• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 11
  • Tagged with
  • 11
  • 11
  • 7
  • 7
  • 3
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Um século de caça comercial na Amazônia / A century of commercial hunting in Amazonia

Antunes, André Pinassi 12 June 2015 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2016-09-08T19:06:55Z No. of bitstreams: 2 TESE FINAL ANDRE_ANTUNES_2015.pdf: 11017170 bytes, checksum: f51425fe8d99c9d47bdb5dcaaae875dc (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-08T19:06:55Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE FINAL ANDRE_ANTUNES_2015.pdf: 11017170 bytes, checksum: f51425fe8d99c9d47bdb5dcaaae875dc (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2015-06-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Amazonia is one of the last frontiers for the conservation and the sustainable use of wildlife. However, our understanding on the factors that determine the resilience of game species to the harvest has been studied restrictedly on time and space. From unpublished recent documentary evidence on the international trade in Amazonian animal hides, such as commercial records and cargo manifests, we performed the first study covering both wide spatial and time ranges, and highlight diverse gaps about this episode of the Amazonian historical ecology. At the first chapter, recently published at Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi (Ciências Humanas), we describe as important international economic-political events influenced on demand for Amazonian animal hides. This trade grew gradually after the rubber collapse (1912), then spiked between mid-1930s and the II World War, declined somewhat after the war, reviving again in the 1960s until the sign of the Brazilian Fauna Protected Law (1967) and CITES (1975), which theoretically should be halted this trade, but it persisted while there was international demand for Amazonian hides. In the second chapter, we investigate signs of overharvest using trend analysis on time series spanning 66 years for each of the 19 target-species. Conservatively, over 20 million animals were killed for their hides from central-western Brazilian Amazon. Accessibility of habitats, as well as the heightened vulnerability of social and diurnal species, appear to be as important as standard biological parameters such as reproductive rate and carrying capacity in predicting harvest resilience in Amazonia. Rivers and floodplains were easily accessible to hunters while the forested interior was not, providing most terrestrial species with adequate refugia to sustain commercial harvest. At the third chapter, we highlighted the east-west gradients in abundances of the white-lipped peccary, collared peccary and red-brocket deer throughout the Amazon. These spatial distribution on ungulate abundances are highly predicted by similar gradient in soil fertility. However, hunting intensity surpasses soil fertility in predict the resilience of more vulnerable species to the commercial hunting, such as the white-lipped peccary. The relevance of our founds shows the importance of the most recent historical ecology to the debate on the historical human influence over the Amazonia, improving our understanding on their variable exploitation capacity and finally providing guidelines for the conservation and sustainable use of the Amazonian wildlife. / A Amazônia é uma das últimas fronteiras aonde ainda são possíveis a conservação e o uso sustentável da fauna silvestre. Nosso conhecimento sobre os fatores que determinam a resiliência das espécies cinegéticas à caça advém principalmente de estudos pontuais, seja no espaço, como no tempo. Utilizando de um vasto acervo documental inédito sobre o comércio de peles na Amazônia centro-ocidental brasileira, realizamos o primeiro estudo cobrindo ampla escala temporal e regional, e elucidamos, em três capítulos, diversas lacunas do conhecimento acerca desse episódio da ecologia histórica Amazônica. No primeiro capítulo, publicado no Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi (Ciências Humanas) em 2014, descrevemos, como importantes eventos políticoeconômicos mundiais influenciaram o comportamento da demanda por peles silvestres na Amazônia. Esse comércio aumentou sua escala logo após ao colapso do preço da borracha (1912), atingiu um pico entre meados da década de 1930 e a Segunda Guerra Mundial, declinou levemente após o término do conflito, e voltou a crescer durante as décadas de 1960-1970, até as publicações da Lei da Fauna (1967) e da CITES em 1975, que em teoria deveriam extinguir o comércio, mas que se manteve enquanto houve demanda internacional. Descrevemos ainda que o comércio de peles esteve totalmente inserido no modelo econômico regional denominado de aviamento. Uma vez conhecidas as tendências gerais do comércio de peles na Amazônia, analisamos, no segundo capítulo, séries temporais de 66 anos para 10 espécies-alvo usando regressões spline, com o objetivo de verificar a resiliência das espécies. Mais do que parâmetros ecológicos padrões na predição da resiliência, como, por exemplo, a taxa intrínseca de crescimento populacional (rmax), o acesso às áreas de caça parece ter sido o principal fator da resiliência das espécies à caça comercial ao longo do século XX. A menor área relativa dos ambientes aquáticos e o acesso facilitado parecem ter determinado o colapso das populações de espécies aquáticas e semi-aquáticas na bacia Amazônica, enquanto que o acesso limitado aos ambientes terrestres deve ter mantido extensos refúgios para a fauna. No terceiro capítulo, usamos registros comerciais da produção de peles silvestres de queixada, caititu e veado-vermelho nas décadas de 1930-1940, em todos os 34 municípios históricos da Amazônia centro-ocidental brasileira. Após a produção ser padronizada pelo número de habitantes nas zonas rurais, como uma forma de controlar diferenças no esforço de caça, torna-se evidente o gradiente leste-oeste na abundância de três espécies de ungulados nesse região. Esse padrão espacial encontra-se mais correlacionado com a fertilidade do solo nesses municípios do que com a fatores climáticos, como pluviosidade anual ou coeficiente de sazonalidade. No entanto, a intensidade de caça ultrapassa o efeito da fertilidade do solo na predição da resiliência das espécies mais vulneráveis à caça comercial, como o queixada. A relevância dos nossos resultados demonstra a importância da ecologia histórica recente para o debate sobre a influência humana pretérita na Amazônia, além de incrementar tanto nosso entendimento sobre a variável capacidade de explotação dos recursos naturais na Amazônia, como nossas ferramentas na aplicação de ações para a conservação e manejo da biodiversidade.
2

Ecologia histórica de florestas da bacia do rio Içana, alto rio Negro, Amazonas: um legado Baniwa nas paisagens

Moraes, Juliano Franco de 19 February 2016 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2017-02-14T18:55:57Z No. of bitstreams: 2 DissertaçãoFinal.JulianoMoraes.pdf: 4520759 bytes, checksum: 0d30c5132b07027e6fd7650f96f7a35d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-14T18:55:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DissertaçãoFinal.JulianoMoraes.pdf: 4520759 bytes, checksum: 0d30c5132b07027e6fd7650f96f7a35d (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-02-19 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The Amazon rainforest is the largest rainforest of the world and is home to a large proportion of the planet's biodiversity. Indigenous peoples live with this biodiversity for thousands of years and it acquire their livelihood through a precise knowledge about the biotic and abiotic relations of the forest. For a long time it was believed that in pre-Columbian times these people would not have adapted to forest conditions - such as poor and acid soils, and low amount of protein available - and that this environment, considered hostile by modern man, would have imposed major difficulties to people, making them mere passive animals amid the "green hell" and not allowing large populations establish themselves. However, this scenario has been modified since research has shown that large pre-Columbian indigenous population lived in the Amazon rainforest and altered it through changes in soil, species composition and landscape to the forest environment became suitable to meet their demands. Information about the way these people changed the landscapes without changing the forest resilience and preserving biodiversity, as well as the extent to which these changes occurred, remain poorly known, particularly in interfluvial forests. Our goal in this study was to assess the human impact of centuries ago in interfluvial forests of Içana river basin, upper Negro river, Brazil, and to verify if it has relation with the current floristic composition. Floristic inventories were carried out in 12 plots located in old management forests and 4 plots located in immemorial forests to the Baniwa as regards the management. Soil samples were collected for analysis of sand, ECEC, phosphorus, carbon and pH. Interviews were performed with indigenous to obtain oral information about the management of landscapes. Interfluvial forests from the historical territory Baniwa, located in the basin of Içana river, which are up to 750 m of any water courses, contain about 1 4.7% of abundance of managed tree species and are formed by a mosaic of cultural landscapes (old inhabited areas abandoned by Baniwa over 200 years) and imemorial ancient landscapes (areas that Baniwa refer to as intact for hundreds of years, not knowing whether or not managed). In cultural landscapes the abundance of managed species reached up to 57% and the average total basal area was 41.4 m² ha-1, 40% of biomass belonging to the species managed. Immemorial ancient landscapes contain average 7.7% of abundance of managed species and avarage total basal area of 35.1 m² ha-1 - with only 8% belonging to managed species. The historical management Baniwa in landscapes became soil less acidic through controlled burns that left large amounts of charcoal. Charcoal data associated with biolinguísticos and historical data, allow us to suggest that the management occurs in the region for over 4000 years, a time when the ancestors of the Aruwak Baniwa arrived in the region. Old indigenous roundhouses located amid the forest, and old management areas amid forest contained in the past large amounts of managed species that were under care of the Baniwa. Once abandoned, these areas became mature forests with abundance of managed species - one Baniwa legacy left in the forests through the landscape domestication. As the domestication of forests interfluvial the basin Içana river, large portions of interfluvial Amazon forests may have been domesticated in preColumbian times. Currently, many of these forests are distributed in many indigenous territories and keep them protected is crucial to prevent thousands of species become extinct. Front to agricultural expansion and logging, protection of these forests is one of the greatest environmental challenges and must take place with the help of people who managed them for centuries / A floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo e abriga uma enorme proporção da biodiversidade do planeta. Povos indígenas convivem com essa biodiversidade há milhares de anos e dela adquirem seu sustento por meio de um preciso conhecimento acerca das relações bióticas e abióticas. Durante muito tempo acreditou-se que em períodos pré-Colombianos esses povos não teriam se adaptado às condições da floresta - como solos pobres e ácidos, e baixa quantidade de proteína disponível - e que esse ambiente, considerado hostil pelo homem moderno, teria imposto grandes dificuldades aos povos, tornando-os meros animais passivos em meio ao “inferno verde” e não permitindo que grandes populações se firmassem. Entretanto, esse cenário tem sido modificado uma vez que pesquisas tem demonstrado que grandes populações indígenas pré-Colombianas viveram na floresta Amazônica e a alteraram por meio de mudanças em seu solo, sua composição de espécies e sua paisagem para que o ambiente florestal se tornasse adequado para atender suas demandas. Informações a respeito da maneira como esses povos modificaram as paisagens sem alterar a resiliência da floresta e preservando sua biodiversidade, assim como da extensão com que essas modificações ocorreram, permanecem pouco conhecidas, principalmente em florestas de interflúvio. Nosso objetivo nesse estudo foi avaliar o impacto antrópico, de séculos atrás, nas florestas de interflúvio da bacia do rio Içana, alto rio Negro, Brasil, e verificar se ele possui relação com a composição florística atual. Inventários florísticos foram realizados em 12 parcelas localizadas em florestas de áreas de antigo manejo Baniwa e 4 parcelas localizadas em florestas imemoriais para os Baniwa quanto ao manejo. Amostras de solo foram coletadas para análises de areia, ECEC, fósforo, carvão e pH. Entrevistas foram feitas com os indígenas para obtermos informações orais sobre o manejo das paisagens. As florestas de terra firme do território histórico Baniwa, localizado na bacia do rio Içana, que estão a até 750 m de quaisquer cursos d’água, contêm cerca de 14,7% de abundância de espécies arbóreas manejadas e são formadas por um mosaico de paisagens culturais (áreas habitadas abandonadas pelos Baniwa a mais de 200 anos) e paisagens antigas imemoriais (áreas que os Baniwa se referem como intactas há centenas de anos, não sabendo se foram ou não manejadas). Em paisagens culturais a abundância de espécies manejadas chegou a até 57% e a área basal total média foi de 41 ,4 m² ha-1, sendo 40% dessa biomassa pertencente às espécies manejadas. Paisagens antigas imemoriais contêm em média 7,7% de abundância de espécies manejadas e área basal total média de 35,1 m² ha-1 - com somente 8% pertencente a espécies manejadas. O manejo histórico Baniwa nas paisagens tornou os solos da região menos ácidos por meio de queima controlada que deixou grandes quantidades de carvão nos solos. Os dados de carvão, associados a dados biolinguísticos e históricos, nos permitem sugerir que o manejo ocorre na região há mais de 4000 anos, época em que os ancestrais Aruak dos Baniwa chegaram à região. Antigas malocas localizadas em meio as matas e antigas áreas de manejo em meio a floresta continham, no passado, grandes quantidades de espécies manejadas que estavam sob cuidados dos Baniwa. Uma vez abandonadas, essas áreas se transformaram em florestas maduras com abundância de espécies manejadas um legado Baniwa nas florestas deixado por meio da domesticação da paisagem. Assim como a domesticação das florestas de interflúvio da bacia do rio Içana, grandes porções de florestas de interflúvio da Amazônia podem ter sido domesticadas em períodos pré-Colombianos. Atualmente, muitas destas florestas estão distribuídas em muitos territórios indígenas, e mantê-las protegidas é fundamental para se evitar que milhares de espécies sejam extintas. Frente à expansão agrícola e à exploração madeireira, a proteção dessas florestas é um dos maiores desafios ambientais e deve ocorrer com auxílio dos povos que as manejam há séculos.
3

A história humana através dos padrões de recrutamento e trajetórias de crescimento de Bertholletia excelsa em um castanhal na Amazônia Central

Andrade, Victor Lery Caetano 28 April 2017 (has links)
Submitted by Gizele Lima (gizele.lima@inpa.gov.br) on 2017-11-06T14:15:51Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Victor LC Andrade -CFT INPA.pdf: 1497227 bytes, checksum: c2d78ac63d792e8aa52b29f8abfc9135 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-06T14:15:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Victor LC Andrade -CFT INPA.pdf: 1497227 bytes, checksum: c2d78ac63d792e8aa52b29f8abfc9135 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-04-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / From the moment Humans arrived in the Amazonian region, at least 12 ky ago, they started managing the forest, in a long term domestication process, yet with the indigenous demographic collapse after 1492, this ancient human-forest relationship may have been partially lost. Bertholletia excelsa Bonpl. (Lecythidaceae) is an iconic nut tree that dominates vast swaths of the Amazon forest, and known for being used, managed and domesticated by humans since before the European arrival. Considering the intimate historical relationship between humans and the Amazon nut tree, it remains unclear if the long term population dynamics of this species within the forest has been driven by management practices, and if this interaction changed following the collapse of pre-colonial societies. Here we reconstruct over 300 years of population dynamics for a living Amazon nut tree stand in Central Amazonia, and relate this dynamics with human history in that region. For this we combine the analyses of tree-rings that may reveal how tree recruitment and growth rates changed through time, with historical information on the main political and economical facts that may have impacted the lives of indigenous and colonists. Our results reveal that the intensification of political dominance over the colony around 1800 coincided with sharp reductions of recruitment and growth rates of B. excelsa, suggesting the abandonment of indigenous management practices. A more recent recruitment pulse in the 20 th century, associated with unprecedented cycles of growth release and suppression, suggest a new management phase involving non-indigenous practices. Our findings suggest that humans have historically shaped nut tree population dynamics across the Amazon, and allude to the loss of ancient management knowledge with the collapse of pre-Columbian societies. / Desde o momento em que os seres humanos chegaram à região amazônica, pelo menos a 12 mil anos, começaram a manejar a floresta, em um processo de domesticação de longo prazo. Mas com o colapso demográfico indígena após 1492, essa antiga relação entre humanos e florestas pode ter sido parcialmente perdida. Bertholletia excelsa Bonpl. (Lecythidaceae) é uma árvore icônica que domina vastas áreas da floresta amazônica e conhecida por ser usada, manejada e domesticada por humanos desde antes da chegada europeia na Amazônia. Considerando a íntima relação histórica entre os seres humanos e a castanha da Amazônia, ainda não está claro se a dinâmica das populações a longo prazo dessa espécie dentro da floresta foi conduzida por práticas de manejo e se essa interação mudou após o colapso das sociedades pré-coloniais. Aqui, reconstruímos mais de 300 anos da dinâmica populacional de um castanhal na Amazônia Central e relacionamos com a história humana nessa região. Para isso, combinamos as análises de anéis de crescimento que podem revelar o modo como as taxas de recrutamento e crescimento das árvores mudaram ao longo do tempo, com informações históricas sobre os principais fatos políticos e econômicos que podem ter impactado a vida de indígenas e colonos. Nossos resultados revelam que a intensificação do domínio político sobre a colônia em torno de 1800 coincidiu com fortes reduções de recrutamento e taxas de crescimento de B. excelsa, sugerindo o abandono das práticas de manejo indígena. Um pulso de recrutamento mais recente no século 20, associado a ciclos sem precedentes de liberação e supressão de crescimento, sugerem uma nova fase de gerenciamento envolvendo práticas não-indígenas. Nossas descobertas sugerem que os seres humanos têm historicamente dado forma a dinâmica da população de castanheiras, e aludem à perda do antigo conhecimento de manejo florestal com o colapso das sociedades pré-colombianas.
4

Similaridade ecológica em comunidades de girinos: o papel de componentes históricos (filogenéticos) e contemporâneos (ecológicos)

Prado, Vitor Hugo Mendonça do [UNESP] 23 February 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:22:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-02-23Bitstream added on 2014-06-13T19:08:35Z : No. of bitstreams: 1 prado_vhm_me_sjrp.pdf: 2489681 bytes, checksum: 4b7d04685ca125876d470ceed3f866c9 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Uma limitação nos estudos em ecologia de comunidades é a interpretação dos processos com base apenas em mecanismos contemporâneos, pois muitos padrões podem ser explicados com base nas linhagens evolutivas da comunidade. O objetivo deste estudo foi investigar a influência do parentesco nos padrões de uso de recursos (microhábitat e alimento) para os girinos de duas comunidades. Para isso, foi determinada a similaridade no uso de micro-hábitat e na dieta e aplicada a metodologia filogenética para caracteres orais e do condrocrânio dos girinos de 19 espécies da região noroeste do estado de São Paulo. As amostragens foram mensais, entre outubro de 2003 e maio de 2004, completando uma estação chuvosa. Para a obtenção das relações de parentesco entre as espécies, caracteres orais e do condrocrânio foram analisados pela metodologia filogenética. Como grupo externo, foram utilizados girinos de Discoglossidae. Os dados de uso de recursos foram analisados em uma escala mais detalhada e em outra mais ampla. A análise histórica foi realizada plotando os dados de uso de recursos sobre o cladograma, representando as relações de parentesco entre as espécies. A escala utilizada para descrição do uso de microhábitat influenciou o resultado obtido. Numa escala de mais detalhada foram evidenciadas variação intra-específica e no padrão geral das duas comunidades, de acordo com as dimensões do corpo d’água: os girinos ocuparam regiões mais profundas e distantes da margem na poça permanente, e essa ocupação pode estar relacionada com as maiores dimensões desta poça. Já o panorama resultante da análise efetuada para girinos de 19 espécies numa escala mais ampla é muito diferente: os girinos de “leptodactilídeos” presentemente estudados mantiveram o padrão plesiomórfico de Neobatrachia, indicando... / A limitation in the studies in community ecology is just the interpretation of the processes based on contemporary mechanisms, as many patterns can be explained based on the community's evolutionary lineages. The objective of this study was to investigate the phylogenetic influence in the patterns of resource use (microhábitat and food) for two tadpoles’ communities. The similarity in the microhabitat use and in the diet between tadpoles of two communities was determined. These tadpoles were sampled monthly, between October of 2003 and May of 2004, along the rainy season. For the elaboration of an evolutionary hypothesis among species, oral and chondrocranial morphology of tadpoles of 19 species from northwestern region of São Paulo state were analyzed by phylogenetic methodology. Tadpoles of Discoglossidae were used as outgroup. The historical analysis of the resource use was made constrasting these data with the cladogram that represent the evolutionary relationship among the species, and analyzed in a detailed and in a broad scales. The used scale for microhabitat use influenced the results. In a more detailed scale the intraspecific variation was highlighted and caused the two communities to differ in the general pattern of tadpoles’ distribution, according to the pond size: tadpoles’ occupied areas deeper and distant from the margin in the permanent pond, which could be related to the largest size of this pond. In a broad scale the “leptodactylids” at present study maintained the plesiomorphic pattern of Neobatrachia, indicating a conservative evolutionary history, while the “hylids” diverged in the microhabitat use. The groups formed by the similarity analysis were basically constituted for (1) species little abundant, allowing the coexistence of species with high niche superposition; (2) ...(Complete abstract click electronic access below)
5

Evidências culturais e biológicas de uma paisagem transformada no cerrado brasileiro (Latu sensu) : um olhar através da etnoecologia de paisagem / Cultural and biological evidence of a landscape transformed in the brazilian cerrado (Latu sensu) : a look through landscape ethnoecology

SILVA, Taline Cristina da 07 July 2014 (has links)
Submitted by (edna.saturno@ufrpe.br) on 2016-07-05T12:04:32Z No. of bitstreams: 1 Taline Cristina da Silva.pdf: 3149962 bytes, checksum: 76e467f5583429ddc2bf9932948d4a73 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-05T12:04:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Taline Cristina da Silva.pdf: 3149962 bytes, checksum: 76e467f5583429ddc2bf9932948d4a73 (MD5) Previous issue date: 2014-07-07 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Cultural landscape can be defined as landscapes derived from anthropogenic activities, with which people establish cosmological, sacred, historical relationship and many activities types. From these interactions emerges modified landscapes and local knowledge according to the needs of each human group, and research on these aspects help to understand about the historical use of these landscapes and make predictions aiming its conservation. Thus, this study sought to understand what criteria people use to classify landscapes, understanding the effects of anthropogenic landscapes in the management of FLONA-Araripe from biological evidence and perceptions of the surrounding communities and employees as well as checking as variables interfered with local knowledge about these landscapes. For this we used semi-structured interviews with 106 people living around the FLONA-Araripe, with seven employees of the conservation unit, plus a list-free landscapes and species of useful plants known, the community mapping and history graph. Biological evidence was accessed through floristic survey, soil analysis and aerial imagery of the managed areas in two temporal clippings. The main results of this study, was observed that the studied population establishes close relationships with the landscape, as they classify for utility issues and these designations indicate on your management process, as was evidenced in biological data. Moreover, it was observed that the anthropogenic effects on the landscapes of FLONA-Araripe, the votes favored plant species in the past tense, and currently the abundance of these species is in decline due to specific environmental and anthropogenic factors. Finally, employee perceptions about the occurrence of fires in managed areas, revealed the historical use and conflicts of interest in the conservation of these areas among the local population and the managers of the Unit. Thus, theoretical view point these results elucidate issues related to the classification of landscape processes, since it was found that these occur by utilitarian issues, and contribute to understanding the effects of management on current landscapes, seen that demystifies the idea of unspoiled forests, showing that FLONA-Araripe consists of a set of human altered landscapes and human activities can both contribute to the increase in the abundance of useful species, as the depletion of this species. From a practical view point, our results delineate future perspectives on forest landscape that will assist both the management of protected area, as local cultures that depend on the use of forest resources. / Paisagens culturais podem ser definidas como paisagens oriundas de ações antropogênicas, com as quais as pessoas estabelecem relações cosmológicas, sagradas, históricas e também realizam diversos tipos de atividades. A partir dessas interações emerge uma gama de conhecimento local e paisagens modificadas de acordo com as necessidades de cada grupo humano. Investigações sobre esses aspectos podem ser úteis para entender sobre o histórico de uso dessas paisagens e fazer predições visando sua conservação. Assim, o presente trabalho objetivou entender quais critérios as pessoas utilizam para classificar paisagens, compreender os efeitos do manejo antrópico nas paisagens da FLONA-Araripe a partir de evidências biológicas e das percepções de comunidades do entorno e funcionários da Unidade de Conservação, bem como verificar como variáveis (idade, gênero, renda, escolaridade, etc) interferiam no conhecimento local sobre essas paisagens. Para isso utilizou-se entrevistas semi-estruturadas com 106 moradores do entorno da FLONA-Araripe e com sete ex-funcionários da unidade de conservação, além da lista-livre das paisagens e espécies de plantas uteis conhecidas, do mapeamento comunitário e do gráfico histórico. As evidências biológicas foram acessadas por meio de levantamento florístico, análise de solo e de imagens aéreas das áreas manejadas em dois recortes temporais. Dentre os principais resultados desse estudo, observou-se que a população estudada estabelece relações estreitas com a paisagem, pois as classificam por questões utilitárias e essas denominações indicam sobre seu processo de manejo, assim como foi evidenciado nos dados biológicos. Além disso, observou-se que os efeitos antrópicos sob as paisagens da FLONA-Araripe, favoreceu as espécies vegetais úteis no tempo pretérito, e atualmente a abundância dessas espécies encontra-se em declínio devido a fatores ambientais e antrópicos específicos. Por último, as percepções dos funcionários sobre a ocorrência de incêndios nas áreas manejadas, revelaram o histórico de uso dessas áreas e conflitos de interesse em relação a conservação dessas áreas entre a população local e os gestores da Unidade. Dessa forma, do ponto de vista teórico, esses achados elucidaram questões relacionadas aos processos de classificação das paisagens, uma vez que constatou-se que esses se dão por questões utilitaristas, além de contribuir para a compreensão dos efeitos do manejo sobre as paisagens atuais, visto que desmistifica a ideia de florestas intocadas, mostrando que a FLONA-Araripe é composta por um conjunto de paisagens antropizadas e que ações antrópicas podem tanto contribuir com o aumento na abundância de espécies úteis, quanto na depleção dessa espécies. Do ponto de vista prático, os achados desse estudo delineiam perspectivas futuras sobre a paisagem florestal que irão auxiliar tanto a gestão da unidade de conservação, quanto as culturas locais que dependem do uso dos recursos florestais.
6

Análise espacial da agricultura tradicional Caiçara no Parque Estadual do Prelado, SP : 1962-2011

Costa, Celiane de Oliveira January 2018 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Helena França / Coorientador. Prof. Dr. Leandrro Reverberi Tambosi / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Santo André, 2018. / Esse trabalho objetivou mapear e quantificar a agricultura itinerante praticada pelas populações tradicionais caiçaras na região do atual Parque Estadual do Prelado (PEP), uma das unidades de conservação do Mosaico de Unidades de Conservação Juréia-Itatins (MUCJI), situado na região litorânea sul do estado de São Paulo, entre 1962 e 2011. Fotografias aéreas de 1962, 1972, 1981, 2000 e 2011 foram digitalizadas, ortorretificadas e interpretadas em Sistema de Informações Geográficas (SIG). As roças foram mapeadas e quantificadas em relação ao número e área. Constatou-se que 12,4% da área do PEP foi manejada pela agricultura, e que os 87,6% restantes não foram usados para essa atividade nos últimos 60 anos. As áreas cultivadas estavam distribuídas pelas bordas do Parque, sobre a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, próximas às estradas e rios, mesmo que distantes das unidades domésticas. No ano de 2011, 95% da área que havia sido utilizada previamente para agricultura estava regenerada como floresta, e apenas 0,05% da área total do PEP permanecia como roça. A análise indicou que 40% das áreas manejadas não apresentaram a classe de roças em nenhum mapeamento dos anos estudados, sugerindo que essas áreas só foram cultivadas nas décadas anteriores a 1960; nos 60% restantes, ou houve cultivo por duas ou mais décadas, ou o pousio foi inferior a 10 anos. A agricultura itinerante, que vinha diminuindo desde a década de 1960, apresentou ruptura praticamente definitiva após a criação da unidade de conservação em 1986. / The purpose of this work is to map and quantify the shifting cultivation practiced by traditional communities caiçaras in the region of Prelado State Park (PEP), one of the units of the Juréia-Itatins Conservation Units Mosaic (JICUM) located in the southern coastal region of the state of São Paulo between 1962 and 2011. Aerial photographs from 1962, 1972, 1981, 2000 and 2011 were scanned, orthorectified and interpreted in a Geographic Information System (GIS). The plots were mapped and quantified in relation to the number and area. It was found that 12.4% of the PEP area was managed by traditional practices of shifting cultivation, and that the remaining 87.6% was not used for this activity in the last 60 years. The cultivated areas were distributed along the edges of the Park, over the Dense Ombrophilous Forest of the Coastal Plain, close to the roads and rivers, even if far from the houses. In 2011, 95% of the area that had previously been used for shifting cultivation was regenerated as forest, and only 0.05% of the total area of the PEP remained as a traditional agriculture. The analysis has indicated that 40% of the areas which were managed by traditional agriculture was not cultivated prior to 1960; in the remaining 60%, there was no agricultural management for two or more decades, or perhaps there was fallow for less than 10 years. Shifting cultivation, which was decreasing since the 1960s, suffered a definitive rupture after the creation of the protected area Jureia-Itatins Ecological Station in 1986 (later converted in JICUM).
7

Identificação e mapeamento de antigas áreas de moradia quilombolas: estudo de caso da comunidade remanescente de Pedro Cubas/SP / Identification and mapping of maroon former residential areas: case study of Pedro Cubas/SP maroon community

Damin, Pedro Henrique de Almeida Batista 05 March 2015 (has links)
O quilombo de Pedro Cubas situa-se, juntamente com a maioria das comunidades remanescentes paulistas, na região do Vale do Ribeira. Incentivos financeiros por parte do governo estadual na região e a valorização das terras a partir de meados do século XX criaram um ambiente de tensão e ameaça ao modo de vida dessa população, a qual existe desde a primeira metade do século XIX. Durante as décadas de 1990 e 2000, diversas dessas comunidades foram finalmente reconhecidas e tituladas com base na Constituição de 1988, a qual assegura aos quilombos a posse coletiva de suas terras centenárias. Diversas pesquisas antropológicas e ecológicas foram executadas no Médio Ribeira em parceria com as comunidades quilombolas da região, muitas delas contribuindo para os processos reivindicatórios dessas populações. No entanto, nenhuma destas pesquisas teve por enfoque a materialidade dessas populações. Inspirado nos pressupostos teóricos da Arqueologia Histórica, Ecologia Histórica e Arqueologia da Paisagem, esta dissertação de mestrado tem como objetivo a identificação de antigas áreas residenciais, com ênfase na utilização de vestígios arbóreos típicos dos padrões de assentamento locais. Com base principalmente em entrevistas e visitas guiadas à áreas antigamente habitadas, uma correlação clara entre determinadas espécies de árvores frutíferas e antigas habitações foi estabelecida. Por fim, espera-se também que essa dissertação venha a contribuir para o crescimento recente dos estudos arqueológicos em comunidades quilombolas e rurais em geral. / The maroon of Pedro Cubas is located, as the majority of the other paulista communities, at the Ribeira Valley region. State government financial incentives and land valorization by the second half of the XXth century created an environment of tension and a threat to this population\'s way of life, which exists since the end of the XIXth century. During 1990 and 2000 decades several of these communities were finally recognized and conceived collective land titles based on 1988\'s Constitution, which assures the maroons the rights to their centennial lands. Many anthropological and ecological researches were made at the Middle Ribeira Valley in partnership with the region\'s maroon communities, contributing to their reivindication processes. However none of these researches emphasized the materiality of these populations. Inspired on Historical Archaeology, Historical Ecology and Landscape Archaeology theoretical assumptions, this master\'s thesis has as its objective the identification of former residential areas with emphasis on the use of typical arboreal vestiges from local settlement patterns. Based mainly on interviews and guided visits to formerly inhabited areas, a clear correlation between determined tree species and ancient inhabited areas was established. Finally it is also hoped that this master\'s thesis contribute to the recent growing of archaeological studies on maroon and rural communities in general.
8

Mobilidade Yanomami e interculturalidade: ecologia histórica, alteridade e resistência cultural / Yanomami mobility and interculturality: historical ecology, alterity, and cultural resistence

Nilsson, Maurice Seiji Tomioka 16 March 2018 (has links)
A mobilidade dos Yanomami tem papel decisivo na construção da paisagem amazônica ao produzir clareiras a serem regeneradas após cada mudança de residência. Esse processo não deve ser reduzido apenas ao seu aspecto de ecologia histórica, pois está intimamente ligado à organização social horizontalizada, orientada pelas alianças intercomunitárias. Nesse estudo é proposto um mapeamento das trajetórias de alguns grupos Yanomami, no Toototopi, Homoxi, Marauiá e os resistentes ao contato, Moxihatetemapë. Nos três primeiros, onde o posto de contato exerce uma atração pelo diferencial de potencialidades de troca, recuperei em minha experiência de quase uma década nesses lugares, para investigar a intencionalidade dessa mobilidade e de sua continuidade perante a novidade representada pelo posto. Os Yanomami souberam manter uma relação pendular de aproximação e afastamento dos postos de contato permanente, utilizando-se de segundas residências, próximas e longe do posto, do rio, aproveitando o que lhes interessava na relação de contato e recusando os elementos que pudessem levar a um sistema colonial ou a uma perversão das relações sociais com a criação de algum mecanismo coercitivo; isso se fez mediante a uma atualização sobre a alteridade, uma antropologia reversa, enquanto os estrangeiros ainda eram minoritários. Percebendo a intencionalidade estratégica desse ato, cuja recusa radical é a resistência ao contato dos Moxihatetemapë. Há uma relação prioritária com a construção (e defesa) da paisagem amazônica, expressa na cosmopolítica de Davi Kopenawa. / The mobility of the Yanomami plays a decisive role in the construction of the Amazon landscape by producing clearings to be regenerated after their moving among residences. This process should not be reduced only to its historical ecology, since it is closely linked to the social organization horizontality, regulated by inter-community alliances. In this study I mapped the trajectories of some Yanomami groups in Toototopi, Homoxi, Marauiá and Moxihatetemapë, the latter resistant to contact. In the other three, the \"attraction post\" established by the government causes both an attraction and a resistance given its exchange potential. My experience of almost a decade in these posts investigating the intentionality of indigeneous mobility and its continuity is reviewed. The Yanomami have invented intelligent ways to maintain a pendular relation to be near and distant from these permanent contact sites, using second residences, near and far from health services, by the river or taking advantage of what interested them in their contact while refusing the elements that could lead to a colonial system or a perversion of social relations due to the creation of some coercive mechanism; this was done through an update on alterity, a reverse anthropology, until foreigners were still in minority. The strategic intentionality of this processes of radical refusal mirrors the resistance to contact of the Moxihatetemapë. I therefore advocate a relation between this and the construction (and defense) of the Amazonian landscape, expressed in the cosmopolitics of Davi Kopenawa.
9

Identificação e mapeamento de antigas áreas de moradia quilombolas: estudo de caso da comunidade remanescente de Pedro Cubas/SP / Identification and mapping of maroon former residential areas: case study of Pedro Cubas/SP maroon community

Pedro Henrique de Almeida Batista Damin 05 March 2015 (has links)
O quilombo de Pedro Cubas situa-se, juntamente com a maioria das comunidades remanescentes paulistas, na região do Vale do Ribeira. Incentivos financeiros por parte do governo estadual na região e a valorização das terras a partir de meados do século XX criaram um ambiente de tensão e ameaça ao modo de vida dessa população, a qual existe desde a primeira metade do século XIX. Durante as décadas de 1990 e 2000, diversas dessas comunidades foram finalmente reconhecidas e tituladas com base na Constituição de 1988, a qual assegura aos quilombos a posse coletiva de suas terras centenárias. Diversas pesquisas antropológicas e ecológicas foram executadas no Médio Ribeira em parceria com as comunidades quilombolas da região, muitas delas contribuindo para os processos reivindicatórios dessas populações. No entanto, nenhuma destas pesquisas teve por enfoque a materialidade dessas populações. Inspirado nos pressupostos teóricos da Arqueologia Histórica, Ecologia Histórica e Arqueologia da Paisagem, esta dissertação de mestrado tem como objetivo a identificação de antigas áreas residenciais, com ênfase na utilização de vestígios arbóreos típicos dos padrões de assentamento locais. Com base principalmente em entrevistas e visitas guiadas à áreas antigamente habitadas, uma correlação clara entre determinadas espécies de árvores frutíferas e antigas habitações foi estabelecida. Por fim, espera-se também que essa dissertação venha a contribuir para o crescimento recente dos estudos arqueológicos em comunidades quilombolas e rurais em geral. / The maroon of Pedro Cubas is located, as the majority of the other paulista communities, at the Ribeira Valley region. State government financial incentives and land valorization by the second half of the XXth century created an environment of tension and a threat to this population\'s way of life, which exists since the end of the XIXth century. During 1990 and 2000 decades several of these communities were finally recognized and conceived collective land titles based on 1988\'s Constitution, which assures the maroons the rights to their centennial lands. Many anthropological and ecological researches were made at the Middle Ribeira Valley in partnership with the region\'s maroon communities, contributing to their reivindication processes. However none of these researches emphasized the materiality of these populations. Inspired on Historical Archaeology, Historical Ecology and Landscape Archaeology theoretical assumptions, this master\'s thesis has as its objective the identification of former residential areas with emphasis on the use of typical arboreal vestiges from local settlement patterns. Based mainly on interviews and guided visits to formerly inhabited areas, a clear correlation between determined tree species and ancient inhabited areas was established. Finally it is also hoped that this master\'s thesis contribute to the recent growing of archaeological studies on maroon and rural communities in general.
10

Mobilidade Yanomami e interculturalidade: ecologia histórica, alteridade e resistência cultural / Yanomami mobility and interculturality: historical ecology, alterity, and cultural resistence

Maurice Seiji Tomioka Nilsson 16 March 2018 (has links)
A mobilidade dos Yanomami tem papel decisivo na construção da paisagem amazônica ao produzir clareiras a serem regeneradas após cada mudança de residência. Esse processo não deve ser reduzido apenas ao seu aspecto de ecologia histórica, pois está intimamente ligado à organização social horizontalizada, orientada pelas alianças intercomunitárias. Nesse estudo é proposto um mapeamento das trajetórias de alguns grupos Yanomami, no Toototopi, Homoxi, Marauiá e os resistentes ao contato, Moxihatetemapë. Nos três primeiros, onde o posto de contato exerce uma atração pelo diferencial de potencialidades de troca, recuperei em minha experiência de quase uma década nesses lugares, para investigar a intencionalidade dessa mobilidade e de sua continuidade perante a novidade representada pelo posto. Os Yanomami souberam manter uma relação pendular de aproximação e afastamento dos postos de contato permanente, utilizando-se de segundas residências, próximas e longe do posto, do rio, aproveitando o que lhes interessava na relação de contato e recusando os elementos que pudessem levar a um sistema colonial ou a uma perversão das relações sociais com a criação de algum mecanismo coercitivo; isso se fez mediante a uma atualização sobre a alteridade, uma antropologia reversa, enquanto os estrangeiros ainda eram minoritários. Percebendo a intencionalidade estratégica desse ato, cuja recusa radical é a resistência ao contato dos Moxihatetemapë. Há uma relação prioritária com a construção (e defesa) da paisagem amazônica, expressa na cosmopolítica de Davi Kopenawa. / The mobility of the Yanomami plays a decisive role in the construction of the Amazon landscape by producing clearings to be regenerated after their moving among residences. This process should not be reduced only to its historical ecology, since it is closely linked to the social organization horizontality, regulated by inter-community alliances. In this study I mapped the trajectories of some Yanomami groups in Toototopi, Homoxi, Marauiá and Moxihatetemapë, the latter resistant to contact. In the other three, the \"attraction post\" established by the government causes both an attraction and a resistance given its exchange potential. My experience of almost a decade in these posts investigating the intentionality of indigeneous mobility and its continuity is reviewed. The Yanomami have invented intelligent ways to maintain a pendular relation to be near and distant from these permanent contact sites, using second residences, near and far from health services, by the river or taking advantage of what interested them in their contact while refusing the elements that could lead to a colonial system or a perversion of social relations due to the creation of some coercive mechanism; this was done through an update on alterity, a reverse anthropology, until foreigners were still in minority. The strategic intentionality of this processes of radical refusal mirrors the resistance to contact of the Moxihatetemapë. I therefore advocate a relation between this and the construction (and defense) of the Amazonian landscape, expressed in the cosmopolitics of Davi Kopenawa.

Page generated in 0.4639 seconds