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Interação entre choques incontroláveis, consumo de álcool e aprendizagem de fuga em ratos / Interaction among uncontrollable shocks, alcohol consumption and escape learning in rats

Raquel de Paula Faria 21 May 2009 (has links)
O objetivo desse trabalho foi verificar os efeitos de choques elétricos, controláveis e incontroláveis, sobre o aumento temporário do consumo e preferência por álcool após um período de abstinência, efeito denominado Alcohol Deprivation Effect (ADE). Buscou ainda verificar se uma história de ingestão e privação de álcool pode afetar a aprendizagem de fuga, e, em direção oposta, se a exposição a uma contingência de fuga pode modificar o padrão inicial de consumo e preferência alcoólica. Vinte e quatro ratos foram treinados a consumir álcool em um esquema de livre escolha entre água e uma solução alcoólica (10%). Posteriormente foram colocados em privação de álcool por quatro dias, sendo que no último dia, eles receberam tratamento com choques controláveis (contingência de fuga), incontroláveis, ou nenhum choque (n=8 cada). Outros seis sujeitos não expostos previamente ao consumo de álcool foram submetidos à contingência de fuga. Após o tratamento, todos os animais tiveram livre acesso à solução alcoólica. Os resultados mostraram que: (1) o tratamento durante a privação com choques incontroláveis, mas não com choques controláveis, produziu um aumento significante na preferência por álcool, (2) a ingestão de álcool, seguido por três dias de privação, não interferiu na aprendizagem de fuga, e (3) a experiência prévia com uma contingência de fuga aumentou o consumo e a preferência inicial por álcool comparado com sujeitos ingênuos. Esses resultados são discutidos em termos da influência de diferentes histórias com estímulos aversivos sobre a auto-administração de álcool. / The objective of this study was to evaluate the effects of controllable and uncontrollable electric shocks on the temporary increase of alcohol consumption and preference after a period of abstinence, which is termed as Alcohol Deprivation Effect (ADE). It was also sought to determine whether a history of alcohol intake and deprivation could interfere with escape learning and, on opposite direction, if the exposure to an escape contingency could modify the initial pattern of alcohol consumption and preference. Twenty four rats were trained to consume alcohol in a period of free choice between water and an alcohol solution (10%) followed by alcohol deprivation for four days. The animals were exposed to controllable (escape contingency), uncontrollable or no shocks (each group, n = 8) on the fourth day. Another six subjects not previously exposed to alcohol were submitted to escape contingency. All animals had free access to the alcohol solution after treatment. The results revealed that (1) treatment during deprivation with uncontrollable, but not controllable, shocks produced a significant increase in preference for alcohol, (2) the alcohol intake, followed by three days of deprivation, did not interfere with escape learning and, (3) compared to naive subjects, previous experience with escape contingency has increased the initial consumption and preference for alcohol. These results are discussed in terms of the influence of different histories of exposure to aversive stimuli on alcohol self-administration.
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Desamparo aprendido e imunização em humanos: avaliação metodológica/conceitual e uma proposta experimental / Learned helplessness and immunization in humans: methodological/conceptual evaluation and an experimental proposal

Mariana Januário Samelo 03 September 2012 (has links)
Nos estudos do desamparo aprendido em humanos os resultados experimentais tem sido inconsistentes. Isso provavelmente devido a ocorrencia, na sessao de incontrolabilidade, entre outras variaveis, de contiguidades sistematicas entre o termino do estimulo aversivo e a resposta imediatamente precedente, mimetizando uma condicao de controle, embora acidental. Com o objetivo geral de estabelecer um procedimento que permitisse controle experimental suficiente para que fosse analisado o efeito de uma historia de incontrolabilidade sobre a aprendizagem de uma nova resposta operante em sujeitos humanos, bem como a prevencao (imunizacao) desse efeito, foram realizados tres experimentos. O primeiro deles demonstrou o controle operante sob tres contingencias de reforcamento negativo (sequencias variaveis, labirinto e discriminacao de formas geometricas), o que permitiu verificar o efeito da ausencia de controle sobre uma nova aprendizagem operante (Experimento 2 desamparo aprendido) e o efeito da ausencia de controle, apos historia de controle, sobre uma nova aprendizagem operante (Experimento 3 imunizacao). No Experimento 2, dois grupos de participantes foram expostos a sons aversivos (Grupos C e I) e um nao foi manipulado (Grupo N). Para os participantes do Grupo C, a interrupcao de um som agudo era contingente a emissao de sequencias variaveis; para os participantes do Grupo I, a duracao do som era independente das respostas emitidas. Os sujeitos do Grupo Incontrolavel foram divididos em dois subgrupos de acordo com a presenca ou a ausencia de indicacoes na tela (Ip e I). Na sessao de incontrolabilidade foram manipuladas algumas variaveis a fim de evitar a selecao acidental da resposta mensurada (duracao do estimulo; numero de tentativas; custo da resposta e instrucao inicial). Apos essa fase, todos os participantes foram submetidos a uma contingencia de resolucao de um labirinto associado a um som. No Experimento 3, um Grupo Precontrole (P) foi acrescido a triade do Experimento 2. A contingencia de fuga discriminação foi realizada na fase pre-tratamento sendo associada a um som. Na fase de teste os participantes dos Grupos C, N e P apresentaram menor latencia e maior numero de respostas corretas em comparacao aos grupos incontrolaveis. Entre esses ultimos, foi verificada uma correlacao negativa entre a frequencia de contiguidades no tratamento e o desempenho no teste. Os participantes do Grupo I apresentaram baixa frequencia de contiguidades no tratamento e latencias e falhas mais elevadas no teste; os do Grupo Ip mostraram padrao intermediario. Esses resultados replicam o desamparo aprendido e a imunizacao desse efeito em humanos, sugerindo que os pocedimentos estabelecidos foram adequados para o estudo desses dois efeitos e demonstram o papel da selecao acidental, durante a sessao de incontrolabilidade, como impeditivo da verificacao do efeito no teste (Grupo Ip). O papel das indicacoes na tela, os parametros utilizados e a presenca de contiguidades sistematicas foram discutidos / The results of learned helplessness studies with humans have been inconsistent. This is probably due to the systematic contiguity between the end of the aversive stimulus and the immediately preceding response during the uncontrollability session, which mimics an accidental control condition. Three experiments were conducted to establish a procedure with adequate experimental control to analyze the effects of an uncontrollability history upon learning of a new operant response in humans, as well as the prevention (immunization) of this effect. The first experiment demonstrated operant control under three negative reinforcement contingencies (variable sequences, maze, and discrimination of geometric forms), which allowed verifying the effect of the absence of control upon learning of a new operant response (Experiment 2 learned helplessness) and the effect of the absence of control, after a history of controllability, upon learning of a new operant response (Experiment 3 immunization). During the uncontrollability session, a number of variables were manipulated to avoid the accidental selection of the response being measured (duration of the stimulus, number of trials, response cost, and initial instructions). In Experiment 2, two groups were exposed to aversive tones (groups C and U) and one group was not (group N). For group C, the interruption of a high-pitch tone was contingent on the emission of variable sequences; for group U, the duration of the tone was response independent. Group U was further divided into two subgroups, according to the presence or absence of a hint on the screen (Up and U). After this manipulation, all participants had to solve a maze that was presented along with a tone. In Experiment 3, a pre-control group (P) was added to the ones in Experiment 2. The escape contingency for discriminating geometric forms was presented in the pre-treatment phase along with a tone. The results of the test phase indicated shorter latencies and a greater number of responses for groups C, N, and P, in comparison to the uncontrollable groups. For the latter groups, there was a negative correlation between the frequency of contiguities in the treatment phase and performance during the test phase. There was a low frequency of contiguities during treatment, and longer latencies and more errors during the test for Group U; an intermediate pattern was observed for Group Up. These results replicate the learned helplessness and immunization effects in humans, and suggest that this procedure is adequate to study these phenomena. The results also indicate that accidental selection during the uncontrollability session may eliminate the learned helplessness effect during the test (Group Up). The effects of the hints on the screen, the schedule parameters, and the presence of systematic contiguities are further discussed
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Imunização do desamparo aprendido com reforço positivo em ratos em função da previsibilidade, controlabilidade e sexo / Immunization of learned helplessness with positive reinforcement as a function of predictability, controllability and sex

Tatiany Honorio Porto 02 April 2014 (has links)
Estudos sobre imunização do desamparo aprendido apresentam resultados contraditórios quando utilizam estímulos apetitivos na fase de imunização. Uma análise dos procedimentos utilizados nesses estudos sugere que eles diferem no grau de controle e previsibilidade da liberação do estímulo apetitivo. Além disso, foi demonstrado que quando a previsibilidade do estímulo é manipulada ela produz efeitos dependentes do sexo do sujeito. O presente estudo teve por objetivos avaliar se: 1) a previsibilidade e a controlabilidade de estímulos apetitivos na fase de imunização são variáveis críticas para imunizar ratos contra o desamparo; 2) esses efeitos são dependentes do sexo. Em paralelo, buscou-se explorar alguns efeitos das variáveis hormonais nesses comportamentos. Um Estudo Piloto demonstrou não haver diferença quanto ao desamparo em fêmeas nas fases de estro e diestro do ciclo estral. Quanto à imunização (Experimento 1), foi utilizado reforçamento positivo combinando-se as variáveis de controle (VI e VT) e previsão (com ou sem sinal antecedendo a disponibilização do reforço), utilizando-se grupos (n=16) com ratos machos e fêmeas em igual proporção. Em seguida esses animais foram submetidos a choques incontroláveis e por fim a um teste de fuga. Outro grupo de machos e fêmeas passou apenas pelas duas últimas fases e um grupo apenas pela fase final. Os resultados mostraram que o sexo dos animais não é uma variável importante para o desamparo, mas que essa é uma variável que interfere na imunização do desamparo aprendido. Fêmeas expostas a estímulos previsíveis e controláveis na fase de imunização apresentam um comportamento muito semelhante as fêmeas e machos do Grupo não choque. Por outro lado, apenas metade dos machos expostos a estímulos apetitivos previsíveis e controláveis na fase de imunização aprenderam a resposta de fuga no teste. Esses resultados sugerem que o sexo é uma variável que precisa ser mais investigada em experimentos que estudam o comportamento. No Experimento 2 as fêmeas foram distribuídas em dois grupos (castradas e sham), foram retirados os ovários dos animais do primeiro grupo, responsáveis pela produção do estrógeno, hormônio que as diferencia dos machos. Após a recuperação da cirurgia os animais de ambos os grupos foram expostos ao mesmo procedimento de imunização do Grupo imprevisível e controlável do Experimento 1, o único em que foram obsevadas diferenças estatísticas entre machos e fêmeas. Os resultados mostraram aproximadamente metade das fêmeas, de ambos os grupos, aprenderam fuga apresentando latências semelhantes entre si, sugerindo que a presença ou ausência do hormônio sexual em fêmeas não foi, aparentemente, o fator determinante da diferença de gênero na imunização. Discute-se a relevância dos estudos comportamentais entre gêneros mostrando a interação de fatores ambientais com orgânicos / Studies on immunization against learned helplessness have different results when using appetitive stimuli during immunization. An analysis of these studies procedures suggests that they differ in the degree of control and predictability of the release of appetitive stimulus. Furthermore, it was shown that when the predictability of the stimulus is manipulated it produces effects that depend of the subjects sex. The objective of the present study was to evaluate : 1) if the appetitive stimuli predictability and controllability during immunization are critical variables to immunize rats against learned helplessness; and if 2) these effects are sex dependent. In parallel, we explored t some effects of hormonal variables on these behaviors. A pilot study showed no difference regarding learned helplessness in estrus and diestrus phases of the estrous cycle. Concerning immunization (Experiment 1), positive reinforcement was used combining the variables of control (VI and VT) and predictability (with or without signal preceding the availability of reinforcement), using groups (n = 16) with equal proportion of male and female rats. Then these animals were subjected to uncontrollable shock and finally to an escape test. Another group with males and females was submitted only to the last two phases and a last group only to the final phase. The results showed that sex is not an important variable concerning learned helplessness, but it interferes with the immunization against learned helplessness. Females exposed to predictable and controllable stimuli during immunization showed similar behavior with females and males of Non Shock Group. On the other hand, only half of the males exposed to predictable and controllable appetitive stimuli during immunization phase learned the escape response during the test. These results suggest that sex is a variable that needs to be better investigated in behavior experiments. In Experiment 2, females were distributed into two groups (castrated and sham), the ovaries of the animals of the first group were removed, they are responsible for the estrogen production, a hormone that differentiates males from females. After recovery from surgery, both groups were exposed to the same immunization procedure of the unpredictable and controllable group from Experiment 1, the only group that statistical differences between males and females were observed. Females in both groups showed similar escape latencies suggesting that the presence or absence of sex hormone in females was apparently not the determining factor of gender difference in immunization. It is discussed the relevance of behavioral sex differences studies showing the interaction of environmental with organic factors
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Efeito do hypericum perforatum, em preparação homeopática e fitoterápica, sobre o desamparo aprendido em ratos / Effect of hypericum perforatum, in homeopathic and phytotherapic preparation, upon learned helplessness in rats

Ana Priscila Batista 23 November 2006 (has links)
Tratamentos alternativos para a depressão humana vêm sendo realizados pela homeopatia e fitoterapia, por meio do Hypericum perforatum (Hp), dinamizado ou extrato, respectivamente. Experimentalmente, o desamparo aprendido é proposto como modelo animal de depressão, o que permite seu uso para o teste de substâncias potencialmente antidepressivas. Assim, foram realizados dois experimentos para verificar se o Hp em preparação homeopática e fitoterápica impediriam o desamparo aprendido em animais. No Experimento 1, foram utilizados 96 ratos Wistar, machos, distribuídos em doze grupos (n=8), expostos às fases choque e teste, separadas por 24h. Os grupos foram manipulados em tríades, tratados com choques (60, 1,0 mA, VT 60s, 10s máx.) controláveis (C), incontroláveis (I) ou nenhum choque (N). Após esse tratamento, as tríades receberam 5 gotas, v.o. de: Hp 30CH, Hp 200CH e 0CH (veículo - solução hidroalcóolica a 5%), três vezes, com intervalo de 0, 19 e 23h após o término da fase choque. A quarta tríade não recebeu substância (sd) e foi utilizada para comparação em ambos os experimentos. No teste, todos os sujeitos foram submetidos a uma contingência de fuga, com 30 choques, semelhantes aos anteriores, em uma shuttlebox. No Experimento 2, foram utilizados 72 ratos com as mesmas características, distribuídos em nove grupos (n=8). Os equipamentos foram os mesmos e o procedimento foi semelhante ao do Experimento 1, com diferença apenas na fase de administração da droga, sendo que cada tríade recebeu extrato de Hp i.p., 1ml/kg, nas doses: 0mg/kg (veículo - solução hidroalcóolica a 5%), 15 mg/kg e 30 mg/kg, 22 horas após o término da fase choque. Os resultados mostraram que apenas o Grupo I da Tríade sd apresentou desamparo aprendido. No Experimento 1, as substâncias não produziram efeito sobre os grupos N e C, enquanto os grupos I tiveram redução das latências, sendo o efeito mais significativo com Hp 200CH. O tratamento 0CH produziu uma pequena redução das latências gerais, embora não suficiente para abolir o desamparo. Os resultados do Experimento 2 mostraram que os grupos N e C não sofreram efeito das substâncias, enquanto os grupos I tiveram redução da suas latências, sendo o efeito maior com Hp 0 mg/kg. Esses resultados sugerem que o veículo não era farmacologicamente inerte, comprometendo os demais resultados do Hp. Conclui-se que os efeitos de tratamentos da homeopatia e fitoterapia precisam ser mais investigados para que uma afirmação da sua eficácia tenha mais confiabilidade. / Alternative treatments for the human depression have been conducted in the homeopathy and phytoterapy, through Hypericum perforatum (Hp), dynamized or extract, respectively. Experimentally, learned helplessness is proposed as an animal model of depression, which permits its use to test the effects of potential antidepressants. Two experiments were conducted to investigate whether Hp, either in homeophatic and or in phytotherapic preparation, can prevent the occurrence of learned helplessness in animals. In the Experiment 1, 96 male Wistar rats were divided into 12 groups (n=8) exposed to treatment and test phases, separated by 24 hours. Groups were divided into triads exposed to controllable shocks (C), uncontrollable shocks (I) or no shocks (N). After that, Hp was administered orally (five drops) to each triad in one of three dynamizations – 30CH, 200CH and 0CH (vehicle - hydroalcoholic solution 5%) – three times: 0, 19, and 23 hours after treatment with shocks. The fourth triad didn’t receive drug (sd) and it was used in both experiments. In the test phase, all the animals were exposed to an escape contingency in a shuttlebox. In the Experiment 2, 72 rats were divided into 9 groups (n=8). Equipments were the same and procedure was similar to Experiment 1, with the exception of drug administration. Extract of Hp was administered, i.p., 1 ml/kg, in one of three concentrations for each triad – 0 mg/kg (vehicle – hydroalcoholic solution 5%), 15 mg/kg and 30 mg/kg - 22 hours after treatment with shocks. Results showed that, among the groups that were not administered pharmacological treatment, only Group I did not learn to escape, an indication of learned helplessness. In Experiment 1, among the groups that were administered Hp in homeopathic preparation, groups N and C were not affected, while response latencies for groups I decreased, with a stronger effect with 200CH. Treatment with 0CH caused a small reduction of general latencies, although it wasn’t suficient to prevent helplessness. In Experiment 2, results showed that Hp in phytotherapic administration didn’t affect groups N and C, while the latencies of Group I were reduced, with a stronger effect with Hp 0mg/kg. These data suggest that the vehicle wasn’t inert pharmacologically, which casts doubt on the results that involved Hp. In conclusion, more studies will be necessary to attest the efficacy of homeopathic and phytotherapic treatment.
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Envolvimento do óxido nítrico na metilação do DNA induzida por estresse / Role of nitric oxide in stress-induced DNA methylation

Izaque de Sousa Maciel 23 March 2018 (has links)
A exposição ao estresse induz um aumento dos níveis de óxido nítrico (NO) e glutamato em estruturas do cérebro de ratos, as quais estão relacionadas com o transtorno de depressão maior (DM) em humanos. Ademais, o estresse está diretamente relacionado com o aumento da metilação do DNA, uma alteração epigenética repressiva, no hipocampo de animais. Estudos anteriores demonstraram o efeito tipo antidepressivo dos inibidores da enzima óxido nítrico sintase (NOS) em animais submetidos ao estresse. Porém não se sabe se há uma relação entre o aumento do NO e glutamato induzido pelo estresse e alteração na metilação do DNA em genes relacionado com a patofisiologia da DM. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos dos inibidores da NOS nas alterações comportamentais e nos mecanismos intracelulares relacionado com a metilação do DNA no cérebro de ratos submetidos ao teste do desamparo aprendido (learned helplessness - LH) e em cultura celular do hipocampo desafiadas com NMDA e dexametasona. Métodos: Estudo 1: Cultura primária de células do hipocampo ou cultura imortalizada HiB5 foram desafiadas/estressadas com NMDA (30µM,1h), L-arginina (500µM,1h) e/ou dexametasona (1µM, 1h ou 24h) e pré-tratadas com inibidor seletivo da nNOS (NPA, 100nM, 30min antes do desafio) ou com inibidor da DNMT (5-Aza, 10 µM, 30 min antes do desafio). A expressão dos genes para as enzimas DNMTs, BDNF, NT4, TrkB e nNOS foram avaliadas por RT-qPCR, a expressão proteica das enzimas DNMT3b e nNOS foram avaliadas por western blotting. Estudo 2: Ratos foram submetidos à choques inescapáveis (0,4 mA; 40 choques) na sessão de pré-teste do LH, após sete dias os animais foram submetidos a sessão de teste (choques escapáveis de 0,4 mA). Os animais foram tratados com inibidores da NOS 7-nitroindazole (7-NI;60mg/kg,i.p), aminoguanidina (AMG; 30mg/kg,i.p) ou veículo por 7 dias e submetidos a sessão de teste 1h, após a última injeção. A metilação global foi analisada por imunoensaio (ELISA) e a expressão dos genes DNMT3b, BDNF, nNOS e iNOS foram avaliadas por RT-qPCR, nas estruturas: cortex, hipocampo ventral e hipocampo dorsal. Resultados: Estudo 1: O pré- tratamento com NPA, atenuou o aumento da expressão do mRNA para a enzima DNMT3b, em cultura primária do hipocampo desafiada com NMDA, dexametasona e Larginina, e também em cultura HiB5 desafiada com dexametasona. Porém, o NPA não inibiu a diminuição da expressão do BDNF (exon 1, exon 4 e exon 9), em cultura primária de células do hipocampo desafiadas com NMDA. O pré tratamento com 5-Aza, não inibiu as alterações induzidas pelo NMDA em cultura primária de hipocampo. Estudo 2: Ratos submetidos ao estresse dos choques inescapáveis na sessão de pré-teste apresentaram aumento no número de falhas em escapar dos choques na sessão de teste (desamparo aprendido), um efeito que foi atenuado pelo tratamento com AMG ou 7-NI. Interessantemente, o efeito comportamental do estresse foi acompanhado por aumento nos níveis da metilação global do DNA e DNMT3b no hipocampo ventral (vHPC), que foi atenuado pelos pré-tratamentos com AMG e 7-NI, porém não houve diferença estatisticamente significante no córtex e no hipocampo dorsal dos ratos. Conclusão: Os dados apresentados demonstraram que tanto o estresse (in vivo) quanto o desafio com glicocorticóides, NMDA e L-arginina (in vitro) são capazes de modular a expressão daenzima DNMT3b e a metilação de DNA no hipocampo. O tratamento com inibidores da NOS reduzem os efeitos do estresse in vivo (comportamental e molecular) e in vitro. Em conjunto, os dados sugerem que a liberação de glutamato e NO durante o estresse pode modular a expressão da enzima DNMT3b, levando ao aumento da metilação do DNA em genes relacionados com a resposta de adaptação ao estresse. Essa é a primeira evidência de que o NO pode modular metilação do DNA induzida por estresse. / Stress exposure increases glutamate and nitric oxide (NO) levels, as well as DNA methylation in the hippocampus. However, it is not yet known if there is a causal relationship between these events. Moreover, both nitric oxide synthase (NOS) inhibitors and DNA methylation inhibitors counteract the behavioral effects of stress. Therefore, our aim was to investigate the effects of NOS inhibitors on stress-induced changes on behaviour, DNA methylation and genes expression in the hippocampus of rats submitted to learned helplessness - LH. Moreover, the effects of direct administration of dexamethasone (glucocorticoid), NMDA and L-arginine was investigated in hippocampal cell cultures. Methods: Study 1: Primary hippocampal cell culture was challenged with NMDA (30µM,1h), L-arginine (500µM,1h) or dexamethasone (1µM,24h) and pretreated with nNOS inhibitor (NPA, 100nM, 30min before the challenge) or with DNMT inhibitor (5-Aza, 10 µM, 30 min before the challenge). DNMTs, BDNF, NT4, TrkB and nNOS gene expression was assessed by RT-qPCR. DNMT3b and nNOS levels were assessed by western blotting. Study 2: Rats were submitted to inescapable footshocks and treated with the NOS inhibitors 7-nitroindazole (7-NI; 60 mg/kg, i.p) or aminoguanidine (AMG; 30 mg/kg, i.p], or vehicle for 7 days and tested 1h after the last injection with escapable footshocks. The number of escape failures during the test, global DNA methylation (ELISA) and DNMT3b, BDNF, nNOS and iNOS mRNA expression (RT-qPCR) was evaluated. Results: NPA pretreatment attenuated DNMT3b mRNA expression in hippocampus primary cell culture challenged with NMDA, dexamethasone or L-arginine. Similarly effects were observed in HiB5 cell challenged with dexamethasone. However, NPA pretreatment did not inhibit the decrease of BDNF (exon 1, exon 4 and exon 9) induced by NMDA. Moreover, pretreatment with 5-Aza did not inhibit the decreased of BDNF induced by NMDA in primary cell culture. Study 2: Stress exposure increased the number of escape failures in the test, which was attenuated by treatment with AMG or 7-NI, an antidepressant-like effect. Interestingly, the increased DNA methylation DNMT3b mRNA expression in the ventral hippocampus (vHPC) of stressed rats were also attenuated by treatment with both AMG and 7-NI. Conclusions: NOS inhibitors attenuated stress-induced depressive-like behavior, DNA methylation and DNMT3b mRNA expression in the vHPC. In vitro, selective nNOS inhibition also blocks corticosterone-, NMDA- and L-arginine-induced DNMT3b mRNA expression in hippocampal cell culture. Altogether, our results suggest that glutamate release, leading to NO production during stress may mediate intracellular mechanisms that regulate DNMT3b expression and DNA methylation. This is the first evidence indicating that NO modulates DNA methylation induced by stress.
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Efeito do hypericum perforatum, em preparação homeopática e fitoterápica, sobre o desamparo aprendido em ratos / Effect of hypericum perforatum, in homeopathic and phytotherapic preparation, upon learned helplessness in rats

Batista, Ana Priscila 23 November 2006 (has links)
Tratamentos alternativos para a depressão humana vêm sendo realizados pela homeopatia e fitoterapia, por meio do Hypericum perforatum (Hp), dinamizado ou extrato, respectivamente. Experimentalmente, o desamparo aprendido é proposto como modelo animal de depressão, o que permite seu uso para o teste de substâncias potencialmente antidepressivas. Assim, foram realizados dois experimentos para verificar se o Hp em preparação homeopática e fitoterápica impediriam o desamparo aprendido em animais. No Experimento 1, foram utilizados 96 ratos Wistar, machos, distribuídos em doze grupos (n=8), expostos às fases choque e teste, separadas por 24h. Os grupos foram manipulados em tríades, tratados com choques (60, 1,0 mA, VT 60s, 10s máx.) controláveis (C), incontroláveis (I) ou nenhum choque (N). Após esse tratamento, as tríades receberam 5 gotas, v.o. de: Hp 30CH, Hp 200CH e 0CH (veículo - solução hidroalcóolica a 5%), três vezes, com intervalo de 0, 19 e 23h após o término da fase choque. A quarta tríade não recebeu substância (sd) e foi utilizada para comparação em ambos os experimentos. No teste, todos os sujeitos foram submetidos a uma contingência de fuga, com 30 choques, semelhantes aos anteriores, em uma shuttlebox. No Experimento 2, foram utilizados 72 ratos com as mesmas características, distribuídos em nove grupos (n=8). Os equipamentos foram os mesmos e o procedimento foi semelhante ao do Experimento 1, com diferença apenas na fase de administração da droga, sendo que cada tríade recebeu extrato de Hp i.p., 1ml/kg, nas doses: 0mg/kg (veículo - solução hidroalcóolica a 5%), 15 mg/kg e 30 mg/kg, 22 horas após o término da fase choque. Os resultados mostraram que apenas o Grupo I da Tríade sd apresentou desamparo aprendido. No Experimento 1, as substâncias não produziram efeito sobre os grupos N e C, enquanto os grupos I tiveram redução das latências, sendo o efeito mais significativo com Hp 200CH. O tratamento 0CH produziu uma pequena redução das latências gerais, embora não suficiente para abolir o desamparo. Os resultados do Experimento 2 mostraram que os grupos N e C não sofreram efeito das substâncias, enquanto os grupos I tiveram redução da suas latências, sendo o efeito maior com Hp 0 mg/kg. Esses resultados sugerem que o veículo não era farmacologicamente inerte, comprometendo os demais resultados do Hp. Conclui-se que os efeitos de tratamentos da homeopatia e fitoterapia precisam ser mais investigados para que uma afirmação da sua eficácia tenha mais confiabilidade. / Alternative treatments for the human depression have been conducted in the homeopathy and phytoterapy, through Hypericum perforatum (Hp), dynamized or extract, respectively. Experimentally, learned helplessness is proposed as an animal model of depression, which permits its use to test the effects of potential antidepressants. Two experiments were conducted to investigate whether Hp, either in homeophatic and or in phytotherapic preparation, can prevent the occurrence of learned helplessness in animals. In the Experiment 1, 96 male Wistar rats were divided into 12 groups (n=8) exposed to treatment and test phases, separated by 24 hours. Groups were divided into triads exposed to controllable shocks (C), uncontrollable shocks (I) or no shocks (N). After that, Hp was administered orally (five drops) to each triad in one of three dynamizations – 30CH, 200CH and 0CH (vehicle - hydroalcoholic solution 5%) – three times: 0, 19, and 23 hours after treatment with shocks. The fourth triad didn’t receive drug (sd) and it was used in both experiments. In the test phase, all the animals were exposed to an escape contingency in a shuttlebox. In the Experiment 2, 72 rats were divided into 9 groups (n=8). Equipments were the same and procedure was similar to Experiment 1, with the exception of drug administration. Extract of Hp was administered, i.p., 1 ml/kg, in one of three concentrations for each triad – 0 mg/kg (vehicle – hydroalcoholic solution 5%), 15 mg/kg and 30 mg/kg - 22 hours after treatment with shocks. Results showed that, among the groups that were not administered pharmacological treatment, only Group I did not learn to escape, an indication of learned helplessness. In Experiment 1, among the groups that were administered Hp in homeopathic preparation, groups N and C were not affected, while response latencies for groups I decreased, with a stronger effect with 200CH. Treatment with 0CH caused a small reduction of general latencies, although it wasn’t suficient to prevent helplessness. In Experiment 2, results showed that Hp in phytotherapic administration didn’t affect groups N and C, while the latencies of Group I were reduced, with a stronger effect with Hp 0mg/kg. These data suggest that the vehicle wasn’t inert pharmacologically, which casts doubt on the results that involved Hp. In conclusion, more studies will be necessary to attest the efficacy of homeopathic and phytotherapic treatment.
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Investiga??o de par?metros bioqu?micos em dois modelos animais de depress?o induzidos por desamparo aprendido e administra??o do lipopolissacarideo de E.Coli

Didonet, Julia Jensen 15 March 2017 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-07-17T13:05:36Z No. of bitstreams: 1 JuliaJensenDidonet_TESE.pdf: 2583824 bytes, checksum: 051c963d447673a358cc7bee29ee8629 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-07-18T13:26:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1 JuliaJensenDidonet_TESE.pdf: 2583824 bytes, checksum: 051c963d447673a358cc7bee29ee8629 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-18T13:26:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 JuliaJensenDidonet_TESE.pdf: 2583824 bytes, checksum: 051c963d447673a358cc7bee29ee8629 (MD5) Previous issue date: 2017-03-15 / A depress?o reduz a qualidade de vida do indiv?duo, compromete a funcionalidade profissional e social e ? considerada a principal causa para incapacidade em termos de anos perdidos no curso da doen?a. Apesar da severidade relatada, ainda n?o h? uma compreens?o clara dos substratos neurais alterados na depress?o, por isso o estudo de modelos animais que investiguem a etiologia deste transtorno torna-se extremamente necess?rio. Este trabalho buscou comparar altera??es bioqu?micas no soro, c?rtex pr?frontal (CPF) e hipocampo de camundongos submetidos a dois modelos animais de depress?o: desamparo aprendido e administra??o do lipopolissacar?deo de E.Coli (LPS). O teste de desamparo aprendido resultou em m?dia 70 % de animais desamparados, verificado pela falha em escapar aos choques 24 h e 48 h ap?s a sess?o de indu??o do desamparo. Os 30 % restantes foram considerados resilientes. Os animais desamparados apresentaram mais dano oxidativo no CPF e soro, quando comparados aos animais controles. N?o houve diferen?a entre desamparados e resilientes, por?m, foi observada correla??o positiva entre o dano oxidativo no soro e CPF e o comportamento desamparado. A concentra??o das citocinas pr?-inflamat?rias IL-1?, TNF?, IL-6 e antiinflamat?ria IL-10 no CPF e hipocampo dos animais submetidos ao desamparo e controles n?o foi diferente entre os grupos, por?m houve correla??o positiva entre a citocina IL-6 no hipocampo e o comportamento desamparado dos animais. A atividade da enzima indolamina 2,3-dioxigenase (IDO) n?o apresentou diferen?a significativa nos animais submetidos ao modelo do desamparo e controles. A administra??o sist?mica de LPS (0,8 mg/kg i.p.) induziu um comportamento doentio nos animais, caracterizado por diminui??o da ingest?o de ?gua e comida, perda de peso e altera??o da temperatura retal 6 h ap?s a inje??o. Em 24 h o estado doentio diminuiu, por?m, os animais que receberam LPS apresentaram imobilidade aumentada no teste de suspens?o pela cauda em compara??o aos animais que receberam salina. Foi observado mais dano oxidativo no soro, CPF e hipocampo do grupo LPS em compara??o aos grupos salina e controle. As citocinas IL-?, TNF? no soro, CPF e hipocampo n?o apresentaram nenhuma altera??o, indicando que a inflama??o induzida pela administra??o de LPS foi transit?ria. A citocina IL-6 mostrou-se elevada no CPF do grupo que recebeu LPS em compara??o ao grupo salina, correlacionada positivamente com o comportamento do tipo depressivo dos animais. Os n?veis de IL-10 no hipocampo correlacionaram-se negativamente com o comportamento do tipo depressivo e a atividade da IDO foi aumentada no CPF e diminu?da no hipocampo do grupo LPS. Os resultados apresentados corroboram a hip?tese da ativa??o do sistema imune no evento depressivo e consequente dano oxidativo, verificado em dois modelos animais de depress?o. A ativa??o da IDO variou entre as ?reas analisadas em cada modelo animal. / Major depression has a great impact on an individual?s quality of life and it is considered the leading cause of burden in terms of years lost due to disability. However, despite the severity of depression, the pathophysiology of the disease is still elusive. In this regard, the use of animal models plays an important role in research for the etiology of depression. This work compared biochemical alterations occurring on serum, prefrontal cortex (PFC) and hippocampus in two animal models of depression: learned helplessness and administration of lipopolyssaccharide from E.Coli (LPS). Learned helplessness protocol used in this work resulted in 70 % of helpless mice, assessed by the inability to escape from electroshocks given 24 h or 48 h after the helpless-induction session. The other 30 % of mice were considered resilient. Helpless animals showed more oxidative damage in PFC and serum when compared to controls. No difference was seen between helpless and resilient groups, but there was a positive correlation between the oxidative damage on serum and PFC and helpless behavior. There was no difference in the concentration of IL-1?, TNF?, IL-6 and IL-10 cytokines on PFC and hippocampus of the animals exposed to the learned helplessness test, but there was a significant positive correlation between IL-6 concentration and depressive-like behavior on hippocampus. Indoleamine 2,3-dioxygenase (IDO) enzyme activity was not altered on learned helplessness model. Systemic administration of LPS (0,8 mg/kg) induced sickness behavior on animals characterized by decreased food and water intake, bodyweight loss and altered body temperature 6 h after administration. Sickness behavior is over after 24 h, but LPS-treated mice displayed higher immobility time in the tail suspension test when compared to saline. There was more oxidative damage in serum, PFC and hippocampus of LPS group when compared to saline and controls. No differences on IL-1? and TNF? concentration on serum, PFC and hippocampus of the animals were detected, suggesting a transient nature of the LPS-induced inflammation. LPS-treated group displayed higher concentrations of IL-6 on PFC when compared to saline group, and IL-6 concentration positively correlated to depressive-like behavior. IL-10 concentrations on hippocampus were negatively correlated to depressive-like behavior and IDO activity was increased on PFC and decreased on hippocampus of LPS-treated mice. Data presented here corroborate for the hypothesis of immune activation during depressive episodes, then resulting in oxidative damage assessed in two animal models of depression. IDO activity behaved with some specificity in each animal model depending on the brain or systemic area.
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Expressão dos genes de ativação imediata c-fos e egr-1 em encéfalos de ratos submetidos ao modelo do desamparo aprendido / Expression of the immediate early genes, c-fos and egr-1, in the rat brain in the learned helplessness model

Angélica Yochiy 06 July 2010 (has links)
O desamparo aprendido (DA) corresponde à dificuldade de aprendizagem operante em função de exposição prévia a choques incontroláveis. Esse efeito vem sendo proposto como modelo animal de depressão e também defendido por alguns pesquisadores como modelo animal para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O objetivo do presente trabalho foi examinar a ativação dos genes c-fos e egr-1 em áreas do encéfalo de ratos submetidos ao tratamento que induz o desamparo aprendido, priorizando estruturas consideradas funcionalmente importantes para os distúrbios de aprendizagem, como a amígdala (AMI), o hipocampo (HIP) e o córtex pré-frontal medial (CPFm). Considerado importante para o desenvolvimento do desamparo aprendido por alguns autores, o núcleo septal lateral (NSL) também foi analisado. No estudo, ratos machos Wistar adultos, sujeitos do grupo Incontrolável (INC), após período de adaptação ao ambiente laboratorial, receberam 60 choques inescapáveis de 1,0 mA, 10 segundos de duração, ministrados nas patas a intervalos médios de 1 minuto. Após 24 horas, estes animais e os controles ingênuos (ING), que não receberam choques no tratamento, foram submetidos à contingência de fuga. Critérios de aprendizagem previamente estabelecidos foram aplicados para selecionar os animais do grupo ING que aprenderam, e para separar os sujeitos do grupo INC nos subgrupos dos animais que não aprenderam (DES) e dos que aprenderam normalmente (NDE). Grupos controle sem adaptação e sem choque (BIO), ou com adaptação e sem choque (ADA), também foram manipulados. Após o teste de aprendizagem, os animais foram anestesiados, perfundidos, e seus encéfalos extraídos. Os cortes dos encéfalos foram tratados para imunoperoxidase para revelar as proteínas Fos e Egr-1. Os resultados evidenciaram características distintas de expressão dos genes c-fos e egr-1 nas diferentes estruturas. Foi observado um aumento na imunorreatividade para Fos nas áreas CA1 do HIP e CPFm para o grupo ING, e uma redução do marcador Fos no CPFm do grupo DES se comparado ao grupo NDE. Um aumento na imunorreatividade para Egr-1 foi evidenciado no giro denteado (GD) do HIP do grupo DES em relação a todos os grupos, à exceção do grupo ING. Na região central da AMI o aumento para Egr- 1 ocorreu no grupo DES em relação ao grupo ING, e na região basolateral, entre o grupo DES e os grupos BIO e ING. Os coeficientes de correlação de Pearson mostraram covariação entre os dados das duas regiões da AMI e entre os dados do GD para Egr-1 e NSL para Fos e Egr-1. Também foi evidenciada uma maior correlação entre os dados dos dois marcadores no grupo DES, seguido do NDE e do ING, nesta sequência. Os dados indicam que circuitos neurais relacionados à aprendizagem e memória estão envolvidos no desenvolvimento do desamparo aprendido / The learned helplessness (LH) phenomenon corresponds to difficulties in operant learning as a result of previous exposure to uncontrollable shocks. This effect has been suggested as an animal model of depression and posttraumatic stress disorder (PTSD). The purpose of this work was to examine the activation of c-fos and egr-1 genes in brain areas of rats exposed to treatment which induces the LH behavior, especially in some structures recognized as functionally important to learning disorders, such as the amygdala (AMI), the hippocampus (HIP), and the medial prefrontal cortex (mPFC). Cited as important to LH development the lateral septal nucleus (LSN) was also examined. In the experiment, adult male Wistar rats from the uncontrollable group (INC), after a 3-day exposure to the experimental conditions, received 60 inescapable 1.0 mA footshocks lasting 10 seconds each, applied at an average interval of 1.0 minute. After 24 hours, these animals and the naive controls (ING), which did not receive footshocks during treatment, were tested in a shuttlebox. Previously established criteria were applied to select the ING animals that learned the escape response, and also to sort the INC animals into nonlearning (DES) and learning (NDE) subgroups according to their performance during the escape test. Subjects not exposed to adaptation or footshocks (BIO), and subjects adapted but not exposed to footshocks (ADA) were also manipulated. All animals received anesthesia and after transcardiac perfusion had their brains removed, sectioned and immunohistochemically treated to reveal Fos and Egr-1 proteins. The results showed distinct attributes for c-fos and egr-1 gene expression in the brain structures examined. Data analysis revealed significantly higher Fos immunoreactivity in the HIP CA1 and mPFC in the ING group than in the other groups. A decrease was detected in Fos-positive nuclei in the DES group mPFC compared with the NDE group. An increase in the Egr-1 positive nuclei was found in the HIP dentate gyrus (DG) in the DES group compared with all the groups, except the ING group. An increment in Egr-1 imunoreactivity was also detected in the central AMI in the DES group in relation to ING group, and in the basolateral AMI in the DES group against the BIO and ING groups. Pearsons correlation test indicated covariation between data from central and basolateral AMI regions. A high correlation coefficient was found between data from DG for Egr-1 and from NSL for both Fos and Egr-1. A high correlation was observed between the two markers for the DES group, followed by the NDE and ING groups, in that sequence. The results suggest that the neural circuits underlying memory and learning are implicated in the development of the LH effect
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Investigação longitudinal dos efeitos de diferentes contingências com estímulos apetitivos e aversivos sobre o desamparo aprendido / Longitudinal research on the effects of different contingencies with appetitive and aversive stimuli upon learned helplessness

Emileane Costa Assis de Oliveira 12 December 2007 (has links)
A hipótese do desamparo aprendido foi apresentada por Seligman & Maier em 1976 com uma suposta generalidade para todas as condições de estímulo, aversivos ou não e também como um modelo explicativo para a depressão humana. Esta proposição permitiu algumas manipulações experimentais no sentido de reverter o efeito do desamparo, utilizando, inclusive, reforçamento positivo na fase de \"terapia\". A partir dessas questões, o presente trabalho investigou: (a) se animais que apresentaram desamparo em teste de fuga também apresentam dificuldade de aprendizagem reforçada positivamente, envolvendo ou não controle de estímulos; (b) se a exposição ao reforço positivo elimina o desamparo e (c) se o desamparo interfere na resistência à mudança, medida sobre uma segunda aprendizagem discriminativa, reforçada positivamente, que envolve inversão do controle de estímulos. Ratos foram expostos a choques controláveis (C), incontroláveis (I) ou nenhum choque (N), e posteriormente submetidos ao teste de fuga. Foram selecionados três grupos (n=4) de animais que apresentaram desamparo (grupo I) ou aprendizagem de fuga no teste (grupos C e N). Em seguida, todos foram submetidos a (1) reforçamento positivo da resposta de pressão à barra (modelagem, CRF e 10 sessões de treino discriminativo FR/extinção), (2) re-teste de fuga, (3) 10 sessões de treino discriminativo com inversão dos estímulos sinalizadores. Outros quatro animais receberam apenas as sessões de reforçamento positivo. Obteve-se que todos os sujeitos aprenderam igualmente a discriminação e sua reversão, e que 3/4 dos animais do grupo I mantiveram o desamparo no segundo teste de fuga. Esses resultados indicam que o desamparo não se generalizou para a aprendizagem reforçada positivamente e que a exposição ao reforçamento positivo não aboliu o desamparo para a maioria dos sujeitos. Os dados foram discutidos considerando-se o efeito seletivo do desamparo, que ocorre apenas frente a algumas contingências, mas não a todas. Quanto ao fato da \"terapia\" com reforço positivo não ter modificado a dificuldade de aprender uma resposta mediante reforçamento negativo isso sugere que, se o desamparo decorre da aprendizagem de impossibilidade de controle sobre o ambiente, essa aprendizagem não abrange todos os estímulos do ambiente de forma generalizada, mas apenas a uma (ou algumas) determinada classe de estímulos. A identificação das características que definem essa(s) classe (ser choque, ser aversivo ou outras) também deve ser objeto de futuras investigações. / The learned helplessness hypothesis was put forward by Seligman & Maier in 1976 under the assumption of generality among all stimulus conditions, aversive or otherwise, and as an explanatory model of human depression. This proposition allowed for some experimental manipulations aimed at reversing the effect, using, among others things, positive reinforcement during a \"therapy\" phase. With that in mind, the present research attempted to investigate whether: (a) animals that showed signs of helplessness in an escape test also show a learning deficit with positive reinforcement, whether or not involving stimulus control; (b) the exposure to positive reinforcement may cancel out helplessness and (c) helplessness interferes with resistance to change, measured during a second, positively reinforced, discrimination learning (reversal). Rats were first exposed to controllable (C), uncontrollable (I) or no shocks (N) and then to an escape test. Three groups (n=4) were selected: one that displayed helplessness (group I) and two that learned to escape (groups C and N). After that, all subjects were exposed to (1) positive reinforcement of lever pressing (shaping, CRF and ten sessions of discrimination between FR and extinction), (2) the same escape test, (3) ten sessions of discrimination learning with reversed discriminative stimuli. Other four animals were exposed only to sessions of positive reinforcement. All animals learned discrimination and reversal, and three out of four animals of group I remained helplessness in the second escape test. These results suggest that helplessness did not generalize to a positively reinforced task and that exposure to positive reinforcement did not cancel out helplessness for most subjects. Results are discussed considering the selective effect of helplessness, which occurs under some conditions, but not under all. The fact that therapy with positive reinforcement did not reduce the learning deficit observed with negative reinforcement suggest that if helplessness result from learning that it is impossible to control the environment, this knowledge does not include all stimuli in a generalized manner, but only one (or some) certain stimuli class. The identification of the characteristics that define these classes (electric shocks, aversive stimuli, among others) should also be the purpose of future research.
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Papel dos receptores 5-HT1A do Núcleo Mediano da Rafe na evocação da memória aversiva em ratos submetidos ao desamparo aprendido / Role of 5HT1-A receptors in the Raphe Median Nucleus in memorie evocation in rats submitted to learned helplessness

Abreu, Priscila Reis 03 June 2016 (has links)
A depressão se constitui um transtorno de alta frequência mundial, apresentando como um dos fatores etiológicos, a exposição a eventos estressores. Em termos neurobiológicos, vários trabalhos da literatura sugerem a importância das projeções serotoninérgicas que partem do Núcleo Mediano da Rafe (NMnR) para o Hipocampo Dorsal (HD) na adaptação ao estresse, a partir da desconexão das associações aversivas previamente aprendidas de suas consequências comportamentais. Assim, o presente trabalho apresenta como objetivo investigar o envolvimento dos receptores tipo 5-HT1a localizados no Núcleo Mediano da Rafe no processo de evocação de memórias aversivas. Para isso, ratos Wistar foram submetidos a cirurgia estereotáxica para a implantação de uma cânula-guia direcionada ao Núcleo Mediano da Rafe (NMnR). Passado o período de recuperação, os animais foram expostos a 40 choques inescapáveis (0,6mA; 10) (condição experimental) em uma caixa de vai-e-vem. Após 24 h, os animais receberam duas injeções intracerebrais de Salina (Sal), 8OHDPAT (DPAT; 3nmoles/0,2µl; agonista de 5-HT1aR) e/ou WAY100635 (WAY; 0,3nmoles/0,2µl; antagonista de 5-HT1aR) combinadas de forma a compor os seguintes grupos experimentais: Sal+Sal, WAY+Sal, Sal+DPAT e WAY+DPAT. Cinco minutos após as injeções, todos animais foram submetidos a uma sessão de teste, na qual foram apresentados 30 choques elétricos escapáveis (0,4mA; 10) nas patas, sinalizados por uma luz (15W; 20) que permanecia acesa durante a apresentação dos choques. Durante a sessão teste foram registrados a latência, o número de esquivas, fugas, falhas e o total de cruzamentos. Um grupo controle também foi realizado, sendo que os animais foram apenas colocados na caixa, sem exposição a choques inescapáveis, sendo testados 24 h após. Os resultados foram analisados pela ANOVA de medidas repetidas. Também foi calculada porcentagem de animais desamparados (%DA) em cada condição, analisada pelo teste do Qui-quadrado. A pré-exposição a choques inescapáveis levou ao desenvolvimento de desamparo aprendido, efeito esse não atenuado pelo tratamento com DPAT, o que pode ser observado na elevada %DA em todos os grupos. Por outro lado, na condição controle, observou-se uma reduzida %DA para todos os tratamentos. Nossos resultados sugerem que a ativação de receptores de tipo 5-HT1a do NMnR não está envolvida na evocação de memórias aversivas. / The depression is a high-frequency disorder in the world, having as one of the etiological causes the exposure to stressful events. In neurobiological terms, several studies of literature suggest the importance of serononinergic projections from the Median Raphe Nucleus for dorsal hipocampus in adaptation to stress, from the disconnection of aversive associations previously learnead of its behavioral consequences. Thus, the aim of this work is to investigate the involvement of 5-HT1a receptors located in the Median Raphe Nucleus in the aversive memory recall process. For this, Wistar rats were submitted to sterioc surgery for the implantation of a guided cannula aimed to MnRN. After the recovery period, the animals were exposed to 40 inescapable shocks (0,6mA; 10 \") (experimental condition) in a shuttled box. After 24 h, the animals received two intracerebral injections of saline (Sal), 8OHDPAT (DPAT; 3nmoles / 0,2l; 5-HT1aR agonist) and / or WAY100635 (WAY; 0,3nmoles / 0,2l; antagonist 5 -HT1aR) combined to compose the following groups: Salt + Salt + WAY Sal, Sal + DPAT and WAY + DPAT. Five minutes after the injections, all animals were submitted to a test session in which were presented 30 escapable eletric footshocks (0,4mA; 10 \") sinilized by a light (15W, 20\") which remained on during the presentation of shock. During the test session were recorded latency for these responses, the number of avoidance, escape, failure and the total crossings. A control group was performed, and the animals just placed in the shuttle box, without exposing inescapable shocks. The results were analyzed by repeated measures ANOVA. It was also calculated percentage of helpless animals (%HA) in each condition analyzed by chi-square test. The pre-exposure to inescapable shocks led to the development of learned helplessness, this effect does not attenuated by treatment with DPAT, which can be observed in high % of all groups. On the other hand, in the control condition, there is a reduced % of all treatments. Our results suggest that activation of 5-HT 1a of NMnR is not involved in the evocation of aversive memories.

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