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A epidemia da AIDS infantil & os sistemas de informação: limites e possibilidades da intervenção em saúde coletiva na cidade de São Paulo. / The epidemic of infantile aids and information systems: limits and possibilities of intervention in collective health in the city of São Paulo.Nichiata, Lucia Yasuko Izumi 06 December 2001 (has links)
O impacto que a epidemia da aids vem produzindo sobre a população infantil é particularmente importante, pois, do total de casos notificados no mundo todo, entre adultos e crianças, aproximadamente 10% têm menos de 15 anos de idade, sendo a maioria proveniente dos países em desenvolvimento. A aids confirma a associação, historicamente determinada, entre as condições concretas de vida e a produção da doença. Tomando a expressão da epidemia como objeto do estudo, teve por finalidade oferecer subsídios para a intervenção em saúde coletiva no fenômeno da aids infantil, de transmissão vertical, especialmente, para o aprimoramento do Sistema de Informação em Vigilância Epidemiológica da aids. Adotou-se a como refererencial teórico-filosófico a determinação social do processo saúde-doença e as categorias analíticas exclusão/inclusão social e processo de adoecimento e morte por aids. A fonte empírica de dados foi obtida do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo e do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade da Prefeitura Municipal de São Paulo. A análise dos dados demonstra a gravidade da situação: as crianças já nascem duplamente em desvantagem, têm suas mães e/ou pais acometidos pela doença e encontram pela frente um penoso processo de aprendizagem com a própria soropositividade. Evidenciaram-se situações que denotam exclusão social, na constatação do número de crianças órfãs de mães, na ocorrência de crianças institucionalizadas, na vulnerabilidade programática e no uso de drogas injetáveis pelas mães. No entanto, não ficou explícita a exclusão social como produto das formas diferenciadas de reprodução social dos grupos sociais. Apontou-se a necessidade de transformar a forma de captação da realidade pela vigilância epidemiológica, para superar os modelos multicausais que tornam invisíveis as dimensões sociais da doença. A ausência de visibilidade pública da exclusão social, especialmente no caso das crianças vulneráveis ao HIV/aids, está diretamente vinculada à sua ausência de autonomia, ou seja, à incapacidade do Sistema de Informação em Vigilância Epidemiológica em considerar a criança como sujeito com pleno direito de cidadania. Reconhece-se a necessária e urgente revisão da ficha de notificação, importante instrumento que informa sobre a epidemia, de modo a ser possível a caracterização da exclusão social das pessoas afetadas pelo HIV/aids no caso de crianças. Ao final apontam-se recomendações para a intervenção em saúde coletiva na Cidade de São Paulo frente à epidemia de aids infantil. / The impact that aids epidemic has been producing on the infantile population is particularly important, out of the total number of notified cases in the whole world, among adults and children, approximately 10% is composed of individuals who are younger than 15 years old and the majority comes from countries in development. Aids cases confirm the association, historically determined, between the concrete conditions of living and the disease production. Taking the expression of epidemic as the object of study, our study had as its objective to offer subsidy for the intervention of collective health at infantile aids phenomena, of vertical transmission, especially, to the improvement of Information System in Aids Epidemiological Surveillance. The social determination and the analytical categories social inclusion/exclusion and the process of becoming sick and dying due to aids were adopted as a theoretical-philosophic reference. Data is from the Sistema de Informação of the Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo (Health State Department of Epidemiological Surveillance Information System from the State of São Paulo) and from the Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade da Prefeitura Municipal de São Paulo (Mortality Information Improvement Program from the Municipality of the City of São Paulo). The data analysis shows the seriousness of the situation: many children are born with double disadvantage, their fathers or mothers already have the disease and they will face a painful learning process with their own HIV positive status. We found some evident situations in which we could notice social exclusion, verifying the number of children without mothers, in institucionalized children, at programmatic vulnerability and the usage of injectable drugs by mothers. However, social exclusion was not explicit as a product of the different ways of social reproduction from the social groups. A need to transform the methodology of data recording by the epidemiological vigilance, to surpass the multicause models that make the social dimensions of the disease invisible. The lack of public ability to be aware and record data about social exclusion, especially in the case of children vulnerable to HIV/aids, is directly linked to the lack of autonomy, or due to the incompetence of the Epidemiological Surveillance Information System in considering the child as a person with rights to citizenship. We consider it urgent to review the notification record, important instrument that informs about the epidemic, in a way that enables health professionals to distinguish social exclusion of the affected people, mainly in case of HIV/aids positive children. At the end, proposals are made for intervention in collective health in the City of São Paulo, in order to better enable health professionals to have other resources to face infantile aids epidemic.
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A epidemia da AIDS infantil & os sistemas de informação: limites e possibilidades da intervenção em saúde coletiva na cidade de São Paulo. / The epidemic of infantile aids and information systems: limits and possibilities of intervention in collective health in the city of São Paulo.Lucia Yasuko Izumi Nichiata 06 December 2001 (has links)
O impacto que a epidemia da aids vem produzindo sobre a população infantil é particularmente importante, pois, do total de casos notificados no mundo todo, entre adultos e crianças, aproximadamente 10% têm menos de 15 anos de idade, sendo a maioria proveniente dos países em desenvolvimento. A aids confirma a associação, historicamente determinada, entre as condições concretas de vida e a produção da doença. Tomando a expressão da epidemia como objeto do estudo, teve por finalidade oferecer subsídios para a intervenção em saúde coletiva no fenômeno da aids infantil, de transmissão vertical, especialmente, para o aprimoramento do Sistema de Informação em Vigilância Epidemiológica da aids. Adotou-se a como refererencial teórico-filosófico a determinação social do processo saúde-doença e as categorias analíticas exclusão/inclusão social e processo de adoecimento e morte por aids. A fonte empírica de dados foi obtida do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo e do Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade da Prefeitura Municipal de São Paulo. A análise dos dados demonstra a gravidade da situação: as crianças já nascem duplamente em desvantagem, têm suas mães e/ou pais acometidos pela doença e encontram pela frente um penoso processo de aprendizagem com a própria soropositividade. Evidenciaram-se situações que denotam exclusão social, na constatação do número de crianças órfãs de mães, na ocorrência de crianças institucionalizadas, na vulnerabilidade programática e no uso de drogas injetáveis pelas mães. No entanto, não ficou explícita a exclusão social como produto das formas diferenciadas de reprodução social dos grupos sociais. Apontou-se a necessidade de transformar a forma de captação da realidade pela vigilância epidemiológica, para superar os modelos multicausais que tornam invisíveis as dimensões sociais da doença. A ausência de visibilidade pública da exclusão social, especialmente no caso das crianças vulneráveis ao HIV/aids, está diretamente vinculada à sua ausência de autonomia, ou seja, à incapacidade do Sistema de Informação em Vigilância Epidemiológica em considerar a criança como sujeito com pleno direito de cidadania. Reconhece-se a necessária e urgente revisão da ficha de notificação, importante instrumento que informa sobre a epidemia, de modo a ser possível a caracterização da exclusão social das pessoas afetadas pelo HIV/aids no caso de crianças. Ao final apontam-se recomendações para a intervenção em saúde coletiva na Cidade de São Paulo frente à epidemia de aids infantil. / The impact that aids epidemic has been producing on the infantile population is particularly important, out of the total number of notified cases in the whole world, among adults and children, approximately 10% is composed of individuals who are younger than 15 years old and the majority comes from countries in development. Aids cases confirm the association, historically determined, between the concrete conditions of living and the disease production. Taking the expression of epidemic as the object of study, our study had as its objective to offer subsidy for the intervention of collective health at infantile aids phenomena, of vertical transmission, especially, to the improvement of Information System in Aids Epidemiological Surveillance. The social determination and the analytical categories social inclusion/exclusion and the process of becoming sick and dying due to aids were adopted as a theoretical-philosophic reference. Data is from the Sistema de Informação of the Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde do Estado de São Paulo (Health State Department of Epidemiological Surveillance Information System from the State of São Paulo) and from the Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade da Prefeitura Municipal de São Paulo (Mortality Information Improvement Program from the Municipality of the City of São Paulo). The data analysis shows the seriousness of the situation: many children are born with double disadvantage, their fathers or mothers already have the disease and they will face a painful learning process with their own HIV positive status. We found some evident situations in which we could notice social exclusion, verifying the number of children without mothers, in institucionalized children, at programmatic vulnerability and the usage of injectable drugs by mothers. However, social exclusion was not explicit as a product of the different ways of social reproduction from the social groups. A need to transform the methodology of data recording by the epidemiological vigilance, to surpass the multicause models that make the social dimensions of the disease invisible. The lack of public ability to be aware and record data about social exclusion, especially in the case of children vulnerable to HIV/aids, is directly linked to the lack of autonomy, or due to the incompetence of the Epidemiological Surveillance Information System in considering the child as a person with rights to citizenship. We consider it urgent to review the notification record, important instrument that informs about the epidemic, in a way that enables health professionals to distinguish social exclusion of the affected people, mainly in case of HIV/aids positive children. At the end, proposals are made for intervention in collective health in the City of São Paulo, in order to better enable health professionals to have other resources to face infantile aids epidemic.
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Prevalência de infecções de transmissão vertical: toxoplasmose, rubéola, hepatite B, sífilis, infecção pelo citomegalovirus e pelo vírus da imunodeficiência humana em gestantes atendidas em Caxias, Maranhão / Prevalence of infection of vertical transmission: toxoplasmosis, rubella, hepatitis B, syphilis, and cytomegalovirus infection by human immunodeficiency virus in pregnant women in Caxias, MaranhãoCâmara, Joseneide Teixeira 30 May 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-05-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The vertical transmission of infection from mother to child, and may increase morbidity and mortality of both mother and child, when not diagnosed and by suitably dealest, causing a serious public health problem. This study aimed to estimate the prevalence of antibodies to toxoplasmosis, rubella, cytomegalovirus, hepatitis B, syphilis and HIV among pregnant women in Caxias, Maranhão, Brazil and identify the main factors associated with seropositivity for Toxoplasma gondii infection in pregnant women attending two referral centers Caxias, MA. Descriptive, observational, cross-sectional study of 561 pregnant women who received prenatal care at two clinics reference to prenatal high risk in the period July 2011 to December 2012, the outpatient clinics of Maternity Carmosina Coutinho (MCC) and the Specialized Center for Maternal and Child Care (CEAMI). Serological tests for toxoplasmosis, rubella, cytomegalovirus, hepatitis B were performed by a laboratory conveniado to the municipality by the same trained technician, and for syphilis and HIV were performed in the Counseling and Testing Center (ATC) in the city laboratory. And a small sample of whole blood from five pregnant IGM reagent for Toxoplasma gondii and their respective newborns was processed at the Institute of Tropical Pathology and Public Health in the Department of Parasitology UFG for performing Polymerase Chain Reaction (PCR). Statistical analysis was performed using SPSS version 20.0 Windows, using the chi-square tests of association and Odds Ratio (95%CI), considering a significance level of 5%. It was found to be positive for HIV was 0.4%, 2.0% syphilis, rubella and cytomegalovirus IgG reactivity were 93.6% and 87.8% respectively without reactive IgM, HBsAg was negative for all pregnant women in the sample tested. Regarding toxoplasmosis in 437 (77%), 124 susceptibility (22.1%) and 5 (0.9%) women with active infection. Found no significant association between toxoplasmosis susceptibility and age, location, income, education, sewerage, number of pregnancies and gestational age. Variables with significant association (p≤0.05) were seropositive pregnant women who are multiparous (p=0.036), living with dogs stuck at home (p=0.001), and consumption of raw kibbeh (p=0.036). The frequency of seropositivity of these infectious diseases of vertical transmission in pregnant women seen at antenatal care in the city of Caxias-MA is considered high, but are similar to those described in other regions of Brazil. Pregnant women who are multiparous who perform consumption of raw kibbeh and live with dogs that do not wobble on the street, had more chance of becoming infected with Toxoplasma gondii, thus guidance on primary prevention measures and quarterly serological monitoring should be strengthened these infections of pregnant women, since it is important to identify and/or prevent congenital infection measured. / A transmissão vertical das infecções da mãe para o filho e pode aumentar a morbimortalidade do binômio mãe-filho. Quando não diagnosticadas e tratadas adequamente, e ocasionam um sério problema de saúde pública. Este estudo objetivou estimar a soroprevalência de anticorpos para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, hepatite B, sífilis e HIV entre gestantes em Caxias, Maranhão, Brasil e identificar os principais fatores associados à soropositividade para o Toxoplasma gondii (T. gondii) em gestantes atendidas em dois centros de referência em Caxias–MA. Estudo descritivo, observacional, transversal, com 561 gestantes que realizaram a assistência pré-natal em dois ambulatórios de referência para pré-natal de alto risco, no período de julho de 2011 a dezembro de 2012, nos ambulatórios da Maternidade Carmosina Coutinho (MCC) e no Centro Especializado de Assistência Materno-Infantil (CEAMI). Os testes sorológicos de toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, hepatite B foram realizados por um laboratório conveniado ao município, e para sífilis e HIV foram realizadas no laboratório do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do município. Uma amostra de sangue total das cinco gestantes IGM reagente para o T. gondii e de seus respectivos recém-nascidos foi processada no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Publica da UFG no Setor de Parasitologia para a realização de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A análise estatística foi realizada com o programa SPSS versão 20.0 Windows, usando os testes de associação qui-quadrado e Odds Ratio (IC95%), considerando-se o nível de significância de 5%. Constatou-se que a soropositividade para HIV foi de 0,4%, sífilis 2,0%, rubéola e citomegalovírus a reatividade de IgG foram de 93,6% e 87,8% respectivamente sem IgM reativa, HBsAg foi não reagente para todas as gestantes da amostra. Em relação ao T. gondii 437 (77,9%) foram soropositivas, a susceptibilidade em 124 (22,1%) e 5 (0,9%) gestantes com infecção ativa. Não foi observada associação significativa entre soropositividade para toxoplasmose e idade, procedência, renda, escolaridade, rede de esgotos, número de gestações e idade gestacional. As variáveis com associação significativa (p≤0,05) para soropositividade foram gestantes que são multigestas (p=0,036), convívio com cães presos em casa (p=0,001), e consumo de quibe cru (p=0,036). A frequência de soropositividade dessas doenças infecciosas de transmissão vertical em gestantes atendidas no pré-natal, no município de Caxias-MA é considerada alta, mas encontram-se semelhantes aos descritos em outras regiões do Brasil. As gestantes que são multigestas que realizam consumo de quibe cru e convivem com cães presos em casa, apresentaram mais chance de se infectar com o Toxoplasma gondii, assim, deve ser reforçada orientações sobre medidas de prevenção primária e o monitoramento sorológico trimestral dessas infecções às gestantes, uma vez que são medidas importantes para identificar e/ou prevenir as infecções congênitas.
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Profilaxia da transmissão vertical do HIV: compreensão do vivido do ser-casal e possibilidades de cuidado / Prophylaxis of HIV vertical transmission: understanding the experience of being-a-couple and possibilities for careLangendorf, Tassiane Ferreira 06 June 2012 (has links)
Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais / The aim was to unveil the meaning of being-a-couple on the lived experience on prophylaxis
of HIV vertical transmission. Qualitative and phenomenological inquiry based on theoreticalphilosophical-
methodological referential of Martin Heidegger. Subjects of research were
couples being health monitored in the Ambulatory of infectious Diseases on pre-natal and
childcare of University Hospital of Santa Maria. Data production happened between
December 2011 to February 2012 through phenomenological interview, with seven couples.
It was developed heideggerian analysis, unveiling that on vague and median comprehension
of the couple who experiences of prophylaxis of HIV vertical transmission with
health care meaning making everything right since pre-natal care, taking medicine and going
to consults, not breast-feeding and giving medicine to the child; not imagining that could be
infected, not having guarantee of treatment working and being scared of transmitting HIV to
the child; considering that not breast-feeding is sad, new and mourning to the women that
doesn t stop being a mother, but it s not complete and that in front of others it s complicated
for the couple not to breast-feed. Given this experience, couple is together and takes care of
each other, continue to have a normal life, as if they didn t have the disease, however
prejudice make them silent about their diagnosis. The couple takes care of the child to be
healthy and is involved with him/her. With the child, they become a family and not only a
couple. On interpretative comprehension, the woman and the partner show themselves as
being-a-couple that is occupied in developing the treatment for prophylaxis. It s on the talk
repeating information about care, curious on search for knowledge to simply become
conscious about the disease and treatment and ambiguous when states having a normal life in
spite of the difference in taking medicines and using condoms. It reveals itself in the
decadence. They were afraid of the treatment did not work, were surprised on the facticity of
being unable to breastfeed, and fell in front of the impersonality prejudice and discrimination.
It has been shown to be as-family. The couple lived in be-revealed that the gain in the
prophylaxis of stress as the child has health and family formation. They pointed to the
importance of including the partner in care and reproductive care in childcare. Sees the need
to promote attention the relationship between being professional and be double that
transcends the impersonal dictates what the being-a-couple should be engaged in. / O objetivo foi desvelar o sentido do ser-casal no vivido dos cuidados na profilaxia da
transmissão vertical do HIV. Investigação qualitativa, fenomenológica fundamentada no
referencial teórico-filosófico-metodológico de Martin Heidegger. Sujeitos da pesquisa foram
casais que fazem o acompanhamento de saúde no Ambulatório de infectologia no pré-natal e
puericultura do Hospital Universitário de Santa Maria. A produção dos dados ocorreu no
período de dezembro 2011 a fevereiro de 2012 por meio de entrevista fenomenológica, com
sete casais. Foi desenvolvida análise heideggeriana, desvelando que na compreensão vaga e
mediana do casal que vivencia a profilaxia da transmissão vertical do HIV os cuidados com a
saúde significam fazer tudo certo desde o pré-natal, tomar remédio e ir nas consultas, não
amamentar e dar remédio para o filho; não imaginar que poderiam se infectar, não ter a
garantia do tratamento dar certo e ter medo de transmitir HIV para o filho; considerar que não
poder amamentar é triste, novidade e luto para a mulher que não deixa de ser mãe, mas não é
completo e que diante dos outros é complicado para o casal não amamentar. Diante dessa
vivência, o casal está junto e cuidam um do outro, seguem com a vida normal, como se não
tivesse a doença, porém o preconceito os faz silenciar sobre seu diagnóstico. O casal cuida do
filho para ter saúde e se envolve com ele. Com o filho passam a ser uma família e não mais só
o casal. Na compreensão interpretativa, a mulher e o companheiro se mostraram como sercasal,
que se ocupa em realizar o tratamento para profilaxia. Está no falatório repetindo
informações sobre os cuidados, curioso na busca pelo conhecimento para simplesmente se
tornar consciente sobre a doença e o tratamento e ambíguo quando afirma ter uma vida
normal apesar da diferença em usar remédios e preservativos. Desvela-se na decadência. Teve
medo do tratamento não dar certo, surpreendeu-se diante da facticidade de não poder
amamentar e decaiu na impessoalidade frente ao preconceito e à discriminação. Mostrou-se
como ser-família. O vivido do ser-casal revelou que o ganho do esforço na profilaxia foi o
filho ter saúde e a constituição da família. Apontou para a relevância de incluir o companheiro
na assistência reprodutiva e de cuidado na puericultura. Vislumbra-se a necessidade uma
atenção que promova a relação entre ser-profissional e ser-casal que transcenda o impessoal
que dita com o que o ser-casal deve se ocupar.
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