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Crack : substância, corpos, dispositivo e vulnerabilidades. A psicanálise e a prática clínico-institucional com usuários de crack / Crack : substance, corps, dispositif et vulnérabilités. La psychanalyse et la pratique clinique et institutionnelle avec des usagers de crack / Crack : substance, bodies, dispositive and vulnerabilities. Psychoanalysis and clinical-institutional practice with crack users

Ferreira, Iara Flor Richwin 15 September 2017 (has links)
Cette recherche découle de mon expérience clinique et institutionnelle dans le domaine des drogues. La problématique centrale s’appuie sur un questionnement sur la pratique psychanalytique avec des usagers de crack en situation de précarité, vulnérabilité et exclusion. L’objectif principal est d’examiner les processus subjectifs liés à l’usage problématique de crack, dans ses dimensions psychiques, corporelles, socio-politiques et culturelles. Je propose la notion de « dispositif du crack » pour examiner et réfléchir sur la trame des discours, interprétations, interventions, stratégies et soins tissée autour du phénomène du crack dans la contemporanéité brésilienne. Cette notion a mis en évidence le champ biopolitique dans lequel le problème du crack s’inscrit et l’entrecroisement entre les relations de pouvoir et de savoir sur cette drogue. En promouvant un rapprochement entre le domaine socio-politique et le domaine subjectif, la notion de « dispositif du crack » a également mis en évidence les processus de subjectivation et désubjectivation impliqués. L’analyse des potentiels effets et incidences subjectives résultants des situations d’exclusion et vulnérabilités multiples qui touchent la majorité des usagers de crack au Brésil a montré leur étroite articulation avec l’usage abusif de cette drogue, en ce qui concerne aussi bien les effets de cet usage prolongé que la constitution d’une certaine conjoncture subjective où l’usage de crack peut être interprété comme une « stratégie de survie » face à des « situations extrêmes de la subjectivité ». L’analyse d’un cas clinique a révélé que la stratégie toxique du patient était étroitement liée à son contexte de précarité et marginalisation et a explicité aussi les effets et les déploiements du « dispositif du crack » dans la dimension de la singularité du sujet et de son positionnement subjectif. L’analyse du cas clinique a également contribué apportant un questionnement et une réflexion sur la question du corps et l’usage abusif de crack, en révélant que, de manière associée à l’usage prolongé de cette substance, les processus sociopolitiques, les dynamiques de pouvoir, les discours hégémoniques et les inégalités et marginalisations s’infiltrent, marquent et conditionnent la pulsionnalité et la matérialité même des corps Cette question de la corporéité conjugue, condense et permet l’émergence des différentes dimensions qui s’entrelacent dans la complexité du phénomène du crack et qui ont été abordées tout au long de cette thèse : la puissance de la substance chimique et ses effets sur le corps et sur la subjectivité ; les questions subjectives et singulières ; les dynamiques pulsionnelles ; les déterminations et les processus socio-politiques ; les situations de précarité, vulnérabilité et exclusion ; les représentations et discours dominants ; et les stratégies et interventions mises en marche pour faire face à la question. Finalement, je présente les contours et les caractéristiques fondamentales de l’écoute, de la position clinique et des interventions psychanalytiques dans la clinique avec des usagers de crack traversés et marqués par des situations de précarité et exclusion. / The research draws from my clinical-institutional experience in the field of drugs and it is centered on a reflection about the practice of psychoanalysis with crack users in situation of precariousness, vulnerability, and exclusion. My main goal is to examine the subjective processes related to the problematic uses of crack, in their psychical, corporeal, sociopolitical, and cultural dimensions. I propose the notion of "crack dispositif" in order to examine and reflect upon the network of discourses, interpretations, interventions, strategies, attention, and care, which takes shape around the crack phenomenon in contemporary Brazil. Such notion allowed me to call attention to the biopolitical field in which the crack problem is embedded, and the interweaving and mutually supportive relations between power and knowledge about the drug. By articulating the sociopolitical field to the subjective field, the notion of "crack dispositif " also revealed the processes of subjectification and desubjectification there implied. The analysis of the potential subjective effects and incidences resulting from the situations of exclusion and multiple vulnerabilities that characterize the majority of crack users in Brazil allowed for the identification of its tight connection to crack abuse. Exclusion and vulnerability are deeply articulated with long-term use of crack (and its related effects), as well as with the constitution of a subjective conjuncture in which the use of crack can be interpreted as a "survival strategy" in the face of "extreme situations of subjectivity". The construction and analysis of a clinical case indicated that the patient´s toxic strategy is tightly linked to his context of precariousness and marginalization. The case made explicit the effects of the "crack dispositif " in the singularity dimension of the subject and its subjective positioning. The analysis of the clinical case also contributed to a reflection about corporality and crack abuse. This reflection emphasized that sociopolitical processes, power dynamics, hegemonic discourses, inequalities and marginalizations permeate and condition the very materiality of bodies and their drives. A focus on the body conjugates and allows for the emergence of the different dimensions intertwined in the complex phenomenon of crack: the potency of the chemical substance and its effects over body and subjectivity; the subjective and singular issues; the dynamics of drives; the sociopolitical determinations and processes; the situations of vulnerability and exclusion; the strategies and interventions mobilized; and the dominant discourses. At last, I call attention to the fundamental specificities of the psychoanalytical listening, clinical positioning, and interventions in the clinic of crack users. / Esta pesquisa origina-se em minha experiência clínico-institucional no campo das drogas e tem como problema central um questionamento sobre a prática psicanalítica com usuários de crack em situações de precariedade, vulnerabilidade e exclusão. O objetivo principal consiste em examinar os processos subjetivos relacionados ao uso problemático de crack, em suas dimensões psíquicas, corporais, sociopolíticas e culturais. Proponho a noção de “dispositivo do crack” para examinar e refletir sobre a rede de discursos, interpretações, intervenções, estratégias, atenção e cuidado que se conforma em torno do fenômeno do crack na contemporaneidade brasileira. Essa noção permitiu destacar o campo biopolítico no qual se inscreve o problema do crack e o entrecruzamento e co-sustentação entre as relações de poder e saber sobre essa droga. Em uma articulação do campo sociopolítico ao campo subjetivo, a noção de “dispositivo do crack” revelou ainda os processos de subjetivação e dessubjetivação implicados. A análise dos potenciais efeitos e incidências subjetivas decorrentes das situações de exclusão e vulnerabilidades múltiplas que atingem a maioria dos usuários de crack no Brasil possibilitou identificar sua estreita articulação com o uso abusivo dessa droga, tanto no que diz respeito aos efeitos desse uso prolongado, quanto no que se refere à constituição de uma determinada conjuntura subjetiva em que o uso de crack pode ser interpretado como uma “estratégia de sobrevivência” diante de “situações extremas da subjetividade”. A análise de um caso clínico mostrou que a estratégia tóxica do paciente estava estreitamente articulada ao seu contexto de precariedade e marginalização e tornou explícitos os efeitos e desdobramentos do “dispositivo do crack” na dimensão da singularidade de um sujeito e de seu posicionamento subjetivo. A análise do caso clínico contribuiu ainda com um questionamento e reflexão sobre o corpo e o uso abusivo de crack e explicitou que, de forma associada ao uso prolongado da substância, os processos sociopolíticos, as dinâmicas de poder, os discursos hegemônicos e as desigualdades e marginalizações atravessam, marcam e condicionam a própria materialidade e a pulsionalidade dos corpos. Essa questão da corporalidade conjuga, condensa e permite a emergência de diferentes dimensões que se emaranham na complexidade do fenômeno do crack e que foram abordadas ao longo desta tese: a potência da substância química e seus efeitos sobre o corpo e sobre a subjetividade; as questões subjetivas e singulares; as dinâmicas pulsionais; as determinações e processos sociopolíticos; as situações de vulnerabilidade e exclusão; as representações e discursos dominantes; e as estratégias e intervenções acionadas para lidar com a questão. Por fim, destaco os contornos e especificidades fundamentais da escuta, do posicionamento clínico e das intervenções psicanalíticas na clínica com usuários de crack atravessados e marcados pelas situações de precariedade e exclusão.
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Wu, Tsung-yuan 23 July 2007 (has links)
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Étude et réalisation de SQUIDs continus.

Garnier, Jean-François, January 1900 (has links)
Th. doct.-ing.--Électron.--Grenoble--I.N.P.G., 1984. N°: DI 453.
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Aide en ligne adaptative et assistants conversationnels animés : mise en oeuvre et évaluation ergonomique / Adaptive online help and Embodied Conversational Agent : Implementation and ergonomic assessment

Simonin, Jérôme 09 October 2007 (has links)
La thèse vise à évaluer de nouvelles formes d'interaction Homme-Machine. Plus précisément, la thématique générale de ce travail, divisée en deux axes, vise à mettre en oeuvre et à évaluer l'apport d'Agents Conversationnels Animés (ACAs) et d'Interfaces dites "Adaptatives" à l'utilisation d'un logiciel. Ainsi, comportements et réactions d'utilisateurs sont recueillis à l'aide de méthodes ergonomiques et techniques de suivi du regard (eye-tracking). Une approche expérimentale a été adoptée afin d'évaluer l'apport de chaque axe. Pour cela, des participants (étudiants de niveau Licence) ont manipulé un logiciel de création d'animation qui leur était inconnu (Flash) afin de réaliser trois scénarios. Tout au long de leur découverte du logiciel, les participants étaient accompagnés d'un dispositif d'aide intégrant, suivant l'expérimentation, un ACA (fourni par FT R & D) ou une technique d'adaptation (détection d'intention et évolution suivant les connaissances). Les différentes études réalisées montrent que les deux sources d'innovation employées ont été perçues positivement par la majorité des participants. Elles ont montré d'autre part qu'un ACA a un effet rassurant et qu'il peut vraisemblablement être utilisé lors de la prise en main d'un logiciel. Pour le système adaptatif, le fait que le système évolue de manière autonome n'a pas perturbé les participants, mais n'améliore guère les performances. / The goal of the thesis is to evaluate new forms of Human-Computer Interaction. More precisely, the general set of themes of this work, divided into two parts at aims implementing and evaluating the contribution of Embodied Conversational Agent (ECAs) and of adaptive interfaces for the use of software. Thus, behaviours and reactions of users are collected using ergonomic methods and eye-tracking technologies. An experimental approach was adopted in order to evaluate the contribution of each part. For that, participants (student of bachelor's degree) handled a software of animation's creation which was unknown for them (Flash) in order to carry out three scenarios. Throughout their exploration of the software, participants were accompanied by a help system. In the first experiment an ECA (provided by FT R & D) enunciate help messages; in the second one a adaptive system (detection of intention and evolution according to knowledge) was used. The various studies carried out show that the two innovations employed were perceived positively by the majority of the participants. They showed in addition that a ECA has a reassuring effect and that it can probably be used in first experiences with a software. For the adaptive system, the fact that the system evolves in an autonomous way did not disturb the participants, but hardly improves the performances.
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Approche sémiotique des formes de résistances liées aux usages des supports numériques dans l'éducation / A semiotic approach to forms of resistance concerning ICT uses in education

Bellair, Anne-Sophie 08 December 2016 (has links)
A partir du constat que les discours scientifiques se prononcent souvent en faveur de l'intégration du numérique à l’école, allant dans le sens des instructions officielles, nous nous demandons alors pourquoi les différents rapports et enquêtes sur le sujet montrent que les enseignants en ont un usage limité. Nous analysons le décalage observé à partir de deux corpus. Le premier, constitué d'écrits de recherche, nous amène à questionner l'objectivité de ces dernier et à mieux cerner les fondements des périmètres de la recherche en sciences humaines sur le thème du numérique à l'école. Le deuxième corpus s'appuie sur des entretiens effectués avec des enseignants de collège. Loin de résister volontairement à l'usage des TIC en classe, ils expriment d'autres façons de comprendre, percevoir et s'approprier ces supports. Le dispositif ainsi forme autour des TIC révèle une situation plus complexe qu une simple opposition entre une institution coercitive et des enseignants résistants. / Based on the observation that scientific discourses are often in favour of digital technologies at school, following the line of official instructions, we wonder why different reports and inquiries show that teachers have limited uses. We analyse this discrepancy from two bodies of discourses. The first one, made of scientific writings, drives us to examine their objectivity and also to identify the theoretical bases and background in human sciences research about digital technologies at school. The second one relies on interviews made with teachers. Far from resisting on purpose to the uses of ICT, they express other ways to understand, perceive and appropriate these technologies. The so-formed dispositif reveals a much more complex situation than a mere opposition in-between a coercive institution and resistant teachers.
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Ge-stell and Dispositif: A Philosophical Trajectory of the Confrontation between Heidegger and Foucault

Lin, Yao-Ciou 27 June 2007 (has links)
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La prise en compte de la visibilité dans la conception d'un espace théâtral par des dispositifs numériques

El-Khoury, Nada January 2004 (has links)
No description available.
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La figure architecturale : le projet comme dispositif / Architectural figure

Putz, Dominique 27 September 2013 (has links)
A la base de cette étude, il y a le thème de la figure, entrevu comme le fondement possible d'une théorie de l‘architecture. Il s'agit de démontrer que toute architecture peut être décrite en terme de figure, dans laquelle résident ses propres règles et que ces règles découlent du sens qu'elle s'assigne ou dont elle est porteuse. On construit pour cela un modèle où les figures s'organisent entre elles au sein de structures appelées dispositifs. Comme dans tout modèle d'analyse morphologique, on effectue un découpage du champ de l'architecture en éléments premiers, qui s'organisent entre eux suivant des types de relations. Ce modèle théorique va être confronté à la description de tout type d'édifice (en fait une série définie dans un corpus) afin de pourvoir en retracer le sens et les principes. Après avoir examiné un certain nombre de figures, on va tenter d'en comprendre la logique, d'essayer de retracer le système dont elles relèvent. On va ensuite chercher à inventorier les relations structurelles, c'est à dire les rapports entre caractéristiques géométriques, éléments architectoniques, dispositions et configurations spatiales, et les significations qu'elles recouvrent. Après avoir reconnu les thèmes que déclinent ces rapports, on va analyser la nature profonde de ces rapports. Les catégories résultant des modes de composition observables dans l'architecture moderne du XXème siècle peuvent être envisagées selon les modalités décrites, c'est à dire d'un art de la composition signifiante parallèle à la simple rhétorique formelle ; différente en cela de la composition “classique“ à l'image du calcul des nombres complexes qui comporte une partie imaginaire. Il s'agit d'analyser les modes de composition dans leurs potentialités à produire du sens en générant des structures architecturales pouvant être réutilisées et réinterprétées dans toute une série d'œuvres possibles. Après avoir examiné la notion de figure à l'échelle de l'édifice, on va s'interroger sur la valeur de ce concept à l'échelle de la ville, et ce qu'il nous révèle. Sans faire l'inventaire historique de la forme urbaine, on va tenter de développer trois aspects particuliers de la figure appliquée à la ville, par rapport à la manière dont elle se présente dans des contextes donnés : la forme globale dans ce qu'elle reflète, soit la figure symbolique ; la ville comme programme, c'est à dire la propriété qu'a la figure de véhiculer l'information, de transcrire une description dans une forme mentale ; et la ville comme récit, soit la figure utopique qui s'attache à une fiction, dont la non-concurrence spatiale devient la modalité de composition. Nous avons ici les deux instances que nous allons envisager et illustrer par les figures qu'elles mettent en jeu dans les villes de fondation d'une part, et les villes idéales d'autre part. / L'auteur n'a pas fourni de résumé en anglais
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Traversées : Dessin, sculpture et pratiques d'atelier / Crossover : Drawing, sculpture and workshop practices

Dussuchalle, Jérôme 19 October 2013 (has links)
Si l’amorce d’une recherche engage son auteur dans un cheminement dont il ne connaît pas vraiment l’issue, le place d’emblée face à des inconnus et à des possibles, il faut bien se rendre à l’évidence : la fin du travail –annonçant peut-être le début d’un autre – nécessite un retour sur la pensée qui s’est déroulée selon une temporalité qui semble alors nous échapper. La durée d’une telle entreprise ne parvient pas à se cristalliser en un point dont on pourrait faire le tour. Le cheminement de pensée qui s’est donc déplié selon le cadre spatial et temporel imparti, selon la répartition des pages et la structure d’un ouvrage qui pourrait bien apparaître comme un autre type de carnet, doit être repris et reconduit selon d’autres stratégies. Conclure reviendrait, en effet, à extraire d’un matériau donné –ici l’écriture d’un texte– les points de capitons où la pensée se condense. Travail proche du dégagement du bloc en sculpture, travail encore de découvrement mais aussi et surtout travail de synthèse et d’ouverture. Précipitation d’un chemin de pensée sur ce qui définit ses limites, le tracé de son parcours, son bornage, ses jalons tout comme ses traverses.Cet acheminement vers l’écriture aura donc pris pour origine une situation de pratique plastique définie par deux instances d’appréhension du réel, deux modes d'existence de l’œuvre, le dessin d’une part, la sculpture de l’autre. Telle était la place attribuée aux termes posés dès l’origine de ce projet de recherche sur la sculpture et le dessin. Mais, à ce point conclusif de l’ouvrage, pourquoi ne pas intervertir les termes par lesquels s’est énoncée, dans un premier temps, cette thèse ? Nous pourrions ici avancer une position bien différente : la sculpture puis le dessin. Il paraît en effet artificiel de vouloir donner la primauté à l’un des deux médiums tant ils fonctionnent ensemble. Configuration qui diffère donc de celle annoncée en exergue de ce travail, puisque la réflexion menée sur l’articulation de ces deux « objets de pensée » peut nous amener à formuler une première remarque : les deux médiums ne sont pas à prendre dans leur successivité mais bien dans leur entrelacement réciproque. Ce qui ne signifie pas que le dessin se confonde avec la sculpture. L’inverse n’est pas moins vrai. C’est à leur conjonction et à leur croisée que se situe donc le cœur de la recherche et c’est là, sans doute, qu’est le point de bascule permettant de relancer l’expérience poïétique de l’un à l’autre. Ici est le nœud du problème, son site. La circularité, et donc une récupération perpétuelle du dessin dans la sculpture et de la sculpture par le dessin, travaille notre œuvre plastique en profondeur, elle en serait le soubassement. La sculpture relance le dessin qui à son tour relance la sculpture… / If the initiation of research obligates its author to take a direction for which he does not really know the outcome, a starting position when faced with unknowns and possibilities, one must evidently face reality: the end of the work – announcing perhaps the beginning of another – necessitates a return to the thought that took place within a temporality which therefore eludes us. The duration of such an enterprise doesn’t manage to solidify at one point in time; therefore we could go back around. The development of the thought, which therefore unfolds according to the imparted special and temporal reality, and according to the distribution of pages and the structure of the work, which could easily appear to be like another type of notebook, must be taken and looked at again using alternative stratagem. To conclude would, in fact, return to the idea of extracting from a given material – in this case, a text – the key points of condensed thought. This is a work that is close to the energy that is released from a block whilst being sculpted, a work that is still being discovered but also, and above all, a work of synthesis and openness. Precipitation of a train of thought which defines limits, the traces of its journey, its delimitations, its benchmarks, much like its passage. This development in the direction of writing therefore takes its origins from a situation involving the practice of art, as defined by two ways of perceiving what is real, two modes of existence of the work, the drawing, on the one hand, and the sculpture on the other. Such was the position attributed to the terms of this challenge right from the start of this research project about sculpture and drawing. But, at this conclusive point in the work, why not reverse the order of the terms by which this thesis was first introduced? We could put forward a very different position: the sculpture followed by the drawing. In fact, it appears somewhat artificial to desire to give primary position to one of these two mediums when they both work together. This is an order which therefore differs to that emphasised in this work, as the reflection on the articulation of these two “objects of thought” could make us formulate an initial commentary: the two mediums are not to be considered in terms of their successivity but rather in terms of their interlaced reciprocity. This doesn’t mean that the drawing is confused with the sculpture. The opposite is no less true. It is at their conjunction and their crossing-point where the heart of this research is found, and it is there, without doubt, that this balancing point allows us restart the poïetic experiment of one toward the other. Here is found the heart of the problem, its position. The circularity, and therefore the perpetual restoration of the drawing in the sculpture and the sculpture through the drawing, profoundly structures our artwork, being its fundamental substructure. The sculpture recreates the drawing and, in its turn, the drawing recreates the sculpture.
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Le monde du livre en salon : le Livre sur la Place à Nancy (1979-2009) / Exhibiting the World of the Book : the Livre sur la Place in Nancy (1979- 2009)

Clerc, Adeline 07 July 2011 (has links)
Les conditions de rencontre physique entre un écrivain et un lecteur n'ont pas encore fait l'objet de recherches universitaires. Or les occasions de médiation présentielle entre ces deux acteurs sont, depuis les années 80, de plus en plus fréquentes : cafés littéraires, séances de dédicaces en librairie, salons du livre, interventions d'un écrivain en milieu scolaire, etc. En outre, le désintérêt que rencontrent ces événements au sein de la communauté scientifique, notamment en ce qui concerne leurs publics et les relations qu'ils nouent avec des auteurs, est d'autant plus surprenant lorsqu'il s'agit d'événements ancrés dans le paysage culturel d'un territoire, tel le salon du livre de Nancy : le Livre sur la Place. Au-delà de l'examen de ce qui se joue entre un écrivain et un lecteur, nous souhaitons dépasser le discrédit ambiant jeté sur les salons. Souvent stigmatisés, associés à une littérature « commerciale » et taxés négativement de « foires », où seule l'approche mercantile et l'appât du gain importent, ils sont régulièrement pointés du doigt. En se nourrissant de ce discrédit et de ce paradoxe (multiplication des salons versus absence d'analyses universitaires), cette recherche veut démontrer la thèse suivante : le salon (microcosme littéraire) est le lieu de sédimentation d'un certain nombre de caractéristiques et de représentations relatives au monde du livre (macrocosme), tels les auteurs vedettes, la lecture divertissante et intime, le statut des écrivains, l'importance du cérémonial dédicatoire, les prix littéraires et le clivage entre le monde inspiré et le monde marchand. / The conditions behind the physical meeting of a writer and a reader have not yet been the object of academic research. Since the 1980s, however, the opportunities of face-to-face contact between these two actors have been more and more frequent, notably in such forms as literary cafés, book-signings, book fairs, and interventions of writers in schools. The lack of interest these events have met with within the scientific community, in particular as regards their publics and the relations they form with authors, is surprising, all the more so when these events are anchored in the cultural landscape of a territory, such the book fair of Nancy : the Livre sur la Place. Beyond examining what takes place when a writer and a reader meet, I wish to present book fairs in a more positive light than that in which they are usually cast. Often stigmatized through their association with 'trade' literature, where money and sales alone are highlighted, these 'fairs' have repeatedly been derided. Feeding on such depreciation and on the paradox it entails (the multiplication of shows versus the absence of academic research on them), this research aims at demonstrating that the book fair (or literary microcosm) is the place of sedimentation of quite a number of characteristics and of representations of the world of the book (or macrocosm), including celebrity authors, public and private readings, writer status, booksignings, literary prizes and the division between the 'inspired' world and the trade world.

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