• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 102
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 102
  • 102
  • 102
  • 72
  • 61
  • 32
  • 30
  • 23
  • 19
  • 11
  • 11
  • 9
  • 9
  • 9
  • 8
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
81

Avaliação da eficácia clínica da complementação trans-cirúrgica da bupivacaína no controle da dor pós-operatória em cirurgia de terceiros molares inferiores / Clinical efficacy evaluation of the trans-surgical complementation of the bupivacaine in the postoperative pain control in lower third molar surgery

Souza, Ana Mara Morais de 25 September 2012 (has links)
O controle da dor pós-operatória é um assunto de grande interesse, visto que a dor interfere na qualidade de vida dos pacientes. O uso de anestésicos locais de longa duração pode diminuir esse sintoma. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia clínica da complementação trans-cirúrgica da bupivacaína no controle da dor pós-operatória em pacientes submetidos à extração de terceiros molares inferiores. Através deste ensaio clínico controlado por placebo, foram realizadas 80 cirurgias em terceiros molares mandibulares bilaterais e simétricos (classificação 2B de Pell & Gregory) em 40 pacientes saudáveis. Em um dos lados operados, foi realizado o bloqueio anestésico pré-operatório de modo randomizado e duplo-cego com bupivacaína a 0,5% associado a epinefrina 1:200.000 (Neocaína®). Ao término do procedimento cirúrgico, foi realizada complementação anestésica com o mesmo anestésico (grupo experimental ou teste). Do lado oposto (grupo controle), o procedimento foi idêntico ao realizado no grupo experimental, mas complementado por placebo (soro fisiológico) através do método da boca dividida. Durante o período pós-operatório de 72 horas foram avaliadas a dor e o consumo de analgésicos, sendo que a dor foi considerada a variável primária do estudo. Não houve diferença estatisticamente significante (p> 0,05) para nenhum dos parâmetros avaliados e entre os pacientes operados. Portanto a complementação trans-cirúrgica da bupivacaína no controle da dor pós-operatória não apresentou diferença estatisticamente significante quando comparada ao uso da bupivacaína complementada por placebo / The postoperative pain control is a subject of great interest since pain interferes in the quality of life of patients. The use of long-term local anesthetics, may reduce this symptom. The aim of this study was to evaluate the clinical efficacy of bupivacaine complementation in controlling postoperative pain in patients undergoing third molars surgeries. Through this placebo-controlled clinical trial were performed 80 bilateral symmetrical mandibular third molar surgeries (2B classification of Pell & Gregory) in 40 healthy patients. In one side of jaw, the anesthetic blockade was performed preoperatively period in a randomized and double-blind manner with 0.5% bupivacaine with 1:200.000 epinephrine (Neocaína ®). At the end of surgery, a complementary dose was performed with the same anesthetic (experimental group or test). On the opposite side (control group), the procedure was similar to performed in the experimental group but complemented by placebo (saline) through the method of split mouth. Pain and analgesic consumption were assessed for 72 hours of postoperative period, and the pain was considered the primary outcome variable of the study. There was no statistically significant difference (p> 0.05) for evaluated parameters and between patients. Therefore the trans-complementation of bupivacaine in surgical control of postoperative pain not statistically significant when compared to bupivacaine complemented by placebo.
82

Morfina subaracnóidea associada à anestesia geral para revascularização miocárdica: efeitos sobre a função respiratória, a analgesia, o consumo de morfina e seus níveis plasmáticos no pós-operatório / Intrathecal morphine plus general anesthesia in cardiac surgery: effects on pulmonary function, postoperative analgesia, morphine consumption and plasma morphine levels

Santos, Luciana Moraes dos 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Existem poucas evidências de benefícios da analgesia regional na disfunção respiratória observada no pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da morfina intratecal sobre a função respiratória, a analgesia, o consumo de morfina e seus níveis plasmáticos no PO de pacientes submetidos à anestesia geral para revascularização do miocárdio (RM). MÉTODOS: Foram estudados 42 pacientes submetidos à RM com circulação extracorpórea e randomizados para receberem anestesia geral associada ou não a morfina intratecal na dose de 400 g (grupo controle, n=22 e grupo morfina, n=20). A anestesia geral foi padronizada com sufentanil e isoflurano e no PO imediato, instalou-se dispositivo de analgesia controlada pelo paciente, com bolus de 1 mg, em livre demanda e dipirona se necessário. Com espirômetro digital, avaliou-se a capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), a relação VEF1/CVF e, pela análise da gasometria artérial, calculou-se a relação PaO2/FIO2 no pré-operatório, primeiro e segundo dias de PO. A intensidade da dor, avaliada com escala visual numérica (0-10), o número de solicitações e o consumo de morfina venosa, assim como seus níveis plasmáticos, foram avaliados até 36 horas de PO. A análise estatística consistiu de análise de variância para medidas repetidas e teste de Mann-Whitney, considerando-se significativo p<0,05. RESULTADOS: Em ambos os grupos houve redução da CVF (grupo controle=1,45 L e 1,38 L, grupo morfina= 1,18 L e 1,26 L no primeiro e segundo dias de PO, respectivamente), sem diferença entre os mesmos (p=0,06). Não foram observadas diferenças entre os grupos no VEF1 (p=0,085), nas relações VEF1/CVF (p=0,68) e PaO2/FiO2 (p=0,08) nos tempos avaliados. O grupo morfina apresentou valores significativamente menores de dor no repouso e inspiração profunda e, principalmente, durante a tosse após 18 horas (grupo controle=4,73 e grupo morfina=1,80, p=0,001), 24 horas (grupo controle=4,41 e grupo morfina=1,40, p=0,022) e 36 horas (grupo controle=3,09 e grupo morfina=1,55, p=0,015) de PO. Observou-se redução do consumo cumulativo de morfina venosa após 18 horas (grupo controle=20,14 mg e grupo morfina=14,10 mg, p=0,037) e 24 horas de PO (grupo controle= 27,8 mg e grupo morfina= 13,55 mg, p=0,028). Após 24 horas de PO, o grupo que recebeu opióide intratecal apresentou menores níveis plasmáticos de morfina (grupo controle=16,41 ng/mL e grupo morfina=4,08 ng/mL, p=0,029). CONCLUSÕES: O efeito central da morfina intratecal não minimizou a disfunção respiratória mas promoveu redução da intensidade da dor, com diminuição do consumo venoso e menores níveis plasmáticos de morfina no PO de pacientes submetidos à cirurgia de RM. / BACKGROUNDS: Few evidence exists on beneficial effects of intrathecal analgesia in lung dysfunction observed in postoperative (PO) of cardiac surgery. The objective of this study was to evaluate the effects of intrathecal morphine on pulmonary function, analgesia, morphine consumption and plasma morphine levels in PO of patients undergoing coronary artery bypass graft surgery (CABG). METHODS: Were studied 42 patients undergoing on-pump CABG randomized (control group, n=22 and morphine group, n=20) to receive general anesthesia with or not 400 g of intrathecal morphine. Anesthesia was standardized and in immediate PO, patients received a patient controlled-analgesia pump, 1 mg bolus of morphine, free demand and dipirone if necessary. Forced vital capacity (CVF), expiratory forced volume in first second (EFV1) and EFV1/FVC ratio were measured using spirometry and arterial blood samples obtained preoperatively, in first and second PO days. Intensity of pain, evaluated using visual numeric scale (0-10), morphine solicitation and consumption and plasma morphine levels were evaluated until 36 hours of PO. Statistical analysis was done with repeated measures analysis of variance and Mann-Whiney test (*p<0.05). RESULTS: Both groups had reduction of FVC in PO (control group=1.45 L and 1.38 L, and morphine group=1.18 L and 1.26 L, respectively in first and second PO (p= 0.06) without differences between them. There were no differences in EFV1 (p=0.085), VEF1/CVF (p=0.68) and PaO2/FiO2 ratio between groups (p=0.08). In morphine group was observed reduction in intensity of pain at rest and profound inspiration but most significatively at cough after 18 hours PO (control group=4.73 and morphine group=1.80, p=0.001), 24 hours (control group=4.41 and morphine group=1.40, p=0.022) and 36 hours (control group=3.09 and morphine group=1.55, p=0.015). Was observed reduction in morphine consumption after 18 hours PO (control group=20.14 mg and morphine group=14.10 mg, p=0.037) and after 24 hours (control group=27.8 mg and morphine group= 13.55, p=0.028). After 24 hours of PO, morphine group has reduced plasma morphine levels (control group=16,41 ng/mL and morphine group=4.08 ng/mL, p=0.029). CONCLUSIONS: Central neuraxial effect of morphine did not reduced postoperative pulmonary dysfunction but promoted better postoperative analgesia, reducing pain scores, venous morphine consumption and lower plasma morphine levels in CABG.
83

Avaliação do uso de trombolíticos, antibióticos e analgésicos em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em hospital público de Porto Alegre / Brasil

Fischer, Maria Isabel January 2014 (has links)
Objetivo: Avaliar o uso de trombolíticos, antibióticos e analgésicos e a ocorrência de complicações pós-cirúrgicas em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica (CB) no Hospital Nossa Senhora da Conceição/RS. Método: Foi conduzida uma coorte prospectiva, não controlada no período de junho de 2011 a outubro de 2013. Foram realizadas entrevistas com os pacientes durante o período de internação, 15 e 30 dias após a cirurgia. Para avaliação da profilaxia antibiótica os desfechos foram infecção de ferida operatória (IFO) e óbito. Eventos tromboembólicos foram os desfechos estudados para investigação da tromboprofilaxia, sendo também analisados custos associados. Os dados relativos ao paciente, à cirurgia e aos fármacos utilizados foram coletados a partir do prontuário do paciente. A dor foi avaliada nos três primeiros dias pós-cirurgia por dois instrumentos independentes. Resultados: Um total de 149 pacientes fez parte do estudo da profilaxia antibiótica, sendo predominantemente mulheres (89,3%). A idade média foi de 41,6 anos e o índice de massa corporal médio foi de 51,7 kg/m2. Comorbidades como diabetes e hipertensão foram observadas em 40,3% e 59,7% dos pacientes, respectivamente. Todos os pacientes receberam profilaxia antimicrobiana (cefazolina 73,8%, cefoxitina 25,5% e gentamicina 0,67%). IFO foi constatada em 9 (6,04%), 4/110 (3,64%) e 5/38 (13,2%) dos pacientes recebendo cefazolina e cefoxitina, respectivamente (RR=3.62 - 95% IC 1,02-12,8, p=0,049). A vigilância pós-alta detectou 4/9 (44,4%) dos casos de IFO. O estudo da tromboprofilaxia contou com 134 pacientes. Enoxaparina 40 ou 60 mg foi administrada em todos os pacientes, sete tiveram doses flutuantes e seis receberam heparina sódica em adição. Um paciente (0,75%) apresentou evento tromboembólico. O custo total da tromboprofilaxia foi de US$ 3,346.89. No estudo que avaliou a medicação para dor pós-operatória, foi observado que morfina + dipirona foi o esquema analgésico mais freqüente nos dois primeiros dias (69.9% e 61,4% dos pacientes, respectivamente), sendo dipirona isolada mais frequente no terceiro dia. Quando a escala analógica visual foi empregada para avaliação da dor 54,8% e 41,4% dos pacientes apresentaram dor moderada ou intensa nos dois primeiros dias, respectivamente. De acordo com esta escala não foram encontradas diferenças nas doses médias de morfina e dipirona para as categorias de dor leve, moderada ou intensa. Contudo, usando-se o questionário como instrumento para avaliação da dor, foram observadas doses mais altas de morfina em pacientes com escores de dor mais elevados (p<0,01). Conclusões: A escolha do antimicrobiano isoladamente não garante a profilaxia, uma vez que outras variáveis podem influenciar. Os dados demonstram falta de uniformidade na profilaxia antimicrobiana e sugerem a superioridade da cefazolina sobre a cefoxitina na prevenção da infecção de ferida operatória. Em relação aos tromboliticos utilizados na profilaxia foi observado que as diretrizes do hospital estudado não são seguidas. Os custos desta profilaxia variam com o medicamento empregado e indicam a necessidade de uma reavaliação nas diretrizes da instituição. Para analgesia, não observamos diferenças nas doses médias de morfina e dipirona. Uma proporção elevada de pacientes apresentou dor moderada ou intensa nos primeiros dois dias após a cirurgia, sugerindo inadequação da analgesia. O estudo contribui para desenvolvimento de protocolos para profilaxia de IFO e de eventos tromboembólicos, assim como para melhor manejo da dor pós-operatória em pacientes submetidos à CB. / Aim: To study the use of antimicrobials, thrombolytic agents and analgesics and the occurrence of post-surgical complications in patients submitted to bariatric surgery (BS). Method: A prospective, non-controlated cohort was carried on in the period June 2011-October 2013. Patients’ records and interviews during hospitalization and 15 and 30 days after surgery were used as source of data. Outcomes for antibiotic prophylaxis were surgical site infection (SSI) and death. Thromboembolic events were the outcomes studied in the investigation of thromboprophylaxis. Costs associated to thrombolytic agents were also considered. Pain was evaluated in the first three days after surgery by two independent instruments. Results: A total of 149 patients were included in the suty of antibiotic prophylaxis, predominantly women (89.3%). Average age was 41.6± 8.88 years and body mass index was 51.7 kg/m2. Diabetes was identified in 40.3% of the patients and hypertension in 59.7%. All patients received antibiotic prophylaxis (cefazolin 73.8%, cefoxitin 25.5%, and gentamicin 0.67%).The timing of antibiotic administration, redose, and use during 24 hours after surgery were not uniform.SSI was confirmed in 9(6.04%) patients, 4/110 (3.64%) and 5/38 (13.2%) receiving cefazolin and cefoxitin, respectively, (RR=3.62 - 95% CI 1.02-12.8, p=0.049). Four patients had SSI detected after hospital discharge. Among 134 individuals analyzed in the study about thromboprophylaxis, enoxaparin 40mg or 60mg was administered to all patients, seven patients had dose fluctuations between 40 and 80 mg and six patients also received heparin sodium, the drug recommended by hospital guideline for prophylaxis. One patient (0.75%) developed deep vein thrombosis. The total cost of prophylaxis was US$ 3,346.89. In the evaluation of post surgery pain, we observed that morphine + dipirone was the most frequent analgesic scheme employed in the first two days (69.9% and 61.4%, respectively), while dipirone was predominant in the third day. When the visual analogical scale was used, 54.8% and 41.4% of patients presented moderate or intense pain in the first and second day after surgery, respectively. Also, using this instrument differences were not observed in the average doses for both analgesics for patients presenting light, moderate or severe pain. Having the questionnaire as reference, we observed higher average doses of morphine in patients with higher scores (p<0.01) in the first day. Conclusions: Antibiotic prophylaxis in BS remains controversial and antibiotic choice does not guarantee the prophylaxis; there is also influence of other variables. Our data has shown lack of uniformity on this regard and suggests that cefazolin presented better results over cefoxitin to prevent SSI. Thrombolytic agents were used not accordingly to the hospital guideline, with one related outcome detected. The cost of prophylaxis might, depending on the drug product of heparin used indicating the importance of defining the medication in the guideline of the institution. We did not observe differences in the average dosages for both analgesics. A considerable proportion of patients presented moderate to intense pain during the first two days after surgery, suggesting that the analgesia was inadequate. This study contributes in developing analgesia protocol and points out the importance of pain assessment in these patients. This study contributes to a better use and standardization of antibiotic prophylaxis, thromboprophylaxis, and pain management in patients submitted to BS.
84

Desenvolvimento e validação preliminar de um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório

Cunha, Maria de Nazaré Furtado January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes candidatos à cirurgia frequentemente experimentam estresse, condição que os torna suscetíveis a desfechos desfavoráveis como exacerbação de dor, maior consumo de analgésicos e anestésicos, aumento no tempo de hospitalização, maior risco de infecção pós- operatória e aumento no risco de cronificação da dor pós-operatória. Embora seja conhecido que a carga de estresse emocional negativa aumente a morbimortalidade perioperatória, faltam instrumentos práticos desenvolvidos para captar as emoções vinculadas a este contexto. OBJETIVOS: Desenvolver um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório (B-MEPS), tornando possível identificar pacientes mais vulneráveis e assim otimizar medidas de controle. PACIENTES E MÉTODOS: Neste estudo transversal foram incluídos 863 pacientes (643 mulheres) agendados para cirurgia eletiva. Idade entre 18 a 60 anos, classificados de acordo com o estado físico da Sociedade Americana da Anestesiologia (ASA) nas classes I-III. Os seguintes instrumentos foram aplicados: o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg, o Self-Reporting questionnaire (SRQ-20) e o Questionário de Expectativa de Futuro (FSPQ). A fim de selecionar os itens mais discriminativos em relação ao estresse, realizou-se uma análise exploratória usando cada um dos instrumentos. Os critérios utilizados no processo de seleção dos itens, por meio da análise discriminante, foram os candidatos à cirurgia por patologia oncológica ou terem reportado dor pós-operatória moderada a intensa [escore na Escala Análogo-Visual (EAV) > 30 mm]. Neste processo foram selecionados 24 itens, os quais foram ajustados utilizando o modelo de crédito parcial generalizado (GPCM), que é um modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI). A partir do GPCM foram selecionados 16 itens. A validade de face foi realizada por um Comitê de especialistas em medicina perioperatória. Os escores do B-MEPS foram correlacionados com o nível de dor reportado na EAV, na maior parte do tempo das primeiras 24 h do período pós-operatório e com o consumo de morfina pós-operatória quantificado em mg/dia. Esta versão refinada do B-MEPS foi aplicada a 40 pacientes (20 mulheres), ASA II-III, candidatos à cirurgia eletiva. Os escores da B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária. RESULTADOS: Inicialmente 24 itens com diferentes números de categorias ordinais foram selecionados a partir dos quatros instrumentos. No processo da GPCM, que objetivou dentre outras finalidades maximizar a confiabilidade, foi realizada a eliminação sequencial de itens internamente inconsistentes. Este processo foi finalizado quando não se observou melhora no nível de consistência nos 16 itens remanescentes, cujo coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,83. A TRI propôs modificações nos itens de resposta pelas características das categorias nas Curvas de Resposta ao Item. A curva que avalia a relação entre a localização do conteúdo de traços latentes dos itens sugere que estes apresentam melhor desempenho para identificar níveis de estresse mais levados. O desempenho do conjunto final de itens foi correlacionado com variáveis clínicas relacionadas ao estresse emocional perioperatório como dor (r = 0,23, P < 0,01) e consumo de morfina (r = 0,17, P < 0,01). Um Comitê de experts em medicina perioperatória (N = 30) avaliou a clareza dos itens do B-MEPS usando uma escala análogo-visual de zero a 10. A média global do conjunto de itens foi 8.53 (1,54) e por sugestão deste Comitê o item 16 foi eliminado por falta de clareza. Dois itens do SRQ-20, que apresentavam possibilidade respostas dicotômicas, passaram a ter três possibilidades de respostas. Os escores da versão final preliminar do B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária, respondidas por pacientes candidatos à cirurgia eletiva, visando uma validação concorrente preliminar. CONCLUSÃO: Nosso estudo permitiu construir o B-MEPS, que é o resultado do refinamento do conjunto de itens selecionados a partir de instrumentos clássicos para avaliar a carga emocional negativa, a partir da TRI. O conjunto de itens remanescentes apresentou satisfatório nível de consistência interna e o seu escore está correlacionado ao nível de dor. A validação de face e uma pré-validação concorrente preliminar foram realizadas. Este estudo, portanto, concretiza a validação preliminar do B-MEPS como um instrumento útil para ser validado em futuro estudo prospectivo, com o intuito de avaliar a capacidade do B-MEPS predizer desfechos clínicos e orientar o planejamento de intervenções que possam para maximizar o cuidado perioperatório. Embora, este instrumento ainda possa sofrer pequenos ajustes ou adições de algum item após nova analise de TRI prevista após estudo prospectivo com grande numero de pacientes. / INTRODUCTION: Patients who are candidates for surgery often undergo stress, a condition that makes them susceptible to unfavorable outcomes, such as exacerbated pain, greater consumption of analgesic and anesthetics, longer stay in hospital, greater risk of postoperative infection and increased risk of chronification of postoperative pain. Although it is known that the amount of negative emotional stress increases perioperative morbidity and mortality, not many practical instruments have been developed to pick up the emotions connected to this context.. OBJECTIVES: To develop a brief instrument to measure preoperative emotional stress (B-MEPS), enabling the identification of more vulnerable patients and thus optimizing control measures. PATIENTS AND METHODS: In this cross-sectional study, 843 patients were included (643 women) scheduled for elective surgery, age between 18 and 60 years, classified according to the physical status of the American Society of Anesthesiology (ASA) in classes I-III. The following instruments were applied: the State and Trait Anxiety Inventory (STAI), the Montgomery-Asberg Depression Scale, the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20 and the Questionnaire on Expectations for the Future (FSPQ) Future self-perception questionnaire. In order to select the most discriminative items regarding stress, an exploratory analysis was performed using each of the instruments, The criteria used in the process of selecting the items, by means of discriminant analysis, are that they were candidates for surgery due to an oncological pathology, or that they had reported moderate to intense postoperative pain [score on the Analogue-Visual Scale AVS > 30 mm]. In this process 24 items were selected which were adjusted using the generalized partial credit model (GPCM), which is a model of the Theory of Response to Item (TRI). Sixteen items were selected based on the GPCM. The face validity was performed by a Committee of specialists in perioperative medicine. The B-MEPS scores were correlated with the level of pain reported in the AVS, mostly in the first 24 hours of the postoperative period, and with the consumption of morphine postoperatively, quantified as mg/day. This refined version of B-MEPS was applied to 40 ASA II-III patients (20 women) who were candidates for elective surgery. The B-MEPS scores were correlated with questions whose semantic valence present situations that express the interference of stress in everyday life. RESULTS: Initially, 24 items with different numbers of ordinal categories were selected based on the four instruments. In the GPCM process which, among other goals included maximizing reliability, the sequential elimination of internally inconsistent items was performed. This process was finalized, when no improvement was found in the level of consistency in the 16 remaining items, whose Cronbach’s Alpha coefficient was 0.83. The TRI proposed modifications in the response items due to the characteristics of the categories in the Curves of Response to the Item. The curve that evaluates the relationship between the location of the content of latent traits of the items suggests that these present a better performance to identify higher levels of stress. The performance of the final set of items was correlated with clinical variables related to perioperative emotional stress, such as pain (r = 0.23, P < 0.01) and consumption of morphine (r = 0.17, P < 0.01). A Committee of experts in perioperative medicine (N=30) evaluated the clarity of the items of B-MEPS using an analogue-visual scale from zero to 10.. The global mean of the set of items was 8.53 (1,54) and per suggestion of this Committee, item 16 was eliminated due to lack of clarity. Two items of the SRQ-20, which presented the possibility of dichotomous answers acquired three possible answers. The scores of the preliminary final version of B-MEPS were correlated with questions whose semantic valence presents situations that express the interference of stress in everyday life, answered by patients who were candidates to elective surgery, aiming at a preliminary concurrent validation. CONCLUSION: Our study allowed constructing B-MEPS, which is the result of the refinement of the set of items selected from classical instruments to evaluate the negative emotional load based on TRI. The set of remaining items presented a satisfactory level of internal consistency and its score is correlated with the level of pain. Face validation and a preliminary concurrent pre-validation were performed. This study, thus, materializes the preliminary validation of B-MEPS as a useful instrument to be validated in a future prospective study, aiming at evaluating the capacity of B-MEPS to predict clinical outcomes and guide the planning of interventions that can maximize perioperative care. However, this instrument may still undergo small adjustments or additions of some item after a new TRI analysis foreseen after a prospective study with a large number of patients.
85

Avaliação da eficácia clínica da complementação trans-cirúrgica da bupivacaína no controle da dor pós-operatória em cirurgia de terceiros molares inferiores / Clinical efficacy evaluation of the trans-surgical complementation of the bupivacaine in the postoperative pain control in lower third molar surgery

Ana Mara Morais de Souza 25 September 2012 (has links)
O controle da dor pós-operatória é um assunto de grande interesse, visto que a dor interfere na qualidade de vida dos pacientes. O uso de anestésicos locais de longa duração pode diminuir esse sintoma. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia clínica da complementação trans-cirúrgica da bupivacaína no controle da dor pós-operatória em pacientes submetidos à extração de terceiros molares inferiores. Através deste ensaio clínico controlado por placebo, foram realizadas 80 cirurgias em terceiros molares mandibulares bilaterais e simétricos (classificação 2B de Pell & Gregory) em 40 pacientes saudáveis. Em um dos lados operados, foi realizado o bloqueio anestésico pré-operatório de modo randomizado e duplo-cego com bupivacaína a 0,5% associado a epinefrina 1:200.000 (Neocaína®). Ao término do procedimento cirúrgico, foi realizada complementação anestésica com o mesmo anestésico (grupo experimental ou teste). Do lado oposto (grupo controle), o procedimento foi idêntico ao realizado no grupo experimental, mas complementado por placebo (soro fisiológico) através do método da boca dividida. Durante o período pós-operatório de 72 horas foram avaliadas a dor e o consumo de analgésicos, sendo que a dor foi considerada a variável primária do estudo. Não houve diferença estatisticamente significante (p> 0,05) para nenhum dos parâmetros avaliados e entre os pacientes operados. Portanto a complementação trans-cirúrgica da bupivacaína no controle da dor pós-operatória não apresentou diferença estatisticamente significante quando comparada ao uso da bupivacaína complementada por placebo / The postoperative pain control is a subject of great interest since pain interferes in the quality of life of patients. The use of long-term local anesthetics, may reduce this symptom. The aim of this study was to evaluate the clinical efficacy of bupivacaine complementation in controlling postoperative pain in patients undergoing third molars surgeries. Through this placebo-controlled clinical trial were performed 80 bilateral symmetrical mandibular third molar surgeries (2B classification of Pell & Gregory) in 40 healthy patients. In one side of jaw, the anesthetic blockade was performed preoperatively period in a randomized and double-blind manner with 0.5% bupivacaine with 1:200.000 epinephrine (Neocaína ®). At the end of surgery, a complementary dose was performed with the same anesthetic (experimental group or test). On the opposite side (control group), the procedure was similar to performed in the experimental group but complemented by placebo (saline) through the method of split mouth. Pain and analgesic consumption were assessed for 72 hours of postoperative period, and the pain was considered the primary outcome variable of the study. There was no statistically significant difference (p> 0.05) for evaluated parameters and between patients. Therefore the trans-complementation of bupivacaine in surgical control of postoperative pain not statistically significant when compared to bupivacaine complemented by placebo.
86

Avaliação do uso de trombolíticos, antibióticos e analgésicos em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em hospital público de Porto Alegre / Brasil

Fischer, Maria Isabel January 2014 (has links)
Objetivo: Avaliar o uso de trombolíticos, antibióticos e analgésicos e a ocorrência de complicações pós-cirúrgicas em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica (CB) no Hospital Nossa Senhora da Conceição/RS. Método: Foi conduzida uma coorte prospectiva, não controlada no período de junho de 2011 a outubro de 2013. Foram realizadas entrevistas com os pacientes durante o período de internação, 15 e 30 dias após a cirurgia. Para avaliação da profilaxia antibiótica os desfechos foram infecção de ferida operatória (IFO) e óbito. Eventos tromboembólicos foram os desfechos estudados para investigação da tromboprofilaxia, sendo também analisados custos associados. Os dados relativos ao paciente, à cirurgia e aos fármacos utilizados foram coletados a partir do prontuário do paciente. A dor foi avaliada nos três primeiros dias pós-cirurgia por dois instrumentos independentes. Resultados: Um total de 149 pacientes fez parte do estudo da profilaxia antibiótica, sendo predominantemente mulheres (89,3%). A idade média foi de 41,6 anos e o índice de massa corporal médio foi de 51,7 kg/m2. Comorbidades como diabetes e hipertensão foram observadas em 40,3% e 59,7% dos pacientes, respectivamente. Todos os pacientes receberam profilaxia antimicrobiana (cefazolina 73,8%, cefoxitina 25,5% e gentamicina 0,67%). IFO foi constatada em 9 (6,04%), 4/110 (3,64%) e 5/38 (13,2%) dos pacientes recebendo cefazolina e cefoxitina, respectivamente (RR=3.62 - 95% IC 1,02-12,8, p=0,049). A vigilância pós-alta detectou 4/9 (44,4%) dos casos de IFO. O estudo da tromboprofilaxia contou com 134 pacientes. Enoxaparina 40 ou 60 mg foi administrada em todos os pacientes, sete tiveram doses flutuantes e seis receberam heparina sódica em adição. Um paciente (0,75%) apresentou evento tromboembólico. O custo total da tromboprofilaxia foi de US$ 3,346.89. No estudo que avaliou a medicação para dor pós-operatória, foi observado que morfina + dipirona foi o esquema analgésico mais freqüente nos dois primeiros dias (69.9% e 61,4% dos pacientes, respectivamente), sendo dipirona isolada mais frequente no terceiro dia. Quando a escala analógica visual foi empregada para avaliação da dor 54,8% e 41,4% dos pacientes apresentaram dor moderada ou intensa nos dois primeiros dias, respectivamente. De acordo com esta escala não foram encontradas diferenças nas doses médias de morfina e dipirona para as categorias de dor leve, moderada ou intensa. Contudo, usando-se o questionário como instrumento para avaliação da dor, foram observadas doses mais altas de morfina em pacientes com escores de dor mais elevados (p<0,01). Conclusões: A escolha do antimicrobiano isoladamente não garante a profilaxia, uma vez que outras variáveis podem influenciar. Os dados demonstram falta de uniformidade na profilaxia antimicrobiana e sugerem a superioridade da cefazolina sobre a cefoxitina na prevenção da infecção de ferida operatória. Em relação aos tromboliticos utilizados na profilaxia foi observado que as diretrizes do hospital estudado não são seguidas. Os custos desta profilaxia variam com o medicamento empregado e indicam a necessidade de uma reavaliação nas diretrizes da instituição. Para analgesia, não observamos diferenças nas doses médias de morfina e dipirona. Uma proporção elevada de pacientes apresentou dor moderada ou intensa nos primeiros dois dias após a cirurgia, sugerindo inadequação da analgesia. O estudo contribui para desenvolvimento de protocolos para profilaxia de IFO e de eventos tromboembólicos, assim como para melhor manejo da dor pós-operatória em pacientes submetidos à CB. / Aim: To study the use of antimicrobials, thrombolytic agents and analgesics and the occurrence of post-surgical complications in patients submitted to bariatric surgery (BS). Method: A prospective, non-controlated cohort was carried on in the period June 2011-October 2013. Patients’ records and interviews during hospitalization and 15 and 30 days after surgery were used as source of data. Outcomes for antibiotic prophylaxis were surgical site infection (SSI) and death. Thromboembolic events were the outcomes studied in the investigation of thromboprophylaxis. Costs associated to thrombolytic agents were also considered. Pain was evaluated in the first three days after surgery by two independent instruments. Results: A total of 149 patients were included in the suty of antibiotic prophylaxis, predominantly women (89.3%). Average age was 41.6± 8.88 years and body mass index was 51.7 kg/m2. Diabetes was identified in 40.3% of the patients and hypertension in 59.7%. All patients received antibiotic prophylaxis (cefazolin 73.8%, cefoxitin 25.5%, and gentamicin 0.67%).The timing of antibiotic administration, redose, and use during 24 hours after surgery were not uniform.SSI was confirmed in 9(6.04%) patients, 4/110 (3.64%) and 5/38 (13.2%) receiving cefazolin and cefoxitin, respectively, (RR=3.62 - 95% CI 1.02-12.8, p=0.049). Four patients had SSI detected after hospital discharge. Among 134 individuals analyzed in the study about thromboprophylaxis, enoxaparin 40mg or 60mg was administered to all patients, seven patients had dose fluctuations between 40 and 80 mg and six patients also received heparin sodium, the drug recommended by hospital guideline for prophylaxis. One patient (0.75%) developed deep vein thrombosis. The total cost of prophylaxis was US$ 3,346.89. In the evaluation of post surgery pain, we observed that morphine + dipirone was the most frequent analgesic scheme employed in the first two days (69.9% and 61.4%, respectively), while dipirone was predominant in the third day. When the visual analogical scale was used, 54.8% and 41.4% of patients presented moderate or intense pain in the first and second day after surgery, respectively. Also, using this instrument differences were not observed in the average doses for both analgesics for patients presenting light, moderate or severe pain. Having the questionnaire as reference, we observed higher average doses of morphine in patients with higher scores (p<0.01) in the first day. Conclusions: Antibiotic prophylaxis in BS remains controversial and antibiotic choice does not guarantee the prophylaxis; there is also influence of other variables. Our data has shown lack of uniformity on this regard and suggests that cefazolin presented better results over cefoxitin to prevent SSI. Thrombolytic agents were used not accordingly to the hospital guideline, with one related outcome detected. The cost of prophylaxis might, depending on the drug product of heparin used indicating the importance of defining the medication in the guideline of the institution. We did not observe differences in the average dosages for both analgesics. A considerable proportion of patients presented moderate to intense pain during the first two days after surgery, suggesting that the analgesia was inadequate. This study contributes in developing analgesia protocol and points out the importance of pain assessment in these patients. This study contributes to a better use and standardization of antibiotic prophylaxis, thromboprophylaxis, and pain management in patients submitted to BS.
87

Desenvolvimento e validação preliminar de um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório

Cunha, Maria de Nazaré Furtado January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes candidatos à cirurgia frequentemente experimentam estresse, condição que os torna suscetíveis a desfechos desfavoráveis como exacerbação de dor, maior consumo de analgésicos e anestésicos, aumento no tempo de hospitalização, maior risco de infecção pós- operatória e aumento no risco de cronificação da dor pós-operatória. Embora seja conhecido que a carga de estresse emocional negativa aumente a morbimortalidade perioperatória, faltam instrumentos práticos desenvolvidos para captar as emoções vinculadas a este contexto. OBJETIVOS: Desenvolver um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório (B-MEPS), tornando possível identificar pacientes mais vulneráveis e assim otimizar medidas de controle. PACIENTES E MÉTODOS: Neste estudo transversal foram incluídos 863 pacientes (643 mulheres) agendados para cirurgia eletiva. Idade entre 18 a 60 anos, classificados de acordo com o estado físico da Sociedade Americana da Anestesiologia (ASA) nas classes I-III. Os seguintes instrumentos foram aplicados: o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg, o Self-Reporting questionnaire (SRQ-20) e o Questionário de Expectativa de Futuro (FSPQ). A fim de selecionar os itens mais discriminativos em relação ao estresse, realizou-se uma análise exploratória usando cada um dos instrumentos. Os critérios utilizados no processo de seleção dos itens, por meio da análise discriminante, foram os candidatos à cirurgia por patologia oncológica ou terem reportado dor pós-operatória moderada a intensa [escore na Escala Análogo-Visual (EAV) > 30 mm]. Neste processo foram selecionados 24 itens, os quais foram ajustados utilizando o modelo de crédito parcial generalizado (GPCM), que é um modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI). A partir do GPCM foram selecionados 16 itens. A validade de face foi realizada por um Comitê de especialistas em medicina perioperatória. Os escores do B-MEPS foram correlacionados com o nível de dor reportado na EAV, na maior parte do tempo das primeiras 24 h do período pós-operatório e com o consumo de morfina pós-operatória quantificado em mg/dia. Esta versão refinada do B-MEPS foi aplicada a 40 pacientes (20 mulheres), ASA II-III, candidatos à cirurgia eletiva. Os escores da B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária. RESULTADOS: Inicialmente 24 itens com diferentes números de categorias ordinais foram selecionados a partir dos quatros instrumentos. No processo da GPCM, que objetivou dentre outras finalidades maximizar a confiabilidade, foi realizada a eliminação sequencial de itens internamente inconsistentes. Este processo foi finalizado quando não se observou melhora no nível de consistência nos 16 itens remanescentes, cujo coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,83. A TRI propôs modificações nos itens de resposta pelas características das categorias nas Curvas de Resposta ao Item. A curva que avalia a relação entre a localização do conteúdo de traços latentes dos itens sugere que estes apresentam melhor desempenho para identificar níveis de estresse mais levados. O desempenho do conjunto final de itens foi correlacionado com variáveis clínicas relacionadas ao estresse emocional perioperatório como dor (r = 0,23, P < 0,01) e consumo de morfina (r = 0,17, P < 0,01). Um Comitê de experts em medicina perioperatória (N = 30) avaliou a clareza dos itens do B-MEPS usando uma escala análogo-visual de zero a 10. A média global do conjunto de itens foi 8.53 (1,54) e por sugestão deste Comitê o item 16 foi eliminado por falta de clareza. Dois itens do SRQ-20, que apresentavam possibilidade respostas dicotômicas, passaram a ter três possibilidades de respostas. Os escores da versão final preliminar do B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária, respondidas por pacientes candidatos à cirurgia eletiva, visando uma validação concorrente preliminar. CONCLUSÃO: Nosso estudo permitiu construir o B-MEPS, que é o resultado do refinamento do conjunto de itens selecionados a partir de instrumentos clássicos para avaliar a carga emocional negativa, a partir da TRI. O conjunto de itens remanescentes apresentou satisfatório nível de consistência interna e o seu escore está correlacionado ao nível de dor. A validação de face e uma pré-validação concorrente preliminar foram realizadas. Este estudo, portanto, concretiza a validação preliminar do B-MEPS como um instrumento útil para ser validado em futuro estudo prospectivo, com o intuito de avaliar a capacidade do B-MEPS predizer desfechos clínicos e orientar o planejamento de intervenções que possam para maximizar o cuidado perioperatório. Embora, este instrumento ainda possa sofrer pequenos ajustes ou adições de algum item após nova analise de TRI prevista após estudo prospectivo com grande numero de pacientes. / INTRODUCTION: Patients who are candidates for surgery often undergo stress, a condition that makes them susceptible to unfavorable outcomes, such as exacerbated pain, greater consumption of analgesic and anesthetics, longer stay in hospital, greater risk of postoperative infection and increased risk of chronification of postoperative pain. Although it is known that the amount of negative emotional stress increases perioperative morbidity and mortality, not many practical instruments have been developed to pick up the emotions connected to this context.. OBJECTIVES: To develop a brief instrument to measure preoperative emotional stress (B-MEPS), enabling the identification of more vulnerable patients and thus optimizing control measures. PATIENTS AND METHODS: In this cross-sectional study, 843 patients were included (643 women) scheduled for elective surgery, age between 18 and 60 years, classified according to the physical status of the American Society of Anesthesiology (ASA) in classes I-III. The following instruments were applied: the State and Trait Anxiety Inventory (STAI), the Montgomery-Asberg Depression Scale, the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20 and the Questionnaire on Expectations for the Future (FSPQ) Future self-perception questionnaire. In order to select the most discriminative items regarding stress, an exploratory analysis was performed using each of the instruments, The criteria used in the process of selecting the items, by means of discriminant analysis, are that they were candidates for surgery due to an oncological pathology, or that they had reported moderate to intense postoperative pain [score on the Analogue-Visual Scale AVS > 30 mm]. In this process 24 items were selected which were adjusted using the generalized partial credit model (GPCM), which is a model of the Theory of Response to Item (TRI). Sixteen items were selected based on the GPCM. The face validity was performed by a Committee of specialists in perioperative medicine. The B-MEPS scores were correlated with the level of pain reported in the AVS, mostly in the first 24 hours of the postoperative period, and with the consumption of morphine postoperatively, quantified as mg/day. This refined version of B-MEPS was applied to 40 ASA II-III patients (20 women) who were candidates for elective surgery. The B-MEPS scores were correlated with questions whose semantic valence present situations that express the interference of stress in everyday life. RESULTS: Initially, 24 items with different numbers of ordinal categories were selected based on the four instruments. In the GPCM process which, among other goals included maximizing reliability, the sequential elimination of internally inconsistent items was performed. This process was finalized, when no improvement was found in the level of consistency in the 16 remaining items, whose Cronbach’s Alpha coefficient was 0.83. The TRI proposed modifications in the response items due to the characteristics of the categories in the Curves of Response to the Item. The curve that evaluates the relationship between the location of the content of latent traits of the items suggests that these present a better performance to identify higher levels of stress. The performance of the final set of items was correlated with clinical variables related to perioperative emotional stress, such as pain (r = 0.23, P < 0.01) and consumption of morphine (r = 0.17, P < 0.01). A Committee of experts in perioperative medicine (N=30) evaluated the clarity of the items of B-MEPS using an analogue-visual scale from zero to 10.. The global mean of the set of items was 8.53 (1,54) and per suggestion of this Committee, item 16 was eliminated due to lack of clarity. Two items of the SRQ-20, which presented the possibility of dichotomous answers acquired three possible answers. The scores of the preliminary final version of B-MEPS were correlated with questions whose semantic valence presents situations that express the interference of stress in everyday life, answered by patients who were candidates to elective surgery, aiming at a preliminary concurrent validation. CONCLUSION: Our study allowed constructing B-MEPS, which is the result of the refinement of the set of items selected from classical instruments to evaluate the negative emotional load based on TRI. The set of remaining items presented a satisfactory level of internal consistency and its score is correlated with the level of pain. Face validation and a preliminary concurrent pre-validation were performed. This study, thus, materializes the preliminary validation of B-MEPS as a useful instrument to be validated in a future prospective study, aiming at evaluating the capacity of B-MEPS to predict clinical outcomes and guide the planning of interventions that can maximize perioperative care. However, this instrument may still undergo small adjustments or additions of some item after a new TRI analysis foreseen after a prospective study with a large number of patients.
88

A duloxetina como analgésico reduz o consumo de opioides após cirurgia de coluna, estudo duplo encoberto, aleatório e controlado / Duloxetine as an analgesic reduces opioid consumption after spine surgery: a randomized, double-blind, controlled study

Antonio Bedin 16 October 2017 (has links)
Introdução: a analgesia multimodal é amplamente usada para o controle da dor perioperatória em um esforço para reduzir o uso de opioides. A duloxetina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina e noradrenalina com eficácia para estados de dor crônica. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a eficácia de duas doses orais de 60 mg de duloxetina em termos de consumo de fentanil durante o período pós-operatório em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de artrodese de coluna lombar. Método: este estudo foi um ensaio clínico prospectivo, duplo encoberto, aleatório e controlado com placebo. Os pacientes receberam 60 mg de duloxetina ou placebo idêntico uma hora antes da cirurgia e 24 horas depois. Os sujeitos do estudo foram divididos em dois grupos: grupo C (controle) de indivíduos que receberam o placebo; e grupo D (duloxetina) de indivíduos que receberam 60 mg de duloxetina. O consumo total de fentanil administrado pelo próprio paciente em 24 e 48 horas após a cirurgia foi mensurado. Os desfechos secundários foram os escores de dor e a presença ou ausência de efeitos adversos, tais como cefaleia, náuseas, vômitos, prurido, tonturas e sonolência. Resultados: as características demográficas não diferiram entre os grupos. Houve uma diferença significativa no consumo de fentanil nas primeiras 24 horas entre os grupos C e D (diferença média, 223,11 ± 39,32 ?g; p < 0,001). O consumo de fentanil também diferiu entre os grupos C e D após 48 horas (diferença média, 179,35 ± 32,55 ug; p < 0,00). Os escores de dor em mais de 48 horas não diferiram significativamente entre os grupos. A incidência de efeitos colaterais foi semelhante nos dois grupos. Conclusão: a duloxetina foi associada à redução do consumo de fentanil no pós-operatório de cirurgias sobre a coluna lombar, portanto, sendo eficaz como adjuvante para a analgesia pós-operatória e redução do consumo de opioides / Background: Multimodal analgesia is widely advocated for the control of perioperative pain in an effort to reduce the use of opioids. Duloxetine is a selective serotonin and noradrenaline reuptake inhibitor with efficacy for chronic pain states. The main objective of this study was to evaluate the efficacy of two oral doses of 60 mg duloxetine in terms of fentanyl submitted to elective lumbar spine arthrodesis surgery. Method: This study was prospective, double blind, randomized, and placebo controlled clinical trial. Patients received duloxetine 60 mg or identical placebo one hour before surgery and 24 hours later. The study subjects were divided into two groups: group C (control) of subjects who received placebo; and group D (duloxetine) from subjects received 60 mg. The total fentanyl consumption by the patient himself at 24 and 48 hours after surgery was measured. Secondary outcomes were pain scores and the presence or absence of adverse effects such as headache, nausea, vomiting, pruritus, dizziness and drowsiness. Results: Demographic characteristics did not differ between groups. There was a significant difference in fentanyl consumption in the first 24 hours between groups C and D (mean difference, 223.11 ± 39.32 ?g; p < 0.001). Fentanyl consumption also differed between groups C and D after 48 hours (mean difference, 179.35 ± 32.55 ?g; p < 0.00). Pain scores in more than 48 hours did not differ significantly between groups. The incidence of side effects was similar in both groups. Conclusion: Duloxetine was associated with reduction of fentanyl consumption in the postoperative period of surgeries on the lumbar spine, therefore, it was effective as adjuvant for postoperative analgesia and reduction of opioid consumption
89

Morfina subaracnóidea associada à anestesia geral para revascularização miocárdica: efeitos sobre a função respiratória, a analgesia, o consumo de morfina e seus níveis plasmáticos no pós-operatório / Intrathecal morphine plus general anesthesia in cardiac surgery: effects on pulmonary function, postoperative analgesia, morphine consumption and plasma morphine levels

Luciana Moraes dos Santos 23 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Existem poucas evidências de benefícios da analgesia regional na disfunção respiratória observada no pós-operatório (PO) de cirurgia cardíaca. Os objetivos deste estudo foram avaliar os efeitos da morfina intratecal sobre a função respiratória, a analgesia, o consumo de morfina e seus níveis plasmáticos no PO de pacientes submetidos à anestesia geral para revascularização do miocárdio (RM). MÉTODOS: Foram estudados 42 pacientes submetidos à RM com circulação extracorpórea e randomizados para receberem anestesia geral associada ou não a morfina intratecal na dose de 400 g (grupo controle, n=22 e grupo morfina, n=20). A anestesia geral foi padronizada com sufentanil e isoflurano e no PO imediato, instalou-se dispositivo de analgesia controlada pelo paciente, com bolus de 1 mg, em livre demanda e dipirona se necessário. Com espirômetro digital, avaliou-se a capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), a relação VEF1/CVF e, pela análise da gasometria artérial, calculou-se a relação PaO2/FIO2 no pré-operatório, primeiro e segundo dias de PO. A intensidade da dor, avaliada com escala visual numérica (0-10), o número de solicitações e o consumo de morfina venosa, assim como seus níveis plasmáticos, foram avaliados até 36 horas de PO. A análise estatística consistiu de análise de variância para medidas repetidas e teste de Mann-Whitney, considerando-se significativo p<0,05. RESULTADOS: Em ambos os grupos houve redução da CVF (grupo controle=1,45 L e 1,38 L, grupo morfina= 1,18 L e 1,26 L no primeiro e segundo dias de PO, respectivamente), sem diferença entre os mesmos (p=0,06). Não foram observadas diferenças entre os grupos no VEF1 (p=0,085), nas relações VEF1/CVF (p=0,68) e PaO2/FiO2 (p=0,08) nos tempos avaliados. O grupo morfina apresentou valores significativamente menores de dor no repouso e inspiração profunda e, principalmente, durante a tosse após 18 horas (grupo controle=4,73 e grupo morfina=1,80, p=0,001), 24 horas (grupo controle=4,41 e grupo morfina=1,40, p=0,022) e 36 horas (grupo controle=3,09 e grupo morfina=1,55, p=0,015) de PO. Observou-se redução do consumo cumulativo de morfina venosa após 18 horas (grupo controle=20,14 mg e grupo morfina=14,10 mg, p=0,037) e 24 horas de PO (grupo controle= 27,8 mg e grupo morfina= 13,55 mg, p=0,028). Após 24 horas de PO, o grupo que recebeu opióide intratecal apresentou menores níveis plasmáticos de morfina (grupo controle=16,41 ng/mL e grupo morfina=4,08 ng/mL, p=0,029). CONCLUSÕES: O efeito central da morfina intratecal não minimizou a disfunção respiratória mas promoveu redução da intensidade da dor, com diminuição do consumo venoso e menores níveis plasmáticos de morfina no PO de pacientes submetidos à cirurgia de RM. / BACKGROUNDS: Few evidence exists on beneficial effects of intrathecal analgesia in lung dysfunction observed in postoperative (PO) of cardiac surgery. The objective of this study was to evaluate the effects of intrathecal morphine on pulmonary function, analgesia, morphine consumption and plasma morphine levels in PO of patients undergoing coronary artery bypass graft surgery (CABG). METHODS: Were studied 42 patients undergoing on-pump CABG randomized (control group, n=22 and morphine group, n=20) to receive general anesthesia with or not 400 g of intrathecal morphine. Anesthesia was standardized and in immediate PO, patients received a patient controlled-analgesia pump, 1 mg bolus of morphine, free demand and dipirone if necessary. Forced vital capacity (CVF), expiratory forced volume in first second (EFV1) and EFV1/FVC ratio were measured using spirometry and arterial blood samples obtained preoperatively, in first and second PO days. Intensity of pain, evaluated using visual numeric scale (0-10), morphine solicitation and consumption and plasma morphine levels were evaluated until 36 hours of PO. Statistical analysis was done with repeated measures analysis of variance and Mann-Whiney test (*p<0.05). RESULTS: Both groups had reduction of FVC in PO (control group=1.45 L and 1.38 L, and morphine group=1.18 L and 1.26 L, respectively in first and second PO (p= 0.06) without differences between them. There were no differences in EFV1 (p=0.085), VEF1/CVF (p=0.68) and PaO2/FiO2 ratio between groups (p=0.08). In morphine group was observed reduction in intensity of pain at rest and profound inspiration but most significatively at cough after 18 hours PO (control group=4.73 and morphine group=1.80, p=0.001), 24 hours (control group=4.41 and morphine group=1.40, p=0.022) and 36 hours (control group=3.09 and morphine group=1.55, p=0.015). Was observed reduction in morphine consumption after 18 hours PO (control group=20.14 mg and morphine group=14.10 mg, p=0.037) and after 24 hours (control group=27.8 mg and morphine group= 13.55, p=0.028). After 24 hours of PO, morphine group has reduced plasma morphine levels (control group=16,41 ng/mL and morphine group=4.08 ng/mL, p=0.029). CONCLUSIONS: Central neuraxial effect of morphine did not reduced postoperative pulmonary dysfunction but promoted better postoperative analgesia, reducing pain scores, venous morphine consumption and lower plasma morphine levels in CABG.
90

Desenvolvimento e validação preliminar de um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório

Cunha, Maria de Nazaré Furtado January 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes candidatos à cirurgia frequentemente experimentam estresse, condição que os torna suscetíveis a desfechos desfavoráveis como exacerbação de dor, maior consumo de analgésicos e anestésicos, aumento no tempo de hospitalização, maior risco de infecção pós- operatória e aumento no risco de cronificação da dor pós-operatória. Embora seja conhecido que a carga de estresse emocional negativa aumente a morbimortalidade perioperatória, faltam instrumentos práticos desenvolvidos para captar as emoções vinculadas a este contexto. OBJETIVOS: Desenvolver um instrumento breve para medir o estresse psicológico pré-operatório (B-MEPS), tornando possível identificar pacientes mais vulneráveis e assim otimizar medidas de controle. PACIENTES E MÉTODOS: Neste estudo transversal foram incluídos 863 pacientes (643 mulheres) agendados para cirurgia eletiva. Idade entre 18 a 60 anos, classificados de acordo com o estado físico da Sociedade Americana da Anestesiologia (ASA) nas classes I-III. Os seguintes instrumentos foram aplicados: o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), a Escala de Depressão de Montgomery-Asberg, o Self-Reporting questionnaire (SRQ-20) e o Questionário de Expectativa de Futuro (FSPQ). A fim de selecionar os itens mais discriminativos em relação ao estresse, realizou-se uma análise exploratória usando cada um dos instrumentos. Os critérios utilizados no processo de seleção dos itens, por meio da análise discriminante, foram os candidatos à cirurgia por patologia oncológica ou terem reportado dor pós-operatória moderada a intensa [escore na Escala Análogo-Visual (EAV) > 30 mm]. Neste processo foram selecionados 24 itens, os quais foram ajustados utilizando o modelo de crédito parcial generalizado (GPCM), que é um modelo da Teoria de Resposta ao Item (TRI). A partir do GPCM foram selecionados 16 itens. A validade de face foi realizada por um Comitê de especialistas em medicina perioperatória. Os escores do B-MEPS foram correlacionados com o nível de dor reportado na EAV, na maior parte do tempo das primeiras 24 h do período pós-operatório e com o consumo de morfina pós-operatória quantificado em mg/dia. Esta versão refinada do B-MEPS foi aplicada a 40 pacientes (20 mulheres), ASA II-III, candidatos à cirurgia eletiva. Os escores da B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária. RESULTADOS: Inicialmente 24 itens com diferentes números de categorias ordinais foram selecionados a partir dos quatros instrumentos. No processo da GPCM, que objetivou dentre outras finalidades maximizar a confiabilidade, foi realizada a eliminação sequencial de itens internamente inconsistentes. Este processo foi finalizado quando não se observou melhora no nível de consistência nos 16 itens remanescentes, cujo coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,83. A TRI propôs modificações nos itens de resposta pelas características das categorias nas Curvas de Resposta ao Item. A curva que avalia a relação entre a localização do conteúdo de traços latentes dos itens sugere que estes apresentam melhor desempenho para identificar níveis de estresse mais levados. O desempenho do conjunto final de itens foi correlacionado com variáveis clínicas relacionadas ao estresse emocional perioperatório como dor (r = 0,23, P < 0,01) e consumo de morfina (r = 0,17, P < 0,01). Um Comitê de experts em medicina perioperatória (N = 30) avaliou a clareza dos itens do B-MEPS usando uma escala análogo-visual de zero a 10. A média global do conjunto de itens foi 8.53 (1,54) e por sugestão deste Comitê o item 16 foi eliminado por falta de clareza. Dois itens do SRQ-20, que apresentavam possibilidade respostas dicotômicas, passaram a ter três possibilidades de respostas. Os escores da versão final preliminar do B-MEPS foram correlacionados com questões cuja valência semântica apresenta situações que expressam a interferência do estresse na vida diária, respondidas por pacientes candidatos à cirurgia eletiva, visando uma validação concorrente preliminar. CONCLUSÃO: Nosso estudo permitiu construir o B-MEPS, que é o resultado do refinamento do conjunto de itens selecionados a partir de instrumentos clássicos para avaliar a carga emocional negativa, a partir da TRI. O conjunto de itens remanescentes apresentou satisfatório nível de consistência interna e o seu escore está correlacionado ao nível de dor. A validação de face e uma pré-validação concorrente preliminar foram realizadas. Este estudo, portanto, concretiza a validação preliminar do B-MEPS como um instrumento útil para ser validado em futuro estudo prospectivo, com o intuito de avaliar a capacidade do B-MEPS predizer desfechos clínicos e orientar o planejamento de intervenções que possam para maximizar o cuidado perioperatório. Embora, este instrumento ainda possa sofrer pequenos ajustes ou adições de algum item após nova analise de TRI prevista após estudo prospectivo com grande numero de pacientes. / INTRODUCTION: Patients who are candidates for surgery often undergo stress, a condition that makes them susceptible to unfavorable outcomes, such as exacerbated pain, greater consumption of analgesic and anesthetics, longer stay in hospital, greater risk of postoperative infection and increased risk of chronification of postoperative pain. Although it is known that the amount of negative emotional stress increases perioperative morbidity and mortality, not many practical instruments have been developed to pick up the emotions connected to this context.. OBJECTIVES: To develop a brief instrument to measure preoperative emotional stress (B-MEPS), enabling the identification of more vulnerable patients and thus optimizing control measures. PATIENTS AND METHODS: In this cross-sectional study, 843 patients were included (643 women) scheduled for elective surgery, age between 18 and 60 years, classified according to the physical status of the American Society of Anesthesiology (ASA) in classes I-III. The following instruments were applied: the State and Trait Anxiety Inventory (STAI), the Montgomery-Asberg Depression Scale, the Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20 and the Questionnaire on Expectations for the Future (FSPQ) Future self-perception questionnaire. In order to select the most discriminative items regarding stress, an exploratory analysis was performed using each of the instruments, The criteria used in the process of selecting the items, by means of discriminant analysis, are that they were candidates for surgery due to an oncological pathology, or that they had reported moderate to intense postoperative pain [score on the Analogue-Visual Scale AVS > 30 mm]. In this process 24 items were selected which were adjusted using the generalized partial credit model (GPCM), which is a model of the Theory of Response to Item (TRI). Sixteen items were selected based on the GPCM. The face validity was performed by a Committee of specialists in perioperative medicine. The B-MEPS scores were correlated with the level of pain reported in the AVS, mostly in the first 24 hours of the postoperative period, and with the consumption of morphine postoperatively, quantified as mg/day. This refined version of B-MEPS was applied to 40 ASA II-III patients (20 women) who were candidates for elective surgery. The B-MEPS scores were correlated with questions whose semantic valence present situations that express the interference of stress in everyday life. RESULTS: Initially, 24 items with different numbers of ordinal categories were selected based on the four instruments. In the GPCM process which, among other goals included maximizing reliability, the sequential elimination of internally inconsistent items was performed. This process was finalized, when no improvement was found in the level of consistency in the 16 remaining items, whose Cronbach’s Alpha coefficient was 0.83. The TRI proposed modifications in the response items due to the characteristics of the categories in the Curves of Response to the Item. The curve that evaluates the relationship between the location of the content of latent traits of the items suggests that these present a better performance to identify higher levels of stress. The performance of the final set of items was correlated with clinical variables related to perioperative emotional stress, such as pain (r = 0.23, P < 0.01) and consumption of morphine (r = 0.17, P < 0.01). A Committee of experts in perioperative medicine (N=30) evaluated the clarity of the items of B-MEPS using an analogue-visual scale from zero to 10.. The global mean of the set of items was 8.53 (1,54) and per suggestion of this Committee, item 16 was eliminated due to lack of clarity. Two items of the SRQ-20, which presented the possibility of dichotomous answers acquired three possible answers. The scores of the preliminary final version of B-MEPS were correlated with questions whose semantic valence presents situations that express the interference of stress in everyday life, answered by patients who were candidates to elective surgery, aiming at a preliminary concurrent validation. CONCLUSION: Our study allowed constructing B-MEPS, which is the result of the refinement of the set of items selected from classical instruments to evaluate the negative emotional load based on TRI. The set of remaining items presented a satisfactory level of internal consistency and its score is correlated with the level of pain. Face validation and a preliminary concurrent pre-validation were performed. This study, thus, materializes the preliminary validation of B-MEPS as a useful instrument to be validated in a future prospective study, aiming at evaluating the capacity of B-MEPS to predict clinical outcomes and guide the planning of interventions that can maximize perioperative care. However, this instrument may still undergo small adjustments or additions of some item after a new TRI analysis foreseen after a prospective study with a large number of patients.

Page generated in 0.0798 seconds