. In relation to age, 1,192 patients were 60 or younger (70.6%) and 497 (29.4%) were older than 60. There were 1.319 (78.1%) patients with gallstones smaller than 10 mm and 370 patients (21.9%) with gallstones larger than 10mm. Acute choelcystitis was observed in 174 patients (10.3%), gangrene in 23 (1.4%), abscess in 8 (0.4%), cholesterolosis in 305 (18.1%), adenomyomatosis in 40 (2.4%), xanthogranulomatous cholecystitis in 29 (1.7%), fibrosis in 12 (0.7%), sclero-atrophic gallbladder in 20 (1.2%), hyperplasic polyp in 3 (0.2%), cholesterol polyp in 17 (1.0%), pyloric metaplasia in 72 (4.3%), intestinal metaplasia in 18 (1.1%), dysplasia in 4 (0.2%), and cancer in 2 (0.1%). No adenomatous polyp was found. CONCLUSIONS: Male patients have more inflammatory complications than females. With the exception of xanthogranulomatous cholecystitis, there is no correlation between symptom duration and an increased occurrence of the histological alterations studied. In the elderly patients, the occurrence of adenomyomatosis, gangrene and abscess is more frequent. The size of gallstones has no relationship with the occurrence of the histological alterations studied, except for acute cholecystitis, which is associated with small and multiple gallstones. There is an association between pyloric metaplasia and the following: adenomyomatosis, dysplasia, and cancer. There is also an association between intestinal metaplasia and the following: pyloric metaplasia, adenomyomatosis, dysplasia, and cancer.
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Complicações e desconfortos em colecistectomias videolaparoscópicas: relação com as variáveis pré-operatórias e intraoperatórias / Discomforts and complications in laparoscopic cholecystectomy: relationship with preoperative variables and intraoperativeFernandes, Carolina Nóvoa 26 November 2013 (has links)
Introdução: A colelitíase é uma das afecções do sistema digestório mais frequente, acometendo 20% da população adulta. Atualmente, a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o tratamento de escolha nas doenças benignas da vesícula biliar, inclusive, na colecistite aguda. Entretanto, independente dos benefícios indiscutíveis da cirurgia minimalmente invasiva, esse procedimento não exclui a possibilidade de complicações ou desconfortos ao paciente no pós-operatório. Objetivo: Identificar a relação entre as variáveis pré e intra-operatórias e as ocorrências de complicações e desconfortos pós-operatórios em pacientes submetidos à CVL. Casuística e método: Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo descritivo, exploratório, de nível I e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 495 prontuários de pacientes submetidos à CVL, em caráter eletivo no Hospital Estadual de Diadema, no período entre janeiro de 2009 e agosto de 2012. Os dados foram obtidos com base no preenchimento de um instrumento semiestruturado, contendo: dados demográficos, variáveis clínicas do pré, intra e pós-operatórias. O estudo estatístico foi realizado no sistema SPSS 15.0, sendo adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Na amostra estudada houve: predominância do feminino (89,5%), residentes em Diadema (46,5%), estado civil casado (43,4%), baixa escolaridade (58%) e média de idade 48 anos (18 a 89 anos). A comorbidade mais prevalente foi obesidade (41%), seguida por hipertensão arterial (40,6%) e Diabetes mellitus tipo II (12,5%). A maior parte da amostra foi classificada como ASA II (55,8%), todos receberam cefazolina como antibioticoprofilaxia e 64% fizeram uso de Midazolan, como medicação pré-anestésica. Aproximadamente, a metade da população (49,3%) usou fármacos inalatórios, propofol, opióides e bloqueador neuromuscular no intra-operatório. Em relação a outras drogas utilizadas nesse período, 57,6% fizeram uso analgésico isolado (dipirona), 52,3% receberam anti-inflamatório (tenoxican) e 62,2% foram submetidos à terapia anti-emética com metoclopramida ou dimenidrato. O tempo cirúrgico médio foi de 80,5 minutos e a permanência média hospitalar de 43,7 horas. A prevalência de complicações ou desconfortos foi de 54,5% na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e de 51,7% na enfermaria médico-cirúrgica (EMC). Os eventos de maior ocorrência na SRPA foram hipertensão (46,5%), dor (8,5%) e náuseas e vômitos (5,5%), e na EMC, foram dor (32,5%), náuseas e vômitos (19,2%). A análise de regressão logística indicou a associação com o aparecimento de complicações e desconfortos na SRPA para as seguintes variáveis (OD Odds ratio, IC intervalo de confiança a 95%): idade (OR= 1,02 IC 1,01-1,04); ASA II (OR= 1,59 IC 1,03-2,45); e uso de cloridrato de tramadol no intra-operatório (OR= 0,57 IC 0,39-0,83). Na EMC, foram encontradas as seguintes associações: uso de dipirona no intra-operatório (OR= 0,41 IC 0,18-0,94); hipotireoidismo (OR= 0,33 IC 0,14-0,81); e tempo cirúrgico (OR= 1,57 IC 1,102,24). Conclusão: A idade, a classificação ASA e o tempo cirúrgico influenciaram no aparecimento de complicações ou desconfortos pós-operatórios. Em face dos dados obtidos, o enfermeiro deve estar apto a avaliar e identificar as condições precoces que possam indicar a ocorrência desses eventos e promover, em conjunto com a equipe multiprofissional, o conforto do paciente e seu sucesso terapêutico. / Introduction: Cholelithiasis is one of the digestive disorders more common, affecting 20 % of the adult population. Laparoscopic cholecystectomy (LC) is indicated for the treatment of all benign diseases of the gallbladder, including in acute cholecystitis. However, regardless of the benefits of the minimal invasive surgery it does not exclude the possibility of postoperative complications or discomfort to the patient. Objective To assess the relationship among pre and intraoperative factors and occurrences of complications and discomfort in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy in a community hospital. Method and Casuistic: This was a retrospective and descriptive study. The data was composed of 495 medical records of patients undergoing laparoscopic cholecystectomy surgery for elective, in a community hospital Diadema Hospital, between January 2009 and August 2012. The authors analyzed demographic and clinical variables pre and intra and postoperative complications. Statistical analysis was performed at SPSS 15.0 software, (significance level of 5%). Results: A total of 495 cases, there was a female prevalence (89.5 %), living in Diadema city (46.5 %), married (43.4 %), low education (58 %) and median age 48 years. Obesity (IMC > 35) was more prevalent (41 %), followed by hypertension (40.6 %) and Diabetes mellitus type II (12.5 %). The American Society of Anesthesiology classification (ASA) was II in 55.8%, all patients received prophylactic antibiotics (cefazolin) and 64% used midazolam before the surgical procedure. The anesthesy wasperformed with inhalatory drugs, propofol, opioids and neuromuscular block (49.3 %). During the intra-operative time 57.6 % received 52.3% dipyrone and 62.2% anti-inflammatory (tenoxican), antiemetic therapy (metoclopramide or dimenhydrinate) the mean operative time was 80.5 minutes and the hospital stay of 43.7 hours. The prevalence of complications or discomfort was 54.5% in the recovery room just after anesthesia (PACU), and 51.7% in the medical-surgical ward (EMC). The most frequent events in the PACU were hypertension (46.5 %), pain (8.5%) and nausea and vomiting (5.5%), and EMC, were pain (32.5 %), nausea and vomiting (19.2%). The logistic regression analysis showed an association with the onset of complications and discomfort in the recovery room for the following variables (OD Odds ratio, CI confidence interval 95 % ) : age (OR = 1.02 CI 1.01-1.04); ASA II (OR = 1.59 CI 1.03 to 2.45), and tramadol hydrochloride used during surgery (OR = 0.57 CI 0.39 to 0.83). At EMC, we found the following associations: Dipyrone intraoperatively (OR = 0.41 CI 0.18 to 0.94), hypothyroidism (OR = 0.33 CI 0.14 to 0.81), and operative time (OR = 1.57 CI 1.10 to 2.24). Conclusion: Age, ASA classification and surgical time had influence in the development of complications or discomfort postoperatively. Considering the results of this study, the nurse must be able to assess and identify conditions that may indicate the early occurrence of these events and promote, together with a multidisciplinary team, patient comfort and its therapeutic success.
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O valor da biópsia do fígado na doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica / The importance of liver biopsy in non-alcoholic fatty liver disease in patients with cholelithiasis submitted to laparoscopic cholecystectomyMonica Madeira Pinto 07 April 2011 (has links)
A colelitíase é uma doença frequente na população geral. Um dos seus fatores de risco é a diabetes melitus tipo 2, relacionada à anormalidades metabólicas associadas a sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e hábitos dietéticos. Fatores de risco semelhantes são encontrados na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A DHGNA engloba um espectro de condições patológicas que pode evoluir da esteatose, para esteato-hepatite (EHNA), fibrose, cirrose e neoplasia hepática. A distinção entre esteatose e EHNA é de grande relevância na prática clínica, em virtude de a primeira ser uma condição benigna e reversível, enquanto que a segunda apresenta potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Somente a biópsia hepática pode classificar e estadiar a DHGNA. A DHGNA e a colelitíase têm similaridade quanto à patogênese e aos fatores de risco, o que nos motivou a realizar este estudo. Os objetivos do trabalho foram: a) Definir a frequência da esteatose hepática e da EHNA em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica. b) Avaliar as alterações histopatológicas da DHGNA nos pacientes com colelitíase. c) Avaliar a acurácia dos exames de imagem-ultrassonografia abdominal (US) e tomografia computadorizada (TC) no diagnóstico da DHGNA. d) Relacionar aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem com diagnósticos histopatológicos de esteatose e EHNA em portadores de colelitíase. e) Analisar variáveis preditivas da DHGNA na indicação da biópsia hepática para os pacientes com colelitíase a serem submetidos à colecistectomia laparoscópica. Método: Foi realizado estudo prospectivo sequencial de pacientes portadores de colelitíase com indicação cirúrgica que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 161 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica e à biópsia hepática. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, à idade, história clínica e aos antecedentes pessoais, com ênfase nas comorbidades relacionadas à síndrome metabólica. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso (kg), altura (m) e circunferência abdominal (cm), sendo calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da avaliação bioquímica, foram avaliados parâmetros metabólicos através da dosagem da glicemia e insulinemia de jejum, índice de HOMA IR e perfil lipídico. Os pacientes foram submetidos a dois USs em momentos distintos, nos quais foram avaliados a vesícula biliar, as vias biliares e os possíveis diagnósticos qualitativo e quantitativo da esteatose hepática. Na tomografia abdominal, foram medidos os coeficientes de atenuação hepática e esplênica. O diagnóstico de esteatose foi determinado através de dois índices: TC1 (e-h) calculado pela diferença entre o valor da atenuação esplênica e hepática e o TC2 (h/e) medido pela fração da atenuação hepática sobre a esplênica. Antes da colecistectomia laparoscópica com exploração de vias biliares, foi realizada biópsia hepática com agulha de tru-cut no mesmo tempo cirúrgico. Os parâmetros histopatológicos utilizados para avaliar as biópsias hepáticas foram: esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, infiltrado inflamatório acinar e portal, balonização hepatocelular, corpúsculos hialino de Mallory, alterações ductulares e fibrose perissinusoidal, perivenular, portal, sobrecarga de ferro e pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Para o diagnóstico de EHNA, foi utilizado o escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS). Os 161 pacientes foram distribuídos em três grupos formados a partir do resultado da histopatologia hepática: Grupo A - colelitíase sem esteatose (n = 98), Grupo B - colelitíase com esteatose (n = 51) e Grupo C - colelitíase com esteatohepatite (n = 12). Resultados: Entre os 161 pacientes submetidos à colecistectomia com biópsia hepática, 63 (39,1%) eram portadores de DHGNA, dentre eles, 12/161 (7,4%) com EHNA. Cento e trinta e sete (85%) pacientes eram do sexo feminino; 125 (78%) eram brancos. A idade média global foi de 45 anos. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 40 (25%), diabetes mellitus tipo 2 em 17 (11%) e a síndrome metabólica em 39 (24%). Os aspectos clínicos, laboratoriais e comorbidades que apresentaram diferença estatística significantes entre o grupo A e os grupos B e C foram: idade, IMC, circunferência abdominal, glicemia em jejum, ALT. A síndrome metabólica, a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, AST e o colesterol total registraram diferença estatisticamente significante apenas entre os grupos A e C. Não existiram aspectos clínicos, laboratoriais ou de comorbidades que diferenciaram os portadores de esteatose e EHNA. Os exames de US I e II nas duas ocasiões revelaram sensibilidade de 57% e 59%, especificidade de 91% e 90%, respectivamente, e em ambos USs a acurácia foi de 78%. No exame de TC, o índice e o nível de corte de maior sensibilidade (50%), especificidade, (90,72%) e acurácia (74,53%) foi o índice TC 2 (h/e), com nível de corte menor que 1,0 para o diagnóstico da DHGNA. Os parâmetros histopatológicos que apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A e C e entre os grupos B e C foram: corpúsculos hialino de Mallory, infiltrado inflamatório portal e fibrose perivenular, perissinusoidal e portal. Houve maior grau de intensidade do infiltrado inflamatório portal nos pacientes do grupo C. Houve diferença estatística significante entre os grupos B e C com relação à esteatose microvesicular e a pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Pela regressão logística, foi avaliada a probabilidade de os pacientes portadores de colelitíase apresentarem DHGNA. Os fatores preditivos foram: aumento da glicemia, HOMA-IR, colesterol total, circunferência abdominal e esteatose ao US. Na presença de três ou quatro destes fatores de risco a probabilidade de DHGNA foi de 91%. Conclusão: A prevalência de EHNA em pacientes com colelitíase foi de 7,4% neste grupo de pacientes Assim, é de fundamental importância o reconhecimento dos fatores de risco para a DHGNA em pacientes com colelitíase que serão submetidos à intervenção cirúrgica. Assim sendo, a biópsia hepática durante o procedimento cirúrgico deve ser preconizada na vigência de fatores preditivos, pois é o único método para diferenciar esteatose de EHNA / Cholelithiasis is a very common disease in the population at large, and one of the risk factors is type II diabetes mellitus, which is related to metabolic disorders associated with overweight, obesity, insulin resistance, hypertriglyceridemia and dietary abnormalities. Similar risk factors are found in non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). NAFLD covers a spectrum of pathological conditions that can range from steatosis to steatohepatitis (NASH), fibrosis, cirrhosis and even liver cancer. The distinction between steatosis and NASH is of great importance in clinical practice because the former is a benign, reversible condition whereas the latter can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Only a liver biopsy, however, can be used to classify and stage NAFLD. NAFLD and cholelithiasis have similar pathogenesis and risk factors, a fact which led us to undertake this study, the aims of which were: a) to define the frequency of hepatic steatosis and NASH in patients with cholelithiasis undergoing laparoscopic cholecystectomy; b) to assess the accuracy of abdominal ultrasound imaging (US) and computed tomography (CT) in the diagnosis of NAFLD; c) to assess histological alterations caused by NAFLD in patients with cholelithiasis; d) to relate clinical, laboratory and imaging findings to histopathological diagnoses of steatosis and NASH in cholelithiasis; and e) to analyze predictors of NAFLD used when referring patients with cholelithiasis already scheduled for laparoscopic cholecystectomy for liver biopsy as well. Methods: We performed a prospective sequential study of patients with cholelithiasis who had been referred for surgery and had signed a voluntary informed-consent form. A total of 161 patients were analyzed after they had undergone a laparoscopic cholecystectomy and liver biopsy. Besides sex and age, clinical and medical history were recorded, with emphasis being placed on comorbidities related to metabolic syndrome. The anthropometric measurements weight (kg), height (m) and abdominal circumference (cm) were recorded during the physical examination and the body mass index was calculated. Biochemical and metabolic assessment parameters, including fasting blood sugar and fasting insulin, which were used to calculate the HOMA-IR index, and fasting lipid profile, were evaluated. Patients had two ultrasounds at different times to assess the gallbladder and bile ducts as well as the quantitative and qualitative diagnosis of hepatic steatosis. In the abdominal tomography, the attenuation coefficients of the liver and spleen were measured for diagnosis of steatosis based on two indices: CT1 (S-L), given by the difference between spleen and liver attenuations, and CT2 (L/S), given by the attenuation of the liver divided by the attenuation of the spleen. Before laparoscopic cholecystectomy with bile duct exploration, a liver biopsy with a tru-cut was performed. The following histological parameters were used to evaluate the liver biopsies: macrovesicular steatosis, microvesicular steatosis, acinar and portal inflammatory infiltrate, hepatocellular ballooning, Mallory bodies, ductal changes, perisinusoidal, perivenular and portal fibrosis, iron overload and glycogenated nuclei. The NAFLD activity score was used to diagnose NAFLD in the steatosis or NASH phases. A comparative analysis of the 161 patients was carried out after they had been divided into three groups according to the results of the liver histopathology: group A cholelithiasis without steatosis (n=98), group B - cholelithiasis with steatosis (n=51) and group C - cholelithiasis with NASH (n=12). Results: Of the 161 patients subjected to cholecystectomy with a liver biopsy, 63 (39.1%) had NAFLD, of whom 12 (7.4%) also had NASH. A total of 137 (85%) of the patients were female, and 125 (78%) were Caucasian. Average age was 45 years. Arterial hypertension was observed in 40 (25%) patients, 17 (11%) had diabetes mellitus and 39 (24%) had metabolic syndrome. The clinical and laboratory findings with a statistically significant difference between group A and/or groups B and C were age, BMI, abdominal circumference, fasting blood sugar, total cholesterol, ALT and AST. Metabolic syndrome, insulin resistance and diabetes mellitus only exhibited a statistically significant difference between groups A and C. There were no clinical or laboratory findings or image abnormalities that differentiated steatosis from NASH. The first and second ultrasounds, which were carried out at different times, had sensitivities of 57% and 59% and specificities of 91% and 90%, respectively; both had accuracies of 78%. In the computed tomography, the index with the greatest sensitivity (50%), specificity (90.72%) and accuracy (74.53%) was CT2 (L/S), with a cutoff level of 1.0 for diagnosis of NAFLD. The histopathological parameters with statistically significant differences between the group without steatosis and group C and between groups B and C were Mallory bodies, portal inflammation and perivenular, perisinusoidal and portal fibrosis. Portal inflammation was more intense in patients in group C. There was a statistically significant difference in the intensity of macrovesicular steatosis between groups B and C; this was mild in 42 (82.4%) of the patients in the former group and in only 2 (3.9%) in the latter. There was a statistically significant difference in microvesicular steatosis and glycogenated nuclei between groups B and C. Logistic regression revealed that the associated risk factors for determining the probability of patients with cholelithiasis having NAFLD are increased values of blood glucose, HOMA-IR, total cholesterol abdominal circumference and steatosis on ultrasound. In the presence of three or four risk factors the probability of NAFLD was 91%. Conclusion: The prevalence of NASH in cholelithiasis patients was 7.4%, indicating that NAFLD is a serious problem in this group of patients. It is therefore very important to determine the risk factors for NAFLD in cholelithiasis patients who will be submitted to surgery in order to decide whether a liver biopsy should be performed, as this is the only diagnostic method for differentiating between steatosis and NASH
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O valor da biópsia do fígado na doença hepática gordurosa não alcoólica em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica / The importance of liver biopsy in non-alcoholic fatty liver disease in patients with cholelithiasis submitted to laparoscopic cholecystectomyPinto, Monica Madeira 07 April 2011 (has links)
A colelitíase é uma doença frequente na população geral. Um dos seus fatores de risco é a diabetes melitus tipo 2, relacionada à anormalidades metabólicas associadas a sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, hipertrigliceridemia e hábitos dietéticos. Fatores de risco semelhantes são encontrados na doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A DHGNA engloba um espectro de condições patológicas que pode evoluir da esteatose, para esteato-hepatite (EHNA), fibrose, cirrose e neoplasia hepática. A distinção entre esteatose e EHNA é de grande relevância na prática clínica, em virtude de a primeira ser uma condição benigna e reversível, enquanto que a segunda apresenta potencial evolutivo para cirrose e carcinoma hepatocelular. Somente a biópsia hepática pode classificar e estadiar a DHGNA. A DHGNA e a colelitíase têm similaridade quanto à patogênese e aos fatores de risco, o que nos motivou a realizar este estudo. Os objetivos do trabalho foram: a) Definir a frequência da esteatose hepática e da EHNA em pacientes com colelitíase submetidos à colecistectomia laparoscópica. b) Avaliar as alterações histopatológicas da DHGNA nos pacientes com colelitíase. c) Avaliar a acurácia dos exames de imagem-ultrassonografia abdominal (US) e tomografia computadorizada (TC) no diagnóstico da DHGNA. d) Relacionar aspectos clínicos, laboratoriais e de imagem com diagnósticos histopatológicos de esteatose e EHNA em portadores de colelitíase. e) Analisar variáveis preditivas da DHGNA na indicação da biópsia hepática para os pacientes com colelitíase a serem submetidos à colecistectomia laparoscópica. Método: Foi realizado estudo prospectivo sequencial de pacientes portadores de colelitíase com indicação cirúrgica que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram analisados 161 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica e à biópsia hepática. Os pacientes foram avaliados quanto ao sexo, à idade, história clínica e aos antecedentes pessoais, com ênfase nas comorbidades relacionadas à síndrome metabólica. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: peso (kg), altura (m) e circunferência abdominal (cm), sendo calculado o Índice de Massa Corpórea (IMC). Além da avaliação bioquímica, foram avaliados parâmetros metabólicos através da dosagem da glicemia e insulinemia de jejum, índice de HOMA IR e perfil lipídico. Os pacientes foram submetidos a dois USs em momentos distintos, nos quais foram avaliados a vesícula biliar, as vias biliares e os possíveis diagnósticos qualitativo e quantitativo da esteatose hepática. Na tomografia abdominal, foram medidos os coeficientes de atenuação hepática e esplênica. O diagnóstico de esteatose foi determinado através de dois índices: TC1 (e-h) calculado pela diferença entre o valor da atenuação esplênica e hepática e o TC2 (h/e) medido pela fração da atenuação hepática sobre a esplênica. Antes da colecistectomia laparoscópica com exploração de vias biliares, foi realizada biópsia hepática com agulha de tru-cut no mesmo tempo cirúrgico. Os parâmetros histopatológicos utilizados para avaliar as biópsias hepáticas foram: esteatose macrovesicular, esteatose microvesicular, infiltrado inflamatório acinar e portal, balonização hepatocelular, corpúsculos hialino de Mallory, alterações ductulares e fibrose perissinusoidal, perivenular, portal, sobrecarga de ferro e pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Para o diagnóstico de EHNA, foi utilizado o escore de atividade da doença hepática gordurosa não alcoólica (NAS). Os 161 pacientes foram distribuídos em três grupos formados a partir do resultado da histopatologia hepática: Grupo A - colelitíase sem esteatose (n = 98), Grupo B - colelitíase com esteatose (n = 51) e Grupo C - colelitíase com esteatohepatite (n = 12). Resultados: Entre os 161 pacientes submetidos à colecistectomia com biópsia hepática, 63 (39,1%) eram portadores de DHGNA, dentre eles, 12/161 (7,4%) com EHNA. Cento e trinta e sete (85%) pacientes eram do sexo feminino; 125 (78%) eram brancos. A idade média global foi de 45 anos. A hipertensão arterial sistêmica esteve presente em 40 (25%), diabetes mellitus tipo 2 em 17 (11%) e a síndrome metabólica em 39 (24%). Os aspectos clínicos, laboratoriais e comorbidades que apresentaram diferença estatística significantes entre o grupo A e os grupos B e C foram: idade, IMC, circunferência abdominal, glicemia em jejum, ALT. A síndrome metabólica, a resistência insulínica, diabetes mellitus tipo 2, AST e o colesterol total registraram diferença estatisticamente significante apenas entre os grupos A e C. Não existiram aspectos clínicos, laboratoriais ou de comorbidades que diferenciaram os portadores de esteatose e EHNA. Os exames de US I e II nas duas ocasiões revelaram sensibilidade de 57% e 59%, especificidade de 91% e 90%, respectivamente, e em ambos USs a acurácia foi de 78%. No exame de TC, o índice e o nível de corte de maior sensibilidade (50%), especificidade, (90,72%) e acurácia (74,53%) foi o índice TC 2 (h/e), com nível de corte menor que 1,0 para o diagnóstico da DHGNA. Os parâmetros histopatológicos que apresentaram diferença estatística significante entre os grupos A e C e entre os grupos B e C foram: corpúsculos hialino de Mallory, infiltrado inflamatório portal e fibrose perivenular, perissinusoidal e portal. Houve maior grau de intensidade do infiltrado inflamatório portal nos pacientes do grupo C. Houve diferença estatística significante entre os grupos B e C com relação à esteatose microvesicular e a pseudoinclusão nuclear de glicogênio. Pela regressão logística, foi avaliada a probabilidade de os pacientes portadores de colelitíase apresentarem DHGNA. Os fatores preditivos foram: aumento da glicemia, HOMA-IR, colesterol total, circunferência abdominal e esteatose ao US. Na presença de três ou quatro destes fatores de risco a probabilidade de DHGNA foi de 91%. Conclusão: A prevalência de EHNA em pacientes com colelitíase foi de 7,4% neste grupo de pacientes Assim, é de fundamental importância o reconhecimento dos fatores de risco para a DHGNA em pacientes com colelitíase que serão submetidos à intervenção cirúrgica. Assim sendo, a biópsia hepática durante o procedimento cirúrgico deve ser preconizada na vigência de fatores preditivos, pois é o único método para diferenciar esteatose de EHNA / Cholelithiasis is a very common disease in the population at large, and one of the risk factors is type II diabetes mellitus, which is related to metabolic disorders associated with overweight, obesity, insulin resistance, hypertriglyceridemia and dietary abnormalities. Similar risk factors are found in non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). NAFLD covers a spectrum of pathological conditions that can range from steatosis to steatohepatitis (NASH), fibrosis, cirrhosis and even liver cancer. The distinction between steatosis and NASH is of great importance in clinical practice because the former is a benign, reversible condition whereas the latter can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Only a liver biopsy, however, can be used to classify and stage NAFLD. NAFLD and cholelithiasis have similar pathogenesis and risk factors, a fact which led us to undertake this study, the aims of which were: a) to define the frequency of hepatic steatosis and NASH in patients with cholelithiasis undergoing laparoscopic cholecystectomy; b) to assess the accuracy of abdominal ultrasound imaging (US) and computed tomography (CT) in the diagnosis of NAFLD; c) to assess histological alterations caused by NAFLD in patients with cholelithiasis; d) to relate clinical, laboratory and imaging findings to histopathological diagnoses of steatosis and NASH in cholelithiasis; and e) to analyze predictors of NAFLD used when referring patients with cholelithiasis already scheduled for laparoscopic cholecystectomy for liver biopsy as well. Methods: We performed a prospective sequential study of patients with cholelithiasis who had been referred for surgery and had signed a voluntary informed-consent form. A total of 161 patients were analyzed after they had undergone a laparoscopic cholecystectomy and liver biopsy. Besides sex and age, clinical and medical history were recorded, with emphasis being placed on comorbidities related to metabolic syndrome. The anthropometric measurements weight (kg), height (m) and abdominal circumference (cm) were recorded during the physical examination and the body mass index was calculated. Biochemical and metabolic assessment parameters, including fasting blood sugar and fasting insulin, which were used to calculate the HOMA-IR index, and fasting lipid profile, were evaluated. Patients had two ultrasounds at different times to assess the gallbladder and bile ducts as well as the quantitative and qualitative diagnosis of hepatic steatosis. In the abdominal tomography, the attenuation coefficients of the liver and spleen were measured for diagnosis of steatosis based on two indices: CT1 (S-L), given by the difference between spleen and liver attenuations, and CT2 (L/S), given by the attenuation of the liver divided by the attenuation of the spleen. Before laparoscopic cholecystectomy with bile duct exploration, a liver biopsy with a tru-cut was performed. The following histological parameters were used to evaluate the liver biopsies: macrovesicular steatosis, microvesicular steatosis, acinar and portal inflammatory infiltrate, hepatocellular ballooning, Mallory bodies, ductal changes, perisinusoidal, perivenular and portal fibrosis, iron overload and glycogenated nuclei. The NAFLD activity score was used to diagnose NAFLD in the steatosis or NASH phases. A comparative analysis of the 161 patients was carried out after they had been divided into three groups according to the results of the liver histopathology: group A cholelithiasis without steatosis (n=98), group B - cholelithiasis with steatosis (n=51) and group C - cholelithiasis with NASH (n=12). Results: Of the 161 patients subjected to cholecystectomy with a liver biopsy, 63 (39.1%) had NAFLD, of whom 12 (7.4%) also had NASH. A total of 137 (85%) of the patients were female, and 125 (78%) were Caucasian. Average age was 45 years. Arterial hypertension was observed in 40 (25%) patients, 17 (11%) had diabetes mellitus and 39 (24%) had metabolic syndrome. The clinical and laboratory findings with a statistically significant difference between group A and/or groups B and C were age, BMI, abdominal circumference, fasting blood sugar, total cholesterol, ALT and AST. Metabolic syndrome, insulin resistance and diabetes mellitus only exhibited a statistically significant difference between groups A and C. There were no clinical or laboratory findings or image abnormalities that differentiated steatosis from NASH. The first and second ultrasounds, which were carried out at different times, had sensitivities of 57% and 59% and specificities of 91% and 90%, respectively; both had accuracies of 78%. In the computed tomography, the index with the greatest sensitivity (50%), specificity (90.72%) and accuracy (74.53%) was CT2 (L/S), with a cutoff level of 1.0 for diagnosis of NAFLD. The histopathological parameters with statistically significant differences between the group without steatosis and group C and between groups B and C were Mallory bodies, portal inflammation and perivenular, perisinusoidal and portal fibrosis. Portal inflammation was more intense in patients in group C. There was a statistically significant difference in the intensity of macrovesicular steatosis between groups B and C; this was mild in 42 (82.4%) of the patients in the former group and in only 2 (3.9%) in the latter. There was a statistically significant difference in microvesicular steatosis and glycogenated nuclei between groups B and C. Logistic regression revealed that the associated risk factors for determining the probability of patients with cholelithiasis having NAFLD are increased values of blood glucose, HOMA-IR, total cholesterol abdominal circumference and steatosis on ultrasound. In the presence of three or four risk factors the probability of NAFLD was 91%. Conclusion: The prevalence of NASH in cholelithiasis patients was 7.4%, indicating that NAFLD is a serious problem in this group of patients. It is therefore very important to determine the risk factors for NAFLD in cholelithiasis patients who will be submitted to surgery in order to decide whether a liver biopsy should be performed, as this is the only diagnostic method for differentiating between steatosis and NASH
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Complicações e desconfortos em colecistectomias videolaparoscópicas: relação com as variáveis pré-operatórias e intraoperatórias / Discomforts and complications in laparoscopic cholecystectomy: relationship with preoperative variables and intraoperativeCarolina Nóvoa Fernandes 26 November 2013 (has links)
Introdução: A colelitíase é uma das afecções do sistema digestório mais frequente, acometendo 20% da população adulta. Atualmente, a colecistectomia videolaparoscópica (CVL) é o tratamento de escolha nas doenças benignas da vesícula biliar, inclusive, na colecistite aguda. Entretanto, independente dos benefícios indiscutíveis da cirurgia minimalmente invasiva, esse procedimento não exclui a possibilidade de complicações ou desconfortos ao paciente no pós-operatório. Objetivo: Identificar a relação entre as variáveis pré e intra-operatórias e as ocorrências de complicações e desconfortos pós-operatórios em pacientes submetidos à CVL. Casuística e método: Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo descritivo, exploratório, de nível I e com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 495 prontuários de pacientes submetidos à CVL, em caráter eletivo no Hospital Estadual de Diadema, no período entre janeiro de 2009 e agosto de 2012. Os dados foram obtidos com base no preenchimento de um instrumento semiestruturado, contendo: dados demográficos, variáveis clínicas do pré, intra e pós-operatórias. O estudo estatístico foi realizado no sistema SPSS 15.0, sendo adotado o nível de significância de 5%. Resultados: Na amostra estudada houve: predominância do feminino (89,5%), residentes em Diadema (46,5%), estado civil casado (43,4%), baixa escolaridade (58%) e média de idade 48 anos (18 a 89 anos). A comorbidade mais prevalente foi obesidade (41%), seguida por hipertensão arterial (40,6%) e Diabetes mellitus tipo II (12,5%). A maior parte da amostra foi classificada como ASA II (55,8%), todos receberam cefazolina como antibioticoprofilaxia e 64% fizeram uso de Midazolan, como medicação pré-anestésica. Aproximadamente, a metade da população (49,3%) usou fármacos inalatórios, propofol, opióides e bloqueador neuromuscular no intra-operatório. Em relação a outras drogas utilizadas nesse período, 57,6% fizeram uso analgésico isolado (dipirona), 52,3% receberam anti-inflamatório (tenoxican) e 62,2% foram submetidos à terapia anti-emética com metoclopramida ou dimenidrato. O tempo cirúrgico médio foi de 80,5 minutos e a permanência média hospitalar de 43,7 horas. A prevalência de complicações ou desconfortos foi de 54,5% na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) e de 51,7% na enfermaria médico-cirúrgica (EMC). Os eventos de maior ocorrência na SRPA foram hipertensão (46,5%), dor (8,5%) e náuseas e vômitos (5,5%), e na EMC, foram dor (32,5%), náuseas e vômitos (19,2%). A análise de regressão logística indicou a associação com o aparecimento de complicações e desconfortos na SRPA para as seguintes variáveis (OD Odds ratio, IC intervalo de confiança a 95%): idade (OR= 1,02 IC 1,01-1,04); ASA II (OR= 1,59 IC 1,03-2,45); e uso de cloridrato de tramadol no intra-operatório (OR= 0,57 IC 0,39-0,83). Na EMC, foram encontradas as seguintes associações: uso de dipirona no intra-operatório (OR= 0,41 IC 0,18-0,94); hipotireoidismo (OR= 0,33 IC 0,14-0,81); e tempo cirúrgico (OR= 1,57 IC 1,102,24). Conclusão: A idade, a classificação ASA e o tempo cirúrgico influenciaram no aparecimento de complicações ou desconfortos pós-operatórios. Em face dos dados obtidos, o enfermeiro deve estar apto a avaliar e identificar as condições precoces que possam indicar a ocorrência desses eventos e promover, em conjunto com a equipe multiprofissional, o conforto do paciente e seu sucesso terapêutico. / Introduction: Cholelithiasis is one of the digestive disorders more common, affecting 20 % of the adult population. Laparoscopic cholecystectomy (LC) is indicated for the treatment of all benign diseases of the gallbladder, including in acute cholecystitis. However, regardless of the benefits of the minimal invasive surgery it does not exclude the possibility of postoperative complications or discomfort to the patient. Objective To assess the relationship among pre and intraoperative factors and occurrences of complications and discomfort in patients undergoing laparoscopic cholecystectomy in a community hospital. Method and Casuistic: This was a retrospective and descriptive study. The data was composed of 495 medical records of patients undergoing laparoscopic cholecystectomy surgery for elective, in a community hospital Diadema Hospital, between January 2009 and August 2012. The authors analyzed demographic and clinical variables pre and intra and postoperative complications. Statistical analysis was performed at SPSS 15.0 software, (significance level of 5%). Results: A total of 495 cases, there was a female prevalence (89.5 %), living in Diadema city (46.5 %), married (43.4 %), low education (58 %) and median age 48 years. Obesity (IMC > 35) was more prevalent (41 %), followed by hypertension (40.6 %) and Diabetes mellitus type II (12.5 %). The American Society of Anesthesiology classification (ASA) was II in 55.8%, all patients received prophylactic antibiotics (cefazolin) and 64% used midazolam before the surgical procedure. The anesthesy wasperformed with inhalatory drugs, propofol, opioids and neuromuscular block (49.3 %). During the intra-operative time 57.6 % received 52.3% dipyrone and 62.2% anti-inflammatory (tenoxican), antiemetic therapy (metoclopramide or dimenhydrinate) the mean operative time was 80.5 minutes and the hospital stay of 43.7 hours. The prevalence of complications or discomfort was 54.5% in the recovery room just after anesthesia (PACU), and 51.7% in the medical-surgical ward (EMC). The most frequent events in the PACU were hypertension (46.5 %), pain (8.5%) and nausea and vomiting (5.5%), and EMC, were pain (32.5 %), nausea and vomiting (19.2%). The logistic regression analysis showed an association with the onset of complications and discomfort in the recovery room for the following variables (OD Odds ratio, CI confidence interval 95 % ) : age (OR = 1.02 CI 1.01-1.04); ASA II (OR = 1.59 CI 1.03 to 2.45), and tramadol hydrochloride used during surgery (OR = 0.57 CI 0.39 to 0.83). At EMC, we found the following associations: Dipyrone intraoperatively (OR = 0.41 CI 0.18 to 0.94), hypothyroidism (OR = 0.33 CI 0.14 to 0.81), and operative time (OR = 1.57 CI 1.10 to 2.24). Conclusion: Age, ASA classification and surgical time had influence in the development of complications or discomfort postoperatively. Considering the results of this study, the nurse must be able to assess and identify conditions that may indicate the early occurrence of these events and promote, together with a multidisciplinary team, patient comfort and its therapeutic success.
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Estudo das alterações histológicas da vesícula biliar de doentes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica por colecistolitíase / Study of the histological gallbladder alterations in patients submitted to laparoscopic cholecystectomy for cholecystolithiasisAdriana Lúcia Agnelli Meirelles Costa 14 August 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer da vesícula biliar é a lesão maligna mais comum da árvore biliar e pouco se sabe sobre a sua carcinogênese. O possível caráter pré-neoplásico das alterações histológicas da vesícula biliar vem sendo estudado recentemente. O objetivo deste estudo foi identificar e quantificar as alterações histológicas da vesícula biliar no nosso meio e correlacioná-las com dados clínicos, e correlacionar as alterações metaplásicas, em separado, com as demais alterações encontradas. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo realizado entre novembro de 1999 a dezembro de 2006, foram avaliados 1.689 prontuários de doentes submetidos a colecistectomia laparoscópica por colecistolitíase. Os doentes foram divididos em relação à idade em doentes com até 60 anos e com mais de 60 anos. Em relação ao tempo de sintomas antes da cirurgia foram agrupados em doentes sem sintomas, doentes com sintomas até 1 ano, e doentes com sintomas por mais de 1 ano antes da cirurgia. Em relação ao tamanho e número dos cálculos foram agrupados em doentes com cálculos de até 10 mm, e aqueles com cálculos maiores que 10 mm, e em doentes com cálculos únicos ou múltiplos. RESULTADOS: Eram mulheres 1.238 doentes (73,3%) e 451 eram homens (26,7%). Apresentaram idade de até 60 anos 1.192 doentes (70,6%) e 497 (29,4%) apresentaram mais de 60 anos. Apresentaram cálculos menores que 10 mm 1.319 doentes (78,1%) e 370 doentes (21,9%) apresentaram cálculos maiores que 10 mm. Foi observado inflamação aguda em 174 doentes (10,3%), gangrena em 23 (1,4%), abscesso em 8 (0,4%), colesterolose em 305 (18,1%), adenomiomatose em 40 (2,4%), colecistite xantogranulomatosa em 29 (1,7%), fibrose em 12 (0,7%), escleroatrofia em 20 (1,2%), pólipo hiperplásico em 3 (0,2%), pólipo de colesterol em 17 (1,0%), metaplasia pilórica em 72 (4,3%), metaplasia intestinal em 18 (1,1%), displasia em 4 (0,2%), câncer em 2 (0,1%). Não foram observados pólipos adenomatosos. CONCLUSÕES: O sexo masculino apresenta maior freqüência de complicações inflamatórias que o feminino. Não há relação entre o tempo de sintomas e uma maior ocorrência das alterações histológicas estudadas, excetuando-se a colecistite xantogranulomatosa. Nos doentes idosos há maior ocorrência de adenomiomatose, gangrena e abscesso. Há aumento progressivo de idade para a ocorrência de metaplasia pilórica, metaplasia intestinal, displasia e câncer. O tamanho dos cálculos não guarda relação com a ocorrência das alterações estudadas, exceto para colecistite aguda que se associou com cálculos pequenos e múltiplos. Há associação entre a ocorrência de metaplasia pilórica e adenomiomatose, metaplasia pilórica e displasia, metaplasia pilórica e câncer. Há também associação entre a ocorrência de metaplasia intestinal e metaplasia pilórica, metaplasia intestinal e adenomiomatose, metaplasia intestinal e displasia, metaplasia intestinal e câncer. / INTRODUCTION: Gallbladder cancer is the most common malignant lesion of the biliary tree; yet, little is known about its carcinogenesis. The possible preneoplastic character of histological gallbladder alterations has been studied in recent medical literature. The purpose of this study was to identify and quantify histological gallbladder alterations in our population, to correlate them with clinical data, and to correlate the metaplastic alterations, separately, with the other histological alterations found. METHODS: In this retrospective study conducted between November,1999 and December, 2006, the medical records of 1.689 patients who were submitted to laparoscopic cholecystectomy by cholecystolithiasis were analyzed. The patients were classified according to age: 60 years or younger, and older than 60. In relation to the duration of symptoms before the surgery, they were grouped according to: patients without symptoms, patients with symptoms for 1 year or less, and patients with symptoms for over 1 year before the surgery. In relation to the size and number of the gallstones, they were grouped according to: patients with gallstones of 10 mm or less, and those with gallstones over 10 mm, and those with single or multiple gallstones. RESULTS: There were 1,238 (73.3%) female and 451 (26.7%) male patients. In relation to age, 1,192 patients were 60 or younger (70.6%) and 497 (29.4%) were older than 60. There were 1.319 (78.1%) patients with gallstones smaller than 10 mm and 370 patients (21.9%) with gallstones larger than 10mm. Acute choelcystitis was observed in 174 patients (10.3%), gangrene in 23 (1.4%), abscess in 8 (0.4%), cholesterolosis in 305 (18.1%), adenomyomatosis in 40 (2.4%), xanthogranulomatous cholecystitis in 29 (1.7%), fibrosis in 12 (0.7%), sclero-atrophic gallbladder in 20 (1.2%), hyperplasic polyp in 3 (0.2%), cholesterol polyp in 17 (1.0%), pyloric metaplasia in 72 (4.3%), intestinal metaplasia in 18 (1.1%), dysplasia in 4 (0.2%), and cancer in 2 (0.1%). No adenomatous polyp was found. CONCLUSIONS: Male patients have more inflammatory complications than females. With the exception of xanthogranulomatous cholecystitis, there is no correlation between symptom duration and an increased occurrence of the histological alterations studied. In the elderly patients, the occurrence of adenomyomatosis, gangrene and abscess is more frequent. The size of gallstones has no relationship with the occurrence of the histological alterations studied, except for acute cholecystitis, which is associated with small and multiple gallstones. There is an association between pyloric metaplasia and the following: adenomyomatosis, dysplasia, and cancer. There is also an association between intestinal metaplasia and the following: pyloric metaplasia, adenomyomatosis, dysplasia, and cancer.
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Efeitos da abreviação do jejum pré-operatório com carboidratos e glutamina na resposta metabólica de pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica. Estudo controlado randomizado duplo cego / The effects of the abbreviation of preoperative fasting with carbohydrate and glutamine on the metabolic response after videolaparoscopic cholecystectomy. A double blind randomized trialNascimento, Diana Borges Dock 05 April 2012 (has links)
Introdução: O jejum prolongado pré-operatório aumenta a resistência periférica à insulina. Foi investigado se a abreviação do jejum pré-operatório com uma bebida contendo carboidrato e glutamina melhora a resposta orgânica ao trauma cirúrgico. Métodos: Quarenta e oito pacientes adultas, do sexo feminino (19-62 anos) candidatas a colecistectomia videolaparoscópica eletiva. As pacientes foram aleatoriamente divididas em quatro grupos: grupo jejum convencional (grupo Jejum), ou em três grupos para receber três tipos diferentes bebidas oito horas (400 mL) e duas horas antes da indução anestésica (200ml): água pura (grupo Placebo), água mais dextrinomaltose (grupo carboidrato; 12,5% de dextrinomaltose) e grupo glutamina (grupo glutamina; 12,5% de dextrinomaltose e respectivamente 40 e 10g de glutamina). As amostras de sangue foram coletadas no período pré e pós-operatório. Resultados: não houve nenhum evento de aspiração ou regurgitação do conteúdo gástrico manifesto por sinais e sintomas clínicos, durante a indução anestésica, ou em qualquer outro momento do estudo. Também não houve nenhum óbito ou complicação pós-operatória. A média e o erro padrão médio da resistência à insulina determinada pelo HOMA-IR realizada no pós-operatório foi maior (p<0,05) no grupo que permaneceu em jejum (4,3±1,3) quando comparado com os outros três grupos de pacientes (Placebo, 1,6±0,3); carboidrato, (2,3±0,4) e glutamina, (1,5±0,1). A medida da glutationa peroxidase sérica, medida nos dois períodos foi maior no grupo glutamina (40±3,0) que nos grupos carboidrato (32±2,0) e jejum (32±2,0) (p<0,01). Ao se comparar o comportamento da IL-6 sérica em cada grupo estudado no período pré e pós-operatório, observou-se que o grupo glutamina foi o único sem diferença, enquanto nos demais a IL-6 aumentou no pós-operatório (p<0,01). No período pós-operatório a razão proteína-C-reativa/albumina foi maior no grupo jejum quando comparado com os grupos carboidrato (p=0,04) e glutamina (p=0,01). O balanço nitrogenado acumulativo foi menos negativo no grupo glutamina (-2,5±0,8 gN) que nos grupos placebo (-9,0±2,0 gN; p=0,001) e jejum (-6,6±0,4 gN; p=0,04). Conclusão: A abreviação do jejum pré-operatório com uma bebida contendo carboidrato e glutamina melhora a resistência periférica a insulina, a resposta anti-oxidativa e diminui a resposta inflamatória de pacientes submetidas à colecistectomia videolaparoscópica eletiva / Introduction: Prolonged preoperative fasting increases insulin resistance. We investigated whether an abbreviated preoperative fast with glutamine plus a carbohydrate based beverage would improve the organic response after surgery. Methods: Forty-eight female patients (19-62 years) candidates for video-cholecystectomy were randomized to either standard fasting (fasting group) or to fasting with one of three different beverages. Beverages were consumed 8 hours (400 mL; placebo group: water; glutamine group: water with 50 g maltodextrine plus 40 g glutamine; and carbohydrate group: water with 50 g maltodextrine) and 2 hours (200 mL; placebo group: water; glutamine group: water with 25 g maltodextrine plus 10 g glutamine; and carbohydrate group: water with 25 g maltodextrine) before anesthesia. Blood samples were collected pre- and postoperatively. Results: There were no cases of regurgitation during anesthesia. The mean [SEM] postoperative HOMA-IR was greater (p<0,05) in fasted patients (4,3±1,3) than in the other groups (placebo, 1,6±0,3); carbohydrate, (2.3±0,4); and glutamine, (1,5±0,1). Glutathione peroxidase (U/g hemoglobin) was significantly higher (40±3,0) in glutamine group than both carbohydrate (32±2,0) and fasting (32±2,0) groups (p< 0,01). Interleukin-6 increased in all groups except the glutamine group. The C-reactive protein/albumin ratio was higher in fasting subjects than carbohydrate (p=0,04) and glutamine (p=0,01) groups. The nitrogen balance was less negative in glutamine (-2,5±0,8 gN) than both placebo (-9,0±2,0 gN; p=0,001) and fasting (-6,6±0,4 gN; p=0,04) groups. Conclusions: Preoperative intake of a glutamine-enriched carbohydrate beverage improves insulin resistance and antioxidant defenses, and decreases the inflammatory response after videolaparoscopic cholecystectomy
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Diagnósticos de enfermagem de pacientes em período pós-operatório imediato de cirurgia de colecistectomia laparoscópica / Nursing diagnoses for patients in the immediate post-operative period after laparoscopic cholecystectomyDalri, Cristina Camargo 27 June 2005 (has links)
Esse estudo teve como objetivos identificar os diagnósticos de enfermagem presentes em pacientes em pós-operatório imediato de colecistectomia, submetidos à anestesia geral com base na Taxonomia II da North American Nursing Diagnoses Association (NANDA) e no Modelo Conceitual de Horta; analisar os diagnósticos de enfermagem presentes nesses pacientes em relação aos fatores relacionados, características definidoras e fatores de risco e em relação ao seu estabelecimento e resolução no pós-operatório imediato; dentre os pacientes estudados que apresentaram o Diagnóstico de Enfermagem de Dor aguda, identificar as manifestações de dor apresentadas no pós-operatório imediato e compará-las com as características definidoras apresentadas pela NANDA e por outras literaturas. Para a etapa de coleta de dados, foi elaborado e validado um instrumento de coleta de dados com base no Modelo Conceitual de Wanda Horta. Foram avaliados 15 pacientes adultos no período pós-operatório imediato de colecistectomia laparoscópica, durante o período de setembro de 2004 a janeiro de 2005, no Centro de Recuperação Pós-anestésica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Para o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem, utilizou-se um modelo de processo raciocínio diagnóstico, sendo esses nomeados de acordo com a Taxonomia II da NANDA. Foram identificados nove diferentes diagnósticos de enfermagem: Integridade tissular prejudicada (100%), Risco para infecção (100%), Percepção sensorial perturbada (100%), Risco para aspiração (100%), Risco para função respiratória alterada (80%), Hipotermia (60%), Risco para temperatura corporal desequilibrada (40%), Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais (33,3%) e Dor aguda (26,7%). Para cada diagnóstico foram identificados e discutidos os fatores relacionados e características definidoras. Os pacientes que manifestaram o diagnóstico de enfermagem de Dor aguda apresentaram as seguintes características definidoras: relato verbal, evidência observada, expressão facial e comportamento de defesa. Observamos que todas essas manifestações são características definidoras apresentadas pela NANDA (2002) para esse diagnóstico. Em relação ao seu estabelecimento e resolução no pós-operatório imediato, os diagnósticos de enfermagem Risco para aspiração, Percepção sensorial perturbada e Hipotermia foram resolvidos em 50 minutos após a sua identificação. Para os diagnósticos de Risco para função respiratória alterada, Risco para temperatura corporal desequilibrada e Dor aguda, o tempo médio de resolução foi de 63,7, 77,5 e 36 minutos, respectivamente. Destacamos que os diagnósticos de Integridade tissular prejudicada, Risco para infecção e Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais estiveram presentes desde a admissão do paciente no Centro de recuperação pós-anestésica até o momento da alta do paciente. / This study aimed to identify what nursing diagnoses are present in patients who had been submitted to general anesthesia during the immediate post-operative period after cholecystectomy, based on North American Nursing Diagnoses Association (NANDA) Taxonomy II and on Horta?s Conceptual Model; to analyze the nursing diagnoses that were present in these patients in terms of related factors, defining characteristics and risk factors, as well as with respect to their development and solution in the immediate post-operative period; to identify, among those study participants who presented the Nursing Diagnosis of Acute pain, the pain manifestations they presented during the immediate post-operative period and to compare them with the defining characteristics presented by NANDA and other literature sources. With a view to data collection, we elaborated and validated a data collection instrument on the basis of Wanda Horta?s Conceptual Model. 15 adult patients were evaluated in the immediate post-operative period after laparoscopic cholecystectomy, between September 2004 and January 2005, at the Post-Anesthesia Recovery Center of the University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School Hospital das Clínicas. The nursing diagnoses were established by means of a diagnostic reasoning process model, and were named in accordance with NANDA Taxonomy II. We identified nine different nursing diagnoses: Impaired tissue integrity (100%), Risk for infection (100%), Sensory perception alterations (100%), Risk for aspiration (100%), Risk for altered respiratory function (80%), Hypothermia (60%), Risk for imbalanced body temperature (40%), Altered nutrition: more than body needs (33,3%) and Acute pain (26,7%). For each diagnosis, we identified and discussed the related factors and defining characteristics. Patients with the nursing diagnosis of Acute pain presented the following defining characteristics: verbal report, observed evidence, facial expression and defense behavior. We observe that all of these manifestations are defining characteristics NANDA (2002) presented for this diagnosis. With respect to their development and solution during the immediate post-operative period, the nursing diagnoses Risk for aspiration, Sensorial perception alterations and Hypothermia were solved within 50 minutes after their identification. For the diagnoses Risk for altered respiratory function, Risk for imbalanced body temperature and Acute pain, average solution time was 63.7, 77.5 and 36 minutes, respectively. We highlight that diagnoses of Impaired skin integrity, Risk for infection and Unbalanced nutrition: more than body requirements were present from the patient admission on Post anesthesia Care Unit until the patient?s discharge.
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