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Práticas docentes de leitura e escrita no 4º e 5º anos do ensino fundamental em escolas públicas do município de Vitória (ES).PAIXAO, L. M. B. M. 26 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-26 / A presente pesquisa, desenvolvida na linha Cultura, Currículo e Formação de
Educadores, pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Espírito Santo, tem como objetivo investigar práticas docentes consideradas pelas professoras do 4º e 5º anos do EF como promotoras de leitura e escrita em escolas do Sistema Municipal de Educação Vitória(ES). Apoiamo-nos, para isso, na base teórica da perspectiva histórico -cultural a partir de Bakhtin (2003, 2010); Freitas (2007, 2012) e Fichtner (2012). Levamos em consideraç ão os conceitos de sujeito, linguagem e texto desenvolvidos por Bakhtin (2003, 2010); de educação e dialogicidade em Freire (1967, 1987, 1997, 2010); e de parceria em Foerste (2005); dentre outros, no sentido de buscar respostas para as perguntas: que práticas docentes estão sendo consideradas pelas professoras desses dois anos de escolarização como promotoras de leitura e escrita? Que políticas têm promovido tais práticas? Quem são os beneficiados/prejudicados por tais formas de ensinar? A pesquisa se deu por meio de um estudo de caso
realizado durante o ano letivo de 2013 com docentes que atuam junto às turmas em questão, em duas escolas do EF. Utilizamos como procedimentos para a produção de dados a observação participante, o questionário, a entrevista, o acompanhamento de atividades desenvolvidas nos cadernos de alunos e a análise documental. A análise dos dados foi organizada a partir das categorias sujeito, linguagem e texto. Os resultados evidenciam que, conforme a concepção bakhtiniana de linguagem e a freireana de educação, as práticas docentes observadas ainda não sinalizam a promoção da leitura e da escrita junto aos alunos do 4º e 5º anos EF, sendo necessário para isso que se repensem as políticas públicas, em especial as voltadas para a formação d e professores, com o intuito de beneficiar os estudantes oferecendo-lhes uma formação que lhes permita ter a consciência de que o centro de gravidade da linguagem não reside nas normas, mas na significação que essa forma adquire no contexto, na interação com outros sujeitos.
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A influência da oralidade na escrita : uma análise sociolinguística sobre as redações escolares de uma escola pública do Distrito FederalGomes, Altair Martins 18 March 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguistica, Português e Línguas Clássicas, 2008. / Submitted by Kelly Marques (pereira.kelly@gmail.com) on 2009-11-04T19:54:26Z
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Previous issue date: 2008-03-18 / Este trabalho pretende explicitar alguns fenômenos da oralidade que interferem nas redações dos alunos do ensino médio de uma escola pública do Distrito Federal, constituindo a chamada escrita oralizada. Os fenômenos pesquisados são de ordem fonético-fonológica, além de alguns morfológicos mais recorrentes nas dissertações. Tem como objeto a investigação dos traços de oralidade que as redações apresentam, mesmo estando seus autores imersos em uma cultura de letramento fortemente dominada pelas tecnologias da escrita O objetivo da pesquisa é coletar os casos que apresentam problemas de ortografia, a fim de contribuir para a agenda do professor na hora de trabalhar as dificuldades de seus alunos. Os sujeitos da pesquisa têm no mínimo oito anos de escolarização. Por problemas de alfabetização nas séries iniciais e pela falta de maior contacto com as regras da escrita, cometem erros de ortografia, que neste trabalho são justificados pela má interpretação e formulação de hipóteses heurísticas em relação às normas ortográficas. O presente estudo tem como parâmetro modelos de letramento que implicam domínio das práticas discursivas escritas e não apenas o domínio de regras ensinadas na escola fora de contexto. O estudo faz uma sondagem das crenças e atitudes dos falantes em relação à língua materna e faz um inventário dos traços graduais e descontínuos presentes nas dissertações, para ao final, propor metodologias de trabalho e colaborar para a formação de uma pedagogia culturalmente sensível em sala de aula. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The purpose of this work is to shed light on orality phenomena that interfere with the written production of high school pupils of a public school in the Federal District, Brazil. The result of these interferences is known as oralized written texts. The study focuses on several phonological phenomena as well as on a few morphological ones. The students that produced the texts are deeply immersed in a literacy culture, not necessarily in their homes but in their urban social networks and at school, but irrespective of that their written production is very influenced by features of their oral speech. The study can bring a acontribution to the teachers’ agenda insofar as it emphasizes classroom strategies based on a culturally sensitive pedagogy. The students’ spelling problems seem to originate from a poor literacy training when they started school and from lack of a more systematic contact with literacy social practices. The study is based on a model of social literacy that takes into account a variety of social practices, and explores the students’ interpretation and heuristic hypotheses concerning spelling rules.
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A escrita nos anos iniciais do ensino fundamental: domínios de sentido na linguagem científicaMartinez, Débora Ferrari January 2016 (has links)
Nesta dissertação, alicerçada nas ideias Vigotski (1998; 2000a; 2007) e Bakhtin (2010; 2011b), investiga-se como se constituem os processos de aquisição da escrita, explicitados em enunciados verbais orais e escritos, quando se trabalha pedagogicamente com propostas envolvendo o discurso das ciências, na esfera escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho sócio-histórico, pela qual se busca analisar as relações dialógicas existentes em processos e produtos humanos. Pretende-se dar visibilidade ao processo vivenciado por partícipes desse espaço, professor e alunos, analisando suas inter-relações no processo de alfabetização envolvendo a linguagem científica. Os sujeitos-participantes da pesquisa foram crianças de uma turma de segundo ano do Ensino Fundamental de Colégio de Aplicação de âmbito federal, situado no município de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, e um adulto que exerceu o papel de professor e de pesquisador, concomitantemente. No desenvolvimento da pesquisa, além de consultas a documentos institucionais, foram utilizados vários instrumentos tais como: registros da observação participante mediante filmagens, gravações em áudio, fotografias do campo de coleta; textos escritos por alunos e pela turma como coletividade; e registros escritos em Diário de Campo pela professora-pesquisadora. Esta, em todos esses procedimentos que compuseram o corpus da pesquisa, bem como nos processos dialógicos desencadeados no desenvolvimento das propostas pedagógicas em sala de aula, assumiu o papel de sujeito-participante. As análises orientaram-se pelas categorias investigativas: enunciados histórica e socialmente situados dos sujeitos-participantes; relações dialógicas envolvidas no processo de aquisição da escrita; e sentidos (tema) do discurso (oral/escrito). Nas interlocuções em sala deaula esteve em focoo papel que a escrita desempenhana produção de sentidos do conhecimento científico pelas crianças, bem como nas elaborações conceituais pertinentes àárea queestas efetuam. Concluiu-se quepara o aluno aprender a escrever, precisa ter interlocutores definidos, colocar-se em dialogia(locutor/interlocutor) e encontrar espaços paraa atividade humanade expressão verbal, de modo a articular seus textos àsdiferentes necessidades que atentem para ascondições de produção do discurso nas práticassociais de que for partícipe. Quando a ênfase pedagógica é posta no aspecto relacional dos sujeitos com a linguagem e destesentre si,no processode elaboração conceitual, os conhecimentos acabam construídos em um plano de “negociação” de sentidos, no qual a condição do aluno que aprende (eu para si) se define na interlocução com colegas e professoras (eu para o outro) na busca potencial para os sentidos dos objetos em aprendizagem. Mesmo em estágios iniciais de aquisição da escrita, observamos que a produção de linguagem das crianças evidencia certa complexidade no trato com as práticas discursivas engajadas em suas necessidades, essencialmente voltadas a sua manifestação como sujeitos-partícipes das esferas sociais em que estão inseridos. Todavia, ainda há necessidade de avançarmos no conhecimento das práticas pedagógicas visando à valoração do ensino da língua escrita que possa dar vazão à palavra comprometida com o conhecimento da “coisa-objeto”, de si, do outro. Tal cuidado poderá ter repercussão, direta ou indireta, nos níveis mais amplos e complexos de aprendizagem das práticas de linguagem que envolvam o discurso das ciências na escola ou fora dela. / En esta tesis, basada en las ideas de Vygotsky (1998; 2000a; 2007) y Bajtín (2010; 2011b), investiga cómo se constituyen los procesos de adquisición de la escritura, en enunciados verbales, orales y escritas al trabajar pedagógicamente con propuestas que implican el discurso de la ciencia, en el ámbito escolar. Se trata de un estudio cualitativo de carácter socio-histórico, por el cual se busca analizar las relaciones dialógicas existentes em procesos y productos humanos. Su objetivo es dar visibilidad al proceso vivido por los participantes en este espacio, el profesor y los alumnos, analizando sus interrelaciones en el proceso de alfabetización que implica el lenguaje científico. Los sujetos participantes fueron niños de una clase de segundo año del Colegio de Aplicación de una universidad federal, situado en Florianópolis, estado de Santa Catarina, y un adulto que desempeñó el papel de docente e investigador, concomitantemente. El desarrollo de la investigación, ha usado las consultas con los documentos institucionales se utilizaron diversos instrumentos tales como: registros de la observación participante por el rodaje, grabaciones de audio, fotografías del campo de la recogida; los textos escritos por los estudiantes y la clase como una colectividad; y registros en Diario de Campo por el profesor-investigador. Esto, en todos estos procedimientos que componen el corpus de investigación, así como los procesos dialógicos desencadenados en el desarrollo de propuestas pedagógicas en el aula, asumió el papel de sujeto-participante. El análisis se guía por las categorías de investigación: enunciados históricos y socialmente situados de los sujetos participantes; relaciones dialógicas que intervienen en el proceso de adquisición de la escritura; y los sentidos (temas) del discurso (oral / escrito). En los diálogos en el aula fue enfocado el papel que el escribir tiene en la producción de sentidos del conocimiento científico por los niños, así como las elaboraciones conceptuales relevantes para el área que ellos realizan. Se concluyó que para que el estudiante aprenda a escribir, necesita tener interlocutores definidos, presentadas en dialogía y encontrar espacios para la actividad humana de expresión con el fin de articular sus textos a las diferentes necesidades que intentan las condiciones de producción del habla en las prácticas sociales de la que es partícipe. Cuando el énfasis pedagógico es en el aspecto relacional del sujeto con el lenguaje y de éstos entre sí, en el proceso de desarrollo conceptual, el conocimiento acaba de construir un plan de "negociación" de significados, en el que la condición del aprendizaje de los estudiantes se define en el diálogo con sus compañeros y profesores potencial en la búsqueda de formas de objetos de aprendizaje. Incluso en las primeras etapas de la adquisición de la escritura, se observó que la producción del lenguaje de los niños muestra cierta complejidad en el tratamiento de las prácticas discursivas se dedican a sus necesidades, se centró principalmente su manifestación como sujetos participantes de las esferas sociales en las que viven. Sin embargo, existe una necesidad de avanzar en el conocimiento de las prácticas pedagógicas destinadas a la valoración de la lengua escrita de la enseñanza em que se puede demostrar la existencia de la palabra comprometida con el conocimiento de la "cosa-objeto" por sí mismo en el otro. Dicha atención puede tener consecuencias, directas o indirectas, en los niveles más amplios y complejos más de aprendizaje de las prácticas del lenguaje que implican el discurso de la ciencia en la escuela o en el exterior.
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Por um saber sobre a escrita na interdependência entre atos enunciativos na universidade : a (re)escrita em voz altaJuchem, Aline January 2017 (has links)
Cette thèse vise à discuter la question de recherche suivante : qu’est-ce que c’est l’écriture, si l’on considère l’interdépendance énonciative entre les actes de parler, d’écouter, d’écrire et de lire ? Pour répondre à ce problème, nous proposons d’abord la contextualisation de notre objet d’étude, circonscrit au domaine de l’enseignement, pour réfléchir sur la manière dont les vestiges d’une histoire constituée dans et par le langage produisent des effets dans l’enseignement-apprentissage de langue maternelle et dans la production de textes écrits par l’apprenant, une fois qu’il est le résultat de la relation personne-espace-temps qui fonde l’expérience humaine dans le langage. Dans cette ligne, nous nous inspirons de la théorie énonciative d’Émile Benveniste, en considérant, comme présupposé théorique fondamental, que les actes énonciatifs de parole, d’écoute, d’écriture et de lecture constituent, en complémentarité, la condition humaine dans la société, spécifiquement dans l’université, puisque le langage suppose l’interdépendance entre ces modalités d’emploi de la langue par l’homme dans sa constitution en tant que parlant. À partir de ce présupposé, nous tirons, de la réflexion de Benveniste, trois notions structurantes, qui s’inter-relationnent dans cette recherche : l’intersubjectivité, qui rend possible la communication linguistique et son actualisation dans le discours ; la temporalité de la langue, qui permet, à l’homme, de s’historiciser dans la langue-discours ; et la relation d’interprétance, dont la faculté métalinguistique, qui la fonde, permet, à l’homme, de devenir un interprète de sa langue pour se (ré)inventer dans la société avec sa culture. De ces notions, respectivement, nous dérivons nos propres notions, qui convergent vers l’approche de notre problématique quant à la (ré)signification d’une connaissance dans/de l’écriture en vue de l’interdépendance énonciative, de l’instance d’historicisation et de la réflexivité énonciative. De la base théorique circonscrite à la linguistique, nous passons à la base méthodologique, qui prévoit l’articulation de principes et de mécanismes d’analyse de trois faits énonciatifs de langage d’une étudiante participante de l’atelier de Langue Portugaise du Programme d’Appui à la Licence de l’Université Fédérale du Rio Grande do Sul, articulés à trois instances analytiques : l’écriture, liée au texte écrit ; la voix, liée à la vocalisation de l’écrit ; et l’écoute, liée aux discours sur la vocalisation de l’écrit. Sous cette articulation, basée sur des notions théoriques, nous passons à l’analyse translinguistique de l’interdépendance énonciative entre les faits de langage dans la constitution de notre objet d’étude, une fois qu’il est un point d’arrivée de cette thèse : la (ré)écriture à haute voix. Comme effet de la vocalisation de l’écrit, qui réorganise les relations entre les actes énonciatifs en lire/parler et écrire/écouter en raison de l’interdépendance énonciative qui s’établie en salle de classe dans l’axe méthodologique écriture-lecture/vocalisation-écoute-(ré)écriture, la (ré)écriture à haute voix marque l’embryon d’une (ré)écriture qui naît au moment même où le texte écrit est vocalisé. La réalisation vocale de l’écriture est entendue ; donc, l’écoute devient aussi le critère de l’écriture, puisqu’elle est vocalisée. La (ré)écriture à haute voix commence bien là où la voix (re)produit les sens graphiques, inscrite dans un mouvement de rétrospection et de prospection, qui (re)fait, par la vocalisation, les sens du texte écrit et, en même temps, projette la ré-écriture graphique. Voici la place de l’écriture dans la (ré)signification de l’élève dans le langage. / Esta tese visa a discutir a seguinte questão de pesquisa: o que é a escrita se considerada a interdependência enunciativa entre os atos de falar, ouvir, escrever e ler? Para responder a essa problemática, propomos inicialmente a contextualização do nosso objeto de estudo, circunscrita ao âmbito do ensino, de modo a refletir sobre como os vestígios de uma história constituída na e pela linguagem produzem efeitos no ensino-aprendizagem de língua materna e na produção de textos escritos pelo aluno, uma vez que ele é resultado da relação pessoa-espaço-tempo que funda a experiência humana na linguagem. Nessa linha, inspiramo-nos no construto enunciativo de Émile Benveniste, considerando como pressuposto teórico fundamental que os atos enunciativos de fala, escuta, escrita e leitura constituem em complementaridade a condição humana na sociedade, especificamente na universidade, visto que a linguagem supõe a interdependência entre essas modalidades de emprego da língua pelo homem em sua constituição como falante. A partir de tal pressuposto, derivamos da reflexão benvenistiana três noções estruturantes, que se inter-relacionam nesta pesquisa: a intersubjetividade, que torna possível a comunicação linguística e sua atualização no discurso; a temporalidade da língua, que possibilita ao homem se historicizar na língua-discurso; e a relação de interpretância, cuja faculdade metalinguística, que a fundamenta, permite ao homem se tornar intérprete de sua língua para (re)inventar-se na sociedade com sua cultura. Dessas noções, respectivamente, derivamos noções próprias, que convergem para a abordagem de nossa problemática quanto à (re)significação de um saber na/da escrita em vista da interdependência enunciativa, da instância de historicização e da reflexividade enunciativa. Da base teórica circunscrita à linguística, passamos à base metodológica, que prevê a articulação de princípios e mecanismos de análise de três fatos enunciativos de linguagem de uma aluna universitária, coletados no Programa de Apoio à Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e articulados a três instâncias analíticas: a escrita, relacionada ao texto escrito; a voz, atrelada à vocalização do escrito; e a escuta, vinculada aos discursos sobre a vocalização do escrito. Sob essa articulação, fundamentada pelas noções teóricas, passamos à análise translinguística da interdependência enunciativa entre os fatos de linguagem na constituição do nosso objeto de estudo, uma vez que ele é um ponto de chegada desta tese: a (re)escrita em voz alta. Como efeito da vocalização do escrito, que reorganiza as relações entre os atos enunciativos em ler/falar e escrever/ouvir em virtude da interdependência enunciativa que se instaura em sala de aula no eixo metodológico escrita-leitura/vocalização-escuta-(re)escrita, a (re)escrita em voz alta demarca o embrião de uma (re)escrita que nasce no instante mesmo em que o texto escrito é vocalizado. A realização vocal da escrita é ouvida; logo, a escuta se torna também critério da escrita, posto que esta é vocalizada. A (re)escrita em voz alta começa bem ali onde a voz (re)produz os sentidos gráficos, inscrita num movimento de retrospecção e prospecção, que (re)faz, pela vocalização, os sentidos do texto escrito e, ao mesmo tempo, projeta a re-escrita gráfica. Eis o lugar da escrita na (re)significação do aluno na linguagem.
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A escrita nos anos iniciais do ensino fundamental: domínios de sentido na linguagem científicaMartinez, Débora Ferrari January 2016 (has links)
Nesta dissertação, alicerçada nas ideias Vigotski (1998; 2000a; 2007) e Bakhtin (2010; 2011b), investiga-se como se constituem os processos de aquisição da escrita, explicitados em enunciados verbais orais e escritos, quando se trabalha pedagogicamente com propostas envolvendo o discurso das ciências, na esfera escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho sócio-histórico, pela qual se busca analisar as relações dialógicas existentes em processos e produtos humanos. Pretende-se dar visibilidade ao processo vivenciado por partícipes desse espaço, professor e alunos, analisando suas inter-relações no processo de alfabetização envolvendo a linguagem científica. Os sujeitos-participantes da pesquisa foram crianças de uma turma de segundo ano do Ensino Fundamental de Colégio de Aplicação de âmbito federal, situado no município de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, e um adulto que exerceu o papel de professor e de pesquisador, concomitantemente. No desenvolvimento da pesquisa, além de consultas a documentos institucionais, foram utilizados vários instrumentos tais como: registros da observação participante mediante filmagens, gravações em áudio, fotografias do campo de coleta; textos escritos por alunos e pela turma como coletividade; e registros escritos em Diário de Campo pela professora-pesquisadora. Esta, em todos esses procedimentos que compuseram o corpus da pesquisa, bem como nos processos dialógicos desencadeados no desenvolvimento das propostas pedagógicas em sala de aula, assumiu o papel de sujeito-participante. As análises orientaram-se pelas categorias investigativas: enunciados histórica e socialmente situados dos sujeitos-participantes; relações dialógicas envolvidas no processo de aquisição da escrita; e sentidos (tema) do discurso (oral/escrito). Nas interlocuções em sala deaula esteve em focoo papel que a escrita desempenhana produção de sentidos do conhecimento científico pelas crianças, bem como nas elaborações conceituais pertinentes àárea queestas efetuam. Concluiu-se quepara o aluno aprender a escrever, precisa ter interlocutores definidos, colocar-se em dialogia(locutor/interlocutor) e encontrar espaços paraa atividade humanade expressão verbal, de modo a articular seus textos àsdiferentes necessidades que atentem para ascondições de produção do discurso nas práticassociais de que for partícipe. Quando a ênfase pedagógica é posta no aspecto relacional dos sujeitos com a linguagem e destesentre si,no processode elaboração conceitual, os conhecimentos acabam construídos em um plano de “negociação” de sentidos, no qual a condição do aluno que aprende (eu para si) se define na interlocução com colegas e professoras (eu para o outro) na busca potencial para os sentidos dos objetos em aprendizagem. Mesmo em estágios iniciais de aquisição da escrita, observamos que a produção de linguagem das crianças evidencia certa complexidade no trato com as práticas discursivas engajadas em suas necessidades, essencialmente voltadas a sua manifestação como sujeitos-partícipes das esferas sociais em que estão inseridos. Todavia, ainda há necessidade de avançarmos no conhecimento das práticas pedagógicas visando à valoração do ensino da língua escrita que possa dar vazão à palavra comprometida com o conhecimento da “coisa-objeto”, de si, do outro. Tal cuidado poderá ter repercussão, direta ou indireta, nos níveis mais amplos e complexos de aprendizagem das práticas de linguagem que envolvam o discurso das ciências na escola ou fora dela. / En esta tesis, basada en las ideas de Vygotsky (1998; 2000a; 2007) y Bajtín (2010; 2011b), investiga cómo se constituyen los procesos de adquisición de la escritura, en enunciados verbales, orales y escritas al trabajar pedagógicamente con propuestas que implican el discurso de la ciencia, en el ámbito escolar. Se trata de un estudio cualitativo de carácter socio-histórico, por el cual se busca analizar las relaciones dialógicas existentes em procesos y productos humanos. Su objetivo es dar visibilidad al proceso vivido por los participantes en este espacio, el profesor y los alumnos, analizando sus interrelaciones en el proceso de alfabetización que implica el lenguaje científico. Los sujetos participantes fueron niños de una clase de segundo año del Colegio de Aplicación de una universidad federal, situado en Florianópolis, estado de Santa Catarina, y un adulto que desempeñó el papel de docente e investigador, concomitantemente. El desarrollo de la investigación, ha usado las consultas con los documentos institucionales se utilizaron diversos instrumentos tales como: registros de la observación participante por el rodaje, grabaciones de audio, fotografías del campo de la recogida; los textos escritos por los estudiantes y la clase como una colectividad; y registros en Diario de Campo por el profesor-investigador. Esto, en todos estos procedimientos que componen el corpus de investigación, así como los procesos dialógicos desencadenados en el desarrollo de propuestas pedagógicas en el aula, asumió el papel de sujeto-participante. El análisis se guía por las categorías de investigación: enunciados históricos y socialmente situados de los sujetos participantes; relaciones dialógicas que intervienen en el proceso de adquisición de la escritura; y los sentidos (temas) del discurso (oral / escrito). En los diálogos en el aula fue enfocado el papel que el escribir tiene en la producción de sentidos del conocimiento científico por los niños, así como las elaboraciones conceptuales relevantes para el área que ellos realizan. Se concluyó que para que el estudiante aprenda a escribir, necesita tener interlocutores definidos, presentadas en dialogía y encontrar espacios para la actividad humana de expresión con el fin de articular sus textos a las diferentes necesidades que intentan las condiciones de producción del habla en las prácticas sociales de la que es partícipe. Cuando el énfasis pedagógico es en el aspecto relacional del sujeto con el lenguaje y de éstos entre sí, en el proceso de desarrollo conceptual, el conocimiento acaba de construir un plan de "negociación" de significados, en el que la condición del aprendizaje de los estudiantes se define en el diálogo con sus compañeros y profesores potencial en la búsqueda de formas de objetos de aprendizaje. Incluso en las primeras etapas de la adquisición de la escritura, se observó que la producción del lenguaje de los niños muestra cierta complejidad en el tratamiento de las prácticas discursivas se dedican a sus necesidades, se centró principalmente su manifestación como sujetos participantes de las esferas sociales en las que viven. Sin embargo, existe una necesidad de avanzar en el conocimiento de las prácticas pedagógicas destinadas a la valoración de la lengua escrita de la enseñanza em que se puede demostrar la existencia de la palabra comprometida con el conocimiento de la "cosa-objeto" por sí mismo en el otro. Dicha atención puede tener consecuencias, directas o indirectas, en los niveles más amplios y complejos más de aprendizaje de las prácticas del lenguaje que implican el discurso de la ciencia en la escuela o en el exterior.
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A escrita nos anos iniciais do ensino fundamental: domínios de sentido na linguagem científicaMartinez, Débora Ferrari January 2016 (has links)
Nesta dissertação, alicerçada nas ideias Vigotski (1998; 2000a; 2007) e Bakhtin (2010; 2011b), investiga-se como se constituem os processos de aquisição da escrita, explicitados em enunciados verbais orais e escritos, quando se trabalha pedagogicamente com propostas envolvendo o discurso das ciências, na esfera escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho sócio-histórico, pela qual se busca analisar as relações dialógicas existentes em processos e produtos humanos. Pretende-se dar visibilidade ao processo vivenciado por partícipes desse espaço, professor e alunos, analisando suas inter-relações no processo de alfabetização envolvendo a linguagem científica. Os sujeitos-participantes da pesquisa foram crianças de uma turma de segundo ano do Ensino Fundamental de Colégio de Aplicação de âmbito federal, situado no município de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, e um adulto que exerceu o papel de professor e de pesquisador, concomitantemente. No desenvolvimento da pesquisa, além de consultas a documentos institucionais, foram utilizados vários instrumentos tais como: registros da observação participante mediante filmagens, gravações em áudio, fotografias do campo de coleta; textos escritos por alunos e pela turma como coletividade; e registros escritos em Diário de Campo pela professora-pesquisadora. Esta, em todos esses procedimentos que compuseram o corpus da pesquisa, bem como nos processos dialógicos desencadeados no desenvolvimento das propostas pedagógicas em sala de aula, assumiu o papel de sujeito-participante. As análises orientaram-se pelas categorias investigativas: enunciados histórica e socialmente situados dos sujeitos-participantes; relações dialógicas envolvidas no processo de aquisição da escrita; e sentidos (tema) do discurso (oral/escrito). Nas interlocuções em sala deaula esteve em focoo papel que a escrita desempenhana produção de sentidos do conhecimento científico pelas crianças, bem como nas elaborações conceituais pertinentes àárea queestas efetuam. Concluiu-se quepara o aluno aprender a escrever, precisa ter interlocutores definidos, colocar-se em dialogia(locutor/interlocutor) e encontrar espaços paraa atividade humanade expressão verbal, de modo a articular seus textos àsdiferentes necessidades que atentem para ascondições de produção do discurso nas práticassociais de que for partícipe. Quando a ênfase pedagógica é posta no aspecto relacional dos sujeitos com a linguagem e destesentre si,no processode elaboração conceitual, os conhecimentos acabam construídos em um plano de “negociação” de sentidos, no qual a condição do aluno que aprende (eu para si) se define na interlocução com colegas e professoras (eu para o outro) na busca potencial para os sentidos dos objetos em aprendizagem. Mesmo em estágios iniciais de aquisição da escrita, observamos que a produção de linguagem das crianças evidencia certa complexidade no trato com as práticas discursivas engajadas em suas necessidades, essencialmente voltadas a sua manifestação como sujeitos-partícipes das esferas sociais em que estão inseridos. Todavia, ainda há necessidade de avançarmos no conhecimento das práticas pedagógicas visando à valoração do ensino da língua escrita que possa dar vazão à palavra comprometida com o conhecimento da “coisa-objeto”, de si, do outro. Tal cuidado poderá ter repercussão, direta ou indireta, nos níveis mais amplos e complexos de aprendizagem das práticas de linguagem que envolvam o discurso das ciências na escola ou fora dela. / En esta tesis, basada en las ideas de Vygotsky (1998; 2000a; 2007) y Bajtín (2010; 2011b), investiga cómo se constituyen los procesos de adquisición de la escritura, en enunciados verbales, orales y escritas al trabajar pedagógicamente con propuestas que implican el discurso de la ciencia, en el ámbito escolar. Se trata de un estudio cualitativo de carácter socio-histórico, por el cual se busca analizar las relaciones dialógicas existentes em procesos y productos humanos. Su objetivo es dar visibilidad al proceso vivido por los participantes en este espacio, el profesor y los alumnos, analizando sus interrelaciones en el proceso de alfabetización que implica el lenguaje científico. Los sujetos participantes fueron niños de una clase de segundo año del Colegio de Aplicación de una universidad federal, situado en Florianópolis, estado de Santa Catarina, y un adulto que desempeñó el papel de docente e investigador, concomitantemente. El desarrollo de la investigación, ha usado las consultas con los documentos institucionales se utilizaron diversos instrumentos tales como: registros de la observación participante por el rodaje, grabaciones de audio, fotografías del campo de la recogida; los textos escritos por los estudiantes y la clase como una colectividad; y registros en Diario de Campo por el profesor-investigador. Esto, en todos estos procedimientos que componen el corpus de investigación, así como los procesos dialógicos desencadenados en el desarrollo de propuestas pedagógicas en el aula, asumió el papel de sujeto-participante. El análisis se guía por las categorías de investigación: enunciados históricos y socialmente situados de los sujetos participantes; relaciones dialógicas que intervienen en el proceso de adquisición de la escritura; y los sentidos (temas) del discurso (oral / escrito). En los diálogos en el aula fue enfocado el papel que el escribir tiene en la producción de sentidos del conocimiento científico por los niños, así como las elaboraciones conceptuales relevantes para el área que ellos realizan. Se concluyó que para que el estudiante aprenda a escribir, necesita tener interlocutores definidos, presentadas en dialogía y encontrar espacios para la actividad humana de expresión con el fin de articular sus textos a las diferentes necesidades que intentan las condiciones de producción del habla en las prácticas sociales de la que es partícipe. Cuando el énfasis pedagógico es en el aspecto relacional del sujeto con el lenguaje y de éstos entre sí, en el proceso de desarrollo conceptual, el conocimiento acaba de construir un plan de "negociación" de significados, en el que la condición del aprendizaje de los estudiantes se define en el diálogo con sus compañeros y profesores potencial en la búsqueda de formas de objetos de aprendizaje. Incluso en las primeras etapas de la adquisición de la escritura, se observó que la producción del lenguaje de los niños muestra cierta complejidad en el tratamiento de las prácticas discursivas se dedican a sus necesidades, se centró principalmente su manifestación como sujetos participantes de las esferas sociales en las que viven. Sin embargo, existe una necesidad de avanzar en el conocimiento de las prácticas pedagógicas destinadas a la valoración de la lengua escrita de la enseñanza em que se puede demostrar la existencia de la palabra comprometida con el conocimiento de la "cosa-objeto" por sí mismo en el otro. Dicha atención puede tener consecuencias, directas o indirectas, en los niveles más amplios y complejos más de aprendizaje de las prácticas del lenguaje que implican el discurso de la ciencia en la escuela o en el exterior.
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Por um saber sobre a escrita na interdependência entre atos enunciativos na universidade : a (re)escrita em voz altaJuchem, Aline January 2017 (has links)
Cette thèse vise à discuter la question de recherche suivante : qu’est-ce que c’est l’écriture, si l’on considère l’interdépendance énonciative entre les actes de parler, d’écouter, d’écrire et de lire ? Pour répondre à ce problème, nous proposons d’abord la contextualisation de notre objet d’étude, circonscrit au domaine de l’enseignement, pour réfléchir sur la manière dont les vestiges d’une histoire constituée dans et par le langage produisent des effets dans l’enseignement-apprentissage de langue maternelle et dans la production de textes écrits par l’apprenant, une fois qu’il est le résultat de la relation personne-espace-temps qui fonde l’expérience humaine dans le langage. Dans cette ligne, nous nous inspirons de la théorie énonciative d’Émile Benveniste, en considérant, comme présupposé théorique fondamental, que les actes énonciatifs de parole, d’écoute, d’écriture et de lecture constituent, en complémentarité, la condition humaine dans la société, spécifiquement dans l’université, puisque le langage suppose l’interdépendance entre ces modalités d’emploi de la langue par l’homme dans sa constitution en tant que parlant. À partir de ce présupposé, nous tirons, de la réflexion de Benveniste, trois notions structurantes, qui s’inter-relationnent dans cette recherche : l’intersubjectivité, qui rend possible la communication linguistique et son actualisation dans le discours ; la temporalité de la langue, qui permet, à l’homme, de s’historiciser dans la langue-discours ; et la relation d’interprétance, dont la faculté métalinguistique, qui la fonde, permet, à l’homme, de devenir un interprète de sa langue pour se (ré)inventer dans la société avec sa culture. De ces notions, respectivement, nous dérivons nos propres notions, qui convergent vers l’approche de notre problématique quant à la (ré)signification d’une connaissance dans/de l’écriture en vue de l’interdépendance énonciative, de l’instance d’historicisation et de la réflexivité énonciative. De la base théorique circonscrite à la linguistique, nous passons à la base méthodologique, qui prévoit l’articulation de principes et de mécanismes d’analyse de trois faits énonciatifs de langage d’une étudiante participante de l’atelier de Langue Portugaise du Programme d’Appui à la Licence de l’Université Fédérale du Rio Grande do Sul, articulés à trois instances analytiques : l’écriture, liée au texte écrit ; la voix, liée à la vocalisation de l’écrit ; et l’écoute, liée aux discours sur la vocalisation de l’écrit. Sous cette articulation, basée sur des notions théoriques, nous passons à l’analyse translinguistique de l’interdépendance énonciative entre les faits de langage dans la constitution de notre objet d’étude, une fois qu’il est un point d’arrivée de cette thèse : la (ré)écriture à haute voix. Comme effet de la vocalisation de l’écrit, qui réorganise les relations entre les actes énonciatifs en lire/parler et écrire/écouter en raison de l’interdépendance énonciative qui s’établie en salle de classe dans l’axe méthodologique écriture-lecture/vocalisation-écoute-(ré)écriture, la (ré)écriture à haute voix marque l’embryon d’une (ré)écriture qui naît au moment même où le texte écrit est vocalisé. La réalisation vocale de l’écriture est entendue ; donc, l’écoute devient aussi le critère de l’écriture, puisqu’elle est vocalisée. La (ré)écriture à haute voix commence bien là où la voix (re)produit les sens graphiques, inscrite dans un mouvement de rétrospection et de prospection, qui (re)fait, par la vocalisation, les sens du texte écrit et, en même temps, projette la ré-écriture graphique. Voici la place de l’écriture dans la (ré)signification de l’élève dans le langage. / Esta tese visa a discutir a seguinte questão de pesquisa: o que é a escrita se considerada a interdependência enunciativa entre os atos de falar, ouvir, escrever e ler? Para responder a essa problemática, propomos inicialmente a contextualização do nosso objeto de estudo, circunscrita ao âmbito do ensino, de modo a refletir sobre como os vestígios de uma história constituída na e pela linguagem produzem efeitos no ensino-aprendizagem de língua materna e na produção de textos escritos pelo aluno, uma vez que ele é resultado da relação pessoa-espaço-tempo que funda a experiência humana na linguagem. Nessa linha, inspiramo-nos no construto enunciativo de Émile Benveniste, considerando como pressuposto teórico fundamental que os atos enunciativos de fala, escuta, escrita e leitura constituem em complementaridade a condição humana na sociedade, especificamente na universidade, visto que a linguagem supõe a interdependência entre essas modalidades de emprego da língua pelo homem em sua constituição como falante. A partir de tal pressuposto, derivamos da reflexão benvenistiana três noções estruturantes, que se inter-relacionam nesta pesquisa: a intersubjetividade, que torna possível a comunicação linguística e sua atualização no discurso; a temporalidade da língua, que possibilita ao homem se historicizar na língua-discurso; e a relação de interpretância, cuja faculdade metalinguística, que a fundamenta, permite ao homem se tornar intérprete de sua língua para (re)inventar-se na sociedade com sua cultura. Dessas noções, respectivamente, derivamos noções próprias, que convergem para a abordagem de nossa problemática quanto à (re)significação de um saber na/da escrita em vista da interdependência enunciativa, da instância de historicização e da reflexividade enunciativa. Da base teórica circunscrita à linguística, passamos à base metodológica, que prevê a articulação de princípios e mecanismos de análise de três fatos enunciativos de linguagem de uma aluna universitária, coletados no Programa de Apoio à Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e articulados a três instâncias analíticas: a escrita, relacionada ao texto escrito; a voz, atrelada à vocalização do escrito; e a escuta, vinculada aos discursos sobre a vocalização do escrito. Sob essa articulação, fundamentada pelas noções teóricas, passamos à análise translinguística da interdependência enunciativa entre os fatos de linguagem na constituição do nosso objeto de estudo, uma vez que ele é um ponto de chegada desta tese: a (re)escrita em voz alta. Como efeito da vocalização do escrito, que reorganiza as relações entre os atos enunciativos em ler/falar e escrever/ouvir em virtude da interdependência enunciativa que se instaura em sala de aula no eixo metodológico escrita-leitura/vocalização-escuta-(re)escrita, a (re)escrita em voz alta demarca o embrião de uma (re)escrita que nasce no instante mesmo em que o texto escrito é vocalizado. A realização vocal da escrita é ouvida; logo, a escuta se torna também critério da escrita, posto que esta é vocalizada. A (re)escrita em voz alta começa bem ali onde a voz (re)produz os sentidos gráficos, inscrita num movimento de retrospecção e prospecção, que (re)faz, pela vocalização, os sentidos do texto escrito e, ao mesmo tempo, projeta a re-escrita gráfica. Eis o lugar da escrita na (re)significação do aluno na linguagem.
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A produção textual no Ensino Fundamental: pelo direito à palavra. / The textual production in Elementary School: by the right to the word.SILVA, Pedro Alves da. 10 January 2018 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-31 / O presente trabalho, intitulado “Produção textual no Ensino Fundamental: pelo
direito à palavra”, procura refletir, expor e/ou evidenciar a escrita como prática social
relevante, bem como averiguar a problemática que circunda as práticas de produção
textual no Ensino Fundamental, observando-se o trabalho educativo realizado em
duas escolas pertencentes a rede pública de ensino (Municipal). Ressaltamos a
importância funcional da escola no processamento da escrita para o
desenvolvimento linguístico e as relações sociais dos indivíduos, bem como
destacar o seu papel enquanto instância mediadora do desenvolvimento de
competências inerentes à produção escrita. Utilizou-se, além de um referencial
teórico, uma pesquisa de campo, a fim de detectar as principais dificuldades
apresentadas pelos alunos na produção de textos, considerando-se, igualmente, o
trabalho didático-pedagógico do educador para com essa atividade dentro dos
contextos de ensino público. Portanto, esta pesquisa, de natureza exploratória,
qualitativa e aplicada, teve, também, o objetivo de diagnosticar e categorizar as
principais dificuldades de aprendizagem detectadas nas produções de texto escrito
das duas turmas de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental de duas escolas
públicas municipais do estado da Paraíba. Após este diagnóstico, realizou uma
intervenção com o intuito de comprovar, através do procedimento sequência
didática, que o ensino de produção textual escrita, se bem planejado, estudado e
aplicado resultará em resultados eficazes. Para isso, as teorias defendidas por
Schneuwly e Dolz (2013), foram de suma importância para a realização deste
momento. Com base nos estudos realizados, inferi-se que a maioria dos alunos
enfrentam dificuldades em exporem suas idéias, porque, dentre outras razões, não
possuem o hábito da leitura e que, são expostos a práticas de escrita ineficientes.
Mas, quando se realiza um trabalho que valorize a escrita do aluno, feito de forma
planejada, antes, durante e após o processo, a prática de produção textual escrita se
torna bem mais significativa para os envolvidos neste processo. A sequência
didática pôde proporcionar aos alunos o seu direito, de fato, à palavra. / The present work, entitled "textual production in fundamental teaching: for the right to
word," seeks to reflect expose and / or evidence writing as relevant social practice,
as well as ascertain the problems surrounding textual production practices in
elementary school, watching -if the educational work carried out in two schools
belonging to the public school teaching (Municipal). We jut the functional importance
of the school in the writing processing for language development and social relations
of individuals as well as detach its role as a mediator instance skills development
inherent in the written production. Was used, and a theoretical referential, a camp
research in order to detect the main difficulties presented by the students in the
production of texts, considering also the didactic and pedagogical work of the teacher
for this activity within the contexts of public education. So this research, of nature
exploratory, qualitative and applied had also, in order to diagnose and categorize the
main learning difficulties detected in the text productions written of the two classes of
students in 9th grade of elementary school from two public schools the state of
Paraiba. After this diagnosis, an intervention performed with the intention to
establish, through the following teaching procedure, the production of teaching
written text, if well designed, studied and applied result in effective results. For this,
the theories defended by Schneuwly and Dolz (2013), were of paramount importance
for the realization of this moment. Based on studies, it infer that most students face
difficulties in exposing their ideas, because, among other reasons, do not have the
habit of reading and that are exposed to inefficient writing practices. But when
performing a job that improve student writing, done in a planned manner, before,
during and after the process, the practice of textual production writing becomes more
significant for those involved in this process. The didactic sequence could provide
students their right, indeed the word.
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Impactos no estudo da escrita produzidos nos textos de graduandos em Letras. / Impacts in the study of writing produced in the texts of graduates in Letters.SANTOS, Joelma da Silva. 25 July 2018 (has links)
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Previous issue date: 2009-12 / A todo o momento, estamos fazendo uso da escrita em nosso dia-a-dia sem nem
mesmo percebermos, o que nos faz concluir que não escrevemos por escrever, mas com
um objetivo e intencionalidade. Contudo, os alunos que chegam à universidade têm
demonstrado sérios problemas de escrita. Alegam, inclusive, não saberem escrever, já
que a escola não lhes proporciona ações de escrita, considerando-se práticas sociais
efetivas. Esses alunos quando se deparam com a prática de escrita acadêmica se
sentem incapazes, uma vez que lhes é solicitado que escrevam de forma critica e
reflexiva, atentando tanto para os aspectos microestruturais do texto (recursos
morfológicos e sintáticos) quanto para seus aspectos macroestruturais (organização que
manifesta um saber compartilhado, informação nova, justificativa e conclusão). Desse
modo, compreendendo ser o ensino de escrita, como objeto de ensino-aprendizagem, um
constante desafio para os docentes e discentes, procuramos, nesta presente pesquisa
atingir a dois objetivos: 1) Verificar de que forma as orientações de correções recebidas
da professora-formadora se incorporam às novas versões do texto dos alunos de Letras e
que tipo de correção foi utilizado pela docente, como sendo impactos do ensinoaprendizagem da escrita sobre esses textos; e 2) Identificar os impactos que as
disciplinas Prática de Leitura e Produção de Textos I e II (PLPT) provocam nos alunos
recém-ingressos no curso de Letras (identificados na concepção de escrita, na leitura, na
metodologia de ensino, na correção e na reescritura). A pesquisa é descritivointerpretativa
de natureza qualitativa, cup corpus compreende: enunciados de propostas
de escrita social e acadêmica; textos dos alunos considerados Iniciante (I), Mediano (M) e
Proficiente (P), nas suas primeira e segunda versões; questionário aplicado pela docente
no primeiro dia de aula, da disciplina PLPT I; questionário aplicado por nós, na disciplina
citada; entrevista semi-estruturada realizada com os alunos em foco, na disciplina PLPT
II; e questionário respondido pelos alunos após terem cursado as disciplinas em foco.
Nossa pesquisa fundamenta-se na abordagem interacionista sócio-discursiva de escrita.
Os resultados sinalizam que o ensino acadêmico, oferecido no curso de Letras, provocou
um impacto, embora incipiente, ainda, nos textos dos alunos I e M, bem como a
metodologia do ensino universitário provocou mudanças quanto à concepção de escrita e
os modos de apreender a escrita dos alunos I, M e P, uma vez que na academia eles
precisaram ler e escrever além do que lhes era exigido no Ensino Fundamental (EF) e no
Ensino Médio (EM). Com esses resultados, concluímos que os alunos chegam à
universidade trazendo consigo lacunas no que se refere aos aspectos macro e
microestruturais, refletindo, assim, em seus textos produzidos na academia, os quais
passam por alterações após as sugestões de reescrita da docente e reescritos pelos
alunos. Isso nos faz concluir que entre o saber estudar sobre escrita e o saber escrever
efetivamente há uma grande distância. Logo nós não podemos ensinar a escrever,
falando sobre escrita temos que estimular os alunos para escrever, preferencialmente, a
partir de práticas de letramentos diferenciadas, não só da academia, mas de outras
instâncias sociais, de acordo com suas próprias necessidades. / Every time, we are making use of writing in our day to day without even realizing
what makes us conclude that we do not write by writing, but one with purpose and
intentionality. However, students who come to the university have shown serious
problems of writing. They claim, including not knowing how to write, since the
school does not give them shares of writing, considering effective social practices.
These students when faced with the practice of university writing feel helpless
because they are being asked to write critically and reflectively, paying attention to
the micro-structural features of the text (morphological and syntactic features) and
for macro-structural aspects (organization that expresses a shared knowledge,
new information, explanation and conclusion). Thus, understanding to the teaching
of writing, as an object of teaching and learning, a constant challenge for teachers
and students, we at this present research to achieve two objectives: 1) Check how
the guidelines corrections received from teacher trainer to incorporate the new
versions of the text of the students of Humanities and what kind of correction was
used by the teacher, as impacts of teaching and learning of writing about these
texts, and 2) Identify the impacts that the disciplines Practice Reading and
Production Texts I and II (PLPT) cause the freshmen students in the course of Arts
(identified in the design of writing, reading, teaching methodology, cornucting and
rewriting). The research is descriptive and interpretative qualitative, whose corpus
includes: set of questions representing proposals for social and university writing,
students' texts considered Beginner (I), Medium (M) and Proficient (P): in its first
and second versions; questionnaire administered by the teacher on the first day of
school, discipline PLPT I; questionnaire applied by us in the discipline mentioned,
semi-structured interviews conducted with students in focus, discipline PLPT II,
and a questionnaire answered by students after having completed subjects in
focus. Our research is based on the socio-interactionist approach discursive
writing, the results indicate that the academic education offered in the course of
Humanities, has caused an impact, although in its infancy, yet the :exts of the
students I and M, and the method of university education led to changes on the
design of writing and ways of understanding the students' writing I, M and P, as in
university they need to read and write beyond what they were requied in Basic
Education (EF) and in high school (EM). With these results, we concluded that
students come to university bringing with gaps in relation to the macro-and microreflecting,
in their texts produced in the academy, which undergo changes after the
suggestions of the teacher's rewritten and rewritten students. This leads us to
conclude that among the study know about writing and how to write effectively is a
great distance. So we can not teach writing, talking about writing that have
effectively put the students to write, preferably from different literacy practices not
on\y from university but from other social organizations, according to their own
needs.
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As escolhas das letras e caracteres na elaboração de enunciados em cartas e histórias em quadrinhos /Santos, Sônia de Oliveira. January 2013 (has links)
Orientador: Dagoberto Buim Arena / Banca: Cyntia Graziella Guizelim Simões Girotto / Banca: Maria Rosa Rodrigues Martin de Camargo / Resumo: A pesquisa apresentada nesta dissertação teve o propósito de compreender os recursos utilizados pelas crianças quanto às escolhas das letras e caracteres durante o ato discursivo. O objetivo geral foi o de analisar o processo de apropriação da escrita por meios das cartas pessoais e história em quadrinhos. Os objetivos específicos foram os de compreender como se dá o processo de escolhas na apropriação da língua escrita por crianças no início da alfabetização; analisar se as escolhas são feitas com base somente na oralidade ou se utilizam outros critérios durante o ato de escrever; analisar como as crianças se apropriam da escrita por meio dos gêneros textuais carta e história em quadrinhos; compreender como as crianças utilizam o computador no momento de escrita, especificamente o uso do teclado e dos programas Word e Hagáquê, utilizados para a criação das cartas e das histórias em quadrinhos e, por fim, compreender a importância do outro durante o ato discursivo. A pesquisa teve como base os pressupostos teóricos defendidos por Bakhtin sobre linguagem, enunciação, gênero do discurso e a importância do outro, e para compreender o desenvolvimento da escrita e como se dá sua apropriação. O apoio teórico foi dado por alguns autores da Teoria Histórico Cultural, e em estudos de autores da Linguística, entre eles, Desbordes, Catach e Bajard. A pesquisa-ação foi a metodologia de base utilizada na geração dos dados. A pesquisa de campo foi realizada em uma Escola Estadual, localizada na Cidade de Marília. Participaram como sujeitos cinco crianças, três do 1º ano e duas do 2º ano do ensino fundamental. Os dados foram gerados na relação entre as crianças e a pesquisadora, no período de março a dezembro de 2012, por meio da escrita de cartas e da construção de histórias em quadrinhos, além de entrevistas... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The research that resulted in this thesis was aimed at achieving a greater understanding of the resources employed by children regarding their choices of letters and characters during the discursive act. The overall objective was to analyze the process of appropriation of writing by means of personal letters and comics. The specific objectives were to understand how the process of choosing in written language appropriation takes place for children in early literacy; to examine whether choices are made based solely on orality or other criteria are used during the act of writing; to analyze how children use writing in the genres letter and comics; to understand how children use the computer at the time of writing, particularly the use of the keyboard, the text editor MS Word and the comics editor HagáQuê; and finally to understand the importance of the other during the discursive act. The research was based on the theoretical assumptions advocated by Bakhtin about language, enunciation, discourse genres and the importance of the other, to understand the development of writing and how its appropriation takes place. Further theoretical support was given by a number of Cultural-Historical Theory authors and by studies from Linguistics authors, among them, Desbordes, Catach and Bajard. Action research was the basic methodology used in generating the data. The field research was conducted at a State School, located in the city of Marília, São Paulo State. The subjects were five children: three from the first year and two from the second year of Elementary School. The data were generated in the interactions between the children and the researcher, within the period from March to December 2012, through letter writing and the making of comics, as well as through interviews with children and parents... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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