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Manuscritos culinários femininos: escrituras das práticas de linguagem do trabalho na cozinha

Santos, Maíra Cordeiro dos 16 December 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:42:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 3817096 bytes, checksum: 8cc7c7b7ad8cbae385004b2f06d38195 (MD5) Previous issue date: 2011-12-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / As receitas culinárias presentes nos manuscritos culinários denotam uma escritura do cotidiano feminino que revela memórias, identidades e segredos, a partir dos registros linguísticos e da atividade trabalhista. Analisar as vozes presentes nesses cadernos de receitas é apontar para uma atividade de trabalho ligada ao mundo destinado socialmente à mulher, identificando rastros da linguagem do trabalho na cozinha. As mulheres que exercem profissionalmente a atividade culinária na cidade de Nova Palmeira/PB registram em seus manuscritos traços da memória da cidade, do tempo e do local da cultura (BHABHA, 1998) em que se encontram. A partir daí, pode-se decodificar a linguagem própria do gênero discursivo receita culinária e os registros linguísticos da oralidade, por ser o manuscrito a última instância da voz (ZUMTHOR, 1993). Os cadernos de receita culinária se inscrevem em uma tradição de narrativas sobre a alimentação no Brasil, constituindo a formação da identidade nacional, por meio das escolhas e coerções sociais ligadas aos sabores historicamente determinados. Enquanto escritura do trabalho prescrito, o manuscrito culinário evoca os padrões técnicos, sociais e linguísticos para o trabalho na cozinha, diferenciando-se do trabalho real, efetivamente realizado. A linguagem como trabalho associa-se à linguagem no trabalho, transpassando as vozes que circulam no entorno da atividade trabalhista e à linguagem sobre o trabalho, por meio dos discursos que as trabalhadoras enunciam. Os manuscritos culinários, assim, são repositórios das memórias familiares, dos segredos profissionais, da experiência laboral, das identidades femininas e da linguagem associada ao trabalho na cozinha, lócus de atividade doméstica e remunerada. / As receitas culinárias presentes nos manuscritos culinários denotam uma escritura do cotidiano feminino que revela memórias, identidades e segredos, a partir dos registros linguísticos e da atividade trabalhista. Analisar as vozes presentes nesses cadernos de receitas é apontar para uma atividade de trabalho ligada ao mundo destinado socialmente à mulher, identificando rastros da linguagem do trabalho na cozinha. As mulheres que exercem profissionalmente a atividade culinária na cidade de Nova Palmeira/PB registram em seus manuscritos traços da memória da cidade, do tempo e do local da cultura (BHABHA, 1998) em que se encontram. A partir daí, pode-se decodificar a linguagem própria do gênero discursivo receita culinária e os registros linguísticos da oralidade, por ser o manuscrito a última instância da voz (ZUMTHOR, 1993). Os cadernos de receita culinária se inscrevem em uma tradição de narrativas sobre a alimentação no Brasil, constituindo a formação da identidade nacional, por meio das escolhas e coerções sociais ligadas aos sabores historicamente determinados. Enquanto escritura do trabalho prescrito, o manuscrito culinário evoca os padrões técnicos, sociais e linguísticos para o trabalho na cozinha, diferenciando-se do trabalho real, efetivamente realizado. A linguagem como trabalho associa-se à linguagem no trabalho, transpassando as vozes que circulam no entorno da atividade trabalhista e à linguagem sobre o trabalho, por meio dos discursos que as trabalhadoras enunciam. Os manuscritos culinários, assim, são repositórios das memórias familiares, dos segredos profissionais, da experiência laboral, das identidades femininas e da linguagem associada ao trabalho na cozinha, lócus de atividade doméstica e remunerada.

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