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Análise da demanda não pertinente ao SAMU do município de Porto Alegre

Veronese, Andréa Márian January 2011 (has links)
O estudo teve por objetivo analisar a demanda ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Porto Alegre (SAMU) considerada não pertinente pelo serviço (DNP), a partir da agência dos solicitantes cujos agravos de saúde deram origem a essa demanda. A não pertinência fica estabelecida quando o caso não se configura, para o médico regulador, em situação que envolve risco à vida, sendo desnecessário, portanto, o envio de ambulâncias para o atendimento. A investigação ocorreu em duas etapas. Na primeira, realizou-se a análise das ligações telefônicas ao SAMU do ano de 2009. Esses dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences. Na segunda etapa, foram entrevistados 31 solicitantes da DNP desse mesmo ano. As entrevistas, semiestruturadas, foram analisadas seguindo as premissas da Grounded Theory. Os conceitos da Teoria da Estruturação, de Anthony Giddens, contribuíram para a análise. Entre os resultados, destaca-se que, em 2009, a DNP ao SAMU de Porto Alegre representou 33,2% (26.233) das chamadas telefônicas dirigidas ao 192. As chamadas mais frequentes partiram do sexo feminino (53%), faixa etária dos 20 aos 39 anos (32,8%), em domingos e sextas-feiras (15,2%), no mês de julho (10,2%), tipo de socorro clínico (45%) e subtipo de socorro orientação (26%). Na análise qualitativa, descrevem-se elementos da DNP relacionados à agência dos solicitantes da DNP e à estrutura por eles escolhida para atendimento de um agravo de saúde. Esses elementos são de natureza biológica, econômica, social e cultural e são produtos e produtores da DNP. A caracterização e a análise da DNP subsidiam a proposta de que enfermeiros atuem em oficinas de primeiros socorros para problematizar esse assunto – que tem sido tratado como de domínio dos profissionais da saúde – com a comunidade. A outra sugestão é resolver o problema da DNP no âmbito intersetorial, formando e articulando entre si redes sociais, de serviços de saúde, do setor de ensino, do setor da assistência social, da segurança, do transporte, entre outros. / The study aimed to examine the demand to the Mobile Emergency Care Service (SAMU) considered non pertinent by the department (DNP) from the agency of applicants whose injuries caused this demand. This non pertinence is established when the case is not configured, by the regulator physician, as life-threatening situation, being unnecessary, therefore, sending ambulances to attend. The investigation occurred in two stages. At first, it was made an analysis of telephone calls at SAMU in 2009. These data were analyzed using the Statistical Package for the Social Sciences. In the second stage, 31 applicants from the DNP of that same year were interviewed. Semi-structured interviews were examined following the premises of Grounded Theory. The concepts of Anthony Giddens’s Theory of Structuration contributed to the analysis. Among the results, it is highlighted that, in 2009, the DNP to SAMU of Porto Alegre represented 33.2% (26,233) of calls directed to 192. The most frequent calls came from females (53%), aged to 20 to 39 years (32.8%), on Sundays and Fridays (15.2%), of clinical relief type (45%) and orientation relief sub-type (26%). In qualitative analysis, there are described elements of DNP related to the agency of applicants of DNP and the structure chosen by them to treat a health injury. These are elements of biological, economic, social and cultural nature and are products and producers of DNP. The characterization and analysis of DNP subsidize the proposal that nurses act in first aid workshops to discuss this issue – which has been treated as a domain of health professionals – with the community. The other suggestion is to solve the problem of DNP in intersectoral scope, creating and articulating together social networks, health services, education sector, social assistance sector, security, transport, among others. / El estudio tuvo el objetivo de analizar la demanda del Servicio de Atendimiento Móvil de Urgencia de Porto Alegre (SAMU) considerada no pertinente por el servicio (DNP), a partir de la agencia de los solicitantes cuyos agravios de salud dieron origen a esta demanda. La no pertinencia queda establecida cuando el caso no se configura, para el médico regulador, en situación que envuelve riesgo a la vida, siendo desnecesario, por lo tanto, el envío de ambulancias para el atendimiento. La investigación se desarrolló en dos etapas. En la primera, se hizo el análisis de las llamadas telefónicas al SAMU del año de 2009. Estos datos fueron analizados en el Statistical Package for the Social Sciences. En la segunda etapa, fueron entrevistados 31 solicitantes de la DNP de ese mismo año. Las entrevistas semiestructuradas fueron analizadas siguiendo las premisas de la Grounded Theory. Los conceptos de la Teoría de la Estructuración, de Anthony Giddens, contribuyeron para el análisis. Entre los resultados, se destaca que, en 2009, la DNP al SAMU de Porto Alegre representó 33,2% (26.233) de las llamadas telefónicas dirigidas al 192. Las llamadas más frecuentes partieron del sexo femenino (53%), faja etaria de los 20 a los 39 años (32,8%), en los domingos y viernes (15,2%), en el mes de julio (10,2%), clase de socorro clínico (45%) y subclase de socorro orientación (26%). En el análisis cualitativo, se describen elementos de la DNP relacionados a la agencia de los solicitantes de la DNP y a la estructura por ellos escogida para atendimiento de un agravio de salud. Estos elementos son de naturaleza biológica, económica, social y cultural y son productos y productores de la DNP. La caracterización y el análisis de la DNP subsidian la propuesta de que los enfermeros actúen en talleres de primeros socorros para problematizar ese asunto – que ha sido tratado como de dominio de los profesionales de salud – con la comunidad. La otra sugestión es resolver el problema de la DNP en el ámbito intersectorial, formando y articulando, entre sí, redes sociales, de servicios de salud, del sector de enseñanza, del sector de la asistencia social, de la seguridad y del transporte, entre otros.
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Enfermagem, trabalho e saúde : cenas e atores de um serviço público de pronto socorro / Enfermeria, trabajo y salud : escenas y actores de un servicio público de emergencia / Nursing, work and health : scenes and actors of the state emergency unit

Dal Pai, Daiane January 2007 (has links)
Os serviços públicos de urgência e emergência têm se caracterizado pela superlotação, ritmo acelerado e sobrecarga de trabalho para os profissionais da saúde. O presente estudo se inscreve nesse âmbito, buscando compreender o trabalho na sua relação com a saúde das profissionais de enfermagem. Dessa forma, a relação saúde-trabalho é enfocada a partir da descrição do contexto organizacional do serviço, da compreensão da dinâmica de trabalho em urgência e emergência e das vivências da equipe de enfermagem nessa realidade. O Serviço de Atendimento Externo (SAE) do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre foi o local utilizado para a investigação, que seguiu um modelo qualitativo de estudo de caso. A presente pesquisa teve sua proposta previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da própria Instituição. A coleta dos dados compreendeu a análise de documentos da Instituição (escalas de trabalho, registro das queixas, dentre outros), a observação da dinâmica do serviço, ocorrida em 14 períodos de duas horas de duração, e a realização de entrevistas semi-estruturadas com 12 profissionais de enfermagem. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, elaborando-se um conjunto textual interpretativo a fim de responder aos objetivos do estudo. Três categorias emergiram do tratamento dos dados: O contexto organizacional do SAE, Aspectos envolvidos na dinâmica do trabalho da enfermagem em urgência e emergência, e O sentido do trabalho propiciando a saúde das trabalhadoras. A primeira categoria incluiu aspectos referentes às demandas que o serviço atende e sua organização quanto à estrutura física e recursos humanos disponíveis para o atendimento. A segunda categoria contemplou as conseqüências da intensificação do trabalho para o cotidiano da enfermagem, os desafios para a implantação da política de acolhimento no serviço, as condições e a divisão do trabalho, bem como as interações das profissionais com os usuários. Ainda, nessa categoria, foram abordadas as estratégias coletivas de defesa utilizadas pela enfermagem para conviver com o sofrimento gerado por muitas situações reveladas nesta pesquisa. Na terceira categoria, visualizou-se que a saúde das trabalhadoras preserva-se pelo sentido que elas atribuem para a atuação, o que foi explorado com base no orgulho manifesto pelas participantes e no reconhecimento constituinte da identidade no trabalho. Diante disso, foi possível compreender que a saúde das profissionais de enfermagem é constituída a partir de uma dinâmica de trabalho, por vezes danosa, resultante de um contexto organizacional que carrega marcas de um sistema público de saúde com muitas lacunas, mas que permite, de algumasmaneiras, que as trabalhadoras encontrem caminhos originais para dar conta das exigências do trabalho e das suas próprias necessidades, sem adoecerem. Ainda sobre a relação saúde-trabalho, pôde-se constatar que aspectos como a imprevisibilidade da demanda, a tecnologia e as manobras para salvar a vida, são fatores que favorecem a saúde no trabalho pelo reconhecimento provindo da ação de salvar vidas, uma vez que nessas situações as profissionais exercem suas habilidades especializadas, atuam intelectualmente diante do objeto de trabalho e acompanham o desfecho da produção (a vida ou a morte do paciente). Identificaram-se, como impróprias à saúde, as situações que deixam as trabalhadoras contrariadas pela sua incompletude, ou seja, situações nas quais o problema do paciente não é resolvido, e as trabalhadoras percebem os seus fazeres desprovidos de sentido. / The urgency and emergency state services have been characterized by overcrowd, accelerated rhythm and work overload for the health professionals. The current study is inserted within this range and searches for understanding the job in its relation with the health of the nursing professionals. So, the health-work relation is focused from the description of the service organizational context, from the understanding of the work dynamics in urgency and emergency and from the life experiences of the nursing team within this reality. The External Attendance Service (EAS) of Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre was the site utilized for the research that followed a qualitative model of case study. The Ethics Committee on Research of the institution itself previously approved the proposal for the current research. The collection of data comprised the analysis of documents from the Institution (work time schedules, registration of claims, among others), the observation of the work dynamics occurred in 14 periods of two hours each; and the performance of semi-structured interviews with 12 nursing professionals. The data were submitted to content analysis and an interpretative textual set has been elaborated in order to meet the objectives of the study. Three categories emerged from the data treatment: The organizational context of AES, Aspects involved in the dynamics of the nursing work in urgency and emergency, and The meaning of the work providing the workers´ health. The first category included aspects regarding the demands that the service meets and its organization as to the physical structure and the human resources for the performance of the attendances. The second category contemplated the consequences of work intensification in the nursing daily routine, the challenges for the implantation of the welcoming policy in the work, the labor conditions and division as well as the interactions of the professionals with the users. Yet, within this category, an approach has been made as to the collective defense strategies utilized by nursing in order to live along with the suffering generated by the many situations revealed in this research. The third category visualized that the health of the workers is preserved by the meaning that they assign to their performance, what has been explored based on the pride expressed by the participants and the recognition that constitutes the identity in the work. In view of the above, it was possible to understand that the health of the nursing professionals is constituted from aworking dynamics which is sometimes harmful because it results from an organizational context that carries marks of a state health system with many blanks but which allows, somehow, that the workers find original ways of taking over the work requirements and their own needs without getting sick. Yet, regarding the health-work relation, it was possible to find out that aspects like the unforeseeable character of the demand, the technology and the maneuvers to save life are factors that favor health in the work due to the recognition deriving from the action of saving lives since in these situations the professionals perform their specialized abilities, act intellectually before the work object and follow-up the result of the production (life or death of the patient). It has been identified as inappropriate for health the situations that upset the workers because they do not get finished, i.e, situations where the problem of the patient is not solved and the workers perceive their actions as deprived from sense. / Los servicios públicos de urgencia y emergencia se han caracterizado por la súper ocupación, por el ritmo acelerado y sobrecarga de trabajo para los profesionales de salud. El presente estudio se inscribe en ese ámbito, buscando comprender el trabajo en su relación con la salud de los profesionales de enfermería. De esa forma, la relación salud-trabajo es enfocada a partir de la descripción del contexto organizacional del servicio, de la comprensión de la dinámica de trabajo en urgencia y emergencia y de las vivencias del equipo de enfermería en esa realidad. El Servicio de Atención Externa (SAE) del Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre fue el local escogido para la investigación, que siguió un modelo cualitativo de estudio de caso. La presente investigación tuvo su propuesta previamente aprobada por el Comité de Ética en Investigación de la propia Institución. La recolección de los datos comprendió el análisis de documentos de la institución (escalas de trabajo, registro de quejas, entre otros), la observación de la dinámica del servicio, ocurrida en 14 períodos de dos horas de duración, y la realización de entrevistas semiestructuradas con 12 profesionales de enfermería. Los datos fueron sometidos al análisis de contenido elaborándose un conjunto textual interpretativo a fin de responder en los objetivos del estudio. Tres categorías emergieron del tratamiento de los datos: El contexto organizacional del SAE; Aspectos envueltos en la dinámica del trabajo de enfermería en urgencia y emergencia y El sentido del trabajo que propicia la salud de las trabajadoras. La primera categoría incluyó aspectos referentes a las demandas que el servicio atiende y su organización en cuanto a la estructura física y a los recursos humanos disponibles para la atención. La segunda categoría contempló las consecuencias de la intensificación del trabajo para el cotidiano de la enfermería, los desafíos para la implantación de la política de acogida en el servicio, las condiciones y la división del trabajo, bien como las interacciones de las profesionales con los usuarios. Aún, en esa categoría fueran abordadas las estrategias colectivas de defensa utilizadas por la enfermería para convivir con el sufrimiento generado por muchas situaciones reveladas en esa investigación. La tercera categoría visualizó que la salud de las trabajadoras se preserva por el sentido que ellas atribuyen a su actuación, lo que fue explorado con base en el orgullo manifestado por las participantes y en el reconocimiento constituyente de la identidad en el trabajo. Delante de eso, fue posible comprender que la salud de las profesionales de enfermeríase constituye a partir de una dinámica de trabajo a veces dañosa, resultante de un contexto organizacional que lleva marcas de un sistema público de salud con muchos vacíos pero que permite, de algunas maneras, que las trabajadoras encuentren caminos originales para hacer cargo de las exigencias del trabajo e de sus propias necesidades sin quedarse enfermas. Aún, acerca de la relación salud-trabajo, se pudo constatar que aspectos como el carácter imprevisible de la demanda, la tecnología y las maniobras para salvar la vida son factores que favorecen la salud en el trabajo por el reconocimiento provenido de la acción de salvar vidas una vez que, en esas situaciones, las profesionales ejercen sus habilidades especializadas, actúan intelectualmente delante del objeto de trabajo y acompañan el término de la producción (vida o muerte del paciente). Se identificaron, como impropias, a la salud, las situaciones que dejan las trabajadoras contrariadas a causa de que no se completan, o sea, situaciones en las cuales el problema del paciente no es resuelto y las trabajadoras perciben sus acciones vacías de sentido.
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Enfermagem, trabalho e saúde : cenas e atores de um serviço público de pronto socorro / Enfermeria, trabajo y salud : escenas y actores de un servicio público de emergencia / Nursing, work and health : scenes and actors of the state emergency unit

Dal Pai, Daiane January 2007 (has links)
Os serviços públicos de urgência e emergência têm se caracterizado pela superlotação, ritmo acelerado e sobrecarga de trabalho para os profissionais da saúde. O presente estudo se inscreve nesse âmbito, buscando compreender o trabalho na sua relação com a saúde das profissionais de enfermagem. Dessa forma, a relação saúde-trabalho é enfocada a partir da descrição do contexto organizacional do serviço, da compreensão da dinâmica de trabalho em urgência e emergência e das vivências da equipe de enfermagem nessa realidade. O Serviço de Atendimento Externo (SAE) do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre foi o local utilizado para a investigação, que seguiu um modelo qualitativo de estudo de caso. A presente pesquisa teve sua proposta previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da própria Instituição. A coleta dos dados compreendeu a análise de documentos da Instituição (escalas de trabalho, registro das queixas, dentre outros), a observação da dinâmica do serviço, ocorrida em 14 períodos de duas horas de duração, e a realização de entrevistas semi-estruturadas com 12 profissionais de enfermagem. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, elaborando-se um conjunto textual interpretativo a fim de responder aos objetivos do estudo. Três categorias emergiram do tratamento dos dados: O contexto organizacional do SAE, Aspectos envolvidos na dinâmica do trabalho da enfermagem em urgência e emergência, e O sentido do trabalho propiciando a saúde das trabalhadoras. A primeira categoria incluiu aspectos referentes às demandas que o serviço atende e sua organização quanto à estrutura física e recursos humanos disponíveis para o atendimento. A segunda categoria contemplou as conseqüências da intensificação do trabalho para o cotidiano da enfermagem, os desafios para a implantação da política de acolhimento no serviço, as condições e a divisão do trabalho, bem como as interações das profissionais com os usuários. Ainda, nessa categoria, foram abordadas as estratégias coletivas de defesa utilizadas pela enfermagem para conviver com o sofrimento gerado por muitas situações reveladas nesta pesquisa. Na terceira categoria, visualizou-se que a saúde das trabalhadoras preserva-se pelo sentido que elas atribuem para a atuação, o que foi explorado com base no orgulho manifesto pelas participantes e no reconhecimento constituinte da identidade no trabalho. Diante disso, foi possível compreender que a saúde das profissionais de enfermagem é constituída a partir de uma dinâmica de trabalho, por vezes danosa, resultante de um contexto organizacional que carrega marcas de um sistema público de saúde com muitas lacunas, mas que permite, de algumasmaneiras, que as trabalhadoras encontrem caminhos originais para dar conta das exigências do trabalho e das suas próprias necessidades, sem adoecerem. Ainda sobre a relação saúde-trabalho, pôde-se constatar que aspectos como a imprevisibilidade da demanda, a tecnologia e as manobras para salvar a vida, são fatores que favorecem a saúde no trabalho pelo reconhecimento provindo da ação de salvar vidas, uma vez que nessas situações as profissionais exercem suas habilidades especializadas, atuam intelectualmente diante do objeto de trabalho e acompanham o desfecho da produção (a vida ou a morte do paciente). Identificaram-se, como impróprias à saúde, as situações que deixam as trabalhadoras contrariadas pela sua incompletude, ou seja, situações nas quais o problema do paciente não é resolvido, e as trabalhadoras percebem os seus fazeres desprovidos de sentido. / The urgency and emergency state services have been characterized by overcrowd, accelerated rhythm and work overload for the health professionals. The current study is inserted within this range and searches for understanding the job in its relation with the health of the nursing professionals. So, the health-work relation is focused from the description of the service organizational context, from the understanding of the work dynamics in urgency and emergency and from the life experiences of the nursing team within this reality. The External Attendance Service (EAS) of Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre was the site utilized for the research that followed a qualitative model of case study. The Ethics Committee on Research of the institution itself previously approved the proposal for the current research. The collection of data comprised the analysis of documents from the Institution (work time schedules, registration of claims, among others), the observation of the work dynamics occurred in 14 periods of two hours each; and the performance of semi-structured interviews with 12 nursing professionals. The data were submitted to content analysis and an interpretative textual set has been elaborated in order to meet the objectives of the study. Three categories emerged from the data treatment: The organizational context of AES, Aspects involved in the dynamics of the nursing work in urgency and emergency, and The meaning of the work providing the workers´ health. The first category included aspects regarding the demands that the service meets and its organization as to the physical structure and the human resources for the performance of the attendances. The second category contemplated the consequences of work intensification in the nursing daily routine, the challenges for the implantation of the welcoming policy in the work, the labor conditions and division as well as the interactions of the professionals with the users. Yet, within this category, an approach has been made as to the collective defense strategies utilized by nursing in order to live along with the suffering generated by the many situations revealed in this research. The third category visualized that the health of the workers is preserved by the meaning that they assign to their performance, what has been explored based on the pride expressed by the participants and the recognition that constitutes the identity in the work. In view of the above, it was possible to understand that the health of the nursing professionals is constituted from aworking dynamics which is sometimes harmful because it results from an organizational context that carries marks of a state health system with many blanks but which allows, somehow, that the workers find original ways of taking over the work requirements and their own needs without getting sick. Yet, regarding the health-work relation, it was possible to find out that aspects like the unforeseeable character of the demand, the technology and the maneuvers to save life are factors that favor health in the work due to the recognition deriving from the action of saving lives since in these situations the professionals perform their specialized abilities, act intellectually before the work object and follow-up the result of the production (life or death of the patient). It has been identified as inappropriate for health the situations that upset the workers because they do not get finished, i.e, situations where the problem of the patient is not solved and the workers perceive their actions as deprived from sense. / Los servicios públicos de urgencia y emergencia se han caracterizado por la súper ocupación, por el ritmo acelerado y sobrecarga de trabajo para los profesionales de salud. El presente estudio se inscribe en ese ámbito, buscando comprender el trabajo en su relación con la salud de los profesionales de enfermería. De esa forma, la relación salud-trabajo es enfocada a partir de la descripción del contexto organizacional del servicio, de la comprensión de la dinámica de trabajo en urgencia y emergencia y de las vivencias del equipo de enfermería en esa realidad. El Servicio de Atención Externa (SAE) del Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre fue el local escogido para la investigación, que siguió un modelo cualitativo de estudio de caso. La presente investigación tuvo su propuesta previamente aprobada por el Comité de Ética en Investigación de la propia Institución. La recolección de los datos comprendió el análisis de documentos de la institución (escalas de trabajo, registro de quejas, entre otros), la observación de la dinámica del servicio, ocurrida en 14 períodos de dos horas de duración, y la realización de entrevistas semiestructuradas con 12 profesionales de enfermería. Los datos fueron sometidos al análisis de contenido elaborándose un conjunto textual interpretativo a fin de responder en los objetivos del estudio. Tres categorías emergieron del tratamiento de los datos: El contexto organizacional del SAE; Aspectos envueltos en la dinámica del trabajo de enfermería en urgencia y emergencia y El sentido del trabajo que propicia la salud de las trabajadoras. La primera categoría incluyó aspectos referentes a las demandas que el servicio atiende y su organización en cuanto a la estructura física y a los recursos humanos disponibles para la atención. La segunda categoría contempló las consecuencias de la intensificación del trabajo para el cotidiano de la enfermería, los desafíos para la implantación de la política de acogida en el servicio, las condiciones y la división del trabajo, bien como las interacciones de las profesionales con los usuarios. Aún, en esa categoría fueran abordadas las estrategias colectivas de defensa utilizadas por la enfermería para convivir con el sufrimiento generado por muchas situaciones reveladas en esa investigación. La tercera categoría visualizó que la salud de las trabajadoras se preserva por el sentido que ellas atribuyen a su actuación, lo que fue explorado con base en el orgullo manifestado por las participantes y en el reconocimiento constituyente de la identidad en el trabajo. Delante de eso, fue posible comprender que la salud de las profesionales de enfermeríase constituye a partir de una dinámica de trabajo a veces dañosa, resultante de un contexto organizacional que lleva marcas de un sistema público de salud con muchos vacíos pero que permite, de algunas maneras, que las trabajadoras encuentren caminos originales para hacer cargo de las exigencias del trabajo e de sus propias necesidades sin quedarse enfermas. Aún, acerca de la relación salud-trabajo, se pudo constatar que aspectos como el carácter imprevisible de la demanda, la tecnología y las maniobras para salvar la vida son factores que favorecen la salud en el trabajo por el reconocimiento provenido de la acción de salvar vidas una vez que, en esas situaciones, las profesionales ejercen sus habilidades especializadas, actúan intelectualmente delante del objeto de trabajo y acompañan el término de la producción (vida o muerte del paciente). Se identificaron, como impropias, a la salud, las situaciones que dejan las trabajadoras contrariadas a causa de que no se completan, o sea, situaciones en las cuales el problema del paciente no es resuelto y las trabajadoras perciben sus acciones vacías de sentido.

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