Spelling suggestions: "subject:"cráton"" "subject:"crátons""
41 |
A litosfera das Bacias do Chaco-Paraná e Paraná integrando gravimetria e sondagens magnetotelúricas: novos vínculos à tectônica do Gondwana Sul-Ocidental / Chaco-Paraná and Paraná Basins lithosphere through gravity and magnetotelluric soundings: new constraints to the South-Western Gondwana tectonicsGabriel Negrucci Dragone 11 July 2018 (has links)
Nesta tese, dados gravimétricos terrestres e de satélite foram combinados revelando que as bordas oeste e sul da Bacia do Paraná são caracterizadas por um forte gradiente que se estende por 2000 km, desde o cráton Rio Apa até a margem continental Atlântica na latitude do Sinclinal de Torres. Enquanto a Bacia do Paraná é caracterizada por anomalias Bouguer negativas (~-80 mGal), os crátons Rio de la Plata, Rio Tebicuary e Rio Apa e a Bacia do Chaco-Paraná são marcados por anomalias Bouguer positivas (~10 mGal). Dados sismológicos e de compensação isostática permitiram correlacionar a variação regional da amplitude das anomalias Bouguer à espessura crustal, de ~40 km na Bacia do Paraná para 30-35 km nos crátons. Essas observações geofísicas e a ocorrência de granitos cálcio-alcalinos de idade Neoproterozoica-Cambriana ao longo do gradiente gravimétrico indicam um ambiente tectônico de colisão e zona de subducção. A essa descontinuidade de escala litosférica denominamos Zona de Sutura do Oeste do Paraná (WPS Western Paraná Suture shear/zone). Dois perfis magnetotelúricos (MT) foram coletados para estudar a natureza e a estrutura elétrica da crosta e do manto litosférico através da WPS. O primeiro perfil se estende por 830 km desde o cráton Rio de la Plata, no Uruguai, até a parte sul da Bacia do Paraná. Modelagem inversa 2-D desses dados mostra que o manto superior no cráton Rio de la Plata é bastante resistivo (~2000 m) até 250 km de profundidade, enquanto o manto superior na Bacia do Paraná é geralmente mais condutivo e heterogêneo. Com base numa descontinuidade lateral de escala litosférica bem definida no modelo de resistividade, o limite nordeste do cráton Rio de la Plata é redefinido no norte do bloco Valentines. O segundo perfil se estende por 450 km na Argentina, entre o cráton Rio Tebicuary e a Bacia do Paraná. No modelo MT o cráton Rio Tebicuary é caracterizado por um manto superior resistivo (2000 m) até 150 km de profundidade. A litosfera na Bacia do Paraná é menos resistiva (~500 m) e provavelmente menos espessa (~80 km). Um perfil MT entre o cráton Rio Apa e a Bacia do Paraná mostra estrutura geoelétrica similar. As estruturas elétricas observadas, juntamente com dados geocronológicos, geoquímicos, sismológicos e densidade, sugerem processos de refertilização na litosfera da Bacia do Paraná. Sucessões de anomalias condutivas em antigas zonas de sutura e resistivas em blocos e terrenos juvenis nos modelos geoelétricos, integradas a dados geológicos, indicam um processo de acresção horizontal e uma progressão de subducções de placas litosféricas oceânicas, sendo a mais jovem sob a litosfera continental da Bacia do Paraná. Os resultados obtidos mostram que a WPS é uma descontinuidade litosférica de primeira ordem que marca o fechamento de um oceano durante os estágios finais da formação do Gondwana Sul-Ocidental no Neoproterozoico-Cambriano. / In this thesis, terrestrial and satellite gravity data were integrated revealing a steep gravity gradient at the western and southern borders of the Paraná Basin. This gradient extends for 2,000 km from the Rio Apa craton to the Brazilian Atlantic margin at Torres Syncline latitude. Negative Bouguer anomalies (~-80 mGal) occur over the Paraná Basin, whereas positive anomalies are observed at Rio de la Plata, Rio Tebicuary and Rio Apa cratons, as well as Chaco-Paraná Basin. Seismological data and isostasy correlate the gravity gradient with crustal thickness variation, being thicker in the Paraná Basin (~40 km) and shallower in the cratons (~35 km). These geophysical observations and the presence of Neoproterozoic calc-alkaline granites along the gravity gradient suggest a collisional and subduction tectonic setting. This lithospheric discontinuity is hereafter referred to as Western Paraná Suture/shear zone (WPS). Two magnetotelluric (MT) profiles perpendicular to WPS were set up to study the electrical structure and nature of the crust and lithospheric mantle across the suture zone. The first profile, 830 km long, extends northward from Rio de la Plata craton, in Uruguay, to Paraná Basin southern border. 2-D inversion of this MT profile shows that the Rio de la Plata craton upper mantle is highly resistive (~2000 m) down to 250 km depth, whereas the Paraná Basin lithosphere is conductive and heterogeneous. Based on a lithospheric-scale lateral discontinuity in the resistivity model, the Rio de la Plata craton northern limit is redefined to the Valentines block northern limit. The second profile is 450 km long and extends from Rio Tebicuary craton to the Paraná Basin, and all stations are in Argentina. The MT model shows that Rio Tebicuary craton is characterized by a resistive lithosphere (2000 m) down to 150 km depth. The Paraná Basin lithosphere is less resistive (~500 m) and probably thinner (~80 km). Previous MT study between the Rio Apa craton and the Paraná basin, to the north, shows a similar electrical structure. These electrical characteristics, integrated with geochronological, geochemical, seismological and density data, suggest that Paraná Basin lithosphere underwent refertilization episodes. In the geoelectrical models, a series of resistive blocks and juvenile terrains and conductive anomalies in suture zone relics, integrated with geological data, suggest a horizontal accretionary process by means of progressive oceanic lithospheres subductions, the youngest one occurring below the Paraná Basin continental lithosphere. Altogether, these results show that the WPS is a first order lithosphere discontinuity, a site of an ocean closure during the South-Western Gondwana late stages of amalgamation in Neoproterozoic/Cambrian times.
|
42 |
A litosfera das Bacias do Chaco-Paraná e Paraná integrando gravimetria e sondagens magnetotelúricas: novos vínculos à tectônica do Gondwana Sul-Ocidental / Chaco-Paraná and Paraná Basins lithosphere through gravity and magnetotelluric soundings: new constraints to the South-Western Gondwana tectonicsDragone, Gabriel Negrucci 11 July 2018 (has links)
Nesta tese, dados gravimétricos terrestres e de satélite foram combinados revelando que as bordas oeste e sul da Bacia do Paraná são caracterizadas por um forte gradiente que se estende por 2000 km, desde o cráton Rio Apa até a margem continental Atlântica na latitude do Sinclinal de Torres. Enquanto a Bacia do Paraná é caracterizada por anomalias Bouguer negativas (~-80 mGal), os crátons Rio de la Plata, Rio Tebicuary e Rio Apa e a Bacia do Chaco-Paraná são marcados por anomalias Bouguer positivas (~10 mGal). Dados sismológicos e de compensação isostática permitiram correlacionar a variação regional da amplitude das anomalias Bouguer à espessura crustal, de ~40 km na Bacia do Paraná para 30-35 km nos crátons. Essas observações geofísicas e a ocorrência de granitos cálcio-alcalinos de idade Neoproterozoica-Cambriana ao longo do gradiente gravimétrico indicam um ambiente tectônico de colisão e zona de subducção. A essa descontinuidade de escala litosférica denominamos Zona de Sutura do Oeste do Paraná (WPS Western Paraná Suture shear/zone). Dois perfis magnetotelúricos (MT) foram coletados para estudar a natureza e a estrutura elétrica da crosta e do manto litosférico através da WPS. O primeiro perfil se estende por 830 km desde o cráton Rio de la Plata, no Uruguai, até a parte sul da Bacia do Paraná. Modelagem inversa 2-D desses dados mostra que o manto superior no cráton Rio de la Plata é bastante resistivo (~2000 m) até 250 km de profundidade, enquanto o manto superior na Bacia do Paraná é geralmente mais condutivo e heterogêneo. Com base numa descontinuidade lateral de escala litosférica bem definida no modelo de resistividade, o limite nordeste do cráton Rio de la Plata é redefinido no norte do bloco Valentines. O segundo perfil se estende por 450 km na Argentina, entre o cráton Rio Tebicuary e a Bacia do Paraná. No modelo MT o cráton Rio Tebicuary é caracterizado por um manto superior resistivo (2000 m) até 150 km de profundidade. A litosfera na Bacia do Paraná é menos resistiva (~500 m) e provavelmente menos espessa (~80 km). Um perfil MT entre o cráton Rio Apa e a Bacia do Paraná mostra estrutura geoelétrica similar. As estruturas elétricas observadas, juntamente com dados geocronológicos, geoquímicos, sismológicos e densidade, sugerem processos de refertilização na litosfera da Bacia do Paraná. Sucessões de anomalias condutivas em antigas zonas de sutura e resistivas em blocos e terrenos juvenis nos modelos geoelétricos, integradas a dados geológicos, indicam um processo de acresção horizontal e uma progressão de subducções de placas litosféricas oceânicas, sendo a mais jovem sob a litosfera continental da Bacia do Paraná. Os resultados obtidos mostram que a WPS é uma descontinuidade litosférica de primeira ordem que marca o fechamento de um oceano durante os estágios finais da formação do Gondwana Sul-Ocidental no Neoproterozoico-Cambriano. / In this thesis, terrestrial and satellite gravity data were integrated revealing a steep gravity gradient at the western and southern borders of the Paraná Basin. This gradient extends for 2,000 km from the Rio Apa craton to the Brazilian Atlantic margin at Torres Syncline latitude. Negative Bouguer anomalies (~-80 mGal) occur over the Paraná Basin, whereas positive anomalies are observed at Rio de la Plata, Rio Tebicuary and Rio Apa cratons, as well as Chaco-Paraná Basin. Seismological data and isostasy correlate the gravity gradient with crustal thickness variation, being thicker in the Paraná Basin (~40 km) and shallower in the cratons (~35 km). These geophysical observations and the presence of Neoproterozoic calc-alkaline granites along the gravity gradient suggest a collisional and subduction tectonic setting. This lithospheric discontinuity is hereafter referred to as Western Paraná Suture/shear zone (WPS). Two magnetotelluric (MT) profiles perpendicular to WPS were set up to study the electrical structure and nature of the crust and lithospheric mantle across the suture zone. The first profile, 830 km long, extends northward from Rio de la Plata craton, in Uruguay, to Paraná Basin southern border. 2-D inversion of this MT profile shows that the Rio de la Plata craton upper mantle is highly resistive (~2000 m) down to 250 km depth, whereas the Paraná Basin lithosphere is conductive and heterogeneous. Based on a lithospheric-scale lateral discontinuity in the resistivity model, the Rio de la Plata craton northern limit is redefined to the Valentines block northern limit. The second profile is 450 km long and extends from Rio Tebicuary craton to the Paraná Basin, and all stations are in Argentina. The MT model shows that Rio Tebicuary craton is characterized by a resistive lithosphere (2000 m) down to 150 km depth. The Paraná Basin lithosphere is less resistive (~500 m) and probably thinner (~80 km). Previous MT study between the Rio Apa craton and the Paraná basin, to the north, shows a similar electrical structure. These electrical characteristics, integrated with geochronological, geochemical, seismological and density data, suggest that Paraná Basin lithosphere underwent refertilization episodes. In the geoelectrical models, a series of resistive blocks and juvenile terrains and conductive anomalies in suture zone relics, integrated with geological data, suggest a horizontal accretionary process by means of progressive oceanic lithospheres subductions, the youngest one occurring below the Paraná Basin continental lithosphere. Altogether, these results show that the WPS is a first order lithosphere discontinuity, a site of an ocean closure during the South-Western Gondwana late stages of amalgamation in Neoproterozoic/Cambrian times.
|
43 |
Quimioestratigrafia isotópica (C, O, Sr) e geocronologia (U-Pb, Sm-Nd) das rochas da Formação Sete Lagoas, Grupo BambuíSantos, Gustavo Macedo de Paula 14 March 2013 (has links)
Idades radiométricas absolutas recentemente publicadas levantaram questões sobre a evolução deposicional da Formação Sete Lagoas (FSL). Esta unidade é composta predominantemente por carbonatos com rochas siliciclásticas subordinadas e constitui a unidade basal do Grupo Bambuí, sobreposta aos depósitos glaciogênicos da Formação Jequitaí no Cráton São Francisco (CSF). Este estudo combina quimioestratigrafia isotópica (C, O e Sr) e geocronologia (U-Pb e Hf em zircão detrítico e Sm-Nd em rocha total) em amostras de cinco seções da FSL na região de Lagoa Santa, MG, sul do CSF, com a finalidade de responder a tais questionamentos. As seções Vespasiano (VS) e Ana Paula (AP) são constituídas por calcários cinzas e dolomitos beges, com altos teores de sedimentos terrígenos e pobres em matéria orgânica. Os valores de \'delta\'\'POT.13C\' mais representativos do ambiente deposicional oscilam em uma estreita faixa ao redor de 0%o. Estes dados permitem posicionar estas seções na primeira sequência deposicional da FSL, acima dos carbonatos de capa Sturtianos (~740 Ma) da base desta unidade. As seções Bairro da Lapinha (BL), Pedra do Baú (BAU) e Parque da Gruta da Lapinha (PGL) são compostas por calcários de coloração cinza escura a negra, pobres em sedimentos detríticos e ricos em matéria orgânica. São caracterizados por valores de \'delta\'\'POT.13\' C bastante positivos (> 6%o) e razões \'87 ANTPOT.Sr\'/\'86 ANTPOT.Sr\' próximas de 0,7075. Estas seções estão posicionadas na segunda sequência deposicional da FSL. Zircões detríticos foram separados de três amostras de marga das seções VS, AP e PGL e datados pelo método U-Pb. Os resultados indicam que os sedimentos siliciclásticos da FSL na área de estudo provêm de fontes de longa residência crustal do Orógeno Araçuaí-Oeste Congo. A população expressiva mais jovem tem 557 Ma e determina a idade máxima de deposição para a segunda sequência da unidade e para a maior parte do Grupo Bambuí. Além disso, grãos de zircão concordantes mais jovens com idades de 537 ± 4 Ma e 506 ± 7 Ma para a primeira e segunda sequência, respectivamente, refutam a existência de um hiato deposicional expressivo entre as duas sequências, como recentemente proposto, e endossam uma idade deposicional do limite Ediacarano/Cambriano para a FSL. Se existe uma discordância, esta está posicionada entre os carbonatos de capa Sturtianos e as seções com valores de \'delta\'\'POT.13\'C\' ao redor de 0%o. Estas idades indicam que grande parte do Grupo Bambuí foi depositada em uma bacia de foreland, após o fechamento do Oceano Adamastor que culminou com a edificação da Faixa Araçuaí a leste do CSF. As razões \'87 ANTPOT.Sr\'/\'86 ANTPOT.Sr\' obtidas nos carbonatos da FSL contrastam com as recentes curvas de evolução de Sr para os oceanos, especialmente no Cambriano, quando razões maiores que 0,7085 são esperadas. É provável que esta unidade tenha sido depositada em um mar epicontinental restrito e a correlação global por meio de isótopos de Sr não é confiável nestes casos. / Recently published geochronological data has arisen questions on the Sete Lagoas Formation (SLF) depositional evolution. This unit is mainly composed by carbonate rocks with subordinated pelitic intercalations and represents the basal unit of the Bambuí Group, which overlies the glacial deposits of the Jequitaí Formation in the São Francisco Craton (SFC). This study combines isotope chemostratigraphy (C, O, Sr) and geochronology (U -Pb and Hf on detrital zircons and Sm-Nd on whole rock samples) in five sections of the SLF in the Lagoa Santa (MG) region, southern part of SFC, in order to answer such questions. Vespasiano (VS) and Ana Paula (AP) sections are composed by gray limestones and beige dolostones, with high contents of detrital sediments and poor in organic matter. The most representative \'delta\'\'POT.13C\' values obtained oscillate within a narrow range around 0%o. These data allow positioning these sections in the first depositional sequence of the SLF, above the basal Sturtian cap carbonates (~740 Ma) of this unit. Bairro da Lapinha (BL), Pedra do Baú (BAU) and Parque da Gruta da Lapinha (PGL) sections comprises dark gray to black limestones, with low detrital sediments contents and rich in organic matter. They are characterized by very positive \'delta\'\'POT.13\'C values (> 6%o) and \'87 ANTPOT.Sr\'/ \'86 ANTPOT.Sr\' ratios close to 0.7075. These sections belong to the second sequence of the SLF. Detrital zircons were retrieved from three marl samples from sections VS, AP and PGL and dated by the U-Pb method. The results indicate that the siliciclastic sediments of the SLF come from sources of long crustal residence time located in the Araçuaí-West Congo Orogen. The youngest population is 557 Ma aged and sets the maximum depositional age for the second sequence of SLF and most of the Bambuí Group. Furthermore, younger concordant zircon grains with ages of 537 ± 4 Ma and 506 ± 7 Ma for the first and second sequence, respectively, refute the hypothesis of a major sedimentation gap between the sequences, as recently proposed, and endorse an Ediacaran/Cambrian age for the SLF. If such gap does exist, it lies between the Sturtian cap carbonates and the sections with \'delta\'\'POT.13\' C around 0%o. These ages also indicate that the deposition of most of the Bambuí Group took place in a foreland basin, after the closure of the Adamastor Ocean which led to the edification of the Araçuaí Belt to the east of the SFC. The \'87 ANTPOT.Sr\'/ \'86 ANTPOT.Sr\' ratios obtained on the SLF carbonates contrast with the recently proposed Sr evolution curves, especially for the Cambrian, from where ratios higher than 0.7085 would be expected. It is possible that the SLF was deposited on a restricted eipiric sea and global correlations based on Sr isotopes are not reliable in such cases.
|
44 |
Geocronologia 207Pb/206Pb, Sm-Nd, U-Th-Pb E 40Ar-39Ar do segmento sudeste do Escudo das Guianas: evolução crustal e termocronologia do evento transamazônicoROSA-COSTA, Lúcia Travassos da 06 July 2006 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-04-27T16:53:35Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_GeocronologiaPbPb.pdf: 14045023 bytes, checksum: 26a7c8cfbaf74a1a8e27c395dc2ac326 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2017-05-02T21:58:31Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_GeocronologiaPbPb.pdf: 14045023 bytes, checksum: 26a7c8cfbaf74a1a8e27c395dc2ac326 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-02T21:58:31Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Tese_GeocronologiaPbPb.pdf: 14045023 bytes, checksum: 26a7c8cfbaf74a1a8e27c395dc2ac326 (MD5)
Previous issue date: 2006-07-06 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A região sudeste do Escudo das Guianas é parte de uma das mais expressivas faixas
orogênicas paleoproterozóicas do mundo, cuja evolução está relacionada ao Ciclo Orogênico
Transamazônico (2,26 – 1,95 Ga). Neste segmento foram estudados distintos terrenos tectônicos,
denominados Jari, Carecuru e Paru, reconhecidos em estudos anteriores em função de seus
notáveis contrastes em termos de idade, conteúdo litológico e assinatura geofísico-estrutural. O
Domínio Jari é constituído por uma assembléia de embasamento do tipo granulito-gnaissemigmatito
com protólitos arqueanos, enquanto o Domínio Carecuru é composto basicamente por
rochas cálcio-alcalinas e seqüências metavulcano-sedimentares, com evolução relacionada ao
Evento Transamazônico. O Domínio Paru foi delimitado no interior do Domínio Carecuru, e é
formado por gnaisses granulíticos com protólitos arqueanos, que hospedam plútons
charnoquíticos paleoproterozóicos.
Neste estudo, quatro métodos geocronológicos foram empregados em rochas provenientes
dos distintos domínios tectônicos, com o objetivo de entender significado tectônico de cada um
deles, definir os processos de evolução crustal que atuaram no Arqueano e no Paleoproterozóico
e avaliar a extensão de crosta arqueana neste setor da faixa orogêncica em questão.
Os métodos de evaporação de Pb em zircão e Sm-Nd em rocha total demonstram que a
evolução do Domínio Jari envolve vários estágios de acresção e retrabalhamento crustal, do
Arqueano ao Paleoproterozóico. Atividade magmática ocorreu principalmente na transição Meso-
Neoarqueano (2,80-2,79 Ga) e durante o Neoarcheano (2,66-2,60 Ga). O principal período de
formação de crosta continental ocorreu a partir do final do Paleoarqueano e ao longo do
Mesoarqueano (3,26-2,83 Ga), enquanto retrabalhamento crustal prevaleceu no Neoarqueano.
Durante o Evento Transamazônico, dominaram processos de retrabalhamento de crosta arqueana,
com vários pulsos de magmatismo granítico, datados entre 2,22 Ga e 2,03 Ga, que marcam
distintos estágios da evolução orogenética.
Os dados geocronológicos obtidos neste estudo, conjugados aos disponíveis na literatura,
indicam que o Domínio Jari é parte do mais expressivo segmento de crosta arqueana conhecido
no Escudo das Guianas, aqui definido e denominado de Bloco Amapá.
No Domínio Carecuru foram definidos dois pulsos de magmatismo cálcio-alcalino, entre
2,19 e 2,18 Ga e entre 2,15 e 2,14 Ga, enquanto magmatismo granítico foi datado em 2,10 Ga.
Acresção crustal juvenil cálcio-alcalina foi reconhecida em torno de 2,28 Ga. No entanto, idades TDM (2,50-2,38 Ga), preferencialmente interpretadas como idades mistas, e εNd < 0, indicam a
participação de componentes arqueanos na fonte das rochas paleoproterozóicas. Os dados
isotópicos, somados à associação litológica deste domínio, sugerem uma evolução relacionada a
sistema de arco magmático em margem continental ativa, que foi acrescido ao Bloco Amapá
durante o Evento Transamazônico. No Domínio Paru, magmatismo neoarqueano datado em torno de 2,60 Ga, foi produzido
por retrabalhamento de crosta mesoarqueana, assim como no Bloco Amapá. Adicionalmente,
acresção crustal juvenil e magmatismo cálcio-alcalino foram reconhecidos, em torno de 2,32 Ga e
2,15 Ga, respectivamente, além de magmatismo charnoquítico em 2,07 Ga.
Idades U-Th-Pb obtidas em monazitas provenientes da assembléia de alto grau do
sudoeste do Bloco Amapá, revelaram dois estágios distintos da evolução orogenética
transamazônica. O primeiro ocorreu em torno de 2,09 Ga, que marca a idade do metamorfismo de
fácies granulito, contemporâneo ao desenvolvimento de um sistema de cavalgamento oblíquo,
relacionado ao estágio colisional da orogênese. O outro ocorreu em torno de 2,06 Ga e 2,04 Ga, e
é consistente com o estágio tardi-colisional, marcado por migmatização do embasamento e
colocação de granitos ao longo de zonas de cisalhamento transcorrentes.
Finalmente, análises 40Ar/39Ar em anfibólios e biotitas de unidades estratigráficas
representativas, principalmente do Bloco Amapá e do Domínio Carecuru, revelam distintos
padrões de resfriamento e exumação para estes dois segmentos crustais. No Bloco Amapá, as
idades de anfibólios variam entre 2,13 e 2,09 Ga, enquanto as biotitas forneceram idades
principalmente entre 2,10 e 2,05 Ga. No Domínio Carecuru, anfibólios e biotitas apresentaram
idades entre 2,16 e 2,06 Ga e entre 1,97 e 1,85 Ga, respectivamente. Taxas de resfriamento da
ordem 67 °C/Ma e 40 °C/Ma foram calculadas para o Bloco Amapá, indicando resfriamento
rápido e exumação controlada por tectonismo, possivelmente relacionada ao estágio colisional do
Evento Transamazônico. Em contrapartida, no Domínio Carecuru, as taxas de resfriamento
regional variam em torno de 3-2,3 °C/Ma, sugerindo resfriamento lento e exumação gradual, o
que é consistente com o modelo de arco magmático, no qual, crescimento de crosta continental
resulta principalmente de acresção magmática lateral, sem espessamento crustal significativo. / The southeastern portion of the Guiana Shield is part of a large Paleoproterozoic orogenic
belt, with evolution related to the Transamazonian Orogenic Cycle (2.26 – 1.95 Ga). In this area,
previous works defined distinct tectonic domains, named Jari, Carecuru and Paru, which present
outstanding differences in terms of age, lithological content, structural pattern and geophysical
signature. The Jari Domain is constituted of a granulite-gneiss-migmatite basement assemblage
derived from Archean protoliths, and the Carecuru Domain is composed mainly of calc-alkaline
rocks and metavolcano-sedimentary sequences, developed during the Transamazonian Event. The
Paru Domain is an oval-shaped granulitic nucleous, located within the Carecuru Domain, formed
by granulitic gneisses with Archean precursors and Paleoproterozoic charnockitic plutons.
In this study, distinct geochonological methods were employed in rocks from the distinct
domains, in order to define their tectonic meaning and crustal evolution processes during
Archean and Paleoproterozoic times.
Pb-evaporation on zircon and Sm-Nd on whole rock dating were provided on magmatic
and metamorphic units from the Jari Domain, defining its long-lived evolution, marked by
several stages of crustal accretion and crustal reworking. Magmatic activity occurred mainly at
the Meso-Neoarchean transition (2.80-2.79 Ga) and during the Neoarchean (2.66-2.60 Ga). The
main period of crust formation occurred during a protracted episode at the end of Paleoarchean
and along the whole Mesoarchean (3.26-2.83 Ga). Conversely, crustal reworking processes have
dominated in Neoarchean times. During the Transamazonian Event, the main geodynamic
processes were related to reworking of older Archean crust, with minor juvenile accretion at
about 2.3 Ga, during an early orogenic phase. Transamazonian magmatism consisted of syn- to
late-orogenic granitic pulses, which were dated between 2.22 and 2.03 Ga. Most of the εNd values
and TDM model ages (2.52-2.45 Ga) indicate an origin of the Paleoproterozoic granites by mixing
of juvenile Paleoproterozoic magmas with Archean components.
The new geochronological results, added to data from previous studies, revealed that the
Jari Domain represents the southwestern part of the most expressive Archean continental
landmass of the Guiana Shield, here defined and named Amapá Block. The recognition of an
extended Archean block precludes previous statements that the Archean in the southeast of the
Guiana Shield, was restricted to isolated remnants or inliers within Paleoproterozoic terrains. In the Carecuru Domain the widespread calc-alkaline magmatism occurred at 2.19-2.18
Ga and at 2.15-2.14 Ga, and granitic magmatism was dated at 2.10 Ga. Crustal accretion was
recognized at about 2.28 Ga, in agreement with the predominantly Rhyacian crust-forming
pattern of the Guiana Shield. Nevertheless, TDM model ages (2.50-2.38 Ga), preferentially
interpreted as mixed ages, and εNd < 0, point to some participation of Archean components in the
source of the Paleoproterozoic rocks. The lithological association and the available isotopic data
registered in the Carecuru Domain, suggests a geodynamic evolution model based on the
development of a magmatic arc system during the Transamazonian Orogenic Cycle, which was
accreted to the southwest border of the Archean Amapá Block.
In the Paru Domain, Neoarchean magmatism at about 2.60 Ga was produced by
reworking of Mesoarchean crust, as registered in the Amapá Block. Crustal accretion events and
calc-alkaline magmatism were recognized at 2.32 Ga and at 2.15 Ga, respectively, as well as
charnockitic magmatism at 2.07 Ga.
U-Th-Pb chemical ages in monazites from high-grade rocks of the southwestern part of
Amapá Block, dated two main tectono-thermal events. The first one was revealed by the
monazite ages of about 2.09 Ga and marks the age of the granulite-facies metamorphism. These
data, added to petro-structural information, indicate that the granulite-facies metamorphism was
contemporaneous to the development of a thrusting system associated to the collisional stage of
the Transamazonian Orogeny. The later event was testified by monazite ages at about 2.06 Ga
and 2.04 Ga, and is consistent with a late-orogenic stage marked by granitic emplacement and
coeval migmatization of the Archean basement along strike-slip zones.
Finally, 40Ar/39Ar geochronological study on amphibole and biotite from representative
units of the Amapá Block and of the Carecuru Domain delineated contrasting cooling and
exhumation stories. In the former amphibole vary from 2.13 to 2.09 Ga, and biotite ages range
mainly between 2.10 and 2.05 Ga. In the later, amphibole and biotite ages are between 2.16 and
2.06 Ga, and 1.97 and 1.85 Ga, respectively. In the Amapá Block, fast cooling rates around 67
°C/m.y. and 40 °C/m.y indicate a tectonically controlled exhumation, related to collisional stages
of the Transamazonian Event. Conversely, in the Carecuru Domain, regional cooling rates in the
order of 3-2.3 °C/m.y. suggest slow cooling and gradual uplift, which is consistent with the
magmatic arc model, where continental growth results mainly from lateral magmatic accretion,
precluding significant tectonic crustal thickening.
|
45 |
Mapeamento Geológico de Detalhe, Litogeoquímica e Geocronologia das Rochas Granulíticas e Gabróicas da Região de Baixão de Ipiúna, Município de Jaguaquara, Bahia, BrasilBarreto, Agnaldo Barbosa January 2012 (has links)
Submitted by Everaldo Pereira (pereira.evera@gmail.com) on 2017-04-11T20:06:08Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO AGNALDO BARRETO.pdf: 18916406 bytes, checksum: ad00c349b4fb5191451218eda0947cfd (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-11T20:06:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO AGNALDO BARRETO.pdf: 18916406 bytes, checksum: ad00c349b4fb5191451218eda0947cfd (MD5) / A área de pesquisa está localizada no centro-sul do Estado da Bahia, nordeste do Brasil, inserida no Cráton do São Francisco, fazendo parte da Região Granulítica do Sul da Bahia, onde ocorrem terrenos arqueanos/ paleoproterozoicos do Bloco Jequié. Esse foi superposto pelo Bloco ItabunaSalvador-Curaçá, durante a colisão paleoproterozoica que ocorreu entorno de 2.1 a 1.9 Ga, que promoveu na região espessamento da crosta, deformação e metamorfismo regional. O mapeamento realizado na área de Baixão de Ipiúna revelou litotipos que foram classificados como rochas supracrustais (quartzitos) granulitizadas, granulitos monzograníticos-charnockíticos (MCH1, MCH2, MCH3 e MCH4), gabronoritos (GB1), gabrodioritos (GB2) e gabros (GD). De forma geral a petrografia dos granulitos monzograníticos-charnockíticos é caracterizada por grandes proporções de quartzo, alternando-se, para plagioclásio e mesopertita, depois microclina, piroxênios e em menor proporção, minerais opacos, biotita e hornblenda. Já as rochas gabróicas apresentam proporções maiores de plagioclásio, seguido pelos piroxênios e em menor proporção quartzo, minerais opacos, biotita e hornblenda. A litogeoquímica mostrou que os granulitos monzogranitíticos-charnockiticos (MCH1, MCH2, MCH3 e MCH4), apresentam altos teores de SiO2 e Al2O3, valores baixos de MgO, e teores de K2O superiores aos teores de Na2O. São rochas ácidas e ácidas a intermediárias e foram originados da cristalização fracionada de magmas toleíticos. Em relação às rochas gabróicas, elas são intermediárias a básicas, com teores de Na2O superiores aos de K2O, e teores do MgO mais altos que dos granulitos monzograníticos-charnockíticos. O estudo geocronológico U/Pb em zircão, através da microssonda iônica SHRIMP, revelou idades de cristalização/intrusão dos gabronorito (GB1) de 2075 ± 20 Ma, enquanto que os granulitos monzograníticos-charnockíticos, apresentaram idades do metamorfismo, situadas entre 2025 ± 11 Ma e 2050 ± 5 Ma. / ABSTRACT
The study area is located in central-southern state of Bahia, NE Brazil, inserted into the Craton, part of the granulite region of southern Bahia, where there are Archean / Paleoproterozoic the Jequié.Block This was superimposed on the Itabuna-Salvador-Curaçá Block during the Paleoproterozoic collision which occurred around 2.1 to 1.9 Ga, which promoted the region of crustal thickening, regional deformation and metamorphism. The mapping done in the area of Baixão Ipiúna lithotypes revealed which were classified as supracrustal rocks (quartzite) granulitizadas, granulites monzogranites-charnockitic (MCH1, MCH2, and MCH3 MCH4) gabbronorites (GB1), gabbrodiorites (GB2) and gabbros (GD) . In general petrography of granulites monzogranites-charnockitic is characterized by large proportions of quartz, alternating for plagioclase and mesoperthite after microcline, pyroxene, and to a lesser extent, opaque minerals, biotite and hornblende. Have the gabbroics rocks have larger proportions of plagioclase, pyroxene, and followed by a lesser extent quartz, opaque minerals, biotite and hornblende. The Lithogeochemistry showed that the granulites monzogranites-charnockitic (MCH1, MCH2, and MCH3 MCH4), have high contents of SiO2 and Al2O3, low values of MgO and K2O contents of the upper levels of Na2O. They are acid rocks and acidic to intermediate and were derived from fractional crystallization of tholeiitic magmas. Regarding gabbroic rocks, they are basic to intermediate, with higher concentrations of Na2O to K2O and MgO contents higher than the granulite monzogranitic-charnockitics. The study geochronological U/Pb zircon through the ion microprobe SHRIMP, age revealed crystallization / intrusion of gabbronorite (GB1) of 2075 ± 20 Ma, while the granulites monzogranites-charnockitic presented ages metamorphism, situated between 2025 ± 11 Ma and 2050 ± 5 Ma.
|
46 |
Caracterização do maciço Santa Clara no município de Cujubim (RO) com base em litogeoquímica, geocronologia e estudos isotópicos / Characterization of the Santa Clara massif in Curubim (RO) based on lithogeochemistry, geochronology and isotopic analysisCamila Cardoso Nogueira 27 June 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Suíte Intrusiva Santa Clara está inserida na Província Estanífera de Rondônia, na porção SW do Cráton Amazônico. Essa suíte intrusiva é composta pelos maciços Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera e das Antas. Os litotipos que perfazem a Suíte Santa Clara ocorrem hospedados nas rochas do Complexo Jamari, uma associação polideformada composta por gnaisses ortoderivados e paraderivados. Características observadas em campo e em análises petrográficas permitiram subdividir o Maciço Santa Clara em cinco fácies distintas: fácies porfirítica, fácies isotrópica, fácies fina, fácies piterlítica e fácies viborgítica. Os litotipos observados correspondem a hornblenda-biotita granitos e biotita granitos intermediários a ácidos, com composições médias semelhantes àquelas verificadas para sienogranitos e monzogranitos. Geoquimicamente, três magmas podem ser identificados. O magma menos evoluído corresponde às rochas das fácies porfirítica e equigranular, e o mais evoluído compreende as fácies de granulometria fina e piterlítica. A fácies viborgítica representa o terceiro líquido magmático, e aparentemente é diferente de todas as outras fácies em termos de aspectos de campo e geoquímica. A análise litogeoquímica indica que estes granitoides são subalcalinos, bastante empobrecidos em MgO e exibem caráter metaluminoso a fracamente peraluminoso. Os padrões de elementos-traços evidenciam que tais granitóides possuem alto conteúdo em elementos incompatíveis (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) e ETR, com exceção do Eu. Além disso, também exibem leve enriquecimento em LILE, forte depleção em elementos como Sr e Ti, e leve empobrecimento de Ba, indicando que o fracionamento de minerais como plagioclásio e titanita foi importante na evolução do líquido magmático analisado. A anomalia negativa de Nb indica envolvimento de material crustal nos processos magmáticos que geraram estes granitoides. Os litotipos analisados possuem características típicas de granitos tipo-A ferroan, e as razões FeOt/MgO entre 4,27 e 26,22 sugerem tratar-se de uma série de granitos félsicos fracionados. Os padrões de ETR observados para os litotipos analisados exibem um considerável enriquecimento em ETRL, e anomalia negativa de Eu, sugerindo fracionamento de feldspato durante o processo de diferenciação do líquido magmático. Diagramas discriminantes de ambientes tectônicos sugerem que os litotipos do Maciço Intrusivo Santa Clara são típicos de ambiente intraplaca, do tipo-A2, isto é, associados a ambientes pós-colisionais/pós-orogênicos. As características isotópicas observadas para os granitoides do Maciço Santa Clara sugerem que os mesmos foram gerados a partir da fusão parcial de uma crosta inferior pré-existente. As idades U-Pb entre 1,07 e 1,06 Ga são compatíveis com um magmatismo ocorrido nos estágios finais da colagem do supercontinente Rodínia (1,2-1,0 Ga) e estágios finais do Ciclo Orogênico Sunsás-Aguapeí (1320-1100 Ma). Sugere-se ainda que na verdade o Maciço Santa Clara seja formado por uma coalescência das três intrusões graníticas que são representadas pelos três magmas anteriormente descritos. / The Santa Clara Intrusive Suite in the Rondônia Tin Province (SW Amazonian Craton) comprises the Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera and das Antas massifs. The rocks of the Santa Clara Intrusive Suite are emplaced in the Jamari Complex, an association of ortho and paragneisses which underwent several and complex metamorphic processes. Characteristics observed during both geological mapping and petrographic analyses allowed, for the first time, to subdivide the Santa Clara Massif (SCM) granitoids into five different facies: porphyry, equigranular, fine-grained facies, pyterlitic and wiborgitic facies. These lithotypes comprise hornblende-biotite granites and biotite granites that range from intermediate to acids, and show compositions similar to syenogranites and monzogranites. Geochemical analyses suggest that these granitoids may be divided into three different magmas, considering field aspects and geochemical characteristics. Therefore, the less evolved magma is represented by porphyritic and equigranular facies, and the most evolved magma comprises both fine-grained and pyterlitic facies. The wiborgitic facies representd the other magma, and is geochemically different from all the others facies. Geochemical analyses also show that the granitoids of the Santa Clara Massif are subalkaline, have very low MgO contents and have metaluminous to slightly peraluminous character. Trace elements patterns show that these granitoids have high contents of incompatible elements (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) and REE, with exception of Eu. Moreover, they are also slightly enriched in LILE, strongly depleted in elements such as Sr and Ti, and slightly depleted in Ba, pointing out the importance of plagioclase and titanite fractioning during the evolution of these magmatic liquids. Negative anomalies of Nb, along with other geochemical features, suggest the participation of crustal material in the magmatic processes responsible for these granitoids generation. The lithotypes have typical characteristics of ferroan A-type granites, and FeOt/MgO ratios ranging from 4.27 to 26.22 indicate that these are fractionated felsic granites. REE patterns show a remarkable enrichment in LREE along with negative Eu anomaly. Tectonic discriminant diagrams for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these are intraplate granitoids, A2-type, that is, related to post-collisional/post-orogenic settings.The isotopic characteristics observed for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these were generated through partial melting of a preexistent lower crust. The U-Pb ages between 1,07 e 1,06 Ga are compatible with a magmatism taken place during the final stages of the supercontinent Rodinia agglutinations and the final stages of the Sunsás-Aguapeí Orogenic Cycle. It is also suggested that the Santa Clara Massif represents the coalescence of three different granitic intrusions, which comprise the magmas described above.
|
47 |
Caracterização do maciço Santa Clara no município de Cujubim (RO) com base em litogeoquímica, geocronologia e estudos isotópicos / Characterization of the Santa Clara massif in Curubim (RO) based on lithogeochemistry, geochronology and isotopic analysisCamila Cardoso Nogueira 27 June 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Suíte Intrusiva Santa Clara está inserida na Província Estanífera de Rondônia, na porção SW do Cráton Amazônico. Essa suíte intrusiva é composta pelos maciços Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera e das Antas. Os litotipos que perfazem a Suíte Santa Clara ocorrem hospedados nas rochas do Complexo Jamari, uma associação polideformada composta por gnaisses ortoderivados e paraderivados. Características observadas em campo e em análises petrográficas permitiram subdividir o Maciço Santa Clara em cinco fácies distintas: fácies porfirítica, fácies isotrópica, fácies fina, fácies piterlítica e fácies viborgítica. Os litotipos observados correspondem a hornblenda-biotita granitos e biotita granitos intermediários a ácidos, com composições médias semelhantes àquelas verificadas para sienogranitos e monzogranitos. Geoquimicamente, três magmas podem ser identificados. O magma menos evoluído corresponde às rochas das fácies porfirítica e equigranular, e o mais evoluído compreende as fácies de granulometria fina e piterlítica. A fácies viborgítica representa o terceiro líquido magmático, e aparentemente é diferente de todas as outras fácies em termos de aspectos de campo e geoquímica. A análise litogeoquímica indica que estes granitoides são subalcalinos, bastante empobrecidos em MgO e exibem caráter metaluminoso a fracamente peraluminoso. Os padrões de elementos-traços evidenciam que tais granitóides possuem alto conteúdo em elementos incompatíveis (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) e ETR, com exceção do Eu. Além disso, também exibem leve enriquecimento em LILE, forte depleção em elementos como Sr e Ti, e leve empobrecimento de Ba, indicando que o fracionamento de minerais como plagioclásio e titanita foi importante na evolução do líquido magmático analisado. A anomalia negativa de Nb indica envolvimento de material crustal nos processos magmáticos que geraram estes granitoides. Os litotipos analisados possuem características típicas de granitos tipo-A ferroan, e as razões FeOt/MgO entre 4,27 e 26,22 sugerem tratar-se de uma série de granitos félsicos fracionados. Os padrões de ETR observados para os litotipos analisados exibem um considerável enriquecimento em ETRL, e anomalia negativa de Eu, sugerindo fracionamento de feldspato durante o processo de diferenciação do líquido magmático. Diagramas discriminantes de ambientes tectônicos sugerem que os litotipos do Maciço Intrusivo Santa Clara são típicos de ambiente intraplaca, do tipo-A2, isto é, associados a ambientes pós-colisionais/pós-orogênicos. As características isotópicas observadas para os granitoides do Maciço Santa Clara sugerem que os mesmos foram gerados a partir da fusão parcial de uma crosta inferior pré-existente. As idades U-Pb entre 1,07 e 1,06 Ga são compatíveis com um magmatismo ocorrido nos estágios finais da colagem do supercontinente Rodínia (1,2-1,0 Ga) e estágios finais do Ciclo Orogênico Sunsás-Aguapeí (1320-1100 Ma). Sugere-se ainda que na verdade o Maciço Santa Clara seja formado por uma coalescência das três intrusões graníticas que são representadas pelos três magmas anteriormente descritos. / The Santa Clara Intrusive Suite in the Rondônia Tin Province (SW Amazonian Craton) comprises the Santa Clara, Oriente Velho, Oriente Novo, Manteiga-Sul, Manteiga-Norte, Jararaca, Carmelo, Primavera and das Antas massifs. The rocks of the Santa Clara Intrusive Suite are emplaced in the Jamari Complex, an association of ortho and paragneisses which underwent several and complex metamorphic processes. Characteristics observed during both geological mapping and petrographic analyses allowed, for the first time, to subdivide the Santa Clara Massif (SCM) granitoids into five different facies: porphyry, equigranular, fine-grained facies, pyterlitic and wiborgitic facies. These lithotypes comprise hornblende-biotite granites and biotite granites that range from intermediate to acids, and show compositions similar to syenogranites and monzogranites. Geochemical analyses suggest that these granitoids may be divided into three different magmas, considering field aspects and geochemical characteristics. Therefore, the less evolved magma is represented by porphyritic and equigranular facies, and the most evolved magma comprises both fine-grained and pyterlitic facies. The wiborgitic facies representd the other magma, and is geochemically different from all the others facies. Geochemical analyses also show that the granitoids of the Santa Clara Massif are subalkaline, have very low MgO contents and have metaluminous to slightly peraluminous character. Trace elements patterns show that these granitoids have high contents of incompatible elements (Rb, Zr, Y, Ta, Ce) and REE, with exception of Eu. Moreover, they are also slightly enriched in LILE, strongly depleted in elements such as Sr and Ti, and slightly depleted in Ba, pointing out the importance of plagioclase and titanite fractioning during the evolution of these magmatic liquids. Negative anomalies of Nb, along with other geochemical features, suggest the participation of crustal material in the magmatic processes responsible for these granitoids generation. The lithotypes have typical characteristics of ferroan A-type granites, and FeOt/MgO ratios ranging from 4.27 to 26.22 indicate that these are fractionated felsic granites. REE patterns show a remarkable enrichment in LREE along with negative Eu anomaly. Tectonic discriminant diagrams for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these are intraplate granitoids, A2-type, that is, related to post-collisional/post-orogenic settings.The isotopic characteristics observed for the Santa Clara Massif granitoids suggest that these were generated through partial melting of a preexistent lower crust. The U-Pb ages between 1,07 e 1,06 Ga are compatible with a magmatism taken place during the final stages of the supercontinent Rodinia agglutinations and the final stages of the Sunsás-Aguapeí Orogenic Cycle. It is also suggested that the Santa Clara Massif represents the coalescence of three different granitic intrusions, which comprise the magmas described above.
|
48 |
Quimioestratigrafia isotópica (C, O, Sr) e geocronologia (U-Pb, Sm-Nd) das rochas da Formação Sete Lagoas, Grupo BambuíGustavo Macedo de Paula Santos 14 March 2013 (has links)
Idades radiométricas absolutas recentemente publicadas levantaram questões sobre a evolução deposicional da Formação Sete Lagoas (FSL). Esta unidade é composta predominantemente por carbonatos com rochas siliciclásticas subordinadas e constitui a unidade basal do Grupo Bambuí, sobreposta aos depósitos glaciogênicos da Formação Jequitaí no Cráton São Francisco (CSF). Este estudo combina quimioestratigrafia isotópica (C, O e Sr) e geocronologia (U-Pb e Hf em zircão detrítico e Sm-Nd em rocha total) em amostras de cinco seções da FSL na região de Lagoa Santa, MG, sul do CSF, com a finalidade de responder a tais questionamentos. As seções Vespasiano (VS) e Ana Paula (AP) são constituídas por calcários cinzas e dolomitos beges, com altos teores de sedimentos terrígenos e pobres em matéria orgânica. Os valores de \'delta\'\'POT.13C\' mais representativos do ambiente deposicional oscilam em uma estreita faixa ao redor de 0%o. Estes dados permitem posicionar estas seções na primeira sequência deposicional da FSL, acima dos carbonatos de capa Sturtianos (~740 Ma) da base desta unidade. As seções Bairro da Lapinha (BL), Pedra do Baú (BAU) e Parque da Gruta da Lapinha (PGL) são compostas por calcários de coloração cinza escura a negra, pobres em sedimentos detríticos e ricos em matéria orgânica. São caracterizados por valores de \'delta\'\'POT.13\' C bastante positivos (> 6%o) e razões \'87 ANTPOT.Sr\'/\'86 ANTPOT.Sr\' próximas de 0,7075. Estas seções estão posicionadas na segunda sequência deposicional da FSL. Zircões detríticos foram separados de três amostras de marga das seções VS, AP e PGL e datados pelo método U-Pb. Os resultados indicam que os sedimentos siliciclásticos da FSL na área de estudo provêm de fontes de longa residência crustal do Orógeno Araçuaí-Oeste Congo. A população expressiva mais jovem tem 557 Ma e determina a idade máxima de deposição para a segunda sequência da unidade e para a maior parte do Grupo Bambuí. Além disso, grãos de zircão concordantes mais jovens com idades de 537 ± 4 Ma e 506 ± 7 Ma para a primeira e segunda sequência, respectivamente, refutam a existência de um hiato deposicional expressivo entre as duas sequências, como recentemente proposto, e endossam uma idade deposicional do limite Ediacarano/Cambriano para a FSL. Se existe uma discordância, esta está posicionada entre os carbonatos de capa Sturtianos e as seções com valores de \'delta\'\'POT.13\'C\' ao redor de 0%o. Estas idades indicam que grande parte do Grupo Bambuí foi depositada em uma bacia de foreland, após o fechamento do Oceano Adamastor que culminou com a edificação da Faixa Araçuaí a leste do CSF. As razões \'87 ANTPOT.Sr\'/\'86 ANTPOT.Sr\' obtidas nos carbonatos da FSL contrastam com as recentes curvas de evolução de Sr para os oceanos, especialmente no Cambriano, quando razões maiores que 0,7085 são esperadas. É provável que esta unidade tenha sido depositada em um mar epicontinental restrito e a correlação global por meio de isótopos de Sr não é confiável nestes casos. / Recently published geochronological data has arisen questions on the Sete Lagoas Formation (SLF) depositional evolution. This unit is mainly composed by carbonate rocks with subordinated pelitic intercalations and represents the basal unit of the Bambuí Group, which overlies the glacial deposits of the Jequitaí Formation in the São Francisco Craton (SFC). This study combines isotope chemostratigraphy (C, O, Sr) and geochronology (U -Pb and Hf on detrital zircons and Sm-Nd on whole rock samples) in five sections of the SLF in the Lagoa Santa (MG) region, southern part of SFC, in order to answer such questions. Vespasiano (VS) and Ana Paula (AP) sections are composed by gray limestones and beige dolostones, with high contents of detrital sediments and poor in organic matter. The most representative \'delta\'\'POT.13C\' values obtained oscillate within a narrow range around 0%o. These data allow positioning these sections in the first depositional sequence of the SLF, above the basal Sturtian cap carbonates (~740 Ma) of this unit. Bairro da Lapinha (BL), Pedra do Baú (BAU) and Parque da Gruta da Lapinha (PGL) sections comprises dark gray to black limestones, with low detrital sediments contents and rich in organic matter. They are characterized by very positive \'delta\'\'POT.13\'C values (> 6%o) and \'87 ANTPOT.Sr\'/ \'86 ANTPOT.Sr\' ratios close to 0.7075. These sections belong to the second sequence of the SLF. Detrital zircons were retrieved from three marl samples from sections VS, AP and PGL and dated by the U-Pb method. The results indicate that the siliciclastic sediments of the SLF come from sources of long crustal residence time located in the Araçuaí-West Congo Orogen. The youngest population is 557 Ma aged and sets the maximum depositional age for the second sequence of SLF and most of the Bambuí Group. Furthermore, younger concordant zircon grains with ages of 537 ± 4 Ma and 506 ± 7 Ma for the first and second sequence, respectively, refute the hypothesis of a major sedimentation gap between the sequences, as recently proposed, and endorse an Ediacaran/Cambrian age for the SLF. If such gap does exist, it lies between the Sturtian cap carbonates and the sections with \'delta\'\'POT.13\' C around 0%o. These ages also indicate that the deposition of most of the Bambuí Group took place in a foreland basin, after the closure of the Adamastor Ocean which led to the edification of the Araçuaí Belt to the east of the SFC. The \'87 ANTPOT.Sr\'/ \'86 ANTPOT.Sr\' ratios obtained on the SLF carbonates contrast with the recently proposed Sr evolution curves, especially for the Cambrian, from where ratios higher than 0.7085 would be expected. It is possible that the SLF was deposited on a restricted eipiric sea and global correlations based on Sr isotopes are not reliable in such cases.
|
49 |
Geocronologia e evolução tectônica paleo-mesoproterozoica do oriente boliviano - região sudoeste do craton amazônico / Paleo-mesoproterozoic Tectonic Evolution and Geocronology of Eastern Bolivia, SW Amazonian CratonSalinas, Gerardo Ramiro Matos 03 November 2010 (has links)
Este trabalho caracteriza a evolucao tectónica, identificando a cronologia dos principais eventos tectono-magmáticos do Pré-Cambriano Boliviano. A complexa evolucao geológica do Oriente da Bolívia se estende desde o Paleo a Mesoproterozoico compreendendo as provincias Rio Negro Juruena, Rondoniana San Ignacio e Sunsás na regiao conhecida como Bloco Paragua. Diversos métodos de estudo foram adotados na pesquisa tendo em vista tratar-se de um terreno com evolução policíclica e incluiram, alem do mapeamento geológico e petrografía dos principais tipos de rocha, a metodologia U-Pb para determinação da idade de corpos graníticos e a metodologia Sm-Nd na estimativa de idade das fontes destes corpos plutônicos e inferências de ordem petrogenética, bem como dados geoquímicos obtidos para detalhamento das interpretações petrogenéticas. Nas interpretações houve ainda a avaliação critica da literatura recente, a integração de dados de campo, aeromagnéticos e aero-radiométricos, inclusive embasadas na experiência profissional do autor. Os dados obtidos na última década modificaram substancialmente a concepcao do Pré-Cambriano Boliviano, tendo sido caracterizados tres conjuntos litológicos temporalmente distintos antecedendo a orogenia San Ignacio. O granito Correreca na parte meridional da area possui idade 207Pb-206Pb de 1,92 1,89 Ga, com modelo de idades TDM de 2,8 a 2,9 Ga e valores de Nd(t) de -8,5 e -9,4. A Suite Yarituses composta pelos granitos La Cruz, Refugio e San Pablo possui quimismo calcio-alcalino. Os dados U-Pb SHRIMP, TIMS e abrasão por laser-ICPMS indicam a formação desta suíte no lapso temporal entre 1673 a 1621 Ma. A idade de cristalização U-Pb SHRIMP do granito La Cruz é de 1673 ± 21 Ma, idade modelo TDM de 1,83 Ga e valor de Nd(t) de + 2.1 indicativo de derivação mantélica. O granito Refugio tem idade U-Pb TIMS de 1673 ± 25 Ma e o pluton San Pablo idade ICPMS por laser ablasion de 1621 ± 80 Ma (idade TDM de 1,7 Ga e valor de Nd(t) de + 3,5). Este conjunto de dados sugere uma derivação mantelica principal para a suite Yarituses. O granodiorito San Ramón possui uma idade de cristalização de 1429 ± 4 Ma (SHRIMP), TDM de 1,7 Ga, e Hf(t) entre + 3,49 e +5,47 e representa um evento de geração da crosta, a partir de material juvenil. O magmatismo, deformação e metamorfismo da orogênese San Ignácio constitui o principal evento representado na área de estudo, cujo maior representante é o Complexo Granitoide Pensamiento com seus plutons sin a tardi-cinemáticos e tardi a pos-cinemáticos. Os granitos San Martín, La Junta e Diamantina possuem idades de cristalizacao de 1373- 1340 Ma, idades modelo TDM de 1,6 a 2,0 Ga, com valores de Nd(t) de + 2.0 ate -4,0. Os granitos Las Maras, Talcoso, Limonal e San Andrés produziram idades de cristalização de 1347 a 1275 Ma. As idades TDM dos granitos Limonal e San Andrés correspondem a 1,9 e 1,8 e Nd(t) de -1,4 e 1,6 respectivamente. A geoquímica em rocha total indica uma composição compatível com arco magmático, corroborando a assinatura acima dos parâmetros petrogeneticos. Em suma, a orogênese San Ignácio representa um arco acrescionário de natureza continental que construiu a arquitetura final da província Rondoniana-San Ignacio pela colisão entre o Bloco Paraguá e a província Rio Negro-Juruena. A evolução mesoproterozoica finaliza com a formação da faixa colisional Sunsás. Esta orogênese produziu plutonismo sin a tardi cinematico e tardi a cinemático marcando o limite com o bloco Paragua. A natureza alóctone e colisional do orogeno Sunsás como o evento mais jovem do Cráton Amazônico é marcada por frentes tectônicos, bem definidos de sentido sinistral, convergentes para o Bloco Paragua. / This work characterizes the tectonic and magmatic evolution of the Precambrian shield of Bolivia. The complex geological evolution of the eastern Bolivia extends from the Paleo- to Mesoproterozoic, and can be related with the magmatic and metamorphic events that are ascribed to the Rio Negro - Juruena (1.78-1.60 Ga), Rondonian - San Ignacio (1.56-1.30 Ga) and Sunsás Aguapei (1.25-1.00 Ga) provinces, known in Bolivia as the Paragua block. Several methods of study were adopted in the research with the scope that this is a land with polycyclic evolution. As such our study included, besides the geological mapping and petrography of major rock types, the U-Pb age determinations of granitoid rocks, Sm-Nd and Rb-Sr isotopic analyses, as well as geochemical data. At the interpretation there was the critical evaluation of recent papers, the integration of field data, aeromagnetic and aero-radiometric, including the field experience of the author. The data obtained in the last decade have substantially changed the geology of the Bolivian Precambrian shield. It has been characterized three temporally distinct granite suites preceding the San Ignacio orogeny (1.37-1.30 Ga): the Correreca granite in the southern part of the area has 207Pb/206Pb age from 1.92 to 1.89 Ga, with TDM model ages of 2.8 to 2.9 Ga and values of Nd(t) of -8.5 and -9.4; the Yarituses suite (La Cruz, Refugio and San Pablo granites) shows calc-alkaline signature. Data U-Pb SHRIMP, TIMS and ICPMS laser ablation indicate the formation of this suite between 1673 to 1621 Ma. The U-Pb SHRIMP crystallization age of La Cruz granite is 1673 ± 21 Ma, TDM model age of 1.83 Ga and Nd(t) of +2.1 indicative of a predominantly mantle source. The Refugio granite has U-Pb TIMS age of 1673 ± 25 Ma and the San Pablo pluton yields a ICPMS Laser ablation age of 1621 ± 80 Ma (TDM age of 1.7 Ga and Nd(t) +3.5). These data suggest again a mantle source for the Yarituses suite. The San Ramon granodiorite event has a crystallization age of 1429 ± 4 Ma (SHRIMP), TDM of 1.7 Ga, and Hf(t) between +3.49 and +5.47 and represents a juvenile accreted episode. The magmatism, deformation and metamorphism of San Ignacio orogeny is the main event of the study area, represented by the Pensamiento Granitoid Complex with sin to late-kinematic and late to post-kinematic plutons. The San Martín, La Junta and Diamantina granites have crystallization ages of 1373 - 1340 Ma, TDM model ages from 1.6 to 2.0 Ga, with values of Nd(t) from 2.0 up to -4.0. The Las Maras, Talcoso, Limonal and San Andrés granites yielded crystallization ages of 1347-1275 Ma. The TDM ages of Limonal and San Andrés granites are between 1.9 and 1.8 Ga and the Nd(t) values of -1.4 and +1.6 respectively. The whole rock geochemistry of these granites indicates a composition consistent with the magmatic arc. Thus the San Ignacio orogeny represents a continental accretionary arc that built the final architecture of the Rondonian-San Ignacio province (1.56-1.30 Ga) by the collision between the Paragua block and the Rio Negro -Juruena province (1.78-1.60 Ga). The Mesoproterozoic evolution of the SW margin of the Amazonian craton ends with the formation of the Sunsás collisional belt that produced sin to-late and late topost- kinematic plutonism. The allochthonous and collisional nature of the Sunsás orogeny is marked by tectonic fronts, with well-defined sinistral sense, converging towards the Paragua block.
|
50 |
Estudo paleomagnético do Complexo Máfico-ultramáfico Rincón del Tigre - sudeste da Bolívia, Cráton Amazônico / Paleomagnetic Study of the Rincón del Tigre Mafic- ultramafic Complex Southeastern Bolivian, Amazonian CratonOscar Andres Lazcano Patroni 25 September 2015 (has links)
Modelos de reconstruções paleogeográficas envolvendo o Cráton Amazônico para 1100 Ma são motivos de controvérsia devido à carência de dados paleomagnéticos de qualidade para esta unidade geotectônica. Com intuito de contribuir para o esclarecimento da participação do Cráton Amazônico na evolução do ciclo continental, este trabalho apresenta o estudo paleomagnético realizado para o Complexo Máfico- ultramáfico Rincón del Tigre localizado na região sudeste da Bolívia, sudoeste do Cráton Amazônico. Uma recente datação U-Pb em badeleítas forneceu idade de 1110,4 ± 1,8 Ma para esta unidade. Para o estudo paleomagnético, 101 amostras cilíndricas orientadas foram coletadas de 15 sítios de composição litológica variada, compreendendo ultramáficas, ortopiroxenitos adcumuláticos, gabro noritos e serpentinitos. Um total de 359 espécimes cilíndricos de rocha de 2.2 cm de altura por 2.5 cm de diâmetro foi preparado para os tratamentos por campos magnéticos alternados (AF) e térmicos, assim como, para medidas de anisotropia de susceptibilidade magnética (ASM). As mesmas amostras foram preparadas para os experimentos de mineralogia magnética: curvas termomagnéticas, curvas de histerese e curvas de magnetização remanente isotérmica (MRI). Os resultados obtidos a partir da análise de anisotropias de suscetibilidade magnética (ASM) indicam, para boa parte das amostras analisadas, trama magnética aproximadamente horizontal coerente com a colocação de sills e lineação magnética para NW/SE, a qual indica que estas rochas sofreram influência da tectônica de deformação de direção NE-SW que as afetou durante a orogênese Sunsás. O estudo da mineralogia magnética indica magnetita como principal portador magnético presente nas rochas analisadas. Os tratamentos por campos alternados e térmico foram eficientes para separar as componentes de magnetização através da análise vetorial, sendo que direções coerentes foram obtidas para boa parte dos espécimes analisados para cada sítio. Todavia, a mesma coerência não é observada para as direções médias por sítio. Assim, correções tectônicas foram efetuadas e para um grupo de sítios obteve-se um teste de dobra positivo, com direção média Dm=327,9°, Im=53,5° (95=13,1°, K=22,6, N=7), a qual forneceu o polo paleomagnético situado em 271,7°E, 28,6°N (A95=17,6°). Supondo uma trama magnética horizontal (k3=90°) para os sills acamadados que constituem o Complexo Rincón del Tigre, a direção média (declinação e inclinação) do eixo k3 para cada sítio foi utilizada para corrigir as direções de magnetização para a situação de trama horizontal. Após a correção de ASM, outro grupo de sítios apresentou direções consistentes, cuja direção média Dm=118,6°, Im=20,7° (95=16,5°, K=12,2, N=8) forneceu o polo paleomagnético situado em 28,5°E, 30,0°S (A95=12,8). Os parâmetros estatísticos foram também significativamente melhorados após a correção de ASM. Com base nos dois polos determinados para o Complexo Rincón del Tigre e polos selecionados para o Cráton Amazônico e Laurentia são propostas paleogeografias para 1265 Ma, 1200 Ma, 1150 Ma, 1100 Ma e 1000 Ma que apoiam o modelo que propõe a ruptura do supercontinente Columbia, por volta de 1270 Ma atrás, e o posterior movimento de rotação horária do Cráton Amazônico/Oeste-África e da Báltica até estes blocos cratônicos colidirem novamente há 1000 Ma atrás com a Laurentia, ao longo do cinturão Grenville, para formar o supercontinente Rodínia. / Paleogeographic reconstructions at 1100 Ma involving the Amazonian Craton are controversial due to the absence of key paleomagnetic poles for this geotectonic unit. Trying to elucidate the participation of the Amazonian Craton in the continental cycle, this work present a paleomagnetic study of the Rincón del Tigre mafic-ultramafic complex from southeast Bolivia, southwestern Amazonian Craton. A recent U-Pb dating on baddeleyites of a rock from this complex yielded an age of 1110.4 ± 1.8 Ma for this unit. For the paleomagnetic study, 101 cylindrical cores were sampled from 15 sites with variable lithologies, comprising ultramafics, adacumulatic orthopyroxenites, gabbro norites and serpentinites. A total of 359 cylindrical specimens (2.5 cm diameter x 2.2 cm height) were prepared for the AF and thermal treatments, and for the anisotropy of magnetic susceptibility (AMS) measurements. The same samples were prepared for magnetic experiments: thermomagnetic curves, hysteresis curves and isothermal remanent magnetization (IRM) curves. The ASM results indicate nearly horizontal magnetic fabric for many of the analyzed sites, which agrees with that originated by sills emplacement, and a NW/SE magnetic lineation, which suggests that these rocks were tectonically affected by the Sunsás orogen. The magnetic mineralogy studies indicate magnetite as the main magnetic carrier in the rocks. The AF and thermal treatments were effective in isolating magnetic components through vector analysis, and coherent magnetic directions were disclosed for much of the specimens from each site. However, the same consistency was not observed for the between-site directions. Tectonic corrections were applied for the site mean directions, which yielded a positive fold test for a group of sites: mean direction Dm=327.9°, Im=53.5° (95=13.1°, K=22.6, N=7), which yielded the paleomagnetic pole at 271.7°E, 28.6°N (A95=17.6°). Supposing an horizontal magnetic fabric (k3=90°) for the layered sills that originally formed the Rincón del Tigre Complex, the mean direction (declination and inclination) of the k3 axis calculated for each site, was used to correct site mean magnetization directions for the situation of horizontal magnetic fabric. After ASM correction, another group of sites yielded consistent directions, whose mean direction Dm=118.6°, Im=20.7° (95=16.5°, K=12.2, N=8) yielded the paleomagnetic pole at 28.5°E, 30.0°S (A95=12.8). Statistical parameters were also greatly improved after ASM corrections. Paleogeographies at 1265 Ma, 1200 Ma, 1150 Ma, 1100 Ma and 1000 Ma were constructed based on the Rincón del Tigre poles and other selected poles from the Amazonian Craton and Laurentia, which support the model where soon after Columbia rupture at around 1270 Ma, the Amazonian Craton/West Africa and Baltica executed clockwise rotations until they collide again at 1000 Ma with Laurentia, along the Grenvillian belt, forming Rodinia supercontinent.
|
Page generated in 0.0451 seconds