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Interação social e comunicação na primeira infância / Social interaction and communication in early childhoodSestini, Ana Elisa 23 April 2008 (has links)
Esta pesquisa parte da visão da criança como agente ativo de seu próprio desenvolvimento. Buscou-se investigar a interação criança-criança, os processos formadores de \"cultura\" no grupo de brinquedo e o papel dos modos de comunicação verbal e não-verbal nestes processos de co-construção de significados compartilhados. Foram estudados os estilos de brincadeiras das crianças, as parcerias preferenciais entre elas e as mudanças nas formas de comunicação durante o período estudado. Os sujeitos foram crianças de 1 a 3 anos de idade, acompanhados semanalmente, durante 1 ano e meio, numa creche em São Paulo. Foram realizadas filmagens das crianças em momentos de atividade lúdica livre (com pouca interferência das educadoras), utilizando-se os métodos de amostragem \"focal\" e \"varredura instantânea\". Além disso, foram feitas sessões de observação semicontrolada, filmando-se, separadamente, duplas de crianças com maior ou menor afinidade social, brincando com 10 pares de objetos pré-selecionados. Os resultados mostram que as crianças comunicaram-se mais entre si do que com adultos, tanto de modo verbal quanto não-verbal. Do período inicial de coleta de dados para o final, houve uma diminuição significativa de comportamentos não-verbais indicativos de comunicação e um aumento significativo de episódios de verbalização. No período inicial, houve uma freqüência significativamente maior de verbalizações em contextos de interações agonísticas e imperativas, e no período final houve uma freqüência significativamente maior de verbalizações de convite para interação. Verificou-se um aumento da comunicação verbal quando as crianças estavam com idades entre 1 ano e 10 meses (a mais nova) e 2 anos e 6 meses (a mais velha). Quanto ao comportamento não-verbal, as crianças se comunicaram mais por olhares e expressões faciais, no entanto, no período inicial houve uma freqüência significativamente maior de vocalizações, no período intermediário houve uma freqüência significativamente maior de gestos e acenos e, no período final, de imitações. A imitação foi considerada como um meio das crianças compartilharem significados e de iniciarem ou manterem interações sociais. A situação de duplas foi favorecedora de episódios de imitação e ocorreu maior freqüência de interações sociais após imitação principalmente quando as crianças estavam com idades próximas a 3 anos. Em relação aos estilos de brincadeiras, duplas com maior afinidade social apresentaram freqüência significativamente maior de brincadeiras de contingência social do que duplas com menor afinidade; duplas formadas apenas por meninas brincaram mais de faz-de-conta, duplas formadas somente por meninos brincaram mais de brincadeiras paralelas e duplas mistas brincaram mais de brincadeiras do tipo \"física\". Quando em grupo, as meninas brincaram mais com outras crianças do que sozinhas, diferentemente dos meninos. Foram identificadas e descritas qualitativamente algumas formas de brincadeiras particulares do grupo estudado. A conclusão foi que crianças dessa faixa etária são capazes de construir e compartilhar significados no grupo, mesmo antes de dominarem a comunicação verbal. Porém, também há indícios de que a fala facilite os processos de compartilhamento e persistência de significados no grupo e favoreça o aumento da complexidade das brincadeiras entre as crianças. / This research is based on the view of the child as an active agent of his/her own development. It aimed to investigate the child-child interaction, the processes of \"culture\" creation within the playgroup and the role of verbal and nonverbal forms of communication in those processes of joint construction of shared meanings. The style of the children\'s play, the preferential partnerships between them and the changes in the forms of communication during the study period were examined. The subjects were 1-to-3-year-old children, weekly monitored over a year and a half at a daycare center in São Paulo. The children were videorecorded during free-play activity (with little interference from the educators), and the \"focalsubject\" and \"scan-sampling\" methods were used. In addition, semi-controlled observation sessions were conducted, and pairs of children with greater or smaller social affinity were separately recorded playing with ten pairs of pre-selected objects. Results show that the children communicated more between themselves than with adults, both verbally and nonverbally. From the period the data started to be collected to the end of the study, a significant decrease in nonverbal behaviors indicative of communication and a significant increase in verbalization episodes were observed. A significantly higher frequency of verbalizations in contexts of agonistic and imperative interactions was observed in the initial period, whereas a significantly higher frequency of verbalizations of invitation to interaction was observed in the final period. The verbal communication increased when the children were 1 year and 10 months old (youngest child) to 2 years and 6 months old (oldest child). As for nonverbal behavior, the children\'s communication was predominantly through looks and facial expressions, however there has been a significantly higher frequency of vocalizations in the initial period, a significantly higher frequency of gestures and nods and waves in the intermediary period and of imitations in the final period. Imitation was considered a means through which children share meanings and start or maintain social interactions. The situation of pairs favored episodes of imitation and social interactions were more frequent after imitation mainly when the children were near 3 years of age. Concerning play styles, pairs with greater social affinity produced a significantly higher frequency of social-contingency play than pairs with smaller affinity; pairs formed only by girls did more make-believe play, pairs formed only by boys did more parallel play and mixed pairs did more \"physical\" play. When the girls were in group, they played more with other children than when they were alone, differently from the boys. Some forms of play particular to the studied group were identified and qualitatively described. The research concluded that children in this age bracket are able to build and share meanings within the group, even before mastering the verbal communication. However, there are also signs that the speech facilitates the sharing processes and the persistence of meanings within the group and leads to more complex play between the children.
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Interação social e comunicação na primeira infância / Social interaction and communication in early childhoodAna Elisa Sestini 23 April 2008 (has links)
Esta pesquisa parte da visão da criança como agente ativo de seu próprio desenvolvimento. Buscou-se investigar a interação criança-criança, os processos formadores de \"cultura\" no grupo de brinquedo e o papel dos modos de comunicação verbal e não-verbal nestes processos de co-construção de significados compartilhados. Foram estudados os estilos de brincadeiras das crianças, as parcerias preferenciais entre elas e as mudanças nas formas de comunicação durante o período estudado. Os sujeitos foram crianças de 1 a 3 anos de idade, acompanhados semanalmente, durante 1 ano e meio, numa creche em São Paulo. Foram realizadas filmagens das crianças em momentos de atividade lúdica livre (com pouca interferência das educadoras), utilizando-se os métodos de amostragem \"focal\" e \"varredura instantânea\". Além disso, foram feitas sessões de observação semicontrolada, filmando-se, separadamente, duplas de crianças com maior ou menor afinidade social, brincando com 10 pares de objetos pré-selecionados. Os resultados mostram que as crianças comunicaram-se mais entre si do que com adultos, tanto de modo verbal quanto não-verbal. Do período inicial de coleta de dados para o final, houve uma diminuição significativa de comportamentos não-verbais indicativos de comunicação e um aumento significativo de episódios de verbalização. No período inicial, houve uma freqüência significativamente maior de verbalizações em contextos de interações agonísticas e imperativas, e no período final houve uma freqüência significativamente maior de verbalizações de convite para interação. Verificou-se um aumento da comunicação verbal quando as crianças estavam com idades entre 1 ano e 10 meses (a mais nova) e 2 anos e 6 meses (a mais velha). Quanto ao comportamento não-verbal, as crianças se comunicaram mais por olhares e expressões faciais, no entanto, no período inicial houve uma freqüência significativamente maior de vocalizações, no período intermediário houve uma freqüência significativamente maior de gestos e acenos e, no período final, de imitações. A imitação foi considerada como um meio das crianças compartilharem significados e de iniciarem ou manterem interações sociais. A situação de duplas foi favorecedora de episódios de imitação e ocorreu maior freqüência de interações sociais após imitação principalmente quando as crianças estavam com idades próximas a 3 anos. Em relação aos estilos de brincadeiras, duplas com maior afinidade social apresentaram freqüência significativamente maior de brincadeiras de contingência social do que duplas com menor afinidade; duplas formadas apenas por meninas brincaram mais de faz-de-conta, duplas formadas somente por meninos brincaram mais de brincadeiras paralelas e duplas mistas brincaram mais de brincadeiras do tipo \"física\". Quando em grupo, as meninas brincaram mais com outras crianças do que sozinhas, diferentemente dos meninos. Foram identificadas e descritas qualitativamente algumas formas de brincadeiras particulares do grupo estudado. A conclusão foi que crianças dessa faixa etária são capazes de construir e compartilhar significados no grupo, mesmo antes de dominarem a comunicação verbal. Porém, também há indícios de que a fala facilite os processos de compartilhamento e persistência de significados no grupo e favoreça o aumento da complexidade das brincadeiras entre as crianças. / This research is based on the view of the child as an active agent of his/her own development. It aimed to investigate the child-child interaction, the processes of \"culture\" creation within the playgroup and the role of verbal and nonverbal forms of communication in those processes of joint construction of shared meanings. The style of the children\'s play, the preferential partnerships between them and the changes in the forms of communication during the study period were examined. The subjects were 1-to-3-year-old children, weekly monitored over a year and a half at a daycare center in São Paulo. The children were videorecorded during free-play activity (with little interference from the educators), and the \"focalsubject\" and \"scan-sampling\" methods were used. In addition, semi-controlled observation sessions were conducted, and pairs of children with greater or smaller social affinity were separately recorded playing with ten pairs of pre-selected objects. Results show that the children communicated more between themselves than with adults, both verbally and nonverbally. From the period the data started to be collected to the end of the study, a significant decrease in nonverbal behaviors indicative of communication and a significant increase in verbalization episodes were observed. A significantly higher frequency of verbalizations in contexts of agonistic and imperative interactions was observed in the initial period, whereas a significantly higher frequency of verbalizations of invitation to interaction was observed in the final period. The verbal communication increased when the children were 1 year and 10 months old (youngest child) to 2 years and 6 months old (oldest child). As for nonverbal behavior, the children\'s communication was predominantly through looks and facial expressions, however there has been a significantly higher frequency of vocalizations in the initial period, a significantly higher frequency of gestures and nods and waves in the intermediary period and of imitations in the final period. Imitation was considered a means through which children share meanings and start or maintain social interactions. The situation of pairs favored episodes of imitation and social interactions were more frequent after imitation mainly when the children were near 3 years of age. Concerning play styles, pairs with greater social affinity produced a significantly higher frequency of social-contingency play than pairs with smaller affinity; pairs formed only by girls did more make-believe play, pairs formed only by boys did more parallel play and mixed pairs did more \"physical\" play. When the girls were in group, they played more with other children than when they were alone, differently from the boys. Some forms of play particular to the studied group were identified and qualitatively described. The research concluded that children in this age bracket are able to build and share meanings within the group, even before mastering the verbal communication. However, there are also signs that the speech facilitates the sharing processes and the persistence of meanings within the group and leads to more complex play between the children.
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A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidaBressani, Maria Cristina Lemes January 2006 (has links)
O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. / The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.
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Uma alternativa para o ensino da dinâmica a partir da resolução qualitativa de problemasFacchinello, Carla Simone January 2008 (has links)
Este trabalho é um estudo sobre o processo do desenvolvimento cognitivo, através da resolução qualitativa de problemas, à luz da teoria dos campos conceituais de Gèrard Vergnaud. É proposto o uso da linguagem verbal como instrumento de detecção e explicitação de invariantes operatórios que, inicialmente, poderão não ser verdadeiros conceitos e teoremas científicos, mas, através da intervenção do professor, poderão evoluir para tal. A proposta é fundamentada em diversos trabalhos sobre a resolução de problemas e pela teoria dos campos conceituais, avaliada como instrumento no processo de aprendizagem sendo validada a partir dos resultados da intervenção didática com alunos da 1ª série do Ensino Médio em aulas de Física e seus resultados são apresentados. / This work is a study about the cognitive development process through qualitative problem solving, under the light of Gérard Vernaud's conceptual fields theory. It proposes the use of verbal language as an instrument for detection and explicitation of operational invariants that, initially, may not be scientifically accepted but that through the teacher's mediation might evolve to scientific concepts and theorems. The proposal is based on previous studies on problem solving and the conceptual fields theory, which was taken as theoretical framework for the learning process and validated by the research findings of a didactical intervention with first year high school students in physics classes.
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Uma alternativa para o ensino da dinâmica a partir da resolução qualitativa de problemasFacchinello, Carla Simone January 2008 (has links)
Este trabalho é um estudo sobre o processo do desenvolvimento cognitivo, através da resolução qualitativa de problemas, à luz da teoria dos campos conceituais de Gèrard Vergnaud. É proposto o uso da linguagem verbal como instrumento de detecção e explicitação de invariantes operatórios que, inicialmente, poderão não ser verdadeiros conceitos e teoremas científicos, mas, através da intervenção do professor, poderão evoluir para tal. A proposta é fundamentada em diversos trabalhos sobre a resolução de problemas e pela teoria dos campos conceituais, avaliada como instrumento no processo de aprendizagem sendo validada a partir dos resultados da intervenção didática com alunos da 1ª série do Ensino Médio em aulas de Física e seus resultados são apresentados. / This work is a study about the cognitive development process through qualitative problem solving, under the light of Gérard Vernaud's conceptual fields theory. It proposes the use of verbal language as an instrument for detection and explicitation of operational invariants that, initially, may not be scientifically accepted but that through the teacher's mediation might evolve to scientific concepts and theorems. The proposal is based on previous studies on problem solving and the conceptual fields theory, which was taken as theoretical framework for the learning process and validated by the research findings of a didactical intervention with first year high school students in physics classes.
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Construção e avaliação de um programa multimodal de habilidades comunicativas para a adultos com deficiência mental. / Construction and evaluation of a multimodal program of communicative abilities with mentally challenged adults.Aguiar, Adriana Augusto Raimundo de 19 September 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-09-19 / Universidade Federal de Minas Gerais / Studies in the field of Special Education state that mentally challenged people present difficulties as to communication and interpersonal rapport. This fact has defined the necessity of structuring training programs on these abilities, so that these challenged people can be inserted in the community in an extensive way. Based on these concerns and on the lack of descriptive studies depicting interventions with mentally challenged adults in general and in the field of communicative abilities in particular, the present paper aimed at the following: a) elaboration and description of tools and procedures for the evaluation and promotion of communicative abilities of mentally challenged adults; b) design, implementation and description of a program to promote verbal and non-verbal communicative abilities for a group of mentally challenged adults; c) analyses of each of the program participants performance, according to indicators obtained in different moments of the intervention. Six mentally challenged adults have taken part in this study as well as professional informants and family members. The communicative performance was assessed by means of questionnaires and interviews and direct behavioral observation. The program focused on the training of verbal and non-verbal abilities through mingling techniques associated to pedagogical, cognitive behaviorist and speech- language-hearing approaches. The performances were recorded in scores and organized in protocols, which were subject of individualized analyses as compared to the group, taking under consideration the consistency of changes between the differences before and after the interventions. The results have pointed: positive changes in several trained components, reliable positive changes in some components, as well as in the group participants and family member s satisfaction with the intervention. The contribution of this paper in terms of produced knowledge has been discussed, as well as the performed stages, decisions and challenges of this research-intervention and the importance of investment in researches in this area, involving the construction, adaptation and improvement of social and communicative abilities evaluation tools for the social and communicative abilities for the mentally impaired, in particular the adult population. / Estudos na área da Educação Especial referem que deficientes mentais apresentam dificuldades no desempenho comunicativo e nas relações interpessoais, o que define a necessidade em estruturar programas de treinamento dessas habilidades, para a inserção dessas pessoas na comunidade de maneira plena. Com base nessas preocupações e na escassez de estudos descritivos de intervenções com deficientes mentais adultos em geral e no campo das habilidades comunicativas em particular, o presente trabalho teve como objetivos: a) elaborar e descrever instrumentos e procedimentos para a avaliação e promoção de habilidades comunicativas de adultos deficientes mentais; b) delinear, implementar e descrever um programa de promoção de habilidades comunicativas verbais e não verbais para um grupo de adultos deficientes mentais; c) analisar o desempenho de cada um dos participantes desse programa, conforme indicadores obtidos em diferentes momentos da intervenção. Participaram do estudo seis adultos deficientes e como informantes profissionais e familiares. O desempenho comunicativo foi avaliado por meio de questionários e entrevista e observação direta do comportamento. O programa focalizou o treino de habilidades verbais e não verbais por meio de técnicas vivenciais associadas a técnicas pedagógicas, comportamentais-cognitivas e fonoaudiológicas. Os desempenhos foram computados em escores e organizados em protocolos, que foram objeto de análise individualizada fazendo comparações com o grupo, considerando a confiabilidade das mudanças entre as diferenças pré e pós-intervenção. Os resultados sugeriram: mudanças positivas em vários componentes treinados, mudanças positivas confiáveis em alguns componentes, bem como satisfação dos participantes e seus familiares com a intervenção. Discute-se as contribuições do estudo em termos de conhecimento produzido, a partir das etapas percorridas, decisões e desafios da pesquisa-intervenção e a importância de investimento em pesquisas na área, envolvendo a construção, adaptação e aprimoramento de instrumentos de avaliação de habilidades sociais e comunicativas para deficientes mentais, em especial para a população adulta.
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A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidaBressani, Maria Cristina Lemes January 2006 (has links)
O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. / The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.
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A comunicação na interação bebê-educadora nos primeiros dois anos de vidaBressani, Maria Cristina Lemes January 2006 (has links)
O presente estudo teve como principal objetivo investigar a comunicação verbal e não-verbal na interação educadora-bebê, nos primeiros dois anos de vida. Participaram da pesquisa 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, que freqüentam o berçário de uma Escola de Educação Infantil e a educadora responsável pelo atendimento a esta turma. Foi realizado um estudo observacional (filmagem) em dois contextos de interação: diádico (troca de fraldas) e grupal (sala de aula), em uma instituição de ensino particular, localizada em um bairro de nível socioeconômico médio-alto, na cidade de Porto Alegre. Os filmes foram transcritos e pontuados conforme protocolos construídos para este estudo. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção). Do ponto de vista da educadora, foram observados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os dados deste estudo sugerem que o papel da educadora do berçário envolve a capacidade de acolher demandas de crianças que ainda não têm condições de verbalizar, mas que, através de suas atitudes, indicam suas necessidades. Sendo assim, além de realizar atividades mais voltadas ao cuidado e assistência, desenvolver as potencialidades cognitivas e físicas do bebê, o trabalho com bebês também envolve atenção especial às necessidades emocionais da criança. Os resultados deste estudo sugerem que mesmo antes da emergência da linguagem, a criança desenvolve, nos primeiros dois anos de vida, uma incrível capacidade comunicativa. Estas interações iniciais com o ambiente já configuram formas simbólicas de expressão que não se restringem à fala, mas são formas não verbais de comunicação. Seu desenvolvimento depende da capacidade dos cuidadores de perceber e traduzir estas diferentes formas de linguagem. / The present study aimed to investigate the verbal and nonverbal communication in the educator-infant interaction, in the first two years of life. Four infants, aged 5, 9, 13 and 14 months, took part in the study, as well as the educator responsible for the class. The infants were enrolled in a private education institution, located in a medium-high class neighborhood, in the city of Porto Alegre. An observational study was conducted with both the children and the teacher being filmed in two interactive contexts: dyadic and group. The videos were coded by two independent coders based on the child´s and teacher´s behaviours. Three main child´s categories were generated: crying, exploration/play and conflict/dispute of attention. The teacher´s verbal categories were: questions, commentaries, commands and other verbal behaviours. The nonverbal behaviours were: physical contact, relations with objects and absence of interaction. The analysis of the observations also showed a rich spectrum of verbal and nonverbal behaviors, on the part of the educator, associated to the child's basic needs. Even the most operational activities (feeding, changing diapers, containing, etc) were taken by the educator as an educational moment, since they were constantly accompanied by dialogues, conversations, descriptions, comments or questions. The results of this study suggest that even before the emergency of language, the child shows, in their first two years of life, an incredible communicative capacity. These initial interactions with the environment already represent symbolic forms of expression which are not limited to the speech, but are forms of nonverbal communication. His/her development depends on the caretaker’s capacity to notice and translate these different language forms.
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Uma alternativa para o ensino da dinâmica a partir da resolução qualitativa de problemasFacchinello, Carla Simone January 2008 (has links)
Este trabalho é um estudo sobre o processo do desenvolvimento cognitivo, através da resolução qualitativa de problemas, à luz da teoria dos campos conceituais de Gèrard Vergnaud. É proposto o uso da linguagem verbal como instrumento de detecção e explicitação de invariantes operatórios que, inicialmente, poderão não ser verdadeiros conceitos e teoremas científicos, mas, através da intervenção do professor, poderão evoluir para tal. A proposta é fundamentada em diversos trabalhos sobre a resolução de problemas e pela teoria dos campos conceituais, avaliada como instrumento no processo de aprendizagem sendo validada a partir dos resultados da intervenção didática com alunos da 1ª série do Ensino Médio em aulas de Física e seus resultados são apresentados. / This work is a study about the cognitive development process through qualitative problem solving, under the light of Gérard Vernaud's conceptual fields theory. It proposes the use of verbal language as an instrument for detection and explicitation of operational invariants that, initially, may not be scientifically accepted but that through the teacher's mediation might evolve to scientific concepts and theorems. The proposal is based on previous studies on problem solving and the conceptual fields theory, which was taken as theoretical framework for the learning process and validated by the research findings of a didactical intervention with first year high school students in physics classes.
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Análise da Comunicação Verbal em uma Rede Social de Formação de Professores: Em Foco a Educação Brasileira / Analysis of Verbal Communication in a Social Network for Teacher Education: Focus on the Brazilian EducationPEREIRA, Lidiane de Lemos Soares 20 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-20 / The discourse of universal education brought with it hopes of classes not previously served by a public policy that would guarantee the right to education. Thus discussions about inclusive education were strengthened so that disesteem teacher training to work in this area. Assuming that when the teacher in space reflects their conceptions and their practices, becoming aware of them and having a theoretical basis, this will bring changes in teaching practice of critical and reflective nature insist that the social networks of research may emerge as an area to promote the interactions required for such changes. Thus, this research was conducted in a social network as a strategy for initial and continuing training of teachers. The system in question is called Goiana Interdisciplinary Network of Special Education / Inclusive (RPEI) composed by student teachers, teacher trainers and teachers who seek to regulate actions reflected through social interactions that are promoted by RPEI. Indeed, this research has as its object of study verbal communication produced in RPEI. We aim to make an analysis of verbal communication RPEI produced in the environment, in other words, how this dynamic of social interactions between the University and the Coordination of Special Education Ministry of Education of Goiás (COEE-GO) can contribute to teacher training aiming at the inclusion school. We present the results by analyzing two types of categories, namely: a priori categories (previously developed) and retrospective (emerged from the voices of the subjects) that allow us to say that some initiatives may become more effective procedures for training teachers under the Education inclusive, as is the case of RPEI. / O discurso da universalização do ensino trouxe consigo anseios de classes antes não atendidas por uma política pública que garantisse o direito à educação. Sendo assim discussões acerca da educação inclusiva foram intensificadas de forma que perpassasse a formação de professores para atuar neste âmbito. Partindo do pressuposto de que quando o professor reflete no espaço de suas concepções e de suas práticas, tomando consciência delas e tendo um aporte teórico, isto proporcionará mudanças na prática docente de cunho crítico-reflexiva insistimos que as redes sociais de pesquisas podem surgir enquanto espaço para se promover as interações necessárias para tais mudanças. Sendo assim, esta investigação foi realizada em uma rede social, como estratégia para a formação inicial e continuada de professores. A rede em questão se denomina Rede Goiana Interdisciplinar de Educação Especial/Inclusiva (RPEI) sendo composta por professores em formação, professores formadores e professores do ensino regular que buscam por ações refletidas através das interações sociais que são promovidas pela RPEI. Com efeito, esta pesquisa tem como objeto de estudo a comunicação verbal produzidas na RPEI. Objetivamos fazer uma análise dessa comunicação verbal produzida no ambiente da RPEI, ou seja, como esta dinâmica de interações sociais entre a Universidade e a Coordenação de Ensino Especial Secretaria de Estado da Educação de Goiás (COEE-GO) pode contribuir para a formação de professores com vistas à inclusão escolar. Apresentamos os resultados analisando dois tipos de categorias, a saber: categorias a priori (previamente elaboradas) e a posteriori (emergiram das vozes dos sujeitos) que permitem nos dizer, que algumas iniciativas podem tornar mais eficazes os processos de formação de professores no âmbito da Educação Inclusiva, assim como é o caso da RPEI.
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