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Avaliação dos mecanismos de ruminação em pacientes com disforia de gênero

Mueller, Andressa January 2016 (has links)
A Ruminação tem sido um importante campo de investigação para estudar os mecanismos cognitivos e alteração dos estados emocionais associados ao processo do desenvolvimento de condições de saúde mental. A presente dissertação, cujo relatório de pesquisa deriva nessa produção, busca elucidar as relações entre ruminação e disforia de gênero. Dessa forma, a dissertação apresentará dois estudos de delineamento transversal que, no entanto, sofrem adaptações na disposição dos indivíduos da amostra para testar hipóteses específicas. Em ambos os estudos foram recrutadas 39 mulheres transexuais, no período de 2014 a 2015, que atenderam aos critérios do DSM 5 para diagnóstico de Disforia de Gênero (DG). O primeiro estudo teve como objetivo analisar os níveis de ruminação em pacientes com disforia de gênero antes e depois da Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), o que contribui com a literatura que investiga marcadores de desfecho positivo para CRS. O primeiro subgrupo (T0) foi constituído por participantes com diagnósticos confirmados para DG e com, no máximo, um ano de acompanhamento em grupoterapia. O T1, por pacientes que atenderam os pré-requisitos em relação à frequência aos atendimentos dos grupos psicoterapêuticos de, no mínimo, um ano, e no máximo dois anos, sem contra-indicação para realização da CRS. E o T2, constituído por pacientes pós-cirúrgicos em um período superior a seis meses. O segundo estudo teve como objetivo tanto analisar a relação entre abuso emocional na infância e ruminação em mulheres transexuais quanto identificar, entre os indivíduos da amostra, quais ruminam em nível p[baixo] = (33) ≤18 e p[alto] = (67) ≥23. Essa classificação entre dois subtipos do pensamento ruminativo pode elucidar diferenças entre os fatores protetivos e os desfechos nocivos na saúde mental e física dessa população. No primeiro estudo, a ruminação diminuiu entre os pacientes no T2 e os escores em ruminação foram ainda gradualmente menores a cada procedimento realizado nas características sexuais secundárias por pacientes deste grupo. Esse achado contribui para pesquisas do paradigma Research Domain Criteria (RDoC), que almeja demonstrar marcadores psicológicos para condições de saúde mental. Nesse caso, a ruminação parece se mostrar como um marcador importante para o desfecho positivo em pacientes com disforia de gênero pós-CRS. No segundo estudo, nosso principal achado reside na prevalência em até 15 vezes (IC95%: 2,25-99,63) de maior chance para engajamento em ruminação elevada ou comportamento disfórico entre os indivíduos que foram expostos ao abuso emocional, sobretudo, entre aqueles que o vivenciaram no intervalo da tipologia que variou de moderado – grave a grave – extremo se comparado aos indivíduos com gravidade entre mínimo a moderado na escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). O abuso emocional está relacionado com engajamento em ruminação, sobretudo, ao subtipo elevada, o que contribui para aumento em comportamentos disfóricos, e ao estar associado à desregulação da emoção, que contribui para os desfechos nocivos na saúde física e mental desta população. / The Rumination has recently become an important field of study to better understand cognitive mechanisms and emotional status associated to the development of mental health conditions. The current work aims to shine a light upon the relation between rumination and gender dysphoria (GD). In this sense, this work presents two cross-sectional studies, each testing two specific hypotheses. Therefore, they have suffered adaptations in the disposition of the sample. In both studies, 39 transexual women, who fulfilled the DSM 5 diagnostic criteria for GD, were recruited within the years of 2014 and 2015. The first study aimed to analyse how much GD patients have rumination processes before and after sex reassignment surgery (SRS), which contributes to the body of literature seeking for positive outcome markers for SRS. The first group (T0) was made of participants who had a confirmed DG diagnostic and participated of group therapy for up to one year (between 0 and 12 months). The second group (T1) was composed by participants who had a confirmed DG diagnostic and attended from one up to two years of group therapy and had no contraindications for SRS. The third group (T2) was comprised of patients who have gone through SRS surgery at least six months prior to the data collection. The second study aimed to analyse the relation between emotional abuse during childhood and rumination in transexual women and to identify, amongst sample individuals, those who ruminate at a low or high levels. This classification into two subsets of ruminative thinking might clarify diferences between protective factors and poor mental and physical health outcomes in this specific population. In the first study, patients of the T2 group ruminate significantly less than their counterparts; moreover, scores of the ruminative thinking process seems to fall gradually with each alteration in the secondary sex characteristics. This finding contributes to the researches of the Research Domain Criteria (RDoC) paradigm, which seeks to find physiological markers for mental health conditions. In this case, rumination seems to be an important marker for positive outcomes in post-SRS GD patients. In the second study, the main result is the higher (up to 15 fold) prevalence for likeliness to engane in high level of ruminative thinking or dysphoric behaviour amongst the individuals who were exposed to emotional abuse. Above all, the engagement in ruminative thinking process is even higher amongst those who lived through emotional abuse in the moderated - severe and the severe - extreme categories of the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale than those in the light - moderate category. Emotional abuse is related to ruminative engagement, specially to the high level subtype of rumination. This contributes to the increase in dysphoric behaviours and to the bad health and mental outcomes in this population, probably associated with emotional dysregulation.
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Incongruência de Gênero : um estudo comparativo entre os critérios diagnósticos CID-10, CID-11 e DSM-5

Soll, Bianca Machado Borba January 2016 (has links)
A presente dissertação tem o objetivo de discutir a proposta dos critérios diagnósticos da CID-11 para Incongruência de Gênero e comparar as diretrizes dos manuais diagnósticos DSM-5 e CID-10 para Disforia de Gênero e Transtorno de Identidade de Gênero, respectivamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em processo de revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID). Diferentemente do sistema de classificação vigente (CID-10), as modificações propostas pela CID-11 no que diz respeito à condição transexual são norteadas pela compreensão de que esta não é doença mental e que o acesso à saúde desta população necessita ser ampliado. O artigo derivado desta dissertação compara os critérios nos manuais diagnósticos existentes, o DSM-5 e da CID-10, em uma amostra brasileira de pessoas transexuais que procuraram serviços de saúde especificamente para a transição física. Este é um estudo transversal multicêntrico que inclui uma amostra de 103 indivíduos que procuraram os serviços em um dos dois principais centros de referência no Brasil especializados em identidade de gênero. O método da pesquisa consiste na aplicação, por profissionais previamente treinados, de uma entrevista estruturada desenvolvida pelo WHO´s Field Study Coordination Group for ICD-11 Mental and Behavioural Disorders que contempla os critérios diagnósticos. Os resultados revelam que, embora exista desacordo teórico nos critérios há uma sobreposição entre os dois sistemas quanto à confirmação do diagnóstico, com o DSM-5 mais inclusivo. Adicionalmente, a média do tempo de espera para ter acesso a este tipo de serviço é de quase uma década. Nossos achados confirmam a ideia de que há pouco consenso quanto aos critérios diagnósticos dos comportamentos transgêneros, considerando a diversidade de contextos sociais e culturais e que seguem com pouca diferenciação tanto etiológica quanto clínica para fins diagnósticos. / The current work aims to discuss the proposed diagnostic criteria of ICD-11 for Gender Incongruence and compare the diagnostic criteria of DSM-5 and ICD-10 Gender Dysphoria and Gender Identity Disorder, respectively. The World Health Organization (WHO) is reviewing the International Classification of Diseases (ICD). Despite the existing classification system (ICD-10), changes proposed by ICD-11 concerning transgender condition are guided by the understanding that it is not a mental illness and that this population needs health service access to be expanded. The study derived from this work aim to compare the criteria in the existing diagnostic manuals, the DSM-5 and the ICD-10, among a Brazilian sample of transgender persons who sought health services specifically for physical transition. This is a multicenter cross-sectional study that includes a sample of 103 subjects who sought services for gender identity disorder in one of two main reference centers in Brazil. The research method consists of applying a structured interview, which is comprised of the diagnostic criteria from the two manuals. The results reveal that although the theoretical disagreement in the criteria, there is an overlap among the two systems as diagnosis confirmation, to the DSM-5 more inclusive. Additionally, the average waiting time to access this type of service is nearly a decade. Although there is not a consensus concerning such on transgenderism in the diversity of social and cultural contexts, the findings confirm previous impression that despite efforts to determine the diagnostic settings, they follow slightly different as to etiology and different clinical presentations of this condition.
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Avaliação dos mecanismos de ruminação em pacientes com disforia de gênero

Mueller, Andressa January 2016 (has links)
A Ruminação tem sido um importante campo de investigação para estudar os mecanismos cognitivos e alteração dos estados emocionais associados ao processo do desenvolvimento de condições de saúde mental. A presente dissertação, cujo relatório de pesquisa deriva nessa produção, busca elucidar as relações entre ruminação e disforia de gênero. Dessa forma, a dissertação apresentará dois estudos de delineamento transversal que, no entanto, sofrem adaptações na disposição dos indivíduos da amostra para testar hipóteses específicas. Em ambos os estudos foram recrutadas 39 mulheres transexuais, no período de 2014 a 2015, que atenderam aos critérios do DSM 5 para diagnóstico de Disforia de Gênero (DG). O primeiro estudo teve como objetivo analisar os níveis de ruminação em pacientes com disforia de gênero antes e depois da Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), o que contribui com a literatura que investiga marcadores de desfecho positivo para CRS. O primeiro subgrupo (T0) foi constituído por participantes com diagnósticos confirmados para DG e com, no máximo, um ano de acompanhamento em grupoterapia. O T1, por pacientes que atenderam os pré-requisitos em relação à frequência aos atendimentos dos grupos psicoterapêuticos de, no mínimo, um ano, e no máximo dois anos, sem contra-indicação para realização da CRS. E o T2, constituído por pacientes pós-cirúrgicos em um período superior a seis meses. O segundo estudo teve como objetivo tanto analisar a relação entre abuso emocional na infância e ruminação em mulheres transexuais quanto identificar, entre os indivíduos da amostra, quais ruminam em nível p[baixo] = (33) ≤18 e p[alto] = (67) ≥23. Essa classificação entre dois subtipos do pensamento ruminativo pode elucidar diferenças entre os fatores protetivos e os desfechos nocivos na saúde mental e física dessa população. No primeiro estudo, a ruminação diminuiu entre os pacientes no T2 e os escores em ruminação foram ainda gradualmente menores a cada procedimento realizado nas características sexuais secundárias por pacientes deste grupo. Esse achado contribui para pesquisas do paradigma Research Domain Criteria (RDoC), que almeja demonstrar marcadores psicológicos para condições de saúde mental. Nesse caso, a ruminação parece se mostrar como um marcador importante para o desfecho positivo em pacientes com disforia de gênero pós-CRS. No segundo estudo, nosso principal achado reside na prevalência em até 15 vezes (IC95%: 2,25-99,63) de maior chance para engajamento em ruminação elevada ou comportamento disfórico entre os indivíduos que foram expostos ao abuso emocional, sobretudo, entre aqueles que o vivenciaram no intervalo da tipologia que variou de moderado – grave a grave – extremo se comparado aos indivíduos com gravidade entre mínimo a moderado na escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). O abuso emocional está relacionado com engajamento em ruminação, sobretudo, ao subtipo elevada, o que contribui para aumento em comportamentos disfóricos, e ao estar associado à desregulação da emoção, que contribui para os desfechos nocivos na saúde física e mental desta população. / The Rumination has recently become an important field of study to better understand cognitive mechanisms and emotional status associated to the development of mental health conditions. The current work aims to shine a light upon the relation between rumination and gender dysphoria (GD). In this sense, this work presents two cross-sectional studies, each testing two specific hypotheses. Therefore, they have suffered adaptations in the disposition of the sample. In both studies, 39 transexual women, who fulfilled the DSM 5 diagnostic criteria for GD, were recruited within the years of 2014 and 2015. The first study aimed to analyse how much GD patients have rumination processes before and after sex reassignment surgery (SRS), which contributes to the body of literature seeking for positive outcome markers for SRS. The first group (T0) was made of participants who had a confirmed DG diagnostic and participated of group therapy for up to one year (between 0 and 12 months). The second group (T1) was composed by participants who had a confirmed DG diagnostic and attended from one up to two years of group therapy and had no contraindications for SRS. The third group (T2) was comprised of patients who have gone through SRS surgery at least six months prior to the data collection. The second study aimed to analyse the relation between emotional abuse during childhood and rumination in transexual women and to identify, amongst sample individuals, those who ruminate at a low or high levels. This classification into two subsets of ruminative thinking might clarify diferences between protective factors and poor mental and physical health outcomes in this specific population. In the first study, patients of the T2 group ruminate significantly less than their counterparts; moreover, scores of the ruminative thinking process seems to fall gradually with each alteration in the secondary sex characteristics. This finding contributes to the researches of the Research Domain Criteria (RDoC) paradigm, which seeks to find physiological markers for mental health conditions. In this case, rumination seems to be an important marker for positive outcomes in post-SRS GD patients. In the second study, the main result is the higher (up to 15 fold) prevalence for likeliness to engane in high level of ruminative thinking or dysphoric behaviour amongst the individuals who were exposed to emotional abuse. Above all, the engagement in ruminative thinking process is even higher amongst those who lived through emotional abuse in the moderated - severe and the severe - extreme categories of the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale than those in the light - moderate category. Emotional abuse is related to ruminative engagement, specially to the high level subtype of rumination. This contributes to the increase in dysphoric behaviours and to the bad health and mental outcomes in this population, probably associated with emotional dysregulation.
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Incongruência de Gênero : um estudo comparativo entre os critérios diagnósticos CID-10, CID-11 e DSM-5

Soll, Bianca Machado Borba January 2016 (has links)
A presente dissertação tem o objetivo de discutir a proposta dos critérios diagnósticos da CID-11 para Incongruência de Gênero e comparar as diretrizes dos manuais diagnósticos DSM-5 e CID-10 para Disforia de Gênero e Transtorno de Identidade de Gênero, respectivamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em processo de revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID). Diferentemente do sistema de classificação vigente (CID-10), as modificações propostas pela CID-11 no que diz respeito à condição transexual são norteadas pela compreensão de que esta não é doença mental e que o acesso à saúde desta população necessita ser ampliado. O artigo derivado desta dissertação compara os critérios nos manuais diagnósticos existentes, o DSM-5 e da CID-10, em uma amostra brasileira de pessoas transexuais que procuraram serviços de saúde especificamente para a transição física. Este é um estudo transversal multicêntrico que inclui uma amostra de 103 indivíduos que procuraram os serviços em um dos dois principais centros de referência no Brasil especializados em identidade de gênero. O método da pesquisa consiste na aplicação, por profissionais previamente treinados, de uma entrevista estruturada desenvolvida pelo WHO´s Field Study Coordination Group for ICD-11 Mental and Behavioural Disorders que contempla os critérios diagnósticos. Os resultados revelam que, embora exista desacordo teórico nos critérios há uma sobreposição entre os dois sistemas quanto à confirmação do diagnóstico, com o DSM-5 mais inclusivo. Adicionalmente, a média do tempo de espera para ter acesso a este tipo de serviço é de quase uma década. Nossos achados confirmam a ideia de que há pouco consenso quanto aos critérios diagnósticos dos comportamentos transgêneros, considerando a diversidade de contextos sociais e culturais e que seguem com pouca diferenciação tanto etiológica quanto clínica para fins diagnósticos. / The current work aims to discuss the proposed diagnostic criteria of ICD-11 for Gender Incongruence and compare the diagnostic criteria of DSM-5 and ICD-10 Gender Dysphoria and Gender Identity Disorder, respectively. The World Health Organization (WHO) is reviewing the International Classification of Diseases (ICD). Despite the existing classification system (ICD-10), changes proposed by ICD-11 concerning transgender condition are guided by the understanding that it is not a mental illness and that this population needs health service access to be expanded. The study derived from this work aim to compare the criteria in the existing diagnostic manuals, the DSM-5 and the ICD-10, among a Brazilian sample of transgender persons who sought health services specifically for physical transition. This is a multicenter cross-sectional study that includes a sample of 103 subjects who sought services for gender identity disorder in one of two main reference centers in Brazil. The research method consists of applying a structured interview, which is comprised of the diagnostic criteria from the two manuals. The results reveal that although the theoretical disagreement in the criteria, there is an overlap among the two systems as diagnosis confirmation, to the DSM-5 more inclusive. Additionally, the average waiting time to access this type of service is nearly a decade. Although there is not a consensus concerning such on transgenderism in the diversity of social and cultural contexts, the findings confirm previous impression that despite efforts to determine the diagnostic settings, they follow slightly different as to etiology and different clinical presentations of this condition.
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Avaliação dos mecanismos de ruminação em pacientes com disforia de gênero

Mueller, Andressa January 2016 (has links)
A Ruminação tem sido um importante campo de investigação para estudar os mecanismos cognitivos e alteração dos estados emocionais associados ao processo do desenvolvimento de condições de saúde mental. A presente dissertação, cujo relatório de pesquisa deriva nessa produção, busca elucidar as relações entre ruminação e disforia de gênero. Dessa forma, a dissertação apresentará dois estudos de delineamento transversal que, no entanto, sofrem adaptações na disposição dos indivíduos da amostra para testar hipóteses específicas. Em ambos os estudos foram recrutadas 39 mulheres transexuais, no período de 2014 a 2015, que atenderam aos critérios do DSM 5 para diagnóstico de Disforia de Gênero (DG). O primeiro estudo teve como objetivo analisar os níveis de ruminação em pacientes com disforia de gênero antes e depois da Cirurgia de Redesignação Sexual (CRS), o que contribui com a literatura que investiga marcadores de desfecho positivo para CRS. O primeiro subgrupo (T0) foi constituído por participantes com diagnósticos confirmados para DG e com, no máximo, um ano de acompanhamento em grupoterapia. O T1, por pacientes que atenderam os pré-requisitos em relação à frequência aos atendimentos dos grupos psicoterapêuticos de, no mínimo, um ano, e no máximo dois anos, sem contra-indicação para realização da CRS. E o T2, constituído por pacientes pós-cirúrgicos em um período superior a seis meses. O segundo estudo teve como objetivo tanto analisar a relação entre abuso emocional na infância e ruminação em mulheres transexuais quanto identificar, entre os indivíduos da amostra, quais ruminam em nível p[baixo] = (33) ≤18 e p[alto] = (67) ≥23. Essa classificação entre dois subtipos do pensamento ruminativo pode elucidar diferenças entre os fatores protetivos e os desfechos nocivos na saúde mental e física dessa população. No primeiro estudo, a ruminação diminuiu entre os pacientes no T2 e os escores em ruminação foram ainda gradualmente menores a cada procedimento realizado nas características sexuais secundárias por pacientes deste grupo. Esse achado contribui para pesquisas do paradigma Research Domain Criteria (RDoC), que almeja demonstrar marcadores psicológicos para condições de saúde mental. Nesse caso, a ruminação parece se mostrar como um marcador importante para o desfecho positivo em pacientes com disforia de gênero pós-CRS. No segundo estudo, nosso principal achado reside na prevalência em até 15 vezes (IC95%: 2,25-99,63) de maior chance para engajamento em ruminação elevada ou comportamento disfórico entre os indivíduos que foram expostos ao abuso emocional, sobretudo, entre aqueles que o vivenciaram no intervalo da tipologia que variou de moderado – grave a grave – extremo se comparado aos indivíduos com gravidade entre mínimo a moderado na escala Childhood Trauma Questionnaire (CTQ). O abuso emocional está relacionado com engajamento em ruminação, sobretudo, ao subtipo elevada, o que contribui para aumento em comportamentos disfóricos, e ao estar associado à desregulação da emoção, que contribui para os desfechos nocivos na saúde física e mental desta população. / The Rumination has recently become an important field of study to better understand cognitive mechanisms and emotional status associated to the development of mental health conditions. The current work aims to shine a light upon the relation between rumination and gender dysphoria (GD). In this sense, this work presents two cross-sectional studies, each testing two specific hypotheses. Therefore, they have suffered adaptations in the disposition of the sample. In both studies, 39 transexual women, who fulfilled the DSM 5 diagnostic criteria for GD, were recruited within the years of 2014 and 2015. The first study aimed to analyse how much GD patients have rumination processes before and after sex reassignment surgery (SRS), which contributes to the body of literature seeking for positive outcome markers for SRS. The first group (T0) was made of participants who had a confirmed DG diagnostic and participated of group therapy for up to one year (between 0 and 12 months). The second group (T1) was composed by participants who had a confirmed DG diagnostic and attended from one up to two years of group therapy and had no contraindications for SRS. The third group (T2) was comprised of patients who have gone through SRS surgery at least six months prior to the data collection. The second study aimed to analyse the relation between emotional abuse during childhood and rumination in transexual women and to identify, amongst sample individuals, those who ruminate at a low or high levels. This classification into two subsets of ruminative thinking might clarify diferences between protective factors and poor mental and physical health outcomes in this specific population. In the first study, patients of the T2 group ruminate significantly less than their counterparts; moreover, scores of the ruminative thinking process seems to fall gradually with each alteration in the secondary sex characteristics. This finding contributes to the researches of the Research Domain Criteria (RDoC) paradigm, which seeks to find physiological markers for mental health conditions. In this case, rumination seems to be an important marker for positive outcomes in post-SRS GD patients. In the second study, the main result is the higher (up to 15 fold) prevalence for likeliness to engane in high level of ruminative thinking or dysphoric behaviour amongst the individuals who were exposed to emotional abuse. Above all, the engagement in ruminative thinking process is even higher amongst those who lived through emotional abuse in the moderated - severe and the severe - extreme categories of the Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) scale than those in the light - moderate category. Emotional abuse is related to ruminative engagement, specially to the high level subtype of rumination. This contributes to the increase in dysphoric behaviours and to the bad health and mental outcomes in this population, probably associated with emotional dysregulation.
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Incongruência de Gênero : um estudo comparativo entre os critérios diagnósticos CID-10, CID-11 e DSM-5

Soll, Bianca Machado Borba January 2016 (has links)
A presente dissertação tem o objetivo de discutir a proposta dos critérios diagnósticos da CID-11 para Incongruência de Gênero e comparar as diretrizes dos manuais diagnósticos DSM-5 e CID-10 para Disforia de Gênero e Transtorno de Identidade de Gênero, respectivamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em processo de revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID). Diferentemente do sistema de classificação vigente (CID-10), as modificações propostas pela CID-11 no que diz respeito à condição transexual são norteadas pela compreensão de que esta não é doença mental e que o acesso à saúde desta população necessita ser ampliado. O artigo derivado desta dissertação compara os critérios nos manuais diagnósticos existentes, o DSM-5 e da CID-10, em uma amostra brasileira de pessoas transexuais que procuraram serviços de saúde especificamente para a transição física. Este é um estudo transversal multicêntrico que inclui uma amostra de 103 indivíduos que procuraram os serviços em um dos dois principais centros de referência no Brasil especializados em identidade de gênero. O método da pesquisa consiste na aplicação, por profissionais previamente treinados, de uma entrevista estruturada desenvolvida pelo WHO´s Field Study Coordination Group for ICD-11 Mental and Behavioural Disorders que contempla os critérios diagnósticos. Os resultados revelam que, embora exista desacordo teórico nos critérios há uma sobreposição entre os dois sistemas quanto à confirmação do diagnóstico, com o DSM-5 mais inclusivo. Adicionalmente, a média do tempo de espera para ter acesso a este tipo de serviço é de quase uma década. Nossos achados confirmam a ideia de que há pouco consenso quanto aos critérios diagnósticos dos comportamentos transgêneros, considerando a diversidade de contextos sociais e culturais e que seguem com pouca diferenciação tanto etiológica quanto clínica para fins diagnósticos. / The current work aims to discuss the proposed diagnostic criteria of ICD-11 for Gender Incongruence and compare the diagnostic criteria of DSM-5 and ICD-10 Gender Dysphoria and Gender Identity Disorder, respectively. The World Health Organization (WHO) is reviewing the International Classification of Diseases (ICD). Despite the existing classification system (ICD-10), changes proposed by ICD-11 concerning transgender condition are guided by the understanding that it is not a mental illness and that this population needs health service access to be expanded. The study derived from this work aim to compare the criteria in the existing diagnostic manuals, the DSM-5 and the ICD-10, among a Brazilian sample of transgender persons who sought health services specifically for physical transition. This is a multicenter cross-sectional study that includes a sample of 103 subjects who sought services for gender identity disorder in one of two main reference centers in Brazil. The research method consists of applying a structured interview, which is comprised of the diagnostic criteria from the two manuals. The results reveal that although the theoretical disagreement in the criteria, there is an overlap among the two systems as diagnosis confirmation, to the DSM-5 more inclusive. Additionally, the average waiting time to access this type of service is nearly a decade. Although there is not a consensus concerning such on transgenderism in the diversity of social and cultural contexts, the findings confirm previous impression that despite efforts to determine the diagnostic settings, they follow slightly different as to etiology and different clinical presentations of this condition.
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Prevalência dos fatores de risco cardiovascular em homens transexuais em tratamento com ésteres de testosterona e sua associação com as variantes polimórficas do gene do receptor androgênico / Prevalence of cardiovascular risk factors in transgender men receiving treatment with testosterone esters and its association with polymorphic variants of the androgen receptor gene

Cunha, Flávia Siqueira 09 October 2017 (has links)
Introdução: O homem transexual (HT) é um indivíduo de sexo genético feminino, com fenótipo feminino normal, que deseja viver e ser aceito como um membro do sexo masculino. O tratamento hormonal que é realizado no processo de redesignação sexual nesses pacientes consiste na administração de testosterona nas suas diversas apresentações, mais comumente ésteres de testosterona de curta ou longa ação. O tratamento hormonal visa induzir virilização, através da produção de um padrão masculino de crescimento dos pelos faciais e corporais, aumento da massa muscular e interrupção dos ciclos menstruais. O efeito da terapia androgênica na saúde cardiovascular de HT é pouco conhecido, principalmente em relação às repercussões em longo prazo. O HT representa um modelo ideal e único para a avaliação das ações da testosterona exógena administrada em doses suprafisiológicas em um organismo geneticamente feminino. Alguns estudos de farmacogenética demonstraram a influência da repetição CAG do gene do receptor androgênico (RA) nos efeitos observados durante terapia com testosterona em homens hipogonádicos e a maioria dos estudos confirmou a modulação desses polimorfismos sobre fatores de risco cardiovascular. Objetivos: avaliar em HT em tratamento androgênico a prevalência de fatores clássicos de risco cardiovascular e as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; correlacionar a distribuição alélica do microssatélite CAG RA com a ocorrência de comorbidades e com as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; comparar os valores das propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais de HT com uma população controle (feminina e masculina). Pacientes: 46 pacientes com diagnóstico de HT (faixa etária 42 ± 10 anos) acompanhados no Ambulatório da Unidade de Disforia de Gênero do HCFMUSP e em tratamento com ésteres de testosterona há pelo menos um ano (variação de 1 a 38 anos) foram selecionados para o estudo. Métodos: Parâmetros clínicos (IMC, circunferência abdominal, relação cintura quadril, pressão arterial e pressão de pulso, composição corporal por bioimpedância), a presença de comorbidades (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, obesidade) e vícios (tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas), dados laboratoriais (hematócrito, glicemia de jejum, insulina, índice HOMA IR, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos e creatinina) e parâmetros vasculares (espessura íntima média da carótida, diâmetro da carótida, percentual da variação sisto-diastólica da carótida e velocidade de onda de pulso dos vasos arteriais) foram avaliados no grupo de HT. Os mesmos parâmetros vasculares também foram avaliados em controles saudáveis masculinos e femininos pareados para idade e IMC com os HT. A distribuição alélica do microssatélite CAG RA foi avaliada em 44 HT através da análise do produto amplificado da região de repetições CAG do exon 1 do gene do RA, utilizando o software GeneMapper. Resultados e Conclusões: Neste grupo de HT em terapia com ésteres de testosterona observamos uma prevalência de dislipidemia de 42%, hipertensão arterial sistêmica de 35%, obesidade de 30%, diabetes de 4% e tabagismo de 20%. HT em tratamento androgênico apresentaram maior velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral do que controles masculinos, mas não do que controles femininos, embora no subgrupo >= 42 anos os HT tenham apresentado maior VOP do que controles masculinos e femininos. Não houve diferença de diâmetro, distensão relativa e espessura íntima média carotídea entre HT e controles. Maior diâmetro, maior espessura íntima média e menor distensão relativa da carótida foram observados em HT obesos e hipertensos; e maior velocidade de onda de pulso aórtica em HT hipertensos. Os parâmetros correlacionados à medida funcional da artéria aorta foram a idade, o tempo de tratamento androgênico e a relação cintura-quadril, enquanto que as propriedades estruturais e funcionais da carótida se correlacionaram com idade, parâmetros antropométricos e glicêmicos. Não houve influência do trato CAG RA na comparação entre os HT com e sem comorbidades metabólicas. Repetições CAG RA curtas se associaram com níveis significativamente mais elevados de glicemia de jejum, insulina basal e HOMA IR. Em relação aos parâmetros antropométricos, pressóricos, lipídicos e arteriais, não foi identificada associação com o número de repetições CAG RA. Estes achados sugerem um potencial efeito deletério da terapia androgênica prolongada sobre os vasos arteriais e a necessidade de medidas preventivas em HT / Introduction: Transgender men (TM) are 46, XX individuals, with normal female phenotype, who desire to live and be accepted as a male member. Testosterone esters are used in sex reassignment therapy to induce virilization and to adapt the body to the male identity. The effects of androgen therapy on TM cardiovascular function are poorly known, particularly with regard to long-term androgen treatment. TM represents a good model for evaluation of high-dose exogenous testosterone action in biological women. Pharmacogenetic studies have demonstrated the influence of CAG polymorphic tract of the androgen receptor gene (AR) on the androgenic effects observed during testosterone therapy in hypogonadal men, and most studies confirmed the modulation of these polymorphisms on cardiovascular risk factors. Objective: to evaluate the prevalence of cardiovascular risk factors and the structural and functional properties of large arteries in TM on long-term cross sex hormone therapy compared to a male and female healthy control group; to correlate the allelic distribution of CAG AR polymorphic tract with the cardiovascular comorbidities and the structural and functional properties of large arteries in TM. Patients: Forty-six patients with a diagnosis of TM (42 ± 10 years old), followed at the Gender Dysphoria Unit-HCFMUSP, receiving cross-sex hormone treatment with testosterone esters for at least one year (ranging from 1 to 38 years) were selected for the study. Methods: Clinical parameters (BMI, waist circumference, waist-to-hip ratio, blood pressure, pulse pressure, body fat percentage), the presence of cardiovascular comorbidities (hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus, obesity) and addictions (smoking, alcohol and drug abuse), laboratory parameters (hematocrit, fasting plasma glucose, basal insulin, HOMA IR index, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides and creatinine) and vascular parameters (carotid intima-media thickness, carotid diameter, carotid relative distensibility and aortic pulse wave velocity - PWV) were evaluated in the TM group. The same vascular parameters were also evaluated in healthy male and female control group, matched for age and BMI. The allelic distribution of the CAG AR polymorphic tract was evaluated in 44 TM using the GeneMapper software. Results and Conclusions: In the TM group, we observed dyslipidemia in 42%, hypertension in 35%, obesity in 30%, diabetes in 4% and smoking habit in 20%. The mean aortic PWV values in TM was higher than in male healthy controls (p=0.005), but not than in female controls (p=0.640). When categorized by age, considering the median age, TM >= 42 years had higher aortic PWV measures than male (p < 0.001) and female (p = 0.024) controls, regardless of their arterial blood pressure values. There was no difference in carotid diameter, carotid relative distensibility and carotid intima-media thickness between TM and controls. Obese and hypertensive TM presented significantly higher values of carotid diameter and carotid intima-media thickness, and lower values of carotid relative distensibility than healthy transgenders. Hypertensive TM showed higher aortic PWV values than non-hypertensive TM. The aortic stiffness correlated significantly and positively with age, androgen treatment duration and waist-to-hip ratio in TM. Properties of the carotid artery correlated with age, anthropometric parameters and glycemic parameters in TM. Shorter CAG polymorphic tracts of TM were associated with higher levels of fasting plasma glucose, basal insulin and HOMA IR index. There was no influence of the CAG polymorphic tract of TM on the presence of cardiovascular comorbidities, anthropometric, pressure, lipid and arterial parameters. These findings suggest a potential deleterious effect of the long-term testosterone therapy on vessels and the need for preventive measures in TM
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Prevalência dos fatores de risco cardiovascular em homens transexuais em tratamento com ésteres de testosterona e sua associação com as variantes polimórficas do gene do receptor androgênico / Prevalence of cardiovascular risk factors in transgender men receiving treatment with testosterone esters and its association with polymorphic variants of the androgen receptor gene

Flávia Siqueira Cunha 09 October 2017 (has links)
Introdução: O homem transexual (HT) é um indivíduo de sexo genético feminino, com fenótipo feminino normal, que deseja viver e ser aceito como um membro do sexo masculino. O tratamento hormonal que é realizado no processo de redesignação sexual nesses pacientes consiste na administração de testosterona nas suas diversas apresentações, mais comumente ésteres de testosterona de curta ou longa ação. O tratamento hormonal visa induzir virilização, através da produção de um padrão masculino de crescimento dos pelos faciais e corporais, aumento da massa muscular e interrupção dos ciclos menstruais. O efeito da terapia androgênica na saúde cardiovascular de HT é pouco conhecido, principalmente em relação às repercussões em longo prazo. O HT representa um modelo ideal e único para a avaliação das ações da testosterona exógena administrada em doses suprafisiológicas em um organismo geneticamente feminino. Alguns estudos de farmacogenética demonstraram a influência da repetição CAG do gene do receptor androgênico (RA) nos efeitos observados durante terapia com testosterona em homens hipogonádicos e a maioria dos estudos confirmou a modulação desses polimorfismos sobre fatores de risco cardiovascular. Objetivos: avaliar em HT em tratamento androgênico a prevalência de fatores clássicos de risco cardiovascular e as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; correlacionar a distribuição alélica do microssatélite CAG RA com a ocorrência de comorbidades e com as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; comparar os valores das propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais de HT com uma população controle (feminina e masculina). Pacientes: 46 pacientes com diagnóstico de HT (faixa etária 42 ± 10 anos) acompanhados no Ambulatório da Unidade de Disforia de Gênero do HCFMUSP e em tratamento com ésteres de testosterona há pelo menos um ano (variação de 1 a 38 anos) foram selecionados para o estudo. Métodos: Parâmetros clínicos (IMC, circunferência abdominal, relação cintura quadril, pressão arterial e pressão de pulso, composição corporal por bioimpedância), a presença de comorbidades (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, obesidade) e vícios (tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas), dados laboratoriais (hematócrito, glicemia de jejum, insulina, índice HOMA IR, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos e creatinina) e parâmetros vasculares (espessura íntima média da carótida, diâmetro da carótida, percentual da variação sisto-diastólica da carótida e velocidade de onda de pulso dos vasos arteriais) foram avaliados no grupo de HT. Os mesmos parâmetros vasculares também foram avaliados em controles saudáveis masculinos e femininos pareados para idade e IMC com os HT. A distribuição alélica do microssatélite CAG RA foi avaliada em 44 HT através da análise do produto amplificado da região de repetições CAG do exon 1 do gene do RA, utilizando o software GeneMapper. Resultados e Conclusões: Neste grupo de HT em terapia com ésteres de testosterona observamos uma prevalência de dislipidemia de 42%, hipertensão arterial sistêmica de 35%, obesidade de 30%, diabetes de 4% e tabagismo de 20%. HT em tratamento androgênico apresentaram maior velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral do que controles masculinos, mas não do que controles femininos, embora no subgrupo >= 42 anos os HT tenham apresentado maior VOP do que controles masculinos e femininos. Não houve diferença de diâmetro, distensão relativa e espessura íntima média carotídea entre HT e controles. Maior diâmetro, maior espessura íntima média e menor distensão relativa da carótida foram observados em HT obesos e hipertensos; e maior velocidade de onda de pulso aórtica em HT hipertensos. Os parâmetros correlacionados à medida funcional da artéria aorta foram a idade, o tempo de tratamento androgênico e a relação cintura-quadril, enquanto que as propriedades estruturais e funcionais da carótida se correlacionaram com idade, parâmetros antropométricos e glicêmicos. Não houve influência do trato CAG RA na comparação entre os HT com e sem comorbidades metabólicas. Repetições CAG RA curtas se associaram com níveis significativamente mais elevados de glicemia de jejum, insulina basal e HOMA IR. Em relação aos parâmetros antropométricos, pressóricos, lipídicos e arteriais, não foi identificada associação com o número de repetições CAG RA. Estes achados sugerem um potencial efeito deletério da terapia androgênica prolongada sobre os vasos arteriais e a necessidade de medidas preventivas em HT / Introduction: Transgender men (TM) are 46, XX individuals, with normal female phenotype, who desire to live and be accepted as a male member. Testosterone esters are used in sex reassignment therapy to induce virilization and to adapt the body to the male identity. The effects of androgen therapy on TM cardiovascular function are poorly known, particularly with regard to long-term androgen treatment. TM represents a good model for evaluation of high-dose exogenous testosterone action in biological women. Pharmacogenetic studies have demonstrated the influence of CAG polymorphic tract of the androgen receptor gene (AR) on the androgenic effects observed during testosterone therapy in hypogonadal men, and most studies confirmed the modulation of these polymorphisms on cardiovascular risk factors. Objective: to evaluate the prevalence of cardiovascular risk factors and the structural and functional properties of large arteries in TM on long-term cross sex hormone therapy compared to a male and female healthy control group; to correlate the allelic distribution of CAG AR polymorphic tract with the cardiovascular comorbidities and the structural and functional properties of large arteries in TM. Patients: Forty-six patients with a diagnosis of TM (42 ± 10 years old), followed at the Gender Dysphoria Unit-HCFMUSP, receiving cross-sex hormone treatment with testosterone esters for at least one year (ranging from 1 to 38 years) were selected for the study. Methods: Clinical parameters (BMI, waist circumference, waist-to-hip ratio, blood pressure, pulse pressure, body fat percentage), the presence of cardiovascular comorbidities (hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus, obesity) and addictions (smoking, alcohol and drug abuse), laboratory parameters (hematocrit, fasting plasma glucose, basal insulin, HOMA IR index, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides and creatinine) and vascular parameters (carotid intima-media thickness, carotid diameter, carotid relative distensibility and aortic pulse wave velocity - PWV) were evaluated in the TM group. The same vascular parameters were also evaluated in healthy male and female control group, matched for age and BMI. The allelic distribution of the CAG AR polymorphic tract was evaluated in 44 TM using the GeneMapper software. Results and Conclusions: In the TM group, we observed dyslipidemia in 42%, hypertension in 35%, obesity in 30%, diabetes in 4% and smoking habit in 20%. The mean aortic PWV values in TM was higher than in male healthy controls (p=0.005), but not than in female controls (p=0.640). When categorized by age, considering the median age, TM >= 42 years had higher aortic PWV measures than male (p < 0.001) and female (p = 0.024) controls, regardless of their arterial blood pressure values. There was no difference in carotid diameter, carotid relative distensibility and carotid intima-media thickness between TM and controls. Obese and hypertensive TM presented significantly higher values of carotid diameter and carotid intima-media thickness, and lower values of carotid relative distensibility than healthy transgenders. Hypertensive TM showed higher aortic PWV values than non-hypertensive TM. The aortic stiffness correlated significantly and positively with age, androgen treatment duration and waist-to-hip ratio in TM. Properties of the carotid artery correlated with age, anthropometric parameters and glycemic parameters in TM. Shorter CAG polymorphic tracts of TM were associated with higher levels of fasting plasma glucose, basal insulin and HOMA IR index. There was no influence of the CAG polymorphic tract of TM on the presence of cardiovascular comorbidities, anthropometric, pressure, lipid and arterial parameters. These findings suggest a potential deleterious effect of the long-term testosterone therapy on vessels and the need for preventive measures in TM
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Aspectos comportamentais e do desenvolvimento psicossexual dos pacientes com distúrbios do desenvolvimento sexual 46,XY na idade adulta / Behavioral and psychosexual aspects of 46,XY DSD individuals at adulthood

Batista, Rafael Loch 12 December 2017 (has links)
Introdução: O desenvolvimento psicossexual humano inicia no período pré-natal e é composto pelo papel de gênero (PG), pela identidade de gênero (IG) e pela orientação sexual (OS). Em indivíduos com DDS 46,XY, vários fatores podem comprometer esse desenvolvimento, levando a incongruência de identidade de gênero e à mudança de gênero. Nesses pacientes, a exposição androgênica pré-natal e o grau de virilização da genitália externa tem sido avaliados como possíveis influenciadores destes desfechos, mas seu papel ainda não foi esclarecido. Objetivos: Avaliar os desfechos psicossexuais - IG, PG e OS - e aspectos da vida sexual em uma coorte de indivíduos com DDS 46,XY na idade adulta com diagnostico etiológico caracterizado do ponto de vista clínico e molecular e investigar a influência da exposição androgênica pré-natal e do grau de virilização da genitália externa nesses desfechos e na prevalência de disforia de gênero (DG). Pacientes: 144 pacientes com diagnóstico etiológico confirmado de DDS 46,XY acompanhados do HCFMUSP com idade entre 16 e 60 anos foram incluídos neste estudo. Métodos: Os componentes do desenvolvimento psicossexual (IG, PG, OS) foram avaliados usando questionários e por teste psicológico projetivo (HTP - House-Tree-Person). O escore de Sinnecker foi utilizado para a mensuração do grau de virilização da genitália externa. A exposição androgênica pré-natal foi estimada de acordo com a etiologia do DDS 46,XY. Aspectos da vida sexual foram avaliados através de questionário específico.Todas as variáveis categóricas foram analisadas usando teste X². A força de associação foi avaliada pelo cálculo do V de Cramer. O índice kappa foi usado para avaliar concordância entre resultados dos testes. Resultados: Houve uma associação positiva entre exposição androgênica pré-natal e a maior incidência de desfechos psicossexuais masculinos em indivíduos com maior exposição. O grau de virilização da genitália externa não interferiu nos desfechos psicossexuais. Houve uma prevalência de 19% (27/144) de disforia de gênero em toda a coorte. Em 93% (25/27), a DG foi do sexo feminino para o masculino e ocorreu em 50% (16/32) de casos de deficiência de 5alfa-RD2, seguido de 33% (5/15) dos casos de deficiência da 17beta-HSD3 e se associou com exposição androgênica pré-natal (p < 001; V=0,461), mas não com a virilização da genitália externa. A mediana de idade do desejo de mudar de sexo foi de 8 anos (5 - 9) enquanto que a da idade da mudança de sexo foi 15 anos (10.5 - 20). Os desfechos psicossexuais mostraram maior concordância com o sexo social final (PG - k=0.81; IG - k=0.65 e OS - k=0.85) do que com o sexo de registro (PG - k=0.1; IG - k=0.25 e OS - k=0.15). Quanto a sexualidade, alguns parâmetros (fantasias sexuais, masturbação e parceiro sexual fixo) foram melhores no sexo masculino comparado ao feminino. No entanto, não houveram diferenças em relação aos parâmetros da vida sexual comparando indivíduos do sexo feminino com e sem atipia genital e indivíduos do sexo masculino que mantiveram o sexo social com os que mudaram para este sexo. Conclusões: A exposição androgênica pré-natal influenciou o desenvolvimento psicossexual em indivíduos com DDS 46,XY, de uma forma exposição-dependente, favorecendo desfechos masculinos, enquanto que o grau de virilização da genitália externa não influenciou estes desfechos. A DG do feminino para o masculino foi comum entre esses indivíduos e também foi influenciada pela exposição androgênica pré-natal. Os parâmetros psicossexuais nesses pacientes concorda muito mais com o sexo social final do que com o sexo de registro. A sexualidade dos indivíduos do sexo masculino tem aspectos mais satisfatórios que o feminino. Atipia genital no sexo feminino não afetou a sexualidade destas pacientes assim a sexualidade dos indivíduos que mudaram para o sexo masculino são semelhantes aos que foram registrados no sexo masculino Behavioral and Psychosexual Aspects of 46,XY DSD Individuals At Adulthood / Introduction: The human psychosexual development begins at prenatal period and is composed by gender role, gender identity and sexual orientation. In 46,XY DSD individuals a variety of factors may jeopardize an adequate psychosexual development and sometimes results in desire to change the gender. The effects of prenatal androgen exposure and the impact of atypical genitalia in the psychosexual outcomes have been suggested as influencing factors in the human psychosexual development but there is not conclusive evidence, especially in DDS 46, XY. Methods: We evaluated the psychosexual compounds - gender role (GR) at childhood gender identity (GI) and sexual orientation (SO) in individuals a large cohort of 144 46,XY DSD individuals, 86% of them raised in the female social sex, from a single tertiary medical center. The same psychologist, specialized in DSD, performed the psychosexual evaluation. We used a questionnaire and a projective psychological test (HTP test) to measure the psychosexual compounds. Prenatal androgen exposure was estimated considering the 46,XY etiology. Sinnecker\'s score was used to measure the external genitalia virilization. All ordinal variables were analyzed using Wilcoxon test. Categorical variables were analyzed using X2 test with posterior Cramer\'s V to measure the association strength. The kappa index was calculated as a concordance measure. Results: We found an association between prenatal androgen exposure and major prevalence of male psychosexual outcomes and a higher incidence of female to male gender dysphoria. There was not difference in the psychosexual outcomes according by external genitalia virilization in male and in female individuals. There was an incidence of 19% of gender dysphoria (27 out from 144). In 93% (n=25), the gender change was from female to male (F to M). The ethological diagnosis related with F to M GD were 5alpha-RD2 deficiency (5ARD2) in 16/32 (50%), followed by 5/15 (33%) in 17beta-HSD3 deficiency (17betaHSD3). Others diagnosis related with F to M GD were: partial gonadal dysgenesis (n=3/24; 12%) and 3betaHSD2 (n=1/3; 33%). Both cases of male to female (M to F) GD occurred in partial gonadal dysgenesis (8%; n=2/24). The median of GD age (desire to belong to another gender) was 8 years old (5-9), and the median of gender change itself was 15 years old (10.5 - 20). In F to M GD, gender change was associated with prenatal androgen exposure (p < 001; V=0,461). The psychosexual components showed higher concordance index with final gender (GI - k=0.81; GI - k=0.65 and SO - k=0.85) then with the assigned sex (GI - k=0.1; GI - k=0.25 and SO - k=0.15). Conclusion: Prenatal androgen exposure affects the psychosexual development, favoring more male outcomes. This influence was observed in GI, GR and SO. The degree of external genitalia virilization did not influence the psychosexual development. Female to Male GD is common in 46,XY DSD raised in female social sex, especially in 5ARD2 and 17?HSD3 deficiencies. There is a strong relationship between prenatal androgen exposure and F to M GD. On the other hand, M to F gender change was rare in 46,XY DSD and occurred only in partial gonadal dysgenesis patients
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Aspectos comportamentais e do desenvolvimento psicossexual dos pacientes com distúrbios do desenvolvimento sexual 46,XY na idade adulta / Behavioral and psychosexual aspects of 46,XY DSD individuals at adulthood

Rafael Loch Batista 12 December 2017 (has links)
Introdução: O desenvolvimento psicossexual humano inicia no período pré-natal e é composto pelo papel de gênero (PG), pela identidade de gênero (IG) e pela orientação sexual (OS). Em indivíduos com DDS 46,XY, vários fatores podem comprometer esse desenvolvimento, levando a incongruência de identidade de gênero e à mudança de gênero. Nesses pacientes, a exposição androgênica pré-natal e o grau de virilização da genitália externa tem sido avaliados como possíveis influenciadores destes desfechos, mas seu papel ainda não foi esclarecido. Objetivos: Avaliar os desfechos psicossexuais - IG, PG e OS - e aspectos da vida sexual em uma coorte de indivíduos com DDS 46,XY na idade adulta com diagnostico etiológico caracterizado do ponto de vista clínico e molecular e investigar a influência da exposição androgênica pré-natal e do grau de virilização da genitália externa nesses desfechos e na prevalência de disforia de gênero (DG). Pacientes: 144 pacientes com diagnóstico etiológico confirmado de DDS 46,XY acompanhados do HCFMUSP com idade entre 16 e 60 anos foram incluídos neste estudo. Métodos: Os componentes do desenvolvimento psicossexual (IG, PG, OS) foram avaliados usando questionários e por teste psicológico projetivo (HTP - House-Tree-Person). O escore de Sinnecker foi utilizado para a mensuração do grau de virilização da genitália externa. A exposição androgênica pré-natal foi estimada de acordo com a etiologia do DDS 46,XY. Aspectos da vida sexual foram avaliados através de questionário específico.Todas as variáveis categóricas foram analisadas usando teste X². A força de associação foi avaliada pelo cálculo do V de Cramer. O índice kappa foi usado para avaliar concordância entre resultados dos testes. Resultados: Houve uma associação positiva entre exposição androgênica pré-natal e a maior incidência de desfechos psicossexuais masculinos em indivíduos com maior exposição. O grau de virilização da genitália externa não interferiu nos desfechos psicossexuais. Houve uma prevalência de 19% (27/144) de disforia de gênero em toda a coorte. Em 93% (25/27), a DG foi do sexo feminino para o masculino e ocorreu em 50% (16/32) de casos de deficiência de 5alfa-RD2, seguido de 33% (5/15) dos casos de deficiência da 17beta-HSD3 e se associou com exposição androgênica pré-natal (p < 001; V=0,461), mas não com a virilização da genitália externa. A mediana de idade do desejo de mudar de sexo foi de 8 anos (5 - 9) enquanto que a da idade da mudança de sexo foi 15 anos (10.5 - 20). Os desfechos psicossexuais mostraram maior concordância com o sexo social final (PG - k=0.81; IG - k=0.65 e OS - k=0.85) do que com o sexo de registro (PG - k=0.1; IG - k=0.25 e OS - k=0.15). Quanto a sexualidade, alguns parâmetros (fantasias sexuais, masturbação e parceiro sexual fixo) foram melhores no sexo masculino comparado ao feminino. No entanto, não houveram diferenças em relação aos parâmetros da vida sexual comparando indivíduos do sexo feminino com e sem atipia genital e indivíduos do sexo masculino que mantiveram o sexo social com os que mudaram para este sexo. Conclusões: A exposição androgênica pré-natal influenciou o desenvolvimento psicossexual em indivíduos com DDS 46,XY, de uma forma exposição-dependente, favorecendo desfechos masculinos, enquanto que o grau de virilização da genitália externa não influenciou estes desfechos. A DG do feminino para o masculino foi comum entre esses indivíduos e também foi influenciada pela exposição androgênica pré-natal. Os parâmetros psicossexuais nesses pacientes concorda muito mais com o sexo social final do que com o sexo de registro. A sexualidade dos indivíduos do sexo masculino tem aspectos mais satisfatórios que o feminino. Atipia genital no sexo feminino não afetou a sexualidade destas pacientes assim a sexualidade dos indivíduos que mudaram para o sexo masculino são semelhantes aos que foram registrados no sexo masculino Behavioral and Psychosexual Aspects of 46,XY DSD Individuals At Adulthood / Introduction: The human psychosexual development begins at prenatal period and is composed by gender role, gender identity and sexual orientation. In 46,XY DSD individuals a variety of factors may jeopardize an adequate psychosexual development and sometimes results in desire to change the gender. The effects of prenatal androgen exposure and the impact of atypical genitalia in the psychosexual outcomes have been suggested as influencing factors in the human psychosexual development but there is not conclusive evidence, especially in DDS 46, XY. Methods: We evaluated the psychosexual compounds - gender role (GR) at childhood gender identity (GI) and sexual orientation (SO) in individuals a large cohort of 144 46,XY DSD individuals, 86% of them raised in the female social sex, from a single tertiary medical center. The same psychologist, specialized in DSD, performed the psychosexual evaluation. We used a questionnaire and a projective psychological test (HTP test) to measure the psychosexual compounds. Prenatal androgen exposure was estimated considering the 46,XY etiology. Sinnecker\'s score was used to measure the external genitalia virilization. All ordinal variables were analyzed using Wilcoxon test. Categorical variables were analyzed using X2 test with posterior Cramer\'s V to measure the association strength. The kappa index was calculated as a concordance measure. Results: We found an association between prenatal androgen exposure and major prevalence of male psychosexual outcomes and a higher incidence of female to male gender dysphoria. There was not difference in the psychosexual outcomes according by external genitalia virilization in male and in female individuals. There was an incidence of 19% of gender dysphoria (27 out from 144). In 93% (n=25), the gender change was from female to male (F to M). The ethological diagnosis related with F to M GD were 5alpha-RD2 deficiency (5ARD2) in 16/32 (50%), followed by 5/15 (33%) in 17beta-HSD3 deficiency (17betaHSD3). Others diagnosis related with F to M GD were: partial gonadal dysgenesis (n=3/24; 12%) and 3betaHSD2 (n=1/3; 33%). Both cases of male to female (M to F) GD occurred in partial gonadal dysgenesis (8%; n=2/24). The median of GD age (desire to belong to another gender) was 8 years old (5-9), and the median of gender change itself was 15 years old (10.5 - 20). In F to M GD, gender change was associated with prenatal androgen exposure (p < 001; V=0,461). The psychosexual components showed higher concordance index with final gender (GI - k=0.81; GI - k=0.65 and SO - k=0.85) then with the assigned sex (GI - k=0.1; GI - k=0.25 and SO - k=0.15). Conclusion: Prenatal androgen exposure affects the psychosexual development, favoring more male outcomes. This influence was observed in GI, GR and SO. The degree of external genitalia virilization did not influence the psychosexual development. Female to Male GD is common in 46,XY DSD raised in female social sex, especially in 5ARD2 and 17?HSD3 deficiencies. There is a strong relationship between prenatal androgen exposure and F to M GD. On the other hand, M to F gender change was rare in 46,XY DSD and occurred only in partial gonadal dysgenesis patients

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