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QUANDO OS ESPÍRITOS SAEM DO ABISMO: O ESTABELECIMENTO NARRATIVO DO TERROR ESCATOLÓGICO EM APOCALIPSE 9,1-21 / When the spirits come out of the a byss: The narratives tablishhment terror in revelation 9,1-21

Terra, Kenner Roger Cazotto 27 April 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T12:19:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Kenner2.pdf: 1455130 bytes, checksum: fe52cc5f7756351b7fb18296729904dc (MD5) Previous issue date: 2015-04-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The Apocalypse of John is an intriguing work. Its language filled with violence, fearsome monsters, people crying out for justice, and announcements of death and despair, in a frame of celestial spectacles, fascinates those who like fiction and nourishes hope for those who expect one day to enter the New Jerusalem, where there will be no sea or death, and when the tears will be wiped away. However, the book of Revelation will be read as a narration of reality. In this sense, the text will not be seen as a reflection of any oppression, but as a discursive construction about the system that is for the visionary the denial of order. Based on the concepts of text and cultural memory, in light of I. Lótman, the Russian school of semiotics of culture, and the Assmanns researches, this work shall observe how the memories of fallen and imprisoned celestial beings of Enochic tradition are present in the Judeo-Christian literature and serve to the narrative construction of the eschatological horror scenario in the fifth and sixth trumpets of Revelation 9.1-21. Thus, the thesis defends terror as an instrument of persuasion that helped to describe the visionary context as a chaotic reality in his strategy. Through narrative strategies, the narrator wants to impose his vision so that his interlocutors accept his interpretation of reality and leave the association with Roman life and system, for in doing so they will be compared with sealed and they will receive the same rewards. Hence, his description with eschatological language plays with both the future and the present; it foresees chaos, but lives it in a narrative level. Thus, the book of Revelation, with an extremely radical dualism, does not give space for doubts. The thesis defends, therefore, that the book can be read as a rhetorical instrument of terror and fear that encourages its implied readers not to flirt with Rome, not to accept its discourses or of those associated with it. / O Apocalipse de João é uma obra instigante. Sua linguagem cheia de violência, com monstros aterrorizantes, pessoas clamando por justiça, anúncios de mortes e desespero, em um quadro de espetáculos celestes, fascina os que gostam de ficção e alimenta a esperança dos que esperam um dia entrar na Nova Jerusalém, onde não haverá mar nem morte, quando as lágrimas serão enxugadas. Contudo, o livro do Apocalipse será lido como uma narração da realidade. Nesse sentido, o texto não é visto como reflexo de qualquer opressão, mas construção discursiva a respeito do sistema que, para o visionário, é a negação da ordem. Neste trabalho, a partir dos conceitos de texto e memória cultural, à luz das pesquisas de I. Lótman, da escola russa de semiótica da cultura e das pesquisas dos Assmann, observar-se-á como as memórias de seres celestes caídos e aprisionados da tradição enoquita estão presentes na literatura judaico-cristã e servem para a construção narrativa do cenário de terror escatológico na quinta e sexta trombetas de Ap 9,1-21. Assim sendo, a tese defende o terror como instrumento de persuasão, o qual serviu, na estratégia do visionário, para descrever o seu contexto como realidade caótica. Por meio de estratégias narrativas, o narrador deseja que sua visão seja levada a sério e que seus interlocutores aceitem a sua interpretação da realidade, deixando a associação com a vida e sistema romanos, pois se assim procederem serão comparados aos selados e receberão as mesmas recompensas. Dessa maneira, sua descrição com linguagem escatológica joga com o futuro e com o presente; prevê o caos, mas o vive em nível narrativo. Por isso o livro do Apocalipse, com um dualismo extremamente radical, não dá espaços para dúvidas. A tese defende, portanto, que essa obra pode ser lida como instrumento retórico de terror e medo que leva seus leitores implícitos a não flertarem com Roma, a não aceitarem seus discursos ou os que com ela se associam.
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Cartografias do inconsciente em quadrinhos: ayahuasca, respiração holotrópica e sonhos lúcidos como processos criativos / Cartographies of the unconscious in comics: ayahuasca, holotropic breathing and lucid dreams as creative processes

Silva, Matheus Moura 28 March 2018 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-04-27T11:59:46Z No. of bitstreams: 2 Tese - Matheus Moura Silva - 2018.pdf: 45123164 bytes, checksum: d3803e5205d3ebc2f46873afbb666522 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-04-27T12:03:33Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Matheus Moura Silva - 2018.pdf: 45123164 bytes, checksum: d3803e5205d3ebc2f46873afbb666522 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-27T12:03:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Matheus Moura Silva - 2018.pdf: 45123164 bytes, checksum: d3803e5205d3ebc2f46873afbb666522 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-03-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research spotlights on the relationship between comic books and visionary art. Over Visionary Art it's used the concept created by the artist Laurence Caruana in The First Manifesto of Visionary Art (2001), which defines all this type of artwork that intends to portray visions obtained by outstretched states of consciousness. In Brazil, although little known in the country, there are renowned international comic authors who are pointedly visionary, as is the case of Sergio Macedo and Alain Voss. The proposal, then, is to investigate the creative processes involved in doing such singular works and the relationship between visions / comics / everyday life and how Non-Ordinary States of Consciousness (NOSC) may or may not intervene with the artist's persona. I look into the works of Moebius, Jim Woodring, Rick Veitch, Sergio Macedo and Xalberto, as well as my own production prior to the research. Bibliographies related to creative processes, anthropology (shamanism), psychology (NOSC), are used as reference to demarcate the theoretical ground which I go through. the investigation takes place in the line of research of Visual Poetics and Creation Processes, thus, it also extends to the artistic practice, that is, to make comics. In my case, to create stories that are in the scope of visionary art, using as methods to induce NOSC the ritualistic ayahuasca tea, lucid dreams and the technique called Holotropic Breathwork - developed by the Czech psychiatrist Stanislav Grof. The methodological approach is art-based research combined with selfethnography. As a poetic result, 16 comic stories were developed, eight of them derived from ayahuasca and three from lucid dreams, one from common dream and one from hypnagogic dream, in addition to three stories derived from Holotropic Breathwork. The creative process of each of them is discussed, seeking to draw parallels between the seen, felt and portrayed, with the cognitive processes of psychological states typical of NOSC. In the end, all the stories were put together in a comic book album called Cartographies of the Unconscious. / Esta pesquisa buscou compreender a relação entre histórias em quadrinhos e arte visionária. Enquanto Arte Visionária usei o conceito criado pelo artista Laurence Caruana, no livro The First Manifesto of Visionary Art (2001), que definiu ser este todo tipo de trabalho artístico que intenciona retratar visões obtidas por estados ampliados de consciência. No Brasil, apesar de pouco conhecidos no país, há autores de quadrinhos renomados internacionalmente que são claramente visionários, como é o caso de Sergio Macedo e Alain Voss. A proposta, então, foi investigar os processos criativos envolvidos no fazer de trabalhos tão singulares, como funciona a relação entre as visões/quadrinhos/vida cotidiana e como os Estados Não Ordinários de Consciência (ENOC) podem ou não interferir na persona do artista. Foram analisados os trabalhos de Moebius, Jim Woodring, Rick Veitch, Sergio Macedo e Xalberto, além de minha própria produção anterior à pesquisa. Como referencial usei, principalmente, bibliografias ligadas aos processos criativos, antropologia (xamanismo), psicologia (ENOC) para demarcar o terreno teórico ao qual trafego. A investigação se deu na linha de pesquisa de Poéticas Visuais e Processos de Criação, assim, ela se estende também para a prática artística, ou seja, fazer quadrinhos. No meu caso, criei colaborativamente histórias que estão no escopo da arte visionária, tendo como método de indução de ENOC o chá ritualístico ayahuasca, sonhos lúcidos e a técnica chamada Respiração Holotrópica – desenvolvida pelo psiquiatra tcheco Stanislav Grof. A abordagem metodológica foi a pesquisa baseada em arte combinada com auto etnografia. Enquanto resultado poético, foram desenvolvidas 16 histórias em quadrinhos, oito delas derivadas de ayahuasca e três de sonhos lúcidos, uma de sonho comum e outra de sonho hipnagógico, além de três histórias derivas de Respiração Holotrópica. Os processos criativos de cada uma delas foi discutido, buscando traçar paralelos entre o visto, sentido e retratado, com os processos cognitivos e estados psicológicos típicos dos ENOC. Ao final, todas as histórias foram reunidas em um álbum de histórias em quadrinhos chamado Cartografias do Inconsciente.

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